Ela me cura

Um conto erótico de Nat
Categoria: Lésbicas
Contém 2307 palavras
Data: 14/10/2024 17:46:47

Mary estava sentada na beira da cama, os ombros pesados e o rosto cansado, os dedos trêmulos apertando o celular em suas mãos. Seu corpo estava presente ali, mas sua mente vagava pelas palavras dolorosas que acabara de ouvir do marido. A discussão havia começado com um pequeno desentendimento, mas rapidamente escalou para insultos que atingiram seu coração como facas afiadas. Seu peito parecia estar envolto em um aperto constante, sufocante, enquanto as palavras dele ecoavam em sua mente, repetidamente.

— Você nunca vai mudar, Mary! Por que eu ainda tento? — ele dissera com uma frieza que ela mal podia acreditar.

Ela sentia o peso daquela mágoa se acumulando, cada vez mais fundo. A fachada de mulher forte e decidida estava se rachando. Mesmo sendo uma mulher que sabia o que queria na vida, uma parte dela sempre acabava voltando para aquele ciclo doloroso, alimentado por um casamento que há tempos havia perdido sua faísca. O rosto dela se contraiu enquanto reprimia um soluço. Estava exausta de lutar por algo que nunca lhe devolvia amor ou respeito.

Seus dedos, quase automaticamente, abriram a agenda de contatos e encontraram um nome que há muito tempo se tornara seu refúgio: Kenya. A lembrança daquela mulher morena, pequena e musculosa, surgiu em sua mente como um raio de luz no meio da tempestade emocional. O que elas haviam vivido ainda pulsava no corpo de Mary. A conexão que sentia não era só de desejo carnal. Era algo mais profundo, algo que só Kenya parecia compreender.

Mary hesitou por um momento, olhando para o nome na tela do celular. Sabia que, se fosse até ela, não haveria retorno. Mas era justamente isso que queria. Fechou os olhos e respirou fundo, apertando o número. O toque não demorou para ser atendido.

— Mary... — A voz rouca e inconfundível de Kenya ecoou do outro lado da linha, trazendo uma sensação instantânea de conforto. — Eu sabia que você me ligaria. Estou te esperando.

Mary não conseguiu falar muito além de um suspiro. Era como se as palavras de Kenya fossem tudo o que ela precisava ouvir naquele momento. Desligou o telefone, pegou as chaves do carro e saiu de casa com uma mistura de alívio e expectativa. Enquanto dirigia pelas ruas escuras e silenciosas, o vento da noite parecia carregar uma promessa. A promessa de que, ao menos por aquela noite, ela não teria que carregar o peso de sua dor sozinha.

Ao estacionar em frente à casa de Kenya, Mary ficou por um momento olhando a fachada. A luz suave que escapava pelas cortinas indicava que Kenya estava acordada, esperando por ela. Seu coração começou a acelerar, não apenas pela expectativa de vê-la, mas pela forma como seu corpo sempre respondia à presença da outra mulher.

Kenya abriu a porta antes mesmo que Mary pudesse bater. Estava descalça, vestindo uma camisola preta de seda que revelava cada detalhe de seu corpo firme e musculoso. Os cabelos negros caíam soltos, brilhando sob a luz suave. Seu olhar era penetrante, e aquele sorriso de canto de boca... um convite silencioso que Maryanne conhecia tão bem.

— Vem — foi tudo o que Kenya disse, com sua voz grave e baixa, cheia de desejo.

Mary entrou, e o aroma adocicado de flores preencheu o ambiente. Por um momento, tudo ao redor desapareceu, como se só houvesse elas duas ali. A conexão que tinham era inegável, e, apesar dos esforços de Maryanne em reprimir aquele desejo que sempre a levava de volta para Kenya, ela sabia que não tinha como lutar contra isso.

— Você merece mais do que ele te dá, gata. Muito mais — Kenya falou suavemente, enquanto a puxava para mais perto, suas mãos seguras na cintura da amiga, apertando-a firme.

O toque de Kenya era como um bálsamo sobre a pele tensa de Mary. Ela se viu relaxando, o corpo todo se rendendo àquela proximidade, ao calor que emanava de Kenya. Por que resistir? Por que continuar fingindo que não precisava daquilo?

Maryanne sentiu uma lágrima escorrer pelo rosto. Kenya a enxugou com o polegar e, em seguida, segurou o rosto da amiga com ambas as mãos, seus olhos encontrando os de Mary com uma intensidade que a desarmou por completo.

— Eu estou aqui, meu ano... — Kenya murmurou, seus lábios roçando suavemente os da amiga, em um gesto que era ao mesmo tempo um pedido e uma promessa.

O beijo foi lento no início, delicado, quase tímido. Mas a urgência não demorou a tomar conta. Os lábios de Kenya se abriram contra os de Mary, as línguas se encontrando em uma dança sedutora e cheia de desejo. As mãos de Kenya começaram a explorar o corpo de Mary, descendo pela curva de suas costas até seus quadris, onde ela a puxou ainda mais para perto.

