A Influencer do Sexo - Parte 14

Um conto erótico de Mark da Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3410 palavras
Data: 14/10/2024 21:36:27

Já com saudade, despedi-me da minha caboclinha e retornei para São Paulo. Na terça-feira seguinte, tive uma reunião na editora, mas, curiosamente, seria apenas com o Alfredo, já que o Frefre estaria numa bienal e a Manu em viagem para uma entrevista que daria a um programa qualquer no Rio de Janeiro. Ali eu descobriria fatos que mudariam de vez a minha visão sobre as pessoas que faziam parte daquela trama. As surpresas estavam só começando…

[CONTINUANDO]

O semblante do Alfredo já não era o mesmo: estava muito mais magro, abatido, pálido e pouco animado. Ainda assim, interagiu animadamente com todos do local. Em nossa vez, parecia que seria apenas uma reunião normal, para realinharmos detalhes do lançamento da minha próxima obra, mas já quase no final, ele me chamou para uma conversa reservada. Quando os presentes saíram da sala, ele foi direto:

- E aí? Não vai mesmo se acertar com a Emanuelle?

- O que é isso, Alfredo? É claro que não!

- Você está esperando eu morrer mesmo, né?

- Credo! Vira essa boca pra lá, homem!

Ele coçou a testa e resmungou:

- O meu médico vai me matar, mas eu vou tomar uma dose. - Disse e foi na direção do bar de seu escritório: - Vai um uísque aí, Marcel?

- Bebo para te acompanhar e… - Calei-me curioso: - Que história é essa de médico? A Emanuelle me contou que você anda meio adoentado, mas… Não é nada sério não, é?

Ele retornou com dois copos, entregando-me um e disse:

- Naquele dia em que conversamos, eu não mostrei todas as minhas cartas, mas acho que chegou a hora…

Senti uma tensão em suas palavras e tomei um gole, aliás, eu e ele, sempre nos olhando um ao outro. Ele prosseguiu:

- Você pode pensar que eu estava brincando, mas não estou. Na melhor das hipóteses, tenho só mais alguns meses de vida. - Tomou um bom gole do seu uísque e continuou: - Estou com um câncer bravo, já em metástase avançada. Acho que só não tenho tumor no cu ainda, mas tá perigando.

Surpreso, acabei colocando uma mão sobre a minha boca, sem saber o que dizer, mas ele parecia muito seguro de si:

- Precisa me olhar com essa cara não! Ainda estou vivo, só acho que não passo desse ano. - Tomou outro gole e me deu um tapa no joelho: - Vou aproveitar para te dar um conselho, mesmo porque acho que você já está na idade e não pode cometer o mesmo erro que eu cometi. Procure um urologista e faça o exame de próstata. Eu, apesar de liberal, nunca gostei que colocassem a mão em mim. Sei lá! Deve ser algum resquício de um machismo mal curado, mas enfim… Não fiz exame de toque, não fiz exame de sangue, achei que não precisava. Me fodi! Quando comecei a ter uns problemas para urinar, estranhei, mas foi só quando comecei a mijar sangue que vi que tinha coisa errada. Já era tarde…

- Porra, Alfredo, e você fala com essa tranquilidade!? Como você consegue?

- Se eu chorar, espernear, fazer drama ou chantagem emocional, vai mudar alguma coisa? Não, né! Então, o jeito é seguir vivendo enquanto der. - Tomou outro gole de uísque e insistiu: - Você já tem seus quarenta, não tem? Previna-se, meu amigo. Não seja besta como eu fui!

- Mas… Mas e tratamento!? Você não está se tratando?

- Hã, Marcel… - Resmungou com um sorriso triste no rosto: - Já tô fodido! Demorei demais para descobrir. No meu caso, já chegou aos ossos e está se espalhando rápido. O último exame indicou alguma coisa no meu intestino, mas o médico ainda não quis confirmar. Como se precisasse…

- Caralho, meu…

- Marcel, olha só, cara... A Emanuelle nunca deixou de te amar, de verdade, de coração. Eu sei porque acompanhei e vivo com ela. Além disso, eu amo demais aquela menina para deixá-la sozinha nesse mundão de Deus. Por que você não dá uma chance para ela? Eu não costumo me enganar e você pode até negar, mas tenho quase certeza de que você ainda gosta dela.

