NUDEZ

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 2120 palavras
Data: 14/10/2024 14:30:14
Última revisão: 27/10/2024 19:34:36
Assuntos: Heterossexual

Costume de casa vai à praça. Ouvi muito esta frase de minha mãe. Mas criança nem sempre consegue captar a extensão da sabedoria materna. Pelo menos até quando cresce e experimenta na pele a concretização do adágio.

Mas, deixemos de filosofias e nostalgias, e vamos ao fato.

Sou Naturista há muitos anos. Moro sozinho num pequeno apartamento de dois quartos, no primeiro andar de um condomínio tranquilo, pequeno e em conta. Relação zero com vizinhos, nada além dos formais e necessários cumprimentos. Não sei o nome de um sequer. No máximo, uma ou outra olhada discreta para algum belo corpo, as seminádegas de alguma vizinha de shorte curto, um pacote mais proeminente de algum vizinho em bermuda arrochada... Algumas vezes surpreendo uma loira linda, novinha, que soube depois ser filha da síndica, chegando ou indo para a academia, corpo escultural realçado pela ligada lycra que veste – lanço-lhe olhares gulosos, no começo discretos, depois nem tanto... Mas, de fato, nada além disso mesmo.

Meu ap é meu universo e meu paraíso: não sou obrigado a receber visitas (quase nunca as tenho), por isso meu cotidiano é sem roupa. Ao chegar em casa, a primeira providência, antes de qualquer outra, é me livrar das vestimentas. Tudo faço, aqui dentro, em plena nudez: trabalho, me alimento, durmo, leio, assisto a filmes e séries, jogo online, faxino – tudo em completo estado de nudez.

Outro dia, aproveitando um feriadão de final de semana, em que parecia que todos os vizinhos do meu bloco haviam viajado, tamanha a calmaria, organizava meus LPs e CDs – que a tecnologia das plataformas musicais não conseguiu ainda aposentá-los –, exercitava uma sessão de desapego de alguns papeis inúteis há certo tempo e realizava a necessária faxina, acumulando algumas bolsas de lixo ao pé da porta, para posterior descarte.

Concluída a azáfama doméstica, a tarde já descia para a noite. Tomei um restaurador banho quente, dirigi-me à sala, acomodei as várias bolsas entre os dedos, malabaristicamente girei a chave, movimentei o trinco e abri a porta, dirigindo-me pelo curto corredor até as escadas, saí do bloco e me dirigi às lixeiras, que ficam a um canto do pátio.

Ao me agachar para depositar as embalagens no chão, para retirar a tampa e depositar o lixo, senti uma leve frieza na bunda e, estarrecido, constatei que eu me esquecera de vestir a roupa. Estava a vários metros do apartamento, em pleno pátio, completamente nu. O coração disparou, um pânico agoniado tomou conta de mim, mas consegui a custo me controlar. Respirei fundo, coloquei a maioria dos sacos na lixeira e me propus a voltar com um deles, a me servir de tapa sexo. Ridículo, sei, mas... fazer o quê?!

E teria dado tudo certo, não fosse a maldita Lei de Murphy: a deliciosa vizinha loira chegava da academia, com suas sumárias roupas a deixá-la também praticamente nua. Minúsculo e decotado top desenhava os mamilos em alto relevo, enquanto o mínimo e colado shorte apresentava redondas e rígidas nádegas e proeminentes lábios de uma buceta carnuda, sob o fino tecido. Os úmidos cabelos de recente banho davam-lhe um ar praticamente divinal, naquele crespúsculo.

Tentei colocar o saco de lixo à frente, para cobrir minha ereção, que incontinenti começou a se pronunciar. Um par de olhos, estupefato e curioso, viajou em direção ao meu falo, voltando-se depois, ao meu rosto, que deveria estar transtornado; fi-lo marmóreo, e buscando vencer com o mínimo de dignidade os metros, em direção a minha salvadora maloca, caminhei na direção dela – única passagem possível –, passando pelo corpo exuberante e rosto atônito, procurei em mim naturalidade onde só havia desespero e dirigi-me à entrada do meu bloco.

Nunca o caminho fez-se tão longo. Metros fizeram-se léguas. Todos os relógios do universo como que paralisaram seu andar, congelando aqueles segundos em horas sem fim, como em agoniados pesadelos que eu costumava ter, em criança. Como eu ansiava por acordar e ter sido apenas um sonho mau, aquela porra toda!