O mundo ao redor parecia desaparecer. O toque de lésbico de Kenya, seu calor, sua presença, tudo parecia silenciar as vozes de insegurança e dor que atormentavam aquela mulher. Havia apenas o presente, o aqui e agora, e o fogo crescente entre elas.

Kenya começou a descer o zíper do vestido da amiga, com movimentos lentos e calculados, como se quisesse prolongar aquele momento, aproveitar cada segundo do corpo daquela fêmea. Quando o vestido finalmente caiu ao chão, Maryanne ficou apenas de lingerie, seus seios pesados e mamilos já endurecidos à vista de Kenya, que sorriu como uma predadora prestes a atacar sua presa.

— Eu sempre soube que você voltaria pra mim — sussurrou Kenya, suas mãos já apertando os seios fartos de Mary, seus dedos brincando com os mamilos rosados, enquanto seus lábios voltavam a capturar os de Mary em um beijo mais feroz.

Maryanne ofegou contra os lábios de Kenya, sentindo as pernas fraquejarem enquanto a outra mulher a guiava até a cama. Kenya era uma amante experiente, conhecia o corpo de Mary de cor e sabia exatamente como levá-la ao êxtase. Enquanto Maryanne caía na cama, Kenya a observava por um instante, o olhar faminto correndo por cada centímetro de sua pele exposta.

Ela não esperou muito antes de se deitar sobre Mary, suas bocas se encontrando novamente, mas desta vez com mais urgência. As mãos de Kenya deslizavam pelo corpo de Maryanne, explorando suas curvas, apertando sua pele quente e já úmida de excitação.

A música de Marvin Gaye, que tocava suavemente ao fundo, parecia guiar cada movimento. A batida sensual de Sexual Healing acompanhava o ritmo dos corpos que se entrelaçavam na cama. Kenya começou a descer seus lábios pelo pescoço daquela dama, deixando um rastro de beijos úmidos até seus seios, onde parou para saborear os mamilos endurecidos. Maryanne gemeu alto quando Kenya sugou cada um deles, alternando entre o carinho e a mordida, fazendo com que o corpo de Mary tremesse em resposta.

— Você é tão linda assim... Tão entregue pra mim — Kenya cochichou, descendo ainda mais seus lábios pelo abdômen de Mary, enquanto suas mãos firmes já abriam a calcinha rendada que ela usava.

Maryanne fechou os olhos, deixando-se levar pelo toque habilidoso de Kenya. Ela sentiu os dedos da amiga deslizarem pela sua boceta meladinha, os lábios carnudos já inchados de desejo. Mary arqueou as costas quando sentiu o toque no seu clitóris entumecido, e os dedos de Kenya começaram a se mover em círculos suaves.

— Ah, Kenya... — Ela ofegou, seu corpo reagindo involuntariamente a cada movimento.

Kenya não esperou muito antes de se posicionar entre aquelas pernas brancas e fartas. Ela beijou a parte interna das coxas da amiga, provocando-a ainda mais, até finalmente encontrar o ponto que desejava. Mary ofegou quando sentiu a língua quente e hábil da amiga tocar sua boceta, lambendo com vontade, como se estivesse faminta por ela.

Cada movimento da língua daquela lésbica parecia enviar ondas de prazer pelo corpo de Mary, que segurava os lençóis com força, gemendo alto. Kenya alternava entre lamber e sugar o clitóris da amiga, enquanto penetrava sua bocetinha quente com dois dedos. O ritmo era perfeito, cada movimento sincronizado com a música que tocava ao fundo.

Mary não conseguia se segurar por muito tempo. As sensações eram intensas demais, e Kenya sabia exatamente como levá-la ao limite. Quando o orgasmo finalmente veio, foi como uma explosão. Maryanne gritou o nome de sua confidente, seu corpo inteiro tremendo enquanto o prazer a consumia.

Kenya sorriu, subindo de volta até o rosto de Mary, seus lábios roçando os da amiga, que ainda arfava, exausta e satisfeita. O sabor doce do orgasmo ainda presente. Mary estava exausta, sua respiração irregular e seu corpo tremendo levemente, ainda sob os efeitos das ondas de prazer. Mas Kenya não tinha terminado. Seus olhos predatórios, intensos e desejosos, revelavam que ela queria mais. Muito mais.

— Eu sempre sei como te curar, não é, Mary? — Kenya sussurrou contra os lábios da amiga, mordiscando suavemente o inferior, seus dedos ainda traçando círculos suaves nas coxas de Mary, provocando-a.

Mary não conseguia articular uma resposta. Estava rendida, vulnerável, e ao mesmo tempo cheia de uma sensação de segurança que só aquela lésbica conseguia lhe proporcionar. O toque dela, a maneira como sabia exatamente o que Mary precisava... Era como se todo o estresse, toda a dor, fossem sugados de seu corpo, deixando apenas o prazer. E, de fato, quando tudo parecia cair ao seu redor, era Kenya quem a resgatava das profundezas da sua própria dor emocional.

