A secretária do trabalho novinha está me deixando louco - Capítulo 3

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Heterossexual
Contém 1221 palavras
Data: 13/10/2024 22:38:18

— AMANDA?! QUE MERDA É ESSA, LUCAS?! — Camila gritou, furiosa, e eu agradeci a Deus por não termos uma arma em casa. Mesmo coberta de porra, o olhar dela não escondia o desejo assassino que habitavam sua mente. Meu cérebro entrou em pane, lutando para encontrar uma desculpa que me tirasse daquela situação constrangedora.

— Amada! Eu disse 'amada', Cami! — soltei, forçando um riso nervoso. Era a desculpa mais esfarrapada que eu já tinha dado em toda minha vida, mas eu precisava tentar. A expressão de raiva no rosto dela deu lugar a uma de confusão. Se ela tivesse tido tempo suficiente para pensar, ela teria chegado a conclusão que era impossível eu ter dito “Toma meu leite, amada”, já que eu nunca a havia chamado assim antes. Mas antes que ela processasse a informação que receberá, eu a abracei e enchi seu rosto de beijos.

— Nossa, sujei você toda, 'amada'. Acho melhor você ir se limpar. — disse, esperando que o abraço e o toque abafassem qualquer pensamento lógico que pudesse surgir na cabeça dela. Aos poucos o resquício de fúria que havia no rosto da minha esposa se desarmou. Eu não conseguia acreditar que havia escapado com uma desculpa tão esfarrapada. Aquele deslize foi um sinal de alerta para mim, eu precisava de alguma forma controlar a minha obsessão pela secretária do meu trabalho.

Só que o destino não queria que minha vida fosse fácil e tranquila como eu desejava. O número de funcionários no escritório cresceu tanto que o Nelson resolveu implementar um revezamento, por falta de espaço físico no escritório. Cada equipe trabalharia presencialmente três dias da semana e ficaria dois de ‘home office’.

Na sexta-feira, os times que deveriam estar no presencial era o meu e o do Ricardo. Eu ainda era o único funcionário do meu setor, e Ricardo tinha uma “alergia crônica” ao trabalho que o impossibilitava de vir de sexta, fazendo com que eu ficasse sozinho no escritório quase todas às vezes.

Bom, não exatamente sozinho. Tinha mais uma pessoa que era obrigada a vir presencialmente todo dia, já que era responsável por receber encomendas e atender eventuais clientes, a Amanda. Eu me sentia como um usuário de drogas que precisava ficar 8 horas todas as semanas sentado na frente de uma montanha de cocaína.

A diferença é que, enquanto o viciado mergulharia na montanha de droga a sua frente, eu passava todas essas horas no escritório com Amanda, e nossas interações eram praticamente inexistentes. O máximo que eu conseguia era murmurar um "bom dia" ao chegar, que saía tão abafado e inseguro que mal dava para diferenciar de um grunhido. E, na maioria das vezes, ela sequer tirava os olhos da tela do computador para me responder. A indiferença dela era tanta que eu me pegava pensando se, por acaso, eu estava vivendo um caso similar ao do psiquiatra do "Sexto Sentido", morto sem saber.

— Você já parou para pensar que toda sexta-feira somos só eu e você aqui? — Foi a pergunta que fiz para Amanda quando cheguei numa dessas sexta-feiras. Apesar de ter ensaiado o que ia dizer, mal as palavras saíram da minha boca, e eu já queria ter uma máquina do tempo, para voltar atrás. Ela me encarou com aquele olhar frio, quase clínico, como se pudesse enxergar direto na minha alma, desvendando minhas intenções. Ela analisou cada detalhe da minha postura antes de responder, e quando o fez, foi com uma calma que me desarmou por completo.

— Infelizmente. — Ela respondeu sem conseguir segurar um risinho que saiu pelo nariz.

— Quais os planos para o final de semana? — Bom, sentia que não tinha nada a perder, então continuei no jogo.

— Vou viajar com meu namorado. — O peso que ela colocou em cada sílaba da última palavra parecia calculado. Ela queria que eu sentisse o impacto. A palavra "namorado" soava quase como um insulto, como se a própria ideia de eu lhe fazer uma pergunta casual fosse absurda, já que além dela ser compromissada, ela estava com um homem mais jovem, mais bonito e mais rico do que eu. Não sei se era proposital, mas parecia que Amanda sinalizava para mim como ela estava totalmente fora do meu alcance.

— Legal... Vão para praia? — perguntei, tentando soar casual.

Ela suspirou, como se a simples ideia de continuar a conversa fosse um esforço imenso, e voltou os olhos para a tela do computador. Mas, depois de um momento de hesitação, talvez notando meu desconforto, ela respondeu, mantendo o mesmo tom de indiferença:

— Sim, um resort de luxo. Vai ser... divertido.

— Deve ser bom ter um fim de semana assim, longe de tudo. Ter família é ótimo, mas tem finais de semana que parecem trabalho.

— É. — Amanda olhou para mim de relance, e agora o sorriso dela era nítido, enquanto ela mexia no cabelo preparando um coque, elevando ao máximo os níveis de adrenalina no meu sangue. — Bem melhor do que estar aqui, não é? — Com essa frase final, nossa conversa encerrava com a última alfinetada dela.

Foi difícil fazer qualquer trabalho, naquela sexta-feira. Minha mente ficava voltando em cada detalhe da conversa, e aquilo me deixava com um tesão absurdo. Mesmo com o ar-condicionado fortíssimo do prédio, que trazia nosso andar de volta para era do gelo, ainda assim, sentia uma gota de suor escorrendo da minha testa. Racionalmente, eu sabia que aquela conversa havia sido um fracasso absoluto, e não estava mais perto do que eu queria, o que quer que fosse, do que eu estava antes daquilo. Mas, não sei, quase por intuição eu sentia que Amanda estava... gostando de me humilhar.

Não tinha jeito, a única forma deu voltar para a realidade seria se eu conseguisse aliviar pelo menos um pouco do tesão que ia se acumulando. De forma envergonhada, passei novamente por Amanda para ir ao único banheiro que tinha no andar, que ficava justamente ao lado da recepção. Passei por ela, e fingindo normalidade, tranquei a porta do banheiro. O som do ar-condicionado, o zumbido leve de eletrônicos ao fundo e o silêncio opressor do escritório quase vazio só aumentavam minha tensão, enquanto ponderava se eu realmente ia fazer aquilo.

Tentei ser rápido e discreto, mas meu corpo parecia ter uma vontade própria. Cada movimento me trazia flashes da Amanda, de seu olhar indiferente e aquele riso disfarçado que me fazia sentir... pequeno, mas de uma forma estranhamente excitante. Não demorou muito até que eu chegasse ao clímax, e foi então que percebi. No meio do êxtase, um gemido escapou, mais alto do que qualquer som que eu tivesse planejado.

Saí do banheiro, com passos rápidos e olhando para baixo, esperando encontrar o que eu sempre via na recepção, Amanda olhando para seu computador, ignorando minha existência. Mas dessa vez, seus olhos estavam fixos em mim, e, tive certeza de que ela sabia exatamente o que eu havia feito lá dentro. Havia algo de diferente em seu olhar, uma expressão que eu não conseguia decifrar completamente — ela sabia o que causava em mim, e estava se deliciando com aquilo.

<Continua>

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