Eu sentia o abrigo salvador se aproximando, finalmente – isso se a infame Lei não fizesse eu tropeçar antes de atingir a segurança da escada. Não fez, mas não poderia perder a chance de se pronunciar: ao desembocar no corredor, achando que finalmente estava a salvo, eis que diviso a porta do apartamento vizinho aberta e uma linda mulher, sentada à mesa, olhos fixos no celular, desleixada na cavada regata que mostrava a branca base de seus seios. Rendi graças à tecnologia que hipnotiza as pessoas, ela sequer levantou os olhos da tela... Sentindo que desabaria a qualquer momento, me precipitei para dentro do meu lar, entre aliviado e semidestruído.

Coração aos solavancos e rola tesa pulsando, tomei um copo de água gelada, a ver se me acalmava. Quando a respiração começou a encontrar o ritmo, servi-me de generosa dose de cachaça aromatizada, que ganhara de presente recentemente, e me deixei ficar jogado no sofá, tentando conciliar as conturbadas emoções, procurando imaginar o desdobramento daquela fatídica situação.

O grito da campainha foi como um soco no estômago. Idiotice minha, achar que passaria incólume àquela situação. O segundo toque, mais insistente e nervoso, trouxe de volta as palpitações. Eu tentava concatenar os pensamentos, organizar uma justificativa minimamente lógica – sem conseguir, no entanto.

Foi quando como que uma névoa vadiou no meu conturbado cérebro, agora já acariciado pela dose alcoólica, cujo último gole derramei sobre a goela: resolvi atender à porta daquele jeito mesmo, sem roupa – afinal, eu estava no recôndito de minha intimidade agora. E isso poderia até me dar argumento para a eventual (e certa) justificativa da minha nudez pública.

Impossível descrever o impacto da cena: a loirinha gostosa que encontrara no pátio, e ainda enfiada nos resumidos trajes de academia, estava à porta; a filha da síndica parecia nervosa, enquanto cravava os olhos sobre minha rola que novamente se erigia, diante daquela deusa pálida. Parecia indecisa, mas a ansiedade parece ter vencido a hesitação e ouvi um sussurro: “Posso entrar?” Que mais eu podia fazer senão aquiescer e abrir mais a porta, buscando agir com a maior naturalidade possível?!

Procurava demonstrar a espontaneidade de quem estava plenamente vestido. Sentamo-nos lado a lado no sofá, e, a impulsos sonoros vocais e evidentes sinais corporais de nervosismo, ela dizia que sua mãe ficaria sabendo daquele assédio horroroso, que eu não tinha compostura, que era um velho sem vergonha e tal... As frases borbulhavam meio desconexas, mas os seios pareciam competir, em dureza e projeção com minha pica.

Senti que a coisa poderia ficar mais e mais complicada. Comecei e me arrepender de recebê-la sem roupa – mas logo me autojustifiquei estar em minha privacidade agora, e ter sido ela a pedir para entrar. Enquanto ela derramava aquela enxurrada de palavras, levantei, peguei água e lhe dei – ela tremia, gotas umedeceram suas coxas.

Aproveitei o silêncio da água e procurei ser o mais tranquilo possível na voz, ao afirmar minha condição de nudista, de sempre ficar assim no recolhimento do meu recanto (como ela podia perceber), e o que aconteceu antes foi que esqueci completamente que estava fora de casa, e saí sem roupa; só percebera a nudez ao chegar ao meu destino.

Enquanto falava, e com a desculpa de acalmá-la, tocava levemente seus braços, suas mãos, e uma ou duas vezes suas coxas. Sentia-a estremecer a esses toques. E confesso que o perfume delicioso de tão perto começava a me inquietar.

De repente ela parou de falar, subitamente fixou-me o olhar nos olhos, pegou-me o rosto com as duas mãos, e sem qualquer outra explicação, colou seus lábios à minha boca. Meu cérebro não funcionava mais, por isso foi por conta e risco da própria boca que correspondi àquele beijo, que nossas línguas se misturaram, com furor e suavidade.

Nossas mãos ganharam vida: as dela desceram e pegaram meu pau com firme carinho e passaram a punhetá-lo; as minhas subiram pela sua barriga e encontraram os seios por baixo do top, que suspendi – dois brancos e róseos montes receberam o afago de minhas mãos, que deslizavam ávidos pela suavidade da sua pele. Depois sob o shorte, e encontrei uma buceta alagada e ardente.

Em segundos estava completamente nua e nos esfregávamos com afã sobre o sofá feito divã. Até que ela sentou-se no meu colo e minha pica foi se sumindo em sua caverna. Seus movimentos de quadris que subiam e desciam deixavam-me louco e a ela mais ainda. Os gemidos rosnados e as palavras excitantes, que escapavam de nossos lábios, tornavam aquela batalha de corpos intensa.