- Ô, Alfredo, isso é hora de tocar nesse assunto?

- Eu posso estar morto amanhã, Marcel, para mim a hora é sempre agora! - Tomou outro gole do seu uísque, saboreando cada gota e sorriu: - Meu médico vai ter um chilique quando souber que eu bebi, mas foda-se ele, não sei se acordo amanhã mesmo! Aquele filho da puta…

- Vira essa boca pra lá, cara! - Reclamei.

- Então promete que vai pensar no que eu te pedi!

- Você sabe que não é assim que funciona. Eu estou noivo e vou me casar com a Chiquinha.

- Ah sim, a Chiquinha… A Emanuelle gostou bastante dela, inclusive, parece que as duas até se deram bem no seu jantar de noivado.

- Foi…

- Ué!? Por que não o agradável com o agradável? - Deu uma gargalhada e outro tapa no meu joelho antes de continuar: - Imaginou, hein? Você com duas belas mulheres para chamar de suas. Vai ter sorte assim na casa do caralho!

Sorri meio sem graça da piada, nem sequer cogitando essa possibilidade, mas apenas para acompanhá-lo naquele momento de distração. Na sequência, emendei:

- Vai sonhando… De qualquer forma, eu não confio mais na Emanuelle.

- Porra! “Mó” babaquice do caralho, hein, cara!?

- Como é que é!?

- Marcel, você é um cara inteligente. Pensa um pouco, porra! O que foi que levou a Emanuelle a tomar aquela bosta de decisão de voltar a se prostituir quando vocês estavam juntos? Foi a falta de dinheiro! Esse problema não existe mais, nem para ela, nem para você.

- É, mas gato escaldado tem medo de…

- Ah, qual é, Marcel!? Ditadinho popular para cima de mim! A Emanuelle é um amor de pessoa, super confiável, tanto que não sai do meu lado por nada! Eu… Eu só queria que ela tivesse uma chance de ser feliz. Você não notou como ela anda abatida? A coitada tem se desdobrado para me ajudar, mas… - Calou-se por um instante e mudou radicalmente de assunto: - É o seguinte: semana que vem é o meu aniversário e quero que você venha, não aceito um “não” como resposta.

- Eu vou, claro, tranquilo.

- Joia! Vai ser numa casa de swing…

- Casa de swing… no seu aniversário!? - Sorri e brinquei: - Só falta falar que vai convidar toda a sua família.

Ele seguiu me olhando sem mudar sua expressão, de uma forma séria, tranquila, bebendo o seu uísque e eu continuei:

- Você vai mesmo convidar toda a sua família, né?

- Só não vou levar os menores de idade; os maiores, todos, estão sendo convidados.

- Todos!? Até os seus filhos?

- Até a minha ex! - Deu outra gargalhada: - Cara, você precisava ter visto a cara que ela fez quando viu onde seria a festa. Foi hilário!

Comecei a balançar negativamente a minha cabeça, mas com um sorriso no rosto, imaginando a reação dela:

- Qual é, Marcel, que cara é essa? Até parece que estou levando a sua mulher para o swing!? Vou levar a minha! Mas como você é meu amigo, eu posso te emprestar. Está ouvindo? Em-pres-to! Só vou entregá-la de vez quando eu começar a comer capim pela raiz, antes não! - Gargalhou e depois ainda falou: - Sabe que a ideia não é ruim!?

- Comer capim?

- Não, cara! Convidar a sua noiva. Se ela tiver a cabeça aberta e quiser ir, também está convidada. Traga ela, vai ser legal.

Confirmei que iria ao seu aniversário na tal casa de swing, mas nada falei a respeito da Chiquinha, afinal, eu precisaria confirmar com ela e considerando que ela morava bem no meio do país, seria bem improvável a sua presença. Liguei para a Chiquinha, mas como eu imaginava, a logística para sua vinda apenas para um final de semana seria bastante complicada. Ela acabou decidindo não vir, mas me liberou para que eu fosse, não sem antes me intimar:

- Vai ter mais gente, né?

- Toda a família dele! Imagina só!? Filho, nora, primos, sei lá mais quem… Ah! A ex-mulher dele vai. Nem consigo imaginar o que irá acontecer nesse dia.

- Sei… Olha só, eu confio em você, demais mesmo, mas fica esperto, afinal a Manu ainda parece bem caidinha por você.

