Segundo conto da dose dupla de hoje ;)
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O cara entrou no bar rodeado de amigos, parecendo estar já um pouco alto da bebida. Alto, lá pelos 1.90cm, ele tinha aquele estilão de skatista: jeans largo e caído, além do blusão de moletom folgado e dos dois brinquinhos, um em cada orelha. Os cabelos ondulados e o bigodinho com cavanhaque só aumentavam o charme do gatinho, que além do mais, tinha um sorriso matador.
O garotão tinha aquele ar de moleque safado, que acabou de entrar na faculdade e está aproveitando para beber todas e passar o rodo. Engraçado como em um grupo de moleques, sempre tem aquele cara que é a referência, o líder do grupo, o “alfa”. O menino era desse tipo: todos os outros pareciam estar ali não apenas para curtir o rolê, mas para competir pela atenção dele.
Tentei não parecer distraído conversando com a Bianca. Mas assim que ele tirou o blusão, ficou impossível.
Reconheci na hora a cor vermelha. Ele estava vestindo uma camisa do Internacional!
“De todos os times do mundo…”, pensei, enquanto tentava me mostrar atencioso com a Bianca, que estava me contando da carreira dela de professora. Mas não teve jeito: minha atenção já estava totalmente desviada, e eu já me pegava dando um jeitinho de espiar o garotão do outro lado do bar.
Finalmente, nossos olhares de cruzaram. E naquele momento, eu soube:
“Bah Du, incrível como tu ainda se ilude! Já te falei mil vezes: tu pode até ter essa banca de boy aí, mas um macho de verdade sempre sabe reconhecer uma enrustida!”
Como o Dani podia me conhecer tão bem? Como podia um moleque daquele, que mal devia ter saído da escola, me deixar atordoado só com o olhar? Ele conseguiu ver em um instante o que os meus novos amigos simplesmente eram incapazes de enxergar
Que por debaixo daquela pose toda de machão eu estava varado, alucinado, sedento por pica!
-Mas e você Du, já foi pra lá?
-Opa, lá onde?- a pergunta da Bianca me fez voltar pra realidade
-Vish, tá aí ainda?- ela e a amiga se entreolharam, rindo- a gente tá conversando sobre a viagem que eu a Gi estamos pensando de fazer pra..
A Bianca continuou a tagarelar, quando notei o cara com quem estava trocando olhares sair do grupinho dele e cruzar o bar, sem pressa, rumo ao banheiro. De tempos em tempos, ele olhava para trás, por cima do ombro, dando a impressão que tava olhando na minha direção. Ou seria coisa da minha imaginação?
Ele parou em frente ao banheiro masculino, que parecia estar ocupado. Então, o meninão deu a olhada decisiva. Toda a cena que vou descrever agora durou no máximo três segundos: o gatinho desceu a mão, subiu a camisa do Inter de leve, e revelou um belo volume formado no jeans folgado. Tive ali a certeza de que, de todas as pessoas daquele bar, era para mim que ele tava olhando. Sem dúvida.
Se eu já estava hipnotizado por aquele cara, aquilo foi a gota d’água:
-Com licença meninas, eu vou no banheiro rapidinho…
Me levantei rápido, sem nem me preocupar se estava deixando óbvio meu desinteresse pela conversa. Caminhando em direção ao banheiro, passei pela mesa dos meus amigos:
-E aeee Duzão, desenrolou?- o Theo perguntou, com aquele jeito bobo de labrador dele.
-Opa, demais cara! Ela é top!- falei desatento, sem a menor sinceridade
-Aeeeee porra, assim que se fala, lek!- o Leandro emendou, dando um “toca aqui” no Theo- mas vamo agilizar aqui Du. Depois de terminar o quarto tempo, a gente já vai pra outra festa.
Beleza, vou só dar uma passada no banheiro antes…
Olhei e o meu garotão ainda estava lá, me esperando. O que quer que fosse que a gente estava pensando em aprontar, teria que ser rápido. Apesar da vasta experiência que eu tinha adquirido com o Dani, nunca tinha experimentado transar em um lugar público antes. Algo que o gaúcho sempre tinha proposto da gente fazer, mas eu nunca tinha tido coragem de aceitar.
