Jonas: Encontro com Marize em Vila Esperança

Um conto erótico de Jonas
Categoria: Grupal
Contém 2292 palavras
Data: 13/10/2024 22:18:04

Cheguei ao interior de São Paulo, na pequena cidade de Vila Esperança. O nome parecia uma piada cruel, porque a única esperança que eu carregava era a de colocar meus pensamentos em ordem. A reunião de trabalho era só um pretexto, o verdadeiro motivo de eu estar ali era Marize.

Nos encontramos em uma pousada simples, à beira de um rio calmo que refletia o céu nublado daquele fim de tarde. Quando a vi, o tempo pareceu parar. Marize tinha aquela presença que me fazia esquecer do mundo, do trabalho, e até de Luana. Nosso reencontro foi como um choque elétrico, cada toque reacendendo a chama que jamais apagou desde Aracaju.

Passamos aquela noite juntos, entregues a uma paixão intensa, quase desesperada. Marize sabia exatamente como me provocar, como me fazer esquecer de tudo, e por um momento, parecia que a vida poderia voltar a ser simples. Poderíamos estar juntos, apenas nós dois, longe de complicações. Mas a ilusão não durou muito.

Na manhã seguinte, enquanto explorávamos um povoado próximo, caminhando pelas ruas de paralelepípedos e tomando café em uma padaria antiga, Marize começou a falar. Primeiro, de maneira sutil, sobre a liberdade que sentia falta. Disse que a vida comum já não a satisfazia, que o tempo que passamos juntos em Aracaju havia aberto portas em sua mente que não podia mais fechar. Ela não queria mais ser aquela mulher comum, confinada à monotonia de um relacionamento tradicional.

Quando me disse que queria reviver a sensação de estar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, senti o peso das palavras. Ela falava com entusiasmo sobre o ménage que vivemos com Luana, sobre a excitação de ter mais de um corpo, mais de uma energia ao mesmo tempo. Marize me sugeriu que, naquela mesma tarde, convidássemos um rapaz que estava sentado em uma mesa próxima para se juntar a nós, como se fosse algo natural.

Foi como se um balde de água fria tivesse sido jogado sobre mim. Eu queria Marize, mas não daquela forma. Tinha imaginado que, talvez, com ela, eu pudesse ter o relacionamento monogâmico que com Luana parecia impossível desde a noite daquela orgia. Depois do que aconteceu naquela mansão misteriosa, com Luana permitindo que outro homem a penetrasse antes de mim, uma parte de mim nunca mais foi a mesma. A distância entre nós cresceu, mesmo que eu ainda a amasse.

Mas agora, com Marize, percebia que estava caminhando para o mesmo abismo. Será que todas as mulheres que passam pela minha vida desejam esse tipo de relação? Será que esse desejo por múltiplos parceiros é o novo normal? Fiquei ali, em silêncio, enquanto Marize falava, o sorriso dela radiante, mas o meu coração afundando. Era como reviver o passado, só que com um rosto diferente.

Eu tinha que decidir: seguir Marize nesse novo estilo de vida ou tentar salvar o que restava do meu casamento com Luana. A incerteza me corroía. Marize era tentadora, envolvente, e com ela eu sentia uma liberdade que há muito não experimentava. Mas algo me dizia que, se seguisse por esse caminho, estaria repetindo os mesmos erros.

Quando voltei para o hotel naquela noite, me deitei ao lado de Marize, mas a decisão já estava feita. Eu optaria por continuar com Luana, por tentar reconstruir o que havíamos perdido. O vazio que sentia ao perceber que Marize não queria mais a exclusividade me mostrou que não era ali que encontraria a paz que buscava.

Marize estava deitada ao meu lado, os lençóis cobrindo parcialmente seu corpo, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e expectativa. Ela sabia o poder que tinha sobre mim, e a maneira como se movia, lenta e calculada, apenas reforçava isso. Aquele sorriso malicioso, os dedos delicados traçando linhas invisíveis no meu peito, eram sinais claros de que ela estava no controle da situação.

Eu sabia que Marize não seria minha do jeito que eu queria. Nossa conexão, desde o começo, foi marcada pela intensidade física e pelo desejo, mas nunca pela exclusividade que eu secretamente ansiava. Tinha chegado a um ponto em que aceitar o que ela oferecia era a única maneira de mantê-la por perto, mesmo que isso significasse abrir mão de meus próprios limites.

