De Repente, Corno. Parte 2.

Um conto erótico de Lukinha
Categoria: Heterossexual
Contém 3160 palavras
Data: 17/10/2024 17:23:29

Antes da segunda parte, eu gostaria de esclarecer duas coisas:

Primeiro: Sexo seguro salva vidas. Então, usem camisinha. Eu não vou ficar, em cada cena de sexo, informando que o personagem colocou preservativo. Quebra a narrativa e nem sempre eu lembro. Imaginem que tudo é feito da forma mais segura possível, afinal, somos todos adultos e responsáveis.

Segundo: Muito já se falou, em diversos textos, de diversos autores, sobre os acordos de cada casal em relação à vida liberal, o que pode e o que não pode... Enfim, cada casal tem sua própria cartilha e seu jeito de se relacionar com os outros. É chato gastar vários parágrafos para uma coisa já tão bem estabelecida na casa. Imaginem o básico de sempre, de acordo com a preferência de cada um.

De volta ao conto:

Sempre ingênuo e excessivamente submisso, mais uma vez me deixei levar por falsas esperanças, acreditando que Malu merecia algo a mais de mim. Aquela troca de mensagens parecia indicar, e eu acreditava de forma cega, que ela estava sendo completamente honesta e que seguia fielmente tudo o que havíamos acordado. Na minha mente, não havia necessidade de confrontá-la ou exigir uma explicação mais detalhada sobre suas ações. Tudo que eu desejava acreditar estava bem diante dos meus olhos, e isso me envolvia em uma falsa névoa de otimismo e confiança.

Nossa vida como casal retomou o clima amigável e prazeroso que costumávamos desfrutar. Malu continuava a seguir sua rotina com horários impressionantemente pontuais. Ela se mostrava ainda mais carinhosa na intimidade, dedicando-se intensamente ao meu prazer e felicidade. Entretanto, um novo acontecimento surgiu, ameaçando abalar o delicado equilíbrio dentro de mim, que eu trabalhara arduamente para restaurar, me fazendo questionar tudo o que havia alimentado de esperanças nos últimos tempos.

Eu estava em meio a uma semana decisiva no trabalho, na fase final de um grande projeto de expansão que envolvia uma estrutura complexa e tecnicamente desafiadora. Sou engenheiro estrutural, e minha atuação é focada principalmente em grandes construções, como shoppings, estádios e arenas, onde a atenção aos detalhes é fundamental para garantir a segurança e a qualidade das edificações. Aquela era a pior semana para receber notícias ruins, pois qualquer informação negativa poderia afetar diretamente a minha concentração e foco, prejudicando o andamento do projeto e, consequentemente, o sucesso da obra.

Recebi um vídeo no WhatsApp proveniente de um número desconhecido. À primeira vista, não me importei muito com aquilo, já que estava imerso nas atividades do canteiro de obras e cercado de colaboradores. Decidi aguardar até chegar ao meu escritório, onde teria a privacidade necessária para analisar melhor aquela mensagem. Com o dia repleto de compromissos e reuniões, era crucial manter a mente clara e focada, livre de distrações externas.

Imediatamente, assim que comecei a assistir, vi que era uma transa entre Malu e Rafael, gravada por uma terceira pessoa, uma mulher. Com certeza, estavam em um motel:

“Malu, montada sobre Rafael, trocava beijos ardentes e lascivos com aquele desgraçado.

— Nós só temos duas horas de almoço e ainda precisamos comer. Não demorem, eu também quero brincar. — A voz da mulher que gravava não me era estranha.

Rafael virou por cima da Malu, se enfiando entre suas pernas e começou a despir sua calça, aproveitando para beijar as coxas e deixando minha esposa toda arrepiada.

— Você é muito gostosa. Tenho inveja do seu marido, que pode aproveitar tudo isso quando bem entende.

A mulher que gravava riu e provocou:

— Fabiano é um pedaço de mau caminho também. Seu marido é um gostoso. Acho que vou tentar a sorte. Você não liga, amiga? Posso tentar?

Arfando de prazer, enquanto Rafael caprichava com a língua em seu grelinho, Malu, com a voz embargada pelo tesão, tentou responder:

— Se o Binho quiser, por mim, tudo bem. Nós temos o mesmo direito. O que vale para mim, vale para ele também.

Rafael já tirava a blusa da Malu e subia com a boca até os seios empinados e de biquinhos endurecidos pela excitação da minha esposa. Aproveitando a deixa, ele disse:

— Por que não convidamos seu marido para uma festinha a quatro? Será que ele topa?

A mulher que gravava abaixou o celular rapidamente e eu pude ver que ela se masturbava freneticamente, inclusive, gemendo baixinho. A bucetinha de pelos finos e avermelhados, bem aparados, evidenciava ser uma ruiva.

— Boa ideia, Rafa. Será que ele topa, amiga?

Envolvida pelo prazer das carícias de Rafael, que já pincelava o pau em sua xoxota, Malu respondeu baixinho, entre gemidos:

— Não sei… posso introduzir o assunto e ver a reação dele…”

O vídeo acabava ali. Eu estava confuso, mas também muito excitado. Com o pau duro, não sabia dizer se a excitação era maior do que a raiva de finalmente ver, com meus próprios olhos naquele vídeo, minha esposa sendo o brinquedo de outro homem.

Me recompus, pois mesmo submisso aos desejos da Malu, eu jamais bateria punheta naquele momento. Aceitei abrir o casamento por medo de perder minha esposa, mas me masturbar, ao mesmo tempo que o pau de outro homem dava prazer à minha mulher, para mim, ainda não totalmente satisfeito com minha nova realidade, era o cúmulo da humilhação e da falta de respeito próprio.

“Quem estava gravando? Eu conheço essa voz.” Pensei e, logo em seguida, tendo a certeza de que assisti ao primeiro vídeo, a pessoa enviou mais um. Curioso, mas também com receio, abri o segundo vídeo:

“A cineasta se revelou e era a Cecília, subalterna e braço direito da Malu no trabalho, eu conhecia muito bem aquela ruiva deliciosa. Já bati muita punheta pensando naquela mulher. Montada sobre a Malu, beijando a boca e os seios da minha esposa, ela era ferozmente currada pelo Rafael.

— Assim mesmo… que delícia… fode essa buceta… que loucura…

Malu a segurava pelos cabelos e dava tapas em seu rosto:

— Tá gostoso, piranha? Quer que meu Binho te pegue do mesmo jeito? Quer que ele foda essa buceta com força? Meu Binho é um comedor de cu profissional, nem o Rafa chega aos pés dele…

Rafael protestou:

— Eu estou aqui, sabia? Não tá ajudando…

Malu o provocou:

— Só falei a verdade. A mais pura verdade. Deixa de ser melindroso. Nunca menti pra ninguém e sempre disse que o Binho é um amante espetacular.

Eu estava surpreso e me senti lisonjeado, mas Malu me surpreendeu ainda mais:

— Depois de provar o Binho, acho que você vai viciar, safada…

Meio enfezado, um pouco irritado até, Rafael perguntou:

— Se ele é tão bom, o que você está fazendo aqui, então? Você está sendo hipócrita e incoerente.