A cada passo que eu dava, porém, a dúvida ainda me atormentava. Pensei nos meus amigos que estavam ali, na menina super gata que tinha acabado de conhecer. Não era exatamente isso que eu queria? E que trabalho da porra tinha dado colocar a casa em ordem! “Eduardo, dá meia volta, ainda dá tempo!”. Era só seguir o baile, continuar com os planos da noite. Antes daquela porra de garotão gostoso com a camisa do Inter aparecer…
-Opa, beleza?- disse parando na fila, como se estivesse ali para mijar.
-Tudo certo, guri!- ah, o sotaque!- e aí, como tá com a noite? Vi que tu tá fazendo sucesso com as guria, hein…
-Ah que isso, nada demais!- falei sem graça, olhando pra baixo. O volume dele pareceu estar maior ainda.
-Mas é verdade! Também não surpreende, um cara grandão como ti assim, chama atenção mesmo…
-Ah pô, mas você também né…alto e novinho desse jeito!
-Hmmm, curte um novinho então, é?- o sorriso galanteador dele foi irresistível- sabe, algo me diz que tu tá entediado com aquelas guria lá…
-É, um pouco…ri, meio sem jeito, meio atrevido.
O banheiro masculino ainda não estava liberado. Provavelmente tinha algum cara passando mal lá! Por um momento, a nossa rapidinha parecia ter ido pro saco:
-Pessoal, tem um banheiro de deficiente ali do outro lado- um cara que surgiu do nada falou, apontando para a nossa solução.
O novinho sorriu de novo, e em susto se colocou na frente, guiando o caminho. Ele entrou primeiro do que eu e fechou a porta. Era tudo ou nada. Respirei fundo e olhei para os lados, me certificando que não tinha ninguém me olhando. Entrei como uma flecha. Passei a chave. Depois dessa, não tinha mais volta!
Mal tive o tempo de recuperar o fôlego e de me localizar naquele banheiro mal iluminado. Sem perder tempo, o gauchinho se atracou comigo em um beijo molhado, gostoso, cheio daquela energia de molecão. Meu corpo foi se deixando amolecer nos braços enormes dele, que com uma pegada firme desbravava meu corpo. Quando me vi, estava com os braços em volta dos ombros do garoto, e ele me envolvia pela cintura. Em poucos segundos, a gente já tinha se encontrado nos nossos papeis.
Ele, o macho protetor. Eu, a femeazinha desamparada:
-Porra, que tesão, guri!- ele sussurrou no meu ouvido- me fala, que tu quer que eu faça contigo?
Eu tinha a resposta na ponta da língua:
-Me faz puta!- até eu fiquei chocado de ouvir como a minha voz saiu. Parecia um pedido de socorro depois de tantos meses sem ter prazer de verdade.
-Ah, mas é pra já…
Sem vacilar, o gauchinho pegou minha cabeça com as duas mãos e me fez ficar de joelhos naquele chão de banheiro. Passei pelo vermelho da cor da camisa do Inter dele, dando de cara no volume formado por debaixo do jeans. Ele abaixou a calça. Só de cueca, a mala parecia maior ainda!
“Ah, finalmente.”. Um pau, uma pica, uma rola, bem na minha frente. Ficava fora de mim só de imaginar aquele gostinho salgado, o cheiro forte, o barulho da vara batendo na minha bochecha. Quando ele botou a pica pra fora, devo ter feito um cara de putinha pidona, com o olho esbugalhado, para ele ter dito:
-Gostou do que viu, é? 20 cm, bebê! Abre a boquinha!
O cara era tão gato e charmoso que nem precisava ter um caralhão desse. Mas ele tinha! Nem pensei duas vezes: caí de boca naquela pica linda, grande e grossinha, de dar água na boca.Servi aquele macho como se fosse o último da Terra. Tudo o que eu queria era botar o máximo daquele pau pra dentro, preenchendo minha boquinha.