O rapaz estava na mesa próxima ao bar, onde havíamos parado para um último drink antes de voltar ao hotel. Ele era jovem, despreocupado, claramente não fazia ideia do que estava prestes a acontecer. Quando Marize me deu aquele olhar, percebi que estava acontecendo. A última resistência em mim cedeu, e algo dentro de mim simplesmente se quebrou.

Me virei para o rapaz e, com uma naturalidade que surpreendeu até a mim, iniciei a conversa. Falei sobre o lugar, sobre o clima, coisas banais, até que a sugestão surgiu de maneira quase casual. "Por que não vem conosco? Podemos continuar a noite de uma forma mais... interessante." Ele hesitou por um instante, mas os olhos de Marize e seu sorriso fizeram o resto do trabalho.

De volta ao hotel, a atmosfera parecia carregada, como se uma tempestade estivesse prestes a acontecer. O ciúme me corroía por dentro, mas havia uma estranha aceitação. Sabia que, por mais que desejasse Marize só para mim, isso nunca seria possível. Ela queria mais do que eu poderia oferecer em um relacionamento tradicional, e o peso desse pensamento me afundava cada vez mais.

No quarto, as luzes estavam baixas, e o silêncio era quebrado apenas pelas nossas respirações. Marize, sempre sedutora, começou a brincar com o rapaz de forma lenta, seus toques e palavras carregando uma promessa que ele não podia recusar. Ela se aproximou de mim, os lábios roçando minha orelha, sussurrando que tudo ficaria bem, que aquilo era liberdade. Mas a palavra "liberdade" soava vazia para mim.

Ela foi guiando o rapaz até a cama, os dois rindo e se entregando ao momento, enquanto eu observava, lutando para manter a calma. Meu corpo reagia de maneira confusa: o desejo misturado com a dor do ciúme. A cada toque deles, sentia uma pontada no peito, uma lembrança amarga de que Marize nunca seria só minha, e que aquele momento era a prova final disso.

Quando finalmente a noite tomou o rumo que Marize tanto queria, o quarto se encheu de uma energia caótica, intensa. Eu estava ali, participando, mas ao mesmo tempo, me sentindo distante, como se estivesse assistindo tudo de fora. Era como se aquele momento selasse um destino que eu nunca tinha escolhido, mas do qual não podia escapar.

No fundo, sabia que aquela era apenas uma parceria temporária, uma fuga da realidade que, por mais excitante que fosse, jamais traria a paz que eu realmente procurava. Marize, por mais intensa e sedutora, sempre seria um símbolo de algo inalcançável para mim. E o rapaz, bem, ele era apenas uma peça em um jogo que, no fim, só me deixaria mais vazio.

Quando a noite terminou, deitamos na cama, todos exaustos. Marize se aconchegou em mim, como se tudo fosse perfeitamente normal, mas eu sentia o peso da decisão que havia tomado. Aceitar aquela realidade significava abrir mão de quem eu realmente era, e, por mais que quisesse Marize, sabia que não poderia continuar assim. O que restava agora era entender que essa liberdade que ela tanto queria nunca seria a minha. E, no final, eu teria que voltar para Luana. Mesmo com tudo o que aconteceu, ela ainda era a única constante em meio ao caos.

Passado algum tempo, talvez minutos, talvez horas — eu já não conseguia mais medir o tempo naquela confusão de sensações —, Marize se levantou e foi ao banheiro, deixando eu e o rapaz, que agora chamaria de Felipe, deitados na cama. Havia uma leve distância entre nós, e o silêncio do quarto parecia pesado, carregado de um nervosismo contido. Eu tentava organizar meus pensamentos, mas o que acontecera até ali já havia ultrapassado os limites do que eu imaginava suportar.

Quando Marize voltou, deitou ao lado de Felipe, posicionando-o entre nós dois. Ela tinha um jeito quase calculado de fazer tudo parecer natural, como se estivéssemos apenas continuando algo que todos ali já queriam. Não demorou muito para ela começar a tocar Felipe, as mãos dela traçando o caminho até seu corpo com uma familiaridade quase desconcertante. Logo depois, seus lábios seguiram o mesmo caminho, e antes que eu percebesse, ela estava ali, iniciando um oral nele.