Sem se abalar, dando uma chupada estalada nos seios da Cecília, Malu respondeu:

— E o que isso tem a ver? Estar entediada é diferente de estar insatisfeita. Minha vida sexual em casa está espetacular, ainda mais incrível. Tudo isso que estamos vivendo é apenas aprendizado para mim. Está servindo para incrementar o meu casamento e melhorar a minha vida sexual com o Fabiano. Vocês estão me ajudando muito.”

Assisti aos vídeos uma segunda vez e percebi que se tratava de algo que mexeria com minhas emoções e, possivelmente, impactaria minha produtividade nas próximas horas. O conteúdo se mostrava pessoal e inesperado, o que fez com que eu me sentisse dividido entre a necessidade de atender às demandas do projeto e a urgência de processar o que estava vendo.

Após refletir sobre o que o vídeo representava, percebi que precisava encontrar um espaço mental para lidar com aquela nova realidade. “Malu também curte mulheres? Há quanto tempo ela e Cecília são amantes?” Pensei, mas com um projeto tão grande à minha frente e prazos apertados, o desafio agora se estendia além da engenharia, incluindo também a gestão das minhas emoções e a resiliência profissional. Com isso em mente, tentei reorganizar minha agenda para reservar um momento mais tarde para me dedicar a essas questões pessoais, garantindo, ao mesmo tempo, que o trabalho não fosse prejudicado. Era um verdadeiro teste de prioritização, e eu estava determinado a não deixar que fatores externos atrapalhassem o fluxo do meu trabalho.

Após concluir minha agenda de reuniões, estando novamente sozinho em meu escritório, tentei entender o que aqueles vídeos significavam. A verdade é que eu fiquei ainda mais confuso e preocupado com o futuro do meu casamento. Tentando conseguir alguma informação relevante, peguei o celular e respondi à mensagem:

“Cecília? Foi você que mandou esses vídeos?”

Percebi que provavelmente fui bloqueado, pois a mensagem exibiu apenas um dos dois risquinhos que confirmavam a entrega. Comecei a achar que aquele número fora utilizado apenas para me manipular de alguma forma, servindo como uma preparação para o que estava por vir. Se a intenção era me envolver naquele processo de poliamor presencial, acredito que teria sido mais eficaz se a abordagem tivesse vindo diretamente da Malu.

De qualquer forma, o expediente chegara ao fim e retornei para casa. Enquanto dirigia, lutava para decidir se deveria abrir o jogo com minha esposa. A ideia de ter uma conversa mais franca me intrigava. Contar sobre os vídeos que assisti e tentar entender tudo o que estava acontecendo me parecia urgente.

Como de costume, fui recebido em casa como um rei. Malu preparou uma xícara de café cuidadosamente para mim e se acomodou em meu colo, uma atitude que sempre aquecia meu coração. Sem rodeios, que era seu estilo habitual ao iniciar conversas, ela foi bastante direta:

— Já faz seis meses que optamos por abrir nosso casamento e, inicialmente, achei melhor lhe dar espaço. Contudo, agora minha curiosidade é grande. Me responda sinceramente: você já esteve com outra mulher?

Foi nesse momento que percebi que a verdade era complexa e que eu teria que pesar cada palavra antes de responder. Estar em um relacionamento aberto, pelo menos na minha visão daquele momento, acarretava desafios inesperados e apelos emocionais profundos. Senti que, se resolvesse me abrir, não apenas colocaria em risco a confiança que Malu depositava em mim, mas também exporia vulnerabilidades que preferiria deixar escondidas.

Enquanto refletia sobre, uma onda de emoções passou por mim. A necessidade de honestidade e a vontade de proteger nosso vínculo se chocavam de maneira intensa, criando um dilema interno difícil. Fui tomado por um turbilhão de sentimentos: medo, culpa e um toque de ansiedade, todos ao mesmo tempo, crescendo em intensidade.

À medida que Malu aguardava minha resposta, percebi que mais do que uma simples pergunta, ela estava buscando conexão. O espaço que decidimos criar em nosso relacionamento era um convite para a liberdade, mas a liberdade frequentemente vem acompanhada de responsabilidades. Percebi que a compreensão e a empatia eram fundamentais neste processo.

Quando meus pensamentos voltaram para as últimas semanas, me lembrei de como nossa escolha de abrir o casamento havia nos aproximado em muitos aspectos, mas também tinha revelado fissuras que antes estavam escondidas. O dilema de como abordar as experiências do outro era uma realidade que poucos se atreviam a discutir. Mas eu sabia que o diálogo era essencial.

Antes de responder, respirei fundo. A sinceridade era necessária, e eu estava determinado a não permitir que o medo falasse mais alto. Com hesitação, comecei:

— Olha, Malu, nossa decisão foi baseada em confiança, e eu quero ser honesto com você. Embora tenha me sentido atraído por outras possibilidades, não me envolvi com ninguém. Acredito que o que temos é especial e esse sentimento ainda permanece puro dentro de mim, imaculado.

Assim que as palavras deixaram meus lábios, vi um leve alívio no semblante da Malu. Ela me olhou nos olhos, como se estivesse avaliando a veracidade de minha resposta, e então fez uma pergunta que eu não esperava:

— Você se sente pronto para experimentar? Confiaria em mim novamente e na opção que estou prestes a mostrar?

Essa proposta tocou em um aspecto importante da nossa dinâmica. Sim, eu queria falar sobre isso. Não apenas sobre as fantasias que habitavam minha mente, mas sobre a liberdade que estávamos tentando construir juntos. Era uma oportunidade para aprofundarmos nossa conexão, e eu não queria perdê-la.

Como não poderia ser diferente, Malu sempre teve uma intuição aguçada, e eu sabia que não conseguiria esconder nada dela. Ela percebeu minha hesitação e comportamento errático, me sondando com aqueles olhinhos astutos. Sem hesitar, peguei meu celular e mostrei os vídeos que havia recebido. O olhar da Malu se transformou, passando de surpresa a um espanto genuíno. Naquele momento, ficou claro para mim que ela estava tão desinformada quanto eu sobre a gravidade da situação. Ela me encarou, claramente constrangida, como se estivesse, sem querer, dando voz aos pensamentos que a atormentavam:

— Mas isso aconteceu hoje… como pode… achei que a Cecília jamais me trairia dessa forma…

Depois de alguns instantes de silêncio carregado, Malu voltou a me olhar, e sua expressão agora refletia uma preocupação real comigo:

— Quer falar sobre isso? Estou disposta a responder honestamente a qualquer dúvida que você tiver.

Meu primeiro impulso foi ser empático, focando no que realmente importava. Ao observar a reação da minha esposa, que estava claramente surpresa e chateada, ficou nítido que ela não estava envolvida no esquema insidioso que se desenrolava. Em cada gesto dela, havia tristeza e indignação.

Como ela sempre fazia, fui direto também, sem enrolação:

— Se foi a Cecília, está claro que ela não é de confiança. Quem garante que esse vídeo foi enviado apenas para mim? Isso é grave e pode impactar na sua vida profissional. Até mesmo nas nossas relações familiares.

Ela não retrucou imediatamente, mas a expressão em seu rosto dizia tudo. O seu silêncio falava mais alto do que palavras:

— Você tem razão. Eu vou esclarecer essa história, só me dê um minuto.