“Caralho, como eu amo chupar pau!”, foi tudo o que passou pela cabeça. Podia ficar ajoelhado naquele chão sujo de banheiro de bar por horas, mamando um gostoso daquele! O novinho, sacando o tamanho da minha afobação, metia sem perdão. Fios de saliva chegaram a escapar pelos cantos da minha boca, que às vezes parecia que iria rasgar por conta da violência da metida do gatinho.
De repente, ele me ergueu pelos braços, me tascando mais um beijo delicioso:
-Porra, tu precisava ver a tua cara mamando um pau! É coisa de louco, tu te transforma!
Eu sabia que o que ele tava me dizendo era verdade. Já tinha visto pelos vídeos que o Dani tinha gravado. Às vezes até eu tinha dificuldade de acreditar que era eu ali mesmo. Meu olhar era de entrega total, de completa submissão, como se nada mais importasse no mundo além de mamar uma vara até engasgar:
Ainda nos braços do garotão, deixei escapar meu desejo mais profundo:
-Ainnn- minha voz estava cada vez mais manhosa- me fode gostoso, vai gatão!
Ele abriu um sorriso cafajeste como resposta. Fiquei besta de ver como aquele novinho tomou controle da situação! O garotão me virou com uma só mão, me fazendo apoiar na pia e arrebitar a bunda. Me olhei para o espelho. Meus amigos, distraídos pelo quarto tempo daquela porra de jogo de basquete, nem sonhavam que o “Duzão”, o pegador da galera, estava a poucos passos ali no banheiro, abrindo as pernas para um moleque que nem o nome eu sabia.
O cara fez o trabalho todo. Tirou meu cinto, abaixou minha calça. Lembro de estar com uma das minhas melhores cuecas naquela noite. Uma Hugo Boss preta, daquelas que eu usava querendo impressionar as minas que pegava.
-Olha só, ainda usa cuequinha de playboy!- ele riu- mas me fala, pra que esse pano todo pra esconder essa maravilha?
Ele então puxou pra baixo a cueca, fazendo meu rabo pular pra fora. Naqueles tempos, eu evitava prestar atencão na minha bunda, que tinha virado meu maior orgulho nos tempos do Dani. Até fazia um esforço para disfarçar o quão grande ele era, sempre escolhendo os shorts e calças mais largas possíveis. Já na academia, basicamente só treinava peitoral e braço.
Mas ainda sim, sabia muito bem o efeito que ela causava em caras como esse moleque, em caras como o Dani, que eram simplesmente apaixonados por bunda.E por mais que detestasse admitir, eu adorava o fato do meu rabão deixar aqueles machos salivando!
-Ah, PARA! Que isso guri, ser rabudo assim devia ser crime!- ele falou apalpando minha bunda, fazendo ela chacoalhar do mesmo jeito que o Dani tanto curtia- um pouco peludinho para o meu gosto, mas mesmo assim…teu rabo deve ser o triplo do daquela guria com quem tu tava conversando!
Essa referência à Bianca fez um fio de pré-gozo cair do meu pau. Eu estava já completamente duro, mas nem tinha passado pela cabeça me masturbar. O prazer daquela noite não viria por ali.
O gatinho cuspiu com gosto nos dedos. Como a gente tava sem lubrificante, tinha que ser na base do cuspe mesmo. Estava tenso ainda, imaginando se alguém não iria bater na porta bem nessa hora. Ao mesmo tempo que estava com pressa de terminar logo, queria aproveitar ao máximo cada segundo daquela pica enorme de rasgando.
Senti um calafrio quando a cabeça do pau do garotão passou pela portinha:
-Ainnnnn!- caralho, será que nos tempos do Dani eu já sabia afinar a voz assim?- que delícia, gatão!
-Meu Deus, mas tu tá no cio hoje, hein? Muito tempo que não dá?- ele me provocou, acariciando minha bunda.
-Ahammm…
-Então aproveita, tesuda! Toma!