Fiquei parado, observando, com o coração acelerado e uma mistura estranha de ciúme e excitação corroendo minhas entranhas. Não sabia exatamente como me sentir, mas o peso do momento me envolvia completamente. Ela fazia aquilo com uma naturalidade que me deixava à parte, como um espectador. Era como se estivesse testando os limites da minha aceitação.

Então, senti uma mão tocando meu membro. Era Marize, de novo, fazendo questão de me incluir naquele caos de prazeres e desconfortos. Seus dedos hábeis me acariciavam, e, por um momento, fechei os olhos, tentando apenas me deixar levar. Mas logo percebi que o toque mudou. Era diferente: mais áspero, menos sutil. Abri os olhos, e vi que não era mais a mão dela.

Felipe estava me tocando. Olhei para ele, e ele parecia meio hesitante, mas ao mesmo tempo incentivado pelo comando silencioso de Marize. Ela havia colocado a mão dele sobre mim, como se estivesse guiando o momento, e ele seguiu seu toque, explorando o meu corpo de uma forma que jamais havia acontecido antes. Fiquei sem reação, mas estranhamente, não recuei. Aceitei o toque, como se naquele instante eu tivesse desistido de lutar contra o que estava acontecendo.

Pouco depois, Marize incentivou Felipe a ir além. Sem dizer uma palavra, ela o conduziu, e logo ele estava fazendo um oral em mim. Era uma sensação surreal, completamente fora da minha zona de conforto, mas eu não conseguia parar. Marize, por sua vez, continuava a dar prazer a Felipe, alternando entre mim e ele com uma habilidade que parecia desafiar a própria razão.

Ela ora me chupava, ora beijava Felipe, em uma dança de corpos e sensações que me deixou completamente à deriva. O quarto se encheu de uma energia caótica, e tudo o que eu sabia era que Marize estava no controle, levando nós dois para um lugar onde prazer e confusão se misturavam, e eu já não conseguia distinguir onde um terminava e o outro começava.

Naquela noite, me vi imerso em uma loucura que nunca imaginei experimentar, guiado pela vontade de Marize e pela minha própria incapacidade de dizer não.

Naquele momento, eu era apenas o brinquedo deles. Não havia controle, não havia decisão. Marize deixou de fazer o oral e, em um movimento fluido e cheio de desejo, montou sobre Felipe, cavalgando-o enquanto ele se dedicava a mim com uma intensidade que até então eu nunca tinha experimentado. O ritmo era frenético. Ela se movia com precisão, deixando-se ser penetrada por ele enquanto ele me chupava. A sensação era avassaladora.

A pressão dentro de mim aumentava, e o toque dele, incentivado por Marize, era cada vez mais firme. Quando finalmente me entreguei àquele caos de sensações, pressionei a cabeça de Felipe, fazendo-o chupar com mais força. Eu gozei em sua boca, e ele tentou se afastar, mas Marize, como se aquilo fizesse parte do jogo dela, o impediu. Ela começou a beijá-lo intensamente, como se quisesse que ele engolisse o que restava do meu prazer, sem deixar escapar nada.

Foi a primeira vez que eu vi uma mulher ser tão ativa, tão dominante, ao ponto de usar o corpo de outra pessoa para satisfazer seu próprio desejo, forçando-o a beber o orgasmo de outro. Marize estava completamente imersa no momento, e eu, de longe, apenas observava os dois, enquanto ela cavalgava o rapaz com voracidade. Os lábios de ambos estavam melados, manchados pelo meu orgasmo, e ainda assim, Felipe a penetrava sem hesitar, ignorando o fato de que estava sendo lambuzado com o que restava de mim.

Cada beijo que ele dava no corpo dela parecia intensificar o prazer de Marize, e a cena, por mais surreal que fosse, me mantinha preso naquele quarto, sem reação. Aos poucos, o líquido que havia saído de mim escorria pelo corpo dele, descendo pela garganta. Eu já não suportava mais ver aquilo de perto. Levantei-me, peguei minhas roupas e fui ao banheiro, deixando os dois à vontade, como se eles não precisassem mais de mim ali.