Malu, determinada, demonstrando raiva, pegou seu próprio celular e iniciou uma chamada de vídeo com a Cecília. Assim que a ligação foi atendida, as emoções que Malu tentava dominar simplesmente transbordaram e encheram o espaço virtual entre elas.

— Não tem nada para confessar? Nossa amizade sempre foi sólida, trabalhamos juntas há oito anos e eu confiei em você...

Cecília parecia tão surpreendida quanto Malu, totalmente incapaz de captar a profundidade da crise diante dela.

— Do que você está falando, mulher? Não estou entendendo o que está acontecendo… O que aconteceu para você achar isso de mim?

A tensão da conversa escalou, e as palavras começaram a fluir em um ritmo frenético. Eu sabia que a raiz do problema não residia apenas no compartilhamento do vídeo.

Malu, sem brincadeiras ou retóricas evasivas, insistiu com firmeza:

— Como o vídeo gravado por você hoje no motel chegou até o Fabiano? Você claramente é a única pessoa que possui esse vídeo. Precisamos esclarecer isso imediatamente.

Cecília, ofendida, tentando se justificar, tentou se defender da acusação direta.

— Opa, opa… calma lá. Eu não sou a única, mandei o vídeo tanto para você quanto para o Rafa. Nunca trairia a sua confiança. Antes de me acusar, lembre-se da lealdade que construímos juntas ao longo dos anos.

Era um momento crucial e Malu deu um passo atrás.

— Você tem razão, Cecília. Se é verdade o que você diz, está faltando alguém nessa conversa.

Ela incluiu o Rafael na conversa e fez a chamada, sendo atendida rapidamente. Sem noção da seriedade do momento, ele brincou:

— Reunião? Não me digam que cansaram de brincar apenas no horário do almoço e querem fazer uma coisa diferente, mais longa e sem pressa?

Cecília já estava tão furiosa quanto a Malu:

— Como você pôde fazer isso? Mandar o vídeo de hoje no motel para o marido da Malu, sem nem ao menos conhecê-lo direito ou ter intimidade para isso?

Ele respondeu de bate-pronto:

— Tá maluca? Quando foi que eu fiz isso? Eu nem abri o vídeo ainda, mal cheguei em casa.

Cecília não se deu por vencida:

— Se não fui eu, só poderia ter sido você. Só nós dois, além da Malu, temos esse vídeo. Por que você fez isso?

Rafael se irritou:

— Me erra, maluca. O que eu ganharia com isso? Você está muito desesperada, sei não… parece culpa.

Malu assistia à discussão indignada. E a troca de acusações piorou. Cansado, Rafael disse:

— Quer saber? Eu tenho mais o que fazer. Deu pra mim. Não tenho porque mentir ou enganar. Pensem o que quiserem. — Ele saiu da chamada em grupo.

Cecília parecia mesmo meio desesperada:

— Amiga, eu jamais faria isso com você. Você acredita em mim, né?

Cansada, e muito frustrada, Malu se despediu:

— Preciso organizar meus pensamentos. Nós nos falamos depois.

Malu encerrou a chamada e veio se sentar ao meu lado no sofá.

— Mais essa agora…

Chateado com a situação, com a irresponsabilidade da Malu, acabei sendo grosseiro:

— Onde você estava com a cabeça? Por que deixou a Cecília gravar o que estavam fazendo?

Se sentindo derrotada, Malu deitou a cabeça em meu colo:

— Você tem razão, amor. Fui inocente, me deixei levar. Você me perdoa? Prometo que isso jamais se repetirá.

Eu ainda tinha dúvidas:

— De quem foi a ideia de gravar esse vídeo?

Malu me olhou constrangida, mas confessou:

— A ideia foi minha. Pensei que, futuramente, poderia usar esses vídeos para apimentar ainda mais a nossa relação… achei que com o tempo, quando você se acostumasse mais com as coisas, isso seria uma boa memória para dividir, ou apenas para guardar de recordação.

Eu estava atônito com aquela revelação, mas Malu, indo da água ao vinho em segundos, o que era muito normal para ela, se levantou, deu dois tapinhas nas bochechas com ambas as mãos e, me surpreendendo mais uma vez, sugeriu:

— Quer saber, é hora de você sair da inércia, de debutar nessa vida que escolhemos viver. Vamos nos arrumar, pois eu quero conhecer uma casa de swing.

Ela pegou um flyer promocional em sua bolsa e jogou para mim.

— É disso que eu estou falando. Acho que o que precisamos é de mais cumplicidade, de explorarmos juntos essas novas possibilidades… anda logo, vamos ao banho.

Eu não estava acreditando. Eu sempre soube que Malu era uma mulher de ação, conhecia bem esse lado dela. Ela era adepta de situações e aventuras inusitadas, passeios sem roteiros, sem programação específica.

Minha preocupação com a situação dos vídeos, minha cara emburrada, deu lugar a uma risada forte, uma gargalhada que cresceu em intensidade. Era um riso nervoso, de incredulidade.

— Você está falando sério? Nossa vida está desmoronando e é isso que você sugere?

Malu, sempre afiada, já foi me empurrando pelo corredor, em direção ao banheiro:

— Como assim desmoronando? Isso é só um contratempo, nada demais. Podemos nos deixar abater ou usar isso como incentivo, como combustível de reação. A decisão é simples. Você me conhece, sabe muito bem a minha escolha.

Talvez ela tivesse mesmo razão. Ou talvez, já soubesse a resposta para o culpado por vazar os vídeos e achava que era um esforço desnecessário se deixar abater. Já eu, cansado de ser um personagem secundário, figurante na minha própria história, achei que era hora de igualar o campo de jogo e me permitir aceitar viver, assim como Malu já vinha fazendo nos últimos seis meses.

Swing, aí vamos nós.

Continua…

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Foto de perfil de Contos do LukinhaContos do LukinhaContos: 111Seguidores: 373Seguindo: 13Mensagem Comentários de teor homofóbico, sexista, misógino, preconceituoso e de pessoas que têm o costume de destratar autores e, principalmente, autoras, serão excluídos sem aviso prévio. Assim como os comentários são abertos, meu direito de excluir o que não me agrada, também é válido. Conservadores e monogâmicos radicais, desrespeitosos, terão qualquer comentário apagado, assim como leitores sem noção, independente de serem elogios ou críticas. Se você não se identifica com as regras desse perfil, melhor não ler e nem interagir.

Comentários

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Sei não colega.....vai dar BO no futuro,mesmo você pegando todas pela frente.Parece que tua esposa já estava dando umas saidinhas de leve.....hum??

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A nem Lukinha!!!!!!!! Cê deixou Fabiano de molho seis meses!!!

Tá muito passivo, esse Malú faz o quer desse trouxa.

Nossa, desculpe se exagerei! Sou seu fã de carteirinha, li todas suas tramas, é que eu fico entrando dentro da trama! Kkkkkkk

⭐⭐⭐💯 Tá excelente!!

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Lukinha parabéns e envolvente essa saga, as situações são diferentes de outros contos nota mil.