- É… Pois é! Inclusive, quando você vier precisamos conversar sobre algo, mas eu queria falar pessoalmente.

- Ficou com ela, é isso?

- Não, não, nada mesmo! Desde que voltamos não fiquei com mais ninguém, juro.

- Então tá! E por que tem que ser pessoalmente? Não pode me falar por aqui não?

- A história é complicada, muito mesmo. Eu prefiro falar pessoalmente com você.

- Sacanagem isso, sabia? Não se começa uma fofoca com uma mulher e fala “depois a gente conversa”. Covardia!

- Não aconteceu nada mesmo. Juro! Se o seu medo é eu ter te traído, fica tranquila, porque não aconteceu.

- Seja honesto comigo, hein, Marcel. Eu não sou sua dona e não posso te proibir de nada, mas nunca me esconda algo. Eu ficaria muito decepcionada com você.

- Nossa, que mulher mais… liberal! - Dei uma risada e ainda fiz uma piada: - Quer dizer então que, se um dia eu estiver muito tarado e pegar uma moça só para me aliviar, você não vai ficar brava, desde que peça antes ou te avise depois.

- Prefiro que me peça antes! Mas se contar logo depois, também serve.

- Tá falando sério?

- Marcel, meu amorzin, eu já fui uma puta. Já fiz tanta coisa que você nem imagina, com solteiro, noivo, casado, mas eu fazia pelo dinheiro, não por sentimento. Inclusive, já atendi homens que só queriam isso mesmo, se aliviar, e tinham vários motivos diferentes, como falta de iniciativa da esposa, falta de tesão no casamento, a esposa virou crente e não queria mais dar se não fosse para engravidar. Ihhh! A gente só não teve chance, mas eu tenho cada história. Acho até que daria um bom livro… Já até imagino o título: “Crônicas de uma puta, filha de uma puta!” - Começou a gargalhar e no final completou: - Seria o máximo!

- Você está falando sério mesmo? - Insisti, curioso e expliquei: - Porque eu não sei se teria uma mente tão liberal assim para te liberal enquanto estiver por aí.

- E por que não? Medo de me perder? Acha que eu fugiria com um qualquer só porque dei uma trepada gostosa? Para com essa insegurança, amorzin. Eu serei a sua esposa se você quiser. Só acho que o casamento não pode ser o fim dos nossos desejos, nem mesmo castrar as nossas possibilidades no futuro. Se nós nos amamos de verdade, nossos sentimentos são um do outro, mas o corpo deve servir aos nossos desejos. A única coisa que não pode faltar, NUNCA! - Ela frisou e se calou por um instante: - É a honestidade. É o olho no olho. É a sinceridade em nos abrirmos um com o outro. É a cumplicidade entre o casal. É o nosso compromisso em satisfazer o nosso parceiro de todas as formas possíveis. Não concorda?

Aquele ponto de vista abria um oceano de possibilidades, mas também me deixava na beira de um precipício: se eu concordasse, poderia me beneficiar imensamente da situação, seja com a Manu ou mesmo com outras, mas estaria praticamente dando uma carta branca para a Chiquinha extravasar todo o seu tesão com um qualquer enquanto estivesse em Natividade, ou mesmo depois que estivéssemos vivendo juntos. Decidi ser político:

- Nossa, eu… - A minha voz falhou por um instante, mas logo me recobrei, após pigarrear: - Sinceramente? Eu não sei o que dizer. Nunca pensei por esse lado, ter um relacionamento aberto, porque o que você propôs é praticamente isso?

- Não! Aberto não! Um relacionamento liberal, no qual o casal vive junto, mas se permitem viver experiências no mundo externo, retornando para casa depois. Falei só de envolvimento carnal, nada de sentimental, entendeu?

- Certo! Vamos lá… - Pigarreei novamente: - E o risco do envolvimento? Há de convir comigo que se a gente se envolve com outro sexualmente, sempre haverá o risco de desenvolvermos alguma forma de sentimento, não acha?

- Então… Não sei se é porque eu já fui uma puta, vivendo profissionalmente do sexo, e estou tão calejada por isso, mas eu não vejo esse risco. Pelo menos, comigo, nunca aconteceu de eu me apaixonar por um cliente.

Decidi ser um pouco mais incisivo e tentar dar um xeque-mate nos argumentos da Chiquinha:

- Então, você me diz que não tem ciúme se eu me envolver com outra, é isso?