Enquanto a água caía sobre meu corpo, eu tentava limpar não apenas a pele, mas o que restava da confusão na minha mente. Não sabia exatamente o que pensar sobre o que tinha acabado de acontecer. Depois de algum tempo, ouvi a porta se abrir e vi Marize entrando para tomar banho comigo. Ela tentou me beijar, mas eu me afastei. Ainda podia sentir o cheiro forte de orgasmo nos lábios dela, e naquele momento, não sabia se era o meu ou o dele. Recusei o beijo, sem conseguir esconder o desconforto, e me limitei a ajudá-la a se ensaboar, em silêncio.

Quando voltamos ao quarto, Felipe já estava se preparando para ir. Ele nos olhou e, meio sem jeito, comentou que precisava ir embora, que tinha compromissos. “Sou casado”, ele disse, enquanto recolhia suas roupas e se dirigia ao banheiro para tomar um banho rápido. Não demorou muito, e ele se despediu de nós, deixando o quarto com um misto de alívio e apreensão.

Depois que Felipe foi embora, o quarto pareceu mais leve. Finalmente, ficamos eu e Marize. Ela se aproximou de mim, e, pela primeira vez naquela noite, senti que estávamos de volta a um momento nosso. Estávamos sozinhos, sem pressões, apenas eu e ela. Naquele instante, deixei o peso do ciúme e da confusão de lado e nos entregamos a um momento de carinho e cumplicidade, sem ninguém para interferir.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 44 estrelas.
Incentive Leonine a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Cara acho graça nesses contos, o cara não sabe dizer não kkkkkkkk, sente ciúmes, desconforto mas não faz nada. A puta consegue até fazer os cornos q se dizem héteros transarem com outro cara. Para q tá feio

2 0
Foto de perfil genérica

concordo plenamente, Jonas não toma atitude.

2 0
Foto de perfil de Velhaco

É realmente Jonas está no mato sem cachorro, em um lado Luana, uma piranha manipuladora e mal caráter, de outro lado Marize tão manipuladora quanto a Luana, só não posso dizer q é mal caráter, afinal não mentiu e não enganou ao Jonas, somente deu vazão aí desejo de fazer um ménage e Jonas como sempre sendo um trouxa foi no embalo e mais uma vez chupou pau por tabela kkkkkkk

2 0
Foto de perfil genérica

Traição seja de homem ou mulher é mau-caratismo. Ele está sendo tão mal caráter que a Luana. Não precisa trair e mentir. Só se separar. Ele arquitetou meses essa traição.

0 0
Foto de perfil genérica

Vou comentar respondendo esse, mas não só esse...kkk

Concordo que o Jonas perdeu o pouco de pontos que tinha comigo, sempre imaginando ser um história real. Kkk

Ele conseguiu quase igualar o mal caratismo da Luana. Ele ficou meses (talvez) pensando e arquitetando um jeito de trair sua esposa, com alguém que já tinham transado.

A Luana, nunca pensei que iria "defender" ela, pelo menos nunca teve a intenção de o trair especificamente com alguém, e sim, junto dele (mesmo o manipulando) foi atrás de outras pessoas para "apimentar" o seu relacionamento. Ela nunca pensou em o abandonar para ficar com um parceiro de transa, até pq o comedor perfeito (sempre tem um nos contos kkk), que a enrabou na mansão era casado e nem se preocupou com ela...algo normal que aconteceria.

Tomara que ele abra a jogo com Luana, "fuja" das teias dessa outra que em pouco tempo o fará corno manso, submisso e viado de seus machos.

Ótimo conto mais uma vez!! Parabéns ao autor.

3 estrelas

2 0
Foto de perfil genérica

Jonas tem q ficar sozinho sem nenhuma das duas, e concordo com o Kasdo passivo a Marize parece ser pior q a Luana, mal se encontraram e ela ja quis a 3.

2 0
Foto de perfil genérica

UMBELINA, concordo com voce plenamente. Vamos ver qual serah a otica do nosso amigo autor.

0 0
Foto de perfil genérica

Interessante e envolvente. Mas depois de tudo o que passou com Luana, embora acredite que vc consentiu. Acredito que a Marize vai te manipular muito mais. Com a luana vc tinha raiva com ela vc cede, achei estranho. Como se Marize fosse melhor que Luana.

1 0