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A última frase do conto é sintomática: "Já eu, cansado de ser um personagem secundário, figurante na minha própria história, achei que era hora de igualar o campo de jogo e me permitir aceitar viver, assim como Malu já vinha fazendo nos últimos seis meses. Swing, aí vamos nós". Ao que parece o pastel resolveu virar o jogo, e reagir. Pelo menos, promete alguma emoção e mais libido. Concordo com ele:. "Chega de sofrer com o chifre" Aproveita as guampas e vamos chifrar também! Hahahaha Daqui a pouco entra uma canção sertaneja de corno para a trilha sonora! Hahaha

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Esse conto desde o início mostra que a Malu já anda trepando com o Rafael há algum tempo e para garantir que essas suad trepadas não fosse motivo de separação, inventou essa história de casamento aberto. E como o Binho não aceitou de imediato essa proposta da Malu ela insistiu para que ele decidisse se aceitava ou não, mas a pressão era para ele aceitar. Quando ele aceitou ela se já não estava trepando com o Rafael, tratou de começar a foder com ele e não contou ao Binho. Como o Binho não trepou com ninguém ela gravou as trepadas dela com o Rafael e a Cecília e certamente mandou para o Binho que já vinha levando chifre há tempo. Agora que o Binho viu os vídeos de uma das trepadas dela com o comedor e a amiga e a Malu viu os vídeos recebidos pelo Binho , a Malu quer fazer swing e está forçando o marido a participar. O Binho deve não participar de swing, podendo até ver, mas não trepar com ninguém, nem mesmo com a Malu. E quando voltar para casa simplesmente dizer que quer dar um tempo no casamento e sair de casa, deixar ela sozinha para fazer as putarias que bem quiser fazer.

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Estou me divertindo com as teorias que vão aparecendo. Será que alguém tem razão?

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Depende de você artista kkkkk, parabéns pelo conto, estamos anciosos.

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Luquinha, meu amigo, você sabe que eu sempre tenho razão, certo ? E quando não tenho e porque estou sendo mal assessorada !!! Rsrsrs

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😂😂😂😂😂😂

É tipo aquele ditado: Eu só errei uma vez, foi quando achei que estava errado.

😂😂😂😂

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Eu vou é evitar ler comentários, fui ler uns aqui e descobri que vim com defeito de fábrica 🥺

Kkkkkkk

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Também estou me sentindo assim. Venho aqui para ler e me divertir e me deparo com um simpósio de psicanálise !!!

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Nunca é tarde para aprender um pouco mais. Aproveite, pois pode ajudar a desenvolver novas histórias. Tem gente boa aqui, dando lição de graça. E sessão de analista custa uma baba! 😂😂😂😂😂😂😂😂😂

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Manipuladora demais, coitado desse cara! Na boa esse tipo de gente só pensa em si mesmo.

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Faltou a pergunta central do narrador:que diabos Cecilia estava fazendo naquela relação que seria a dois? Pq ela escondeu isso? Ficou no ar,e pelo visto,vai continuar lá.

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pergunta mais que pertinente, a esposa curte ficar com outra mulher mas esconde do marido. Que mais ela esconde?

Fica um nó na garganta saber que pessoas de fora conhecem muito mais profundamente a sua parceira do que você, para o marido ela esconde o jogo mais para os outros se entrega completamente. Isso realmente é amar?

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Que saudades Lukinha!

Bom te encontrar novamente por meio desses contos instigantes. O bom dos seus relatos é a capacidade de gerar discussões oportunas e gostosas.

Quanto essa história, até o momento dá impressão que ela já traia o marido num romance lésbico, e, quis encontrar um meio para ter mais liberdade com suas paixões. O cara aparente ser muito correto. Não tem nada mais excitante do que um homem normal, sendo autêntico. Espero que desenvolva mais esse personagem. Seria interessante ver as consequências da manipulação inicial dela, tomar outros rumos inesperados.

Grande abraço!

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Algumas coisas:

1) esse fabiano deve estar no top 3 bananas do site, pq além de fraco ele não percebe o que está acontecendo

2) pra mim é óbvio que quem mandou o vídeo foi a malu com a participação dos outros dois, no primeiro cap ele fala que estava num jogo com todas as peças se movendo, só ele que não sabia

3) É só o cara pensar 5 segundos, só isso, ele percebe.

Todos os “flagras” são ela elogiando ele, as mensagens, os vídeos….ahh, os vídeos, ela confessou que ela que pediu pra gravar pq queria mostrar pra ele depois, e de novo, o vídeo é ela elogiando ele.

5 segundos Fabiano, 5 segundos…..

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Que cara frouxo e bunda mole, a mulher manipulando ele de toda forma e ele não reage!!! Próximo passo será levar o comedor pra casa e trepar na cama que ele dorme!!! Acordou corno manso!!

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Muitas Verdades e um infinito de mentiras andando lado a lado.

Um grande jogo de manipulação.

Ela acha que esta sempre um passo a frente, mas será mesmo que ele é tão manipulável que não esta conseguindo enxergar um palmo do nariz, ou ele esta dando corda para ela se enforcar?

Grandes dilemas .

Parabéns Lukinha

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Pelo que li até agora, a Malu não quer só abrir o relacionamento, ela quer o marido participativo junto com ela. Os meios que ela usou até agora da a entender que ela está manipulando ele, em algumas situações até jogando sujo. Porém o problema é qual o motivo dela estar fazendo isso. Esse motivo ainda não sei, então prefiro não fazer julgamentos para não morder na língua no futuro.

Também não tem nada que prove que o Rafa e a Cecília estejam envolvidos. Eles podem estar, ou apenas um deles. Mas podem ser apenas peões no jogo. Pode ter uma quarta pessoa na história ou até mais.

Difícil fazer uma teoria porque tem muitos caminhos que podem ser seguidos.

A história é ótima, muito bem escrita e narrada como sempre. Parabéns!

Com certeza vou acompanhar.

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Carai!!!

Se eu tiver captado o contexto entre as linhas, já sei exatamente quem vazou o vídeo e se for quem eu penso... Puta que o pariu! Será uma filhadaputice das bravas!

Cativou a minha curiosidade.

Parabéns pela escrita.

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Foto de perfil de Mark da Nanda

Já que o Old Ted falou, eu também falo: acredito que foi a própria Malu quem enviou o vídeo de um número avulso. Já a ligação não passou de um teatrinho a três para criar uma conexão mais forte entre o casal e ela conseguir arrastar de vez o marido para esse mundo.

Eu só não estou conseguindo entender o porquê ela quer fazê-lo participar se ela já conseguiu o que queria?

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Só um pitaco.

Em relação aos vídeos, apareceram várias teorias: foi a esposa, ou foi a esposa mais a amiga, ou foi o Rafael, ou foi uma quarta pessoa.

E se foram os três em conjunto, como parte de um plano mais meticuloso?

Como eu disse, puro pitaco.

Minha torcida? No final o maridão longe dos três, mas se esbaldando na safadeza (os três vão acabar treinando ele muito bem...)

Abs

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adoraria ver isso acontecer e ela ficar sobrando.

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Clima esquentou. Quem será o mentiroso? Será que existe uma quarta pessoa?