- Sem envolvimento sentimental? Sim! É isso. - Ela respondeu sem sequer titubear.

- Mas, caso acontecesse de eu concordar com isso, você irá querer os mesmos direitos, correto?

- Ué! Direitos iguais, amorzin: se vale para um, vale para os dois. - Deu uma risada e completou: - Mas sendo bem sincera com você agora… Eu já dei tanto nessa vida, para tanto homem diferente, que agora eu só queria um para cuidar de mim. Acho que não tenho mais essa vontade de experimentar outro, mas também não quero ser hipócrita de dizer que nunca mais irei, afinal, se você puder e um dia eu tiver uma vontade de verdade, irei querer sim. Por que não!?

Encerramos essa nossa conversa com uma gostosa sessão de sexo virtual. Pela primeira vez, pude assistir de camarote a minha deliciosa caboclinha rebolar e gozar em dois consolos que ela tinha guardado para “emergências”, como ela própria explicou. Foi alucinante vê-la simular sexo com aqueles dois falos, introduzindo-os em sua boca, buceta e até mesmo no cu, quando fez uma dupla penetração. Depois que gozamos, enquanto nos despedíamos com juras de amor, notei que ela, apesar de ter aproveitado bastante, ficou um pouco receosa de ter extrapolado. Tratei de tranquilizá-la, dizendo que com aqueles brinquedos, eu não tinha o menor ciúme e até gostaria de transar com ela e eles juntos:

- Quero ver mesmo se não vai ficar com ciúmes dos meus amiguinhos? - Disse, sorrindo de uma forma sapeca.

- Ciúmes!? Vou é enfiar esse mais grosso no seu rabo enquanto eu arregaço bem gostoso essa sua bucetinha. Ah, e sem esquecer desse outro que quero te ver chupando, senão envio ele também no seu rabo, ouviu?

- Os dois? No meu cuzinho!? - Falou surpresa, mas ao final pediu: - Amorzin, eu gosto tanto de dar o meu cuzinho para você que eu preferia você atrás, o negão na minha xereca e o branquelo na boquinha, pode ser?

- Por mim, sem problemas! - Pensei um pouco e brinquei: - Ou os dois na sua boceta, que tal?

- Você está querendo me arregaçar mesmo, né, seu safado!? Vamos ver! Para eu dar conta dos dois no mesmo buraco, terei que treinar um pouco.

- Treinar!? Como assim? Com quem? - Perguntei, meio assustado após aquela conversa.

Ela começou a rir e desatou a gargalhar na sequência. Depois de bons segundos, ela encarou o celular e disse:

- Ui, que ciumento… Delícia! - Riu mais um pouco e explicou: - Com eles, né, seu bobo! Treinar com os meus brinquedos, afinal, já estou fora do “me”... “meti”... Ah, do ramo! Estou fora do ramo! Já te falei, acho que estou saciada de homem por uma vida. Agora, eu só quero um para amar. Só isso…

Despedimo-nos aos beijos e fui tomar uma ducha para retirar o suor e a minha própria porra que havia espirrado por toda a minha barriga e peito. Embaixo do chuveiro, enquanto a água carregava as provas do crime, comecei a pensar em tudo o que havíamos conversado e não cheguei à conclusão alguma, talvez por medo, pelo trauma causado pela Manu, pelo machismo da criação que tive, mas uma coisa era certo: aquilo poderia ser um divisor de águas na minha vida.

Os dias seguiram e avisei ao Alfredo que, infelizmente, a minha noiva não poderia comparecer. Quem pareceu gostar foi a Manu que um dia me ligou para pedir uma opinião:

- Você quer o quê? - Perguntei.

- A sua opinião para o modelito que escolhi para o aniversário do Fredo, ué? O que tem me falar se gostou ou não?

- O contexto, né, Manu… - Respondi o óbvio.

- Por favoooooorrrrrzinhuuuuuuuuu! - Resmungou ao telefone.

- Tá, caramba… Tem uma foto?

- Tenho! Já estou te mandando. - Disse e desligou a chamada.