De uma só vez, ele enfiou toda a pica até o talo. Quando senti aquele pauzão latejando dentro de mim, soltei um gemidinho fino, como há tempos não soltava. Enfim, depois de tantos meses sentindo falta de algo, eu estava completo.
-Quieta, gatinha!- o novinho tapou minha boca com uma mão- tu tá precisando sossegar esse facho!
E assim, com alguns barulhos do bar abafados vindos de longe, ele começou a bombar. Ah, que meteção maravilhosa! Aquele novinho, apesar da pouca idade, já sabia comer que era uma delícia! Ao mesmo tempo que ele era jeitoso, com aquele jogo de cintura próprio dos ativos que manjam do que tão fazendo, ele sabia ser bruto, segurando com força minha boca para eu não gritar:
-Me fala gatinha, tava com saudade de macho, é?- ele perguntou baixinho no meu ouvido, sem diminuir o ritmo.
-Uhummm!- com a mão dele cobrindo minha boca, era tudo o que era capaz de responder
-Que beleza! E tu gosta de ser humilhada?
Ah, para que ele foi perguntar! Respondi com mais um “uhummm” abafado:
-Ah, é? Tu gosta de ouvir como tu é um fracasso como homem? Como aquela guria com quem tu tava conversando é uma trouxa, uma otária de acreditar que tu é macho?
-Uhummmmm!
-Eu conheço bem o teu tipo! Tem esse banca toda, mas no fundo se derrete com um homem de verdade falando no teu ouvido: “gatinha”
A cada “gatinha” que ele mandava, sentia meu pau jorrando pré-gozo como uma cascata!
-E olha só!- ele olhou para baixo rindo- além de tudo é broxinha!
O QUÊ? Fiquei tão assustado que também olhei para baixo. Onde deveria encontrar meu pau duro, vi que ele tinha amolecido! Já tinha visto milhares de pornôs em que o passivo não ficava ereto. Mas jamais imaginei que um dia aconteceria comigo!
-Tá chocada, gatinha?- ele estava claramente se divertindo com a situação-- e o pior é que tu é dotada, né? Tinha tudo pra ser um homem de verdade! Agora ergue a perna pra eu ver seu pau molinho enquanto eu meto!
Fiz como ele pediu. Era duro confessar, mas quase explodi de tesão quando vi a cena pelo reflexo do espelho. Meu corpo e aparência nunca estiveram tão masculinos. Sarado, peludo, barbado. Eu era praticamente o dobro daquele moleque. Se quisesse, podia acabar com ele fácil no soco. Mas ainda sim, estava completamente submisso ao garotão. E ainda por cima, com meu pau, meu maior orgulho, se recusando a ficar duro! Só balançando no ritmo da meteção, pra cima e pra baixo. Chegava até a fazer barulho quando batia no meu abdômen trincado.
O molecão, com pingos de suor caindo na camisa do Inter, lambia meu pescoço e orelha, caprichando na sacanagem:
-Raba linda da porra! Imagina só, e se tu falhar com a guria lá fora?
Quanto eu achava que ele não ia descer o nível da humilhação, o gauchinho se superava! Isso tudo sem tirar nem por um segundo a mão da minha boca!
-Escuta o que tô te dizendo: tu vai broxar com ela, gatinha! Tu vai querer pagar de machão, mas esse pau vai ficar do jeitinho que tá agora! Molinho…murcho… inútil!
-Hmppppfff!!!- por que imaginar uma cena dessas, que antes me deixaria pra lá de assustado, me excitava tanto?
-É sim, tu vai broxar…- ele continuava a me dizer- vai broxar porque não tem tesão em buceta, só em pau! Vai safada, mastiga essa vara com a xota!
A partir daí, foi brutal. Separando ainda mais minhas pernas, o molecão me dava umas estocadas que me faziam gemer, não mais de dor, mas de puro prazer. Cada metida na próstata fazia uma descarga elétrica percorrer meu corpo::
-Ah caralho, eu vou gozar! Vê se goza pelo grelo também, gatinha!