⭐⭐⭐

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Pode ser qualquer um dos três, mas porque não poderia existir uma quarta pessoa qua ainda não foi apresentada e que poderia querer nosso herói para si, com a tecnologia a disposição tudo é possível para quem conhece e tem os meio certos para criar mais possibilidades.

Parabéns pelo capítulo, como sempre bem escrito.

Aguardando o próximo.

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Realmente você tem razão,algum dos 3 pode ter mandado para uma 4 pessoa que enviou para o Fabiano. A pergunta que fica é quem dos 3 ganharia mais com isso 🤔?

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Fico pensando o seguinte. se não foi ela que preparou o video com a intenção de enviar para o marido é muita burrice e infantilidade permitir uma filmagem sabendo dos riscos que existem no mundo digital, que pode levar a uma exposição totalmente desnecessária da intimidade dela e do casal, vejo essa atitude dela totalmente desnecessária além de arriscada. mas infelizmente ela não tem freio.

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A esposa eu acredito que não foi pois o que ela iria ganhar com isso já que ela estava liberada, então o vídeo só faria sentido de fosse antes do acordo do casal . Aí sim eu apostaria nos 2 ( Amiga e o Rafael ) pois é do interesse dos 2 em separar o casal

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Conto muito bem escrito, parabéns!

Mas se me permite tem uma incoerência.

A personalidade do Fabiano, manso, passivo, submisso e até otário as vezes, sendo descrito como fodedor pela esposa, porém pode ser que ela esteja manipulando ele.

Se do nada Fabiano virar um comedor nato, não vai fazer sentido.

Eu acho também muito bom trazer esse sentimento de confusão do personagem, por enquanto ele tem se deixado levar pelo medo de perder a esposa.

Mas não passa pela cabeça dele que poderia perder ela de outra maneira, e está sendo colocado na vida liberal, forçado.

Mas parabéns! Realmente muito bom

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Eu não acho que uma personalidade submissa, mansa, tenha a ver com performance na cama. Ele é apaixonado e a esposa deixa claro, como ele também, que a vida sexual, que já era muito boa, está ainda melhor. Ela disse que estava entediada, não insatisfeita. Isso é normal, já que são dez anos de casados.

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O tédio já é uma insatisfação. Mas você levantou algo que eu acho interessante messes contos, o sexo nunca piora quando abre a relação. Eu atendo casais que passam por situações iguais a essas e não é o que acontece, quando tem uma terceira pessoa, quarta, mesmo com consentimento, uma das partes passa a se distanciar do parceiro ou da parceira. Salva o caso onde o casal participa de maneira integral, porém com riscos, insegurança, desconfiança e etc.

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Isso é até óbvio!!!

Vc como psicólogo pode fornecer dados de fontes confiáveis, mas é mais do que conhecido que a principal causa da traição não é tanto a falta de harmonia ou falta de sexo satisfatório, até pq, infelizmente, a maioria dos homens nem se preocupam realmente com a satisfação das parceiras e, elas mesmo, nem se satisfazem corretamente, talvez nem tendo consciência disso. Neste ponto a natureza é implacável para as mulheres, elas necessitam de em torno de 20 min de estímulos para chegar ao orgasmo, isto é científico. Muitas vezes, quem se dedica sabe kkk, que as vezes você está no lugar certo e algo se perde, muitas vezes, vc parar um pouquinho de estimular já ocasiona essa perda. As que tomam antidepressivo então, um mal do século 21!! As que tem consciência do próprio prazer recorrem a brinquedinhos, na maioria "sugadores"

Mas voltando a argumentação, o que leva realmente a traição, de ambos os lados, é o afastamento emocional, que por sua vez leva a insegurança e pode levar a situações em, ou a própria pessoa se afasta ou começa a agir de forma contraria, de maneira demasiada e "sufocando" mesmo seu companheiro ou companheira.

Essa desculpa de falta de satisfação é dada num.contexto de sites como esse e relatos fictícios ou com um realismo idealizado.

Casais jovens em que ocorre adultério, na maioria se reflete na indome da pessoa. Aí cabe a cada um pesquisar o passado e conseguir detectar "red flags" comportamentais ainda no começo. Já um relacionamento a médio e longo prazo infelizmente cai na chamada rotina, em que o casal passa a ser ótimos amigos, mas perdem a conexão emocional, até um pouco da paixão do começo. Neste caso alternativas são bem vindas, desde que seja consensual, sem manipulação de ambas a parte.

Ficou extenso, desculpem...mas gosto desse tipo de discussão. É muito importante entender e identificar maldade e oportunismo com a simples te tática de "reviver" o relacionamento. Infelizmente, os dias de hj os relacionamentos já não são vistos como eram antes, foi perdida a força e a base para algo sólido. A traição e comportamentos tóxicos são bem vindos, tolerados e até incentivados, principalmente se vier da parte da mulher. Um relacionamento tóxico é tóxico, não importa quem está sendo tóxico. Narcisistas, o amigo pode explicar aí o que são, pq ficou realmente longo, existem de ambos os gêneros, e uma certa sociopata está sendo glamorizada. Não só num.site como este, mas no dia a dia de um modo geral. E, como disse, base da argumentação é verdadeira e faz sentido, tanto por algo intrínseco, mas TB pelo modo como os homens são criados, realmente a satisfação feminina é um tabu.

E um paradoxo interessante e cabe reflexão...talvez não num site de contos.. kkk

Ótima madrugada

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IMPORTANTE LER SOBRE O PERDÃO DE UMA TRAIÇÃO:

Em primeiro lugar, vamos ressaltar algo que é importante: perdoar uma traição não significa aceitar a pessoa de volta. Ou ser indiferente ao que ela fez. Perdoar é aceitar que todos somos humanos, é aceitar a própria vulnerabilidade e saber que temos capacidade para aprender e nos tornarmos mais fortes. É saber que todos também podemos errar e que um ato ruim não é sua culpa. O outro tem seus problemas e fraquezas, assim como nós.

Perdoar uma traição é conseguir verdadeiramente ir em frente. É poder começar, eventualmente, um novo relacionamento sem ter esse pesar no coração, sem ter desconfiança excessiva e sem se prejudicar. É ter confiança em si mesmo e poder tomar a decisão que te faz mais feliz.

Agora vamos a um ponto muito importante: devemos ou não aceitar a pessoa de volta? Será que podemos voltar a confiar em quem nos traiu? A resposta para isso é: depende. Depende do que você decidir após passar por todos os estágios do pesar. E não se sinta mal na hora de tomar a sua decisão.

Mas, se você ainda está confuso (a) se deve ou não perdoar uma traição, veja algumas perguntas que você deve se fazer, que podem lhe ajudar a ponderar essa decisão:

• A traição é um comportamento contínuo ou a pessoa reconhece a dor que causou e está tentando mudar o comportamento?

• Além disso, o indivíduo quer perdão? Para querer o perdão, a pessoa tem que ver o comportamento como errado, por exemplo.

• A transgressão foi provocada por raiva justificada e a pessoa se arrependeu de ter agido tão precipitadamente? Ela aprendeu com esse comportamento e provavelmente não fará isso novamente?

• Há quanto tempo você conhece a pessoa? Ela já traiu outros companheiros/companheiras?

