Segredos de Família - Capítulo 2: Qual o meu preço?

Um conto erótico de Th1ago-
Categoria: Gay
Contém 1486 palavras
Data: 15/10/2024 11:19:37

Segredos de família - Cap 2 | Qual o meu preço?

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Enquanto eu abria a porta do quarto, só conseguia escutar a voz de Medusa na minha cabeça:

"Você vai abrir a porta, entrar, ficar parado e fazer o que ele mandar, não precisa falar nada."

Devagar, abri a porta e entrei no quarto. Tranquei-a e dei alguns passos para frente, tentando enxergar alguma coisa, mas estava tudo escuro.

— Yago — disse uma voz no fundo da sala, que logo se iluminou por um abajur aceso — seja bem-vindo.

— Obrigado — falei baixo.

— Está tudo bem? — disse o homem, se levantando e saindo da escuridão para que eu pudesse vê-lo.

Ele tinha cerca de 1,90 de altura, cabelos grisalhos, barba preta, mas já ficando grisalha. Vestia um terno. Era bem forte, com certeza malhava bastante e cuidava da saúde. Seus olhos eram castanhos, e à medida que se aproximava, um cheiro de perfume caro tomava conta do ambiente.

— Sim, eu só...

Não consegui terminar a frase, pois ele começou a me rodear, passando seus dedos pelo meu pescoço, meus braços e até mesmo minha nuca.

Acabei ficando arrepiado quando ele tocou minha nuca e me contorci.

— Você é novo por aqui, não é?

— Sim, eu morava no interior de São Paulo. Mudei-me para cá para estudar e tentar a vida com minha mãe.

— Problemas financeiros? — disse ele, pegando minha mão e me conduzindo até o sofá.

— Sim. Depois que meu pai morreu, tudo ficou muito difícil.

— E aí resolveu fazer programa? — perguntou ele, erguendo a sobrancelha.

— Eu não estaria aqui se tivesse outra opção — falei rispidamente. — Nunca fiz isso na minha vida. Nunca nem fiz sexo na minha vida inteira. Só quero ajudar minha mãe — disse, começando a sentir as lágrimas escorrerem.

— Fica tranquilo, menino — disse ele, limpando as lágrimas do meu rosto. — Você não precisa fazer nada disso.

— A Medusa vai me matar!

— Ela não vai saber de nada que acontece aqui dentro — disse ele, colocando a mão no bolso do terno e puxando um charuto. — Vamos conversar um pouco, eu te dou o seu dinheiro, e você segue sua vida.

— Mas você não me chamou aqui por outra coisa? — perguntei, encarando-o.

— Te chamei aqui porque te achei bonito — disse ele. — Um menino novinho, com essa carinha de inocente. Fiquei louco quando te vi lá embaixo.

— Você estava me observando? — perguntei, meio assustado. — E qual é o seu nome?

— Meu nome é Marcos, mas pode me chamar de Marc. É assim que meus amigos me chamam.

— Eu sou seu amigo, então?

— Escuta, garoto, eu gostei de você de verdade — disse ele. — Se houver uma segunda vez, não vou ser tão carinhoso assim. Vou querer o que estou disposto a pagar.

— Não vai ter uma segunda vez.

— Entendi — disse ele, me fitando e se levantando em direção ao telefone. — Quer comer o quê?

— Você quem sabe — dei de ombros.

Ele falou algo ao telefone que eu não entendi, voltou para o sofá e sentou-se ao meu lado, não muito longe, mas também não tão perto a ponto de me intimidar.

— E você gosta de garotos? — perguntei.

— Escuta, meu jovem, eu gosto de me divertir. É claro que eu não ia dispensar um garotinho como você.

— Mas você está me deixando ficar aqui sem fazer nada.

— Porque eu sei que você vai voltar.

Alguns minutos depois, a comida chegou, e Marc realmente cumpriu com o combinado. Por mais que ele me comesse com os olhos, não encostou a mão em mim em momento algum.

Marc era muito rico. Parecia ser dono de uma confecção de roupas multinacional e estava no Rio de Janeiro por um tempo, pois teria o lançamento de uma de suas linhas. Segundo ele, vivia viajando, era raro estar num lugar fixo, apesar de sua família morar aqui no Rio.

— Meus dois filhos têm sua idade — disse ele.

— E como você se sentiria sabendo que um homem de 40 e poucos anos olha para seus filhos da maneira que você me olha? — perguntei, encarando-o.

— Eu mandaria matá-lo — disse ele, com aquele olhar penetrando minha alma.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, e eu não parava de olhar o relógio na parede à minha frente.

— Toma — disse ele, abrindo a carteira e puxando um maço de notas de 100 e 200 reais, entregando-o a mim.

— Você não precisa me pagar de novo. A Medusa já vai me dar o dinheiro.

— Não estou te pagando, considere isso um presente. Agora, me dá seu celular.

Fiquei pensativo por alguns segundos, mas tirei o celular do bolso e entreguei a ele.

Ele analisou meu celular e deu um risinho.