Eu via minha rola brilhante e molhada entrando e saindo de sua xoxota, enquanto seus seios agitavam-se diante de meus olhos. Seus olhos fechados, a boca vermelha e os movimentos conexos e involuntários faziam-na uma amazona em êxtase.

Até que sua boca mais uma vez fechou a minha e pude sentir a vibração do seu grito, enquanto suas coxas me pressionavam e tremiam fortemente, num gozo violento, completo. Depois de dois ou três pulos completamente involuntários, ela desabou sobre meu tórax e pude sentir, através da maciez de seus seios esmagados contra meu peito, o bater descompassado do seu coração.

Assim ficamos por alguns minutos. Não sei precisar quantos. O silêncio e o cheiro de nosso sexo tomavam o ar de minha sala. Ela retirou-se de mim, e, sem nada dizer, vestiu-se rapidamente, precipitou-se até a porta e não conseguiu coordenação motora para girar a chave. Estava de novo muito nervosa. Pus minha mão sobre a sua, destranquei e abri; ela, sem sequer me dirigir o olhar, passou rapidamente para o corredor e daí para a escada, que galgou, pulando degraus.

Achei curioso, porque a síndica morava em outro bloco, e a filha se dirigia para o alto deste, que estava praticamente vazio... Mas, mais curioso e necessitado estava de acalmar meu falo, que clamava por expelir os jatos de prazer que decerto se acumulavam dentro de mim, e cujos choques elétricos ainda se faziam sentir. O leve toque dos meus dedos e um ou dois roçares seriam o suficiente para uma explosão intensa e plena.

No entanto, não conseguia parar de pensar naquele corpo jovem e branco que tão avidamente gozara sobre o meu, e, principalmente, que ela subira as escadas, ao invés de descer. Onde se refugiava? Não me contive: abri a porta e me dirigi à escada. A vizinha ainda estava absorta na tela que lhe azulava o rosto. Novamente me descobri desnudo, mas agora o tesão estava maior que a cautela, e o deserto do bloco fazia-me ousado. Com o cérebro ainda bugado, precipitei-me escada acima, sem saber exatamente onde ir, ou o que encontraria.

Passei da escada ao telhado, sobre o qual uma tímida lua anunciava sua chegada minguante, enchendo de sombras e silhuetas tudo ali. Inclusive o corpo debruçado sobre a murada, que admirava o satélite, com uma tranquilidade que nem de longe lembrava a agitação de há pouco.

Fechei cuidadosamente a porta de acesso e, pica em riste, aproximei-me silenciosamente e me pus ao seu lado, também olhando a lua. Assim ficamos algum tempo. Até que, convicto de que ela não surtaria, me movi vagarosamente, sem desviar os olhos do alto, pus-me atrás dela e encostei meu corpo no seu, alojando meu pau entre suas coxas. Os movimentos seguintes foram simultâneos e cadenciados: mãos que acariciavam seios túmidos; quadris que se remexiam, massageando meu pau rígido; cheiros e lambidas na nuca arrepiada; cabeça jogando-se para cima, roronando; mãos agora dentro do shorte, molhando-se na buceta alagada.

Quando sua mão chegou para se tocar, a minha circundou os formosos quadris e baixaram o shorte, enquanto eu próprio me agachava e enfiava minha língua no depilado cuzinho, que foi ficando lubrificado. Ela agachava-se escancarando-se. Eu já ouvia o ritmo forte da siririca e os gemidos, quando me levantei, encaixei minha rola no buraquinho e, enquanto ela arrebitava ainda mais a bunda, fui penetrando seu cu, até me sentir completamente dentro.

Os movimentos não foram muitos, pelo intenso tesão que eu experimentava: em segundos, ao sentir-lhe os arrancos de mais um gozo, meu pau também explodia dentro daquela louca loira, num gozo que jamais eu experimentara antes. Os últimos jatos coindiram com os últimos involuntários movimentos dela.

Mordisquei de leve sua orelha, retirei-me de dentro dela, e suavemente me afastei. Depois de um último olhar àquela redonda bunda na silhueta da noite, desci cautelosamente as escadas (que, passado o tesão, voltara o pânico de ser flagrado sem roupa, mesmo o prédio continuando quase sem ninguém) e me precipitei para meu apartamento. Acho mesmo que vi a vizinha, diante do celular e confiando no deserto do prédio, em característico movimento de quem se masturbava...

Joguei-me na cama. Coração ainda em batuque. O cérebro voltando a funcionar, gradativamente. Eu teria muito em que pensar antes de adormecer...

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Comentários

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Huuuummmm idilica histórica meu caro, mas permita- me tirar uma dúvida, o que seria: "as seminádegas de alguma vizinha de shorte curto"?

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