• Você conversou com a pessoa e ela aceitou a responsabilidade do ato?

• O que faz esse relacionamento valer o perdão?

Você precisa perdoar uma traição para seguir em frente sem amargura. O mais importante é a sua felicidade, sempre tenha isso como peso máximo na balança.

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Falou tudo!! Concordo com tudo que falou!! Inclusive QQ tratamento terapêutico para a pessoa que foi traída tem essas premissas.

Talvez o maior problema é saber como se portar frente a uma traição, e isso é muito difícil e complexo.

Há sempre a insegurança que é justificável: como confiar novamente nesta pessoa?? O modo como aconteceu a traição TB é importante. Foi só um caso isolado, de um dia, num momento de fragilidade ou foram meses e meses de traição? Como a sua companheira(o) se portou neste período?? O que aconteceu logo após? Houve uma conversa franca em que a pessoa reconheceu o erro e nitidamente ficou arrependida, ou ela de alguma maneira tentou passar a culpa para você? Ela(e) demonstrou algum tipo de desrespeito, e sim, podemos falar de desrespeito, pq uma coisa é um cara ter o fetiche , compartilhar com a esposa, e, após acordo consensual, ocorrer um pouco de palavras e atos que ajudam a intensificar esse fetiche. Outra coisa é, ele(a) no ato da traição, além de trair ainda deixar a pessoa que está se relacionamento falar QQ coisa que falte ao respeito. Repare que são coisas distintas.

Eu não sei se poderia perdoar uma traição, pelo menos ao ponto de tentar novamente com a mesma pessoa, vc só saberia se passasse por isso. Mas vc tem.razao, a maior parte do movimento para a que haja reconciliação deve partir de quem traiu e não o contrário.

Aí entra naquele ponto. É saudável alguém traído se sentir tão mal, tão pra baixo que se submeter a situações para manter um relacionamento em que uma pessoa está, de maneira egoísta, usufruindo do amor que está oferecendo a ela, sem que haja um contrapartida? E muito pelo contrário, essa pessoa ainda está te rebaixando ainda mais.

Uma última questão. Toda a paixão e depois amor, começa a partir de um relacionamento físico e amoroso. Vc pode idealizar amar uma pessoa de maneira individual e intrínseca, mas isso é apenas idealização. A questão é que vale a pena vc correr o risco de sua companheira (o) começar a se relacionar intimamente com uma única pessoa, principalmente com este aparentemente satisfazendo a pessoa que vc ama de uma forma que você talvez não consiga? Será que isso irá fazer com que vocês fiquem próximos ou irá afastar o casal? Será que vale a pena o risco? Será que Lara vc, mesmo que vc tenha esse fetiche, não seria interessante estipular um limite de relacionamento de seu amor com uma única pessoa? Pq mesmo que vc venha a "gozar" junto, nada impede que você faça isso com ela (e) de relacionando com outros, de preferência, alguém que TB está só pela aventura e não será uma sombra para o seu relacionamento??

Ficou grande novamente... desculpem.

Abraço

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A única questão aqui que merece uma análise mais profunda é esse conceito de AMOR. Dizer que a paixão se transforma em AMOR, é um grande engano. Primeiro, porque esse conceito está errado. Existe o GOSTAR, Gostar muito, intensamente, profundamente, mas isso não basta para SER AMOR. AMOR, é um gostar tão intenso e profundo, que é incondicional. Significa que qualquer coisa que a outra pessoa faça, não quebra esse sentimento incondicional de gostar profundo que se chama de AMOR. Somente o gostar incondicional, pode ser chamado de AMOR. É aí que as pessoas confundem tudo, ao reduzir um sentimento tão profundo, ao gostar de uma relação afetiva SEMPRE CONDICIONAL. Basta uma coisa que a outra pessoa faça, que desagrade, e esse gostar se torna afetado, desmorona, e muitos deixam de gostar de alguém que cometeu um deslize, e teve uma fraqueza, ou mesmo uma vontade legítima de experimentar algo diferente. O que chama de TRAIÇÃO, pode não ser um crime intencional, mas para perdoar, para aceitar que é uma falha do outro, é preciso antes, gostar muito, a ponto de superar esse deslize. As traições voluntárias, seguidas, repetidas, feitas à revelia do parceiro, e às escondidas, já são diferentes e revelam a necessidade de buscar fora da relação algo que está faltando. Isso não significa que as pessoas não se gostem, mas não pode ser chamado de AMOR. É mais uma daquelas mentiras que a sociedade cria para se iludir. SE HOUVESSE AMOR NÃO HAVERIA TRAIÇÃO. AMOR NÃO É ASSIM, VULGAR E FÁCIL. Chamam de amor, algo que é muito superficial, frágil, sujeito a interesses, conveniências, satisfações materiais e emocionais, etc... É aqui que todos se muitos se enganam. Se isso não for revisto, toda teoria se torna inútil.

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Rapazes, não há nada mais sexy e estimulante do que homens inteligentes e seguros. Com todo respeito vocês me excitam sexualmente e muito além disso. Fico a imaginar o Manfi82, o Lukinha e alguns outros aqui e é muito bom.

Sou um defensor nato do prazer feminino, por uma série e razões pessoais e sociais. Mas, não vejo caminho saudável para um relacionamento onde haja manipulação "sinceridade com os sentimentos unilateralmente". Abrir-se ao mundo liberal em casal, requer muita segurança e delicadeza. Pensa apenas considerando o tesão atrapalha o julgamento daquilo que se realmente quer e leva a um narcisismo. Pior traição que existe é a abusiva. que manipula, desqualifica o outro, conscientemente.

Vejo que o grande risco do meio liberal está exatamente aí, na ânsia de dar vazão aos desejos e necessidades, ser indiferente aos desejos e anseios do outro numa profunda libertinagem. Liberdade é responsabilidade por aquilo que se faz, pelas consequências, pelo outro. Nela há um prazer indescritível. Já, libertinagem é a negligência total do outro e até de si próprio. é a angustia constante e inquieta do narcisista.

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Kasdo passivo - concordo com você. "Sou um defensor nato do prazer feminino, por uma série e razões pessoais e sociais". Discordo de você sobre relacionamento, pois TODO RELACIONAMENTO, contém sempre manipulação, jogos, condicionamento, condições, conveniências etc... Acontece que nas relações onde existe RESPEITO, SINCERIDADE, POSTURA HONESTA em relação aos sentimentos, vontades, e sonhos, é possível estabelecer uma base de confiança e de cumplicidade, onde AMBOS com parceria compartilham seu modo de ser, e se sentem enriquecidos com o jeito do outro. Eu chamo isso de base sólida para um relacionamento liberal. Fora disso, nada mais funciona. Mas as pessoas preferem se iludir, acreditar que podem manipular por interesse, jogar com os sentimentos, e acabam por descobrir da pior forma que aquele sentimento que fez duas pessoas se unirem, e que equivocadamente chamam de amor, pode se desfazer com o tempo e por atitudes que quebrem a confiança. MAS ACREDITAR NA MENTIRA, OU NA ILUSÃO, é o que mais ocorre. Então, temos os casos que viram histórias emocionantes e envolventes.