Quase que imediatamente ouço avisos de notificação chegando em meu celular. Foram três ao todo. Abri a mensagem e vi que eram três fotos: Na primeira, a Manu estava lindamente produzida num vestido justo vermelho, curto um palmo acima dos seus joelhos. Parecia também estar vestindo uma meia calça escura e um scarpin de salto alto preto com solado vermelho. Apesar de não estar ainda maquiada e usando joias, estava linda, iluminada com um sorriso dos mais maliciosos possíveis. Na segunda, ela estava sem o vestido, confirmando as minhas suspeitas, pois realmente usava meias calças sete oitavos, além de uma calcinha preta, rendada e transparente minúscula e os mesmos scarpins. Seus seios pareciam os mesmos de quando estávamos juntos, empinados, eriçados, quase ofensivos aos desejos que começavam a latejar dentro do meu eu. Por fim, a terceira e mais comportada delas, em que apenas aparecia o seu rosto, forçando um beijo travestido de sorriso transbordante em malícia para mim. Mandei uma mensagem para ela no mesmo instante:

Eu - “Manu! Para que isso!?”

Manu - “Gostou? Acha que o Fredo vai gostar?”

Eu seria muito ingênuo se a criticasse pela vestimenta, tendo em vista que eu próprio havia concordado em dar a minha opinião e tudo o que eu disse poderia e seria usado contra mim naquele debate. O pior é que o meu pau estava duro como uma barra de ferro, o que dificultava qualquer crítica que eu fizesse. Respondi então com um certo desdém:

Eu - “Sim, ele vai adorar!”

Eu - “Tenho certeza que vai…”

Manu - “E você, gostou?”

Eu já estava quase sendo levado à lona, por isso me calei. Ela queria mais:

Manu - “Acho que gostou, hein!?”

Manu - “Só tenho dúvida quanto à calcinha porque essa minha já ficou encharcada só de conversar com você…”

Respirei fundo e tentei encerrar a conversa:

Eu - “Certo, ele vai adorar.”

Eu - “Parabéns pela escolha pois tudo combinou maravilhosamente bem.”

Nesse momento, chegou outra foto em que ele exibia a parte de baixo da calcinha realmente encharcada com os fluídos de sua excitação. Engoli a seco e parei de respondê-la. Ela ainda insistiu por um bom tempo, mas vendo que eu não respondia desistiu após me xingar um pouco.

Os dias seguintes foram tensos. Ela parecia saber o efeito que havia causado em mim e passou a ousar cada vez mais nas roupas. O Alfredo parecia entender o que estava acontecendo, porque eu fugia dela como o Capeta foge da Cruz Sagrada. Ficar a sós em alguma sala, então? Nem pensar. Na única vez em que ela conseguiu me fechar na sala de reunião, vestia uma roupa comportada, consistente de uma macacão comprido de manga curta, mas que nem por isso a deixava feia, muito ao contrário, pois, justíssimo, ressaltava suas curvas ainda mais, além de possuir um decote que deixava seus seios bastante insinuantes.

Ela parecia curtir essa brincadeira de “gata e rato”, mas a sorte estava do meu lado, pois quando tentou dar um bote em definitivo sobre mim, a secretária da presidência bateu à porta e ela, muito a contragosto teve que atender. Eu aproveite a chance e fugi como o mais malandro e covarde dos ratos.

O tempo passava e eu seguia tentando convencer a Chiquinha a comparecer ao aniversário do Alfredo. Faltando três dias, tivemos outra conversa em que a minha insistência ficou escancarada demais. Naturalmente, ela estranhou e tive que abrir o jogo, contando das pretensões da Manu e da situação do Alfredo. Ela se surpreendeu e encerrou a chamada, deixando-me com aquela sensação de “Pronto, perdi novamente!”, mas qual não foi a minha surpresa quando ela fez uma por chamada de vídeo para mim horas depois:

- É séria essa história? - Perguntou, bastante contrariada.

- É sim! Eu nunca inventaria algo desse tipo, Chiquinha.

- Tá! E… você?

- Eu o quê?

- Você quer?

- Quero o quê?

- Não se faça de songo-mongo para cima de mim, Marcel. Responde a porra da minha pergunta!

- Nã-nã-não! - Gaguejei sem passar a menor credibilidade.

Ela me encarava com sangue nos olhos, mas que, pouco a pouco, se transformaram em tristeza, seguida de medo. Fiquei sem saber como ajudá-la até que ela própria falou:

- Tá! Eu… Eu… Eu vou para aí. Não vou te perder sem lutar!