— Eu não posso... — Mary tentou sussurrar, ainda lutando contra a torrente de sentimentos que a envolvia. — Eu sou casada.

Mas a voz soou fraca, e até mesmo ela sabia que não acreditava nas próprias palavras. Porque ali, naquela cama, envolta nos braços fortes de Kenya, Mary sentia algo que não sentia com o marido havia muito tempo: desejo, amor e compreensão.

Kenya sorriu, percebendo a hesitação. Ela sabia que Mary estava dividida entre a obrigação e a atração irresistível que sentia por ela. Sem dizer mais nada, Kenya desceu sua boca novamente, agora traçando um caminho suave pelo corpo de Mary, seus lábios pressionando suavemente a pele macia e exposta da amiga, beijando cada centímetro de sua barriga, cada linha que delineava seus quadris.

Mary arfava de novo, sentindo a excitação retornar com força total. A cada beijo, cada toque, seu corpo parecia ganhar vida nova. Kenya tinha um jeito único de fazê-la esquecer de tudo — de sua vida complicada, de seu casamento infeliz, das dores emocionais — e focar apenas no momento presente, naquele prazer inebriante.

— Você não precisa lutar contra o que sente, Maryanne — afirmou Kenya, seus dedos firmes agora encontrando o caminho de volta à boceta melada daquela dama, já quente e pulsante de novo. — Eu sou a única que te entende. Eu sei o que você quer... O que você precisa.

Kenya começou a massagear o clitóris túrgido de Mary com a ponta dos dedos, enquanto a outra mão firmemente apertava seu quadril, mantendo-a presa sob seu controle. A boca de Kenya voltou a descer, desta vez parando na altura da boceta úmida de Mary, onde ela mergulhou de uma só vez, sua língua explorando o gosto doce e salgado da excitação da amiga.

Mary ofegou alto, segurando a cabeça de Kenya entre as pernas, enquanto seu corpo reagia instantaneamente ao toque habilidoso da amante. Ela estava perdendo o controle novamente, seu corpo entregando-se completamente a Kenya, cada onda de prazer mais intensa que a anterior.

A língua de Kenya trabalhava incansavelmente, lambendo e sugando o clitóris de Mary com precisão, enquanto seus dedos se moviam em um ritmo perfeito dentro da bocetinha quente e apertada. A combinação dos movimentos, a música sensual ainda tocando ao fundo, e os gemidos de Mary enchendo o quarto, criavam uma atmosfera carregada de tensão sexual.

Kenya sorriu contra a pele doce de Maryanne, sentindo o controle que tinha sobre o corpo da amiga amante. Cada contração, cada gemido, cada movimento dos quadris de Mary contra sua boca era uma prova de que ela havia conquistado o que queria. Mary estava completamente à sua mercê.

— Eu vou te dar tudo o que você precisa, Maryanne... — sussurrou Kenya enquanto intensificava os movimentos, sua língua agora movendo-se rapidamente pelo clitóris doce, enquanto seus dedos se aprofundavam ainda mais, explorando cada parte sensível da boceta dela.

Mary não conseguia mais segurar os gritos. O prazer era esmagador, avassalador. Ela se arqueava contra aquela boca experiente, implorando por mais, cada onda de prazer maior que a anterior. Quando finalmente o segundo orgasmo veio, foi como uma explosão. O corpo de Mary tremia violentamente, e ela gritou, pela segunda vez, o nome da amante, entregando-se completamente ao êxtase que a consumia.

Kenya continuou a estimulá-la, prolongando o clímax, até que Mary se esgotasse por completo, seu corpo relaxando contra os lençóis macios, ofegante e saciada.

Com um sorriso de satisfação, Kenya subiu novamente, deitando-se ao lado de Mary, passando os dedos pelos cabelos desgrenhados da amiga, enquanto a observava recuperar o fôlego.

— Você sabe que eu sempre vou estar aqui para você — Kenya soprou suavemente, sua voz carregada de carinho e desejo. — Quando ele te machucar, quando o mundo te deixar para baixo... Eu vou estar aqui para te curar.

Maryanne virou a cabeça para encarar aquela face, seus olhos ainda enevoados pelo prazer intenso que acabara de sentir. Por mais que quisesse negar, por mais que tentasse se convencer de que aquilo era errado, ela sabia que sempre voltaria para a sua mulher. Porque ali, nos braços daquela fêmea, era onde finalmente se sentia livre.

— Eu sei... — Mary sussurrou, sua voz cansada, mas cheia de uma aceitação silenciosa. Ela sabia que não importava quantas vezes tentasse fugir daquele sentimento, sempre acabaria voltando. Kenya era sua cura.

As duas ficaram ali deitadas, o som de Sexual Healing ainda ecoando suavemente pela sala, enquanto Mary se deixava levar pelo calor do corpo de Kenya. O peso do mundo parecia ter desaparecido, e pela primeira vez em muito tempo, Mary se sentia verdadeiramente em paz.

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