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Estudos recentes mostram que cada vez mais casais liberais abandonam essa vida e buscam novas conexões com seus parceiros. Porque na prática não existe esse mundo maravilhoso onde o parceiro e a parceira transa com outras pessoas e em casa é um animal na cama, atencioso e atenciosa o tempo todo. Na prática se ambos não curtem como é o caso desse contos, um dos dois acaba se afastando. Isso não é opinião, são dados. E eu, qualquer outro piscólogo pode afirmar que abrir a relação quase nunca é a solução para o relacionamento.

No meio disso tudo, sejam liberais ou não, o que importa é a responsabilidade afetiva. Coisa que nesse conto a Malu tentou independente se ela traiu ele ou não. E a traição não está no sexo, mas na quebra de acordos.

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Nossa muitas questões interessantes e até conceituais. Vamo do começo.

1)amor é impossível de definir. Até camões tentou e não conseguiu. Mas isso não pode ser usado como uma especie de muleta argumentativa.

Vc ama seus pais, seus irmãos, seus filhos(embora acha muitas famílias com problemas...), vc ama seus cachorros, vc ama seus amigos (as) mais íntimos...agora o amor que vc constrói com alguém é diferente, pq parte de sentimentos mais instintovos, mais grosseiros, como a atração física (seja ela como for), parte para um sentimento de desejo e chega em algo muito mais profundo. É uma mistura de sentimentos. Qd citei amor, foi esse último. Que começa com uma aproximação física e emotiva e passa para algo mais instintivo, que é o desejo.

Vc pode ter esse sentimento físico e emotivo com outras pessoas, do mesmo jeito que vc pode ter um desejo sexual por outras pessoas, que não necessariamente vc vai estar amando, acho q ficou confuso, mas espero que consigam entender.

2)o conceito de traição está um pouco equivocado (e estou falando com todo o respeito do mundo, sem querer dar uma de professor ou algo do tipo), a definição de traição é um de DESLEALDADE, em que a pessoa que cometer esse ato está, de maneira consciente e plena de suas ações, quebrando um pacto pre estabelecido. Vc tem a monogamia em que ha pacto baseada numa moral e costumes milenares, vc concordar ou não é uma outra história. Num relacionamento liberal (seja aberto ou não), há TB regras preestabelecidas. Neste caso a traição de vista de maneira diferente do outro caso, é claro, mas TB existe. Ou não? Eu acho que esse é o ponto que eu sempre insisto e parece que não consigo me fazer entender.

3) isso é algo baseado em estudos e estatística. A princípal causa de separação ou motivo de traição num relacionamento saudável longo a médio prazo é justamente o afastamento emotivo e emocional. Não tem haver com a atração carnal, embora seja uma consequência em grande parte dos casos.e por isso os meus questionamentos na minha resposta que sao realmente uma curiosidade. Essas questões sao importantes para quem é traído.

Ótima madrugada... abraço

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É preciso levar em conta, já que somos, antes de tudo, animais, mesmo que inteligentes, que a monogamia não é uma coisa natural, gravada em nosso DNA. A traição é mais comum do que a lealdade. Uma pesquisa recente, divulgada em reportagem de um grande jornal, mostrou que 62% dos brasileiros consideram a infidelidade algo natural até certo ponto.

Muitos leitores, em diversos contos de traição, tentando se colocar como guardiões da moral, esquecem que falar é muito mais fácil do que realmente viver o que se cobra do outro. A Hipocrisia é generalizada.

A traição é uma realidade e a separação é algo muito natural, já que, hoje em dia, ela é vista com muito menos preconceito do que antigamente.

Com a perda de poder da igreja, com a revolução das mulheres, com a toxicidade da família tradicional sendo cada vez mais exposta, relações tradicionais, casamentos para a vida toda, tendem a se tornar cada vez opções menores, menos procuradas.

A fragilidade emocional das gerações dominantes, o déficit de inteligência que vem se criando atualmente, a facilidade de se conseguir tudo com um clique, ajudam ainda mais para que o amor se torne um sentimento menor, quase obsoleto. O amor nunca foi base sólida para qualquer relacionamento. Não se vive dele. O amor é frágil e se torna ainda menos importante, quando as dificuldades se sobrepõe.

Mas essa é apenas a minha opinião, lógico. Não sou o dono da verdade. Sou apenas sortudo, pois encontrei alguém igual a mim, que tem os mesmos valores e pensamentos, tornando mais fácil a convivência e a resolução dos problemas que surgem.

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Cara mas vc está correto em 100 porcento do que disse.

Eu acrescentaria TB, o fato do prazer feminino aos irem deixando de ser tabu. Você pega e junta com o que vc disse acima, está criada o tempero para algo novo.

O grande problema, na minha opinião, é o fato que você está deixando tradições morais, muitas vezes sufocantes, principalmente para as mulheres, para algo caótico e sem consistência. Mas, na minha opinião, esse estado caótico atual é transitório, e no final alguma base terá que se colocada, pq sem regras há o caos. E nada sobrevive ao caos..

Única coisa que discordaria de vc é esse fator biologico atravéz do Dna que vc citou. Muitas vezes a racionalidade humana age no sentido de frear nossas ações baseadas na reação instintiva e guiada pelas emoções. E, se vc acreditar na teoria de evolução, irá supor que é exatamente essa consciencia e racionalidade humana que nos deixa soberanos no mundo hj em dia. E aí está o problema, nossa grau de consciência está tão elevado que estamos desafiando instintos naturais de auto sobrevivência da espécie.

O fato do caos institucional e social que se aproxima, pois só há ordem se tiver regras, e essas regras se baseiam em conceitos morais e éticos que se está se perdendo, principalmente no ocidente. Isso nos leva a uma baixa taxa de natalidade, a incapacidade de agrupamento ("família" ou "agrupamento por semelhança") e com isso, nossa razão está se sobrepondo a leis biológicas de auto sobrevivência.

Mas apenas reflexão...eu concordo com todos acima, e como bom libriano, kkk, acho que tudo deve estar em perfeito equilíbrio.

É isso..ótimo sábado a todos, saindo do plantão agora...kkk

Abraço

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Eu com 10 anos de casado também estava entediado, mas chamei minha esposa e começamos a conversar até acharmos uma solução boa para os dois, diferente dela que impôs um novo estilo de vida ao marido mas somente para acobertar sua traição.

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Eu não consigo entender a fixação que os leitores tem sobre a questão da traição. Só se agarram nisso! Desde o tempo da Capitú! Hahaha. Parece que nunca viram uma traição ser motivo de uma mudança na vida do casal e eles se acertarem para sempre! Traições podem acontecer, e a partir delas tudo se apruma, basta não ter mau-caratismo. Mas, a maioria só foca nisso! Eu nem sei ainda se houve traição. E se houve, nada mudou até agora. Só para melhor.

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Por que não é o que acontece na prática, a traição é uma quebra de confiança e o relacionamento passa a viver sobre essa nuvem de desconfiança, insegurança e etc. O relacionamento nunca melhora nesses casos, o parceiro ou a parceira passa viver sobre duas constantes. Nesses casos normalmente o relacionamento se torna tóxico, agressivo e possessivo.

Primeira e corriqueira, a desconfiança.