[CONTINUA]

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 270Seguidores: 630Seguindo: 24Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Boa tarde Mark!

A saga está muito interessante e com uma interrogação sem tamanho quanto ao desenrolar das artimanhas até o final.

Cadê os outros capítulos desta saga?

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Mano véio, tá TD bem?

Vcs estão meios sumidos, muita correria?

Abração!

👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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Dei uma maratonada.

Para que simplificar as coisas se podemos sempre confundir ainda mais? 😂😂😂

Muito bom.

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Muito bem m ficou muito lindo interessante

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Parece que o caldo vai engrossar, mas acho que não vai acontecer nada de mais grave devido a vida das duas! Parabéns Mark!

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Lembra da teoria do trisal?

Vai que kkkkkkk

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Pensei exatamente nisso, mas não quis comentar, já que até chegar nesse ponto algumas coisas podem acontecer.

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Sim, talvez nem chegue kkkkk

Mas pelo menus o assunto foi abordado, já é uma vitória pra mim kkkkk

Meu amigo você já leu algum conto do Mark que o casal termina em uma relação monogâmica? 🤔

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Nessa vida, não! Kkkk

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Foi o que imaginei kkkkkkkkkkkk

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Me perdoem entrar no assunto, mas não aguentei! KKK

E é sempre duas mulheres e um homem este trisal!

🙈🙈🙈

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Geralmente é o mais comum, mas tem com dois homens também kkkk

Eu penso que se os três estão de acordo e querem isso, tem mais é que deixar rolar, não é algo que eu faria, porém respeito quem goste.

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Juuuuuu, estou com SDS de seus contos!

😢😢😢😢😢

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E eu de escrever, mas infelizmente acho que só nas férias mesmo, estou ajudando meu marido com os dele, estou revisando os capítulos, como ele posta todo dia e eu trabalho, fico meio sem tempo, mas assim que der vou escrever mais algumas histórias rsrs

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E amigo como diz os sábios tem tem situação e tem situações e nesse caso que sinuca de bico em nota mil Mark parabéns eita saga boa kkkkkk

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Muito bom como sempre!!

Infelizmente eu prevejo um futuro em que a traidora será perdoada, levará a Chiquinha a gostar desse mundo liberal e o cara vai ficar com as duas sem realmente ficar com elas.

Neste caso o que dá esperanças para ele é justamente o fato do passado delas, e ele focar suas esperanças neste historinha de que, por ter sido puta já estão saciadas. Talvez essa desculpa possa ser usada inclusive pela manu em algum momento.

Eu sei que é o modo de pensar do autor e suas histórias são sobre o tema, mas seria legal ver o Marcel e a Chiquinha realmente recomeçando juntos depois de tudo...iniciando uma vida sólida como casal para depois se aventurar,ou não, neste mundo, que só dá certo se o relacionamento tiver o mínimo de base sólida. Imaginem a cabeça desse cara, enfrentar tudo isso sem QQ ajuda psicológica e etc é até maldoso.

Mas...torcendo para a Chiquinha. Embora infelizmente o velho tenha usado uma carta difícil de combater, a chantagem emocional. Emocional do cara já destruído por tudo que aconteceu desde a infância.

Mas muito bom!! Lendo e aprendendo como deixar o leitor ansioso com uma história. Obrigado, estou sempre aprendendo com seu jeito de escrever. Ótima noite!

Abraço....3 estrelas

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Uma tentativa infrutifera, pelo menos para mim, em normalizar um relacionamento aberto ou liberal. Para mim, ainda se trata de falta de amor e insatisfação. Respeito o direito de cada um gostar ou não, mas para mim a monogamia é fundamental na relação verdadeira.

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Ah cara, eu acho mancada quererem pensar em liberalidade ou se deixar envolver por coisas do passado tendo feridas mal curadas

Marcel foi traído da pior forma e é óbvio que nunca superou. Chiquinha se sente a mais desafortunada e desamparada nesse mundo por conta do passado de prostituta.

Aí o maluco faz o quê? Se mete num rolê de un clube de swing.

3 estrelas

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Eita ,mulher é bicho brabo , não quer perder para outra de jeito nenhum! Bastou o Marcel falar que a Manu tava tentando ganhar o jogo que ela já mudou o esquema tático.

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Demorou mas esclareceu a história pra noiva.

Agora é aguardar o encontro.

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