— Deixei meu número salvo aqui — disse ele, me devolvendo o aparelho. — Depois a gente troca de celular.

Eu não ia precisar do número dele, essa seria a primeira e última vez.

Levantei-me para ir embora, mas senti ele me puxar pelo braço e me prender em seu abraço.

— Até a próxima — disse ele, esfregando o nariz no meu pescoço.

— Até — falei, sentindo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Saí dali, passei na sala da Medusa, peguei meu pagamento e, aproveitando o dinheiro que Marc tinha me dado, chamei um Uber na porta do evento, a caminho de casa.

Quando estava próximo de casa, meu celular vibrou. Era uma mensagem da Medusa:

"Posso te esperar novamente na semana que vem?"

Não respondi. Apenas bloqueei a tela e fechei os olhos, esperando chegar.

Quando cheguei em casa, minha mãe ainda estava acordada. Entreguei o envelope de dinheiro que Medusa me deu e fiquei em silêncio.

— Quanto dinheiro! Que trabalho foi esse, meu filho?

— Era uma boate de luxo, mãe — falei, pensando rápido em uma desculpa. — São festas que acontecem raramente, e os funcionários ganham 10%. O lugar é tão caro que a gente fatura muito.

— Isso vai ajudar muito — disse ela, olhando o dinheiro e chorando. — Mas eu não posso aceitar, isso é do seu trabalho.

— Esse dinheiro é seu, mãe — falei, devolvendo o envelope para ela. — Agora vou dormir, porque daqui a pouco tenho que ir para a aula.

Dormi as poucas horas que me restavam, mas logo tive que acordar para ir à aula. Estava exausto, e isso era visível.

Cheguei atrasado na escola. Como a primeira aula era de artes, resolvi ficar pelo pátio, num canto silencioso.

Estava sentado no chão, encostado na parede de olhos fechados, quase pegando no sono, quando escutei alguém falar comigo.

— Eu daria tudo pra ter ficado em casa dormindo — disse uma voz feminina que se aproximava de mim. — Que ressaca!

Abri os olhos e vi uma menina sentando-se ao meu lado.

Ela era morena, tinha cabelos longos e ondulados, pele clara e olhos cor de mel. Era muito bonita, uma das meninas mais bonitas que eu já tinha visto.

Com toda certeza, também era rica. Tinha porte de gente rica.

Ela vestia um macacão preto com detalhes brancos e usava um óculos de sol que, com certeza, pagaria as contas da minha casa durante um ano.

— Prazer, Giovanna — disse ela, estendendo a mão.

— Yago — falei, apertando a mão dela.

— Novo por aqui?

— Sim, hoje é meu segundo dia de aula.

— E já está matando aula? — ela disse, rindo. — Gostei de você.

— Aula de artes, não tenho muitas habilidades.

— Deixa eu adivinhar: seu forte é matemática.

— Exatamente. Tão previsível assim?

— Você tem cara de nerd — disse ela. — Bolsista?

— Sou, sim. Algum problema?

— Relaxa, não me importo com isso.

Fechei os olhos novamente e ficamos em silêncio por alguns minutos, até sermos interrompidos por Kadu e seus fiéis escudeiros, Greg e Nicholas, que se aproximavam.

— Fala, maninho — disse Kadu. — Essa daí tá te perturbando?

— Vai à merda, Carlos Eduardo — disse ela, encarando-o, enquanto os gêmeos riam.

— Meu papo não é com você — disse Kadu, sentando-se entre nós dois. — E aí, maninho, fez o trabalho?

— Fiz — falei, fechando os olhos de novo.

— Então, quer dizer que, ao invés de estudar, você está perturbando os alunos novos? — disse Giovanna. — Papai vai adorar saber.

— Cala a boca, garota! — disse Kadu. — Ele também vai adorar saber que você estava bebendo ontem e não estudando na casa das suas amigas.

— Vocês são irmãos? — perguntei, abrindo os olhos.

— Infelizmente — eles disseram juntos.

— Mas e aí, Yaguinho — disse Kadu —, vai colocar o nosso nome no trabalho, né?

— Vou, Kadu, agora me deixa dormir, por favor?

— Sabia que podia contar com você, moleque! — disse ele, bagunçando meu cabelo. — Hoje eu pago o seu almoço!

Ele se levantou e foi em direção ao outro lado do pátio, deixando-me sozinho com sua irmã novamente.

— Ele é um babaca, não liga não — disse Giovanna.

— Relaxa, nem ligo. Até que eles são engraçados.

— Escuta — disse ela, tirando os óculos e me enc

arando —, bora na cantina tomar um açaí comigo?

— Já que não vou conseguir dormir mesmo, né — falei, me levantando e estendendo a mão para ela, que ainda estava sentada no chão.

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Comentários

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Que capitulo bom!!! Espero que a vida de Yago consiga melhorar… E bora acompanhando pq sinto que entre ele e Giovana será uma boa amizade!!! ❤️❤️

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Os capítulos seguem cada vez melhores! Impossível não querer continuar lendo, tá muito bom! Continue...

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