Segunda, a apatia, a parceira ou parceiro deixa de ter importância mesmo estando juntos logo a responsabilidade afetiva deixa de existir.

O que a terapia ajuda nesses casos é passar pela traição causando menor trauma possível, mas é impossível não ter trauma. Escolher continuar juntos ou não é de cada um e como vão lidar com esse trauma.

E as vezes o trauma, normalmente em mulheres é a dependência afetiva, medo de ficar sozinha, e não se percebe nesse relacionamento tóxico.

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Entendo perfeitamente, pois no geral ainda se vive no padrão vigente de "exclusividade" do relacionamento monogâmico. Dentro desse padrão, que é ainda muito determinante em quase toda a nossa sociedade, se fazem os "votos" de pertencimento e fidelidade, um casal passa a ser uma junção de duas pessoas presas uma a outra dentro de um conceito de exclusividade e posse. A posse do corpo do outro, das vontades do outro, se tornam tão imperiosos que se torna um monstro opressor. Por trás disso, está o velho e bom "ideal do amor romântico". É algo muito danoso manter esse conceito hoje, pois é hipócrita pensar que uma pessoa por estar num relacionamento com um, não pode ter desejos ou interesse em outro. O casal se sente "obrigado" a negar suas vontades. Esse sentimento de quebra de confiança quando algum dos dois cede ao desejo, e tem alguma experiência fora da relação, se torna um monstro, pois na cabeça do cônjuge existe a exclusividade imperiosa, sem admitir que uma pessoa pode em algum momento ceder a um momento de desejo, mais forte do que sua imposição monogâmica. Aí, a pessoa que se sente traída, em vez de trabalhar a relação para entender o que ocasionou a quebra daquele pacto, adoece, fica abalada, se sente perdida, e entra em crise. A sensação "perda" da exclusividade é mais forte do que sua capacidade de entender o que pode ter acontecido. A insegurança faz com que não tenha coragem de trabalhar aquela questão. O que me assusta nesse quadro, é o tamanho da hipocrisia da grande maioria na sociedade. Um casal monogâmico, pode trair, constantemente, mesmo sem ter nenhuma experiência física fora da relação, pois podem estar em pensamento e em vontade, fazendo isso, sem que o outro saiba. Muitos se masturbam fantasiando com outro, e até na hora do sexo com o cônjuge podem estar imaginando ser com outro. E isso não assusta por quê? Analisando a realidade em que vivemos, onde é muito alto o índice de "traições" reis e físicas nos relacionamentos, conforme provam as estatísticas, é algo muito bizarro, já que a grande maioria trai, faz escondido, e essa mesma pessoa que trai, exige do outro a fidelidade e exclusividade. É como o corrupto que reclama da corrupção. Eu não sei a quem querem enganar. Eu não entendo é como que em plano século XXI, ainda se vive dentro dessa "fantasia" imposta de que uma pessoa "pertença" a outra por obrigação matrimonial. Essa "quebra de confiança" acontece porque as pessoas vivem na falsidade e na hipocrisia. Poucos são realmente sinceros e abertos. Algo que muitos liberais pelo menos, buscam resolver.

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O problema é achar que a traição está só no sexo, a traição entre casais monogâmicos ou não, é a quebra dos acordos estabelecidos. E é uma grande mentira dizer que liberais buscam resolver esse problema, ser liberal não é uma porta aberta para a traição, é isso que esses contos mostram, "pra que trair se você pode ser liberal?" Uma falácia, pois a traição como eu disse não está no ato sexual, está na quebra de acordo.

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Exato. A traição é a quebra de acordos. O que eu venho tentando explicar é que esses "acordos" geralmente não são estabelecidos pelo casal, mas impostos por um modelo de conduta, que está se tornando insustentável. De um lado os defensores da monogamia, defendendo regras que poucos conseguem cumprir. E os liberais procuram quebrar essa imposição de modelo monogâmico, para uma relação mais aberta, mais verdadeira. Veja o que diz a Sexóloga e Terapeuta Regina Navarro Lins: O amor é uma construção social; em cada época se apresenta de uma forma. O amor romântico, que só entrou no casamento a partir do século 20, e pelo qual a maioria de homens e mulheres do Ocidente tanto anseia, não é construído na relação com a pessoa real, que está ao lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades. Esse tipo de amor é calcado na idealização do outro e prega a fusão total entre os amantes, com a ideia de que os dois se transformarão num só. Contém a ideia de que os amados se completam, nada mais lhes faltando; que o amado é a única fonte de interesse do outro (é por isso que muitos abandonam os amigos quando começam a namorar); que cada um terá todas as suas necessidades satisfeitas pelo amado, que não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, que quem ama não sente desejo sexual por mais ninguém. A questão é que ele não se sustenta na convivência cotidiana, porque você é obrigado a enxergar o outro com aspectos que lhe desagradam. Não dá mais para manter a idealização. Aí surge o desencanto, o ressentimento e a mágoa. A busca da individualidade caracteriza a época em que vivemos; nunca homens e mulheres se aventuraram com tanta coragem em busca de novas descobertas, só que, desta vez, para dentro de si mesmos. Cada um quer saber quais são suas possibilidades, desenvolver seu potencial.

O amor romântico propõe o oposto disso, pois prega a fusão de duas pessoas. Ele então começa a deixar de ser atraente. Ao sair de cena está levando sua principal característica: a exigência de exclusividade. Sem a ideia de encontrar alguém que te complete, abre-se um espaço para outros tipos de relacionamento, com a possibilidade de amar mais de uma pessoa de cada vez.

A ideia de que um parceiro único deva satisfazer todos os aspectos da vida pode vir a se tornar coisa do passado.

Só de pensar na possibilidade de ter um relacionamento em que a monogamia não é uma regra, muitos casais têm calafrios. Por quê?

Reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. W.Reich [psicanalista austríaco] afirma que todos deveriam saber que o desejo sexual por outras pessoas constitui parte natural da pulsão sexual.

A exclusividade sexual é a grande preocupação de homens e mulheres. Mas ninguém deveria se preocupar se o parceiro transa com outra pessoa. Homens e mulheres só deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: Sinto-me amado(a)? Sinto-me desejado(a)? Se a resposta for “sim” para as duas, o que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito. Sem dúvida as pessoas viveriam bem mais satisfeitas.

Para haver chance de se viver a dois sem tantas limitações, homens e mulheres precisam efetuar grandes mudanças na maneira de pensar e de viver. Acredito que para uma relação a dois valer a pena, alguns fatores são primordiais: total respeito ao outro e ao seu jeito de ser, suas ideias e suas escolhas; nenhuma possessividade ou manifestação de ciúme que possa limitar a vida do parceiro; poder ter amigos e programas em separado; nenhum controle da vida sexual do parceiro, mesmo porque é um assunto que só diz respeito à própria pessoa. Poucos concordam com essas ideias, pois é comum se alimentar a fantasia de que só controlando o outro há a garantia de não ser abandonado. A questão é que não é tão simples. Para viver bem é preciso ter coragem.

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Malu não presta, antes do acordo já tinha traído, venha o próximo

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Em que trecho você se baseia para afirmar isso ? Pq até agora eu não vi nada disso .

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