“Que filho da puta!”. Nem o Dani tinha tido a ousadia de chamar meu pau daquele jeito! Mas antes que eu pudesse reagir, senti aqueles jatos quentes preencherem meu cu. O novinho esporrou com gosto, enfiando o pau ainda mais fundo, pra garantir que eu aboservesse cada gota da porra dele. Ah, como eu tinha saudade daquele calorzinho! Mas, o mais chocante de tudo, foi ver gotas de gozo caírem da cabeça do meu pau.
Como se não bastasse ter aprendido a gozar sem tocar no pau, tinha também aprendido a gozar de pau mole!
-CACETE!- o moleque, que tinha se jogado em mim depois do clímax, falou no meu ouvido- eu adoro quando vocês gozam assim! É super díficil, sabia? Mas nossa, isso pra mim é um prêmio, gatinha!- ele disse, lascando mais um tapão na minha bunda.
Estava sem palavras. Depois de passar um minuto sentindo o impacto da gozada, a consciência foi ficando cada vez mais pesada. Me dei conta do que tinha acabado de fazer. Vendo que eu estava sem reação, o molecão tomou a iniciativa: puxou minha cueca e calça, passou o cinto, e disse que ia sair primeiro, para não alimentar nenhuma suspeita:
-Guri, foi show demais, hein? Qual é teu nome?
Abaixei a cabeça, envergonhado. Não estava a fim de papo:
-Ah, já sei…tá se sentindo culpado, né?- ele riu maldoso- beleza então! Boa transa com a guria depois, hein? Isso se tu conseguir né...
E saiu sem nem olhar pra trás. Me olhei no espelho, me segurando para não chorar. Depois de lavar o rosto, decidi voltar pro bar:
-Caralho Du, onde você tava? Você perdeu, esse último tempo foi top demais!- o Theo, para meu alívio, estava tão vidrado no basquete que nem tinha dado muita bola pro meu sumiço.
-Ah, esse daí deve ter dado uns pegas na ruivinha!- o Leandro completou- uma hora vi ela indo até o banheiro pra te procurar…
Puta, a Bianca! Tinha me esquecido completamente dela! Olhei em volta do bar para ver onde ela estava. Mas pelo jeito, a mina já tinha ido embora…
-Aeee Duzão! Cara, que lábia que tu tem, não sei como consegue- o Theo me irritava cada vez mais com aquela merda de apelido de quinta série.
-Pessoal, deixa eu falar…foi mal, mas eu não vou conseguir sair hoje. Não tô me sentindo bem agora..
-Sério Du?- o Leandro ficou sem entender- Mas porra, tem certeza que não dá pra aguentar?
-Tenho galera- respondi, já me preparando pra dar no pé- foi mal mesmo, acho que foi alguma coisa que comi!
-Tá certo, qualquer coisa avisa!- o Theo falou parecendo preocupado. Mas logo depois, a atenção dele já tinha sido tomada completamente pela festa- é bom que assim a gente tem mais chance com as minas! Bora lá, Leandro!
Chegando em casa, refleti sobre o que tinha acabado de viver. Caralho, como eu pude ter fraquejado tão fácil assim ? Em questão de minutos, todo o esforço de meses em recuperar minha vida antiga foi aniquilado. E tudo por causa de um gauchinho metido a besta! E como eu, que tanto tinha batido no peito e falado que nenhum cara me humilharia nunca mais como o Will fez, podia ter deixado um moleque daquele me tratar assim? Me usado como uma prostituta, estapeado, me chamado de “broxa”, batizado meu pau de “grelo!” Mais uma vez, me transportei para aquele maldito dia no campo de futebol, em que a “Dudinha” tinha sido revelada para todos os meus amigos. Os mesmos sentimentos de culpa, de vergonha, de raiva me dominaram. E se um daqueles babacas descobrisse o que eu tinha acabado de aprontar?
Mas o pior de tudo, era confessar a delícia que tinha sido! Naquele banheiro sujo de bar, dando para aquele garoto, me senti vivo como em meses não sentia. Mas ainda faltava alguma coisa. Tinha sentido um gostinho de liberdade com o meninão, mas no final das contas, foi só uma rapidinha. Um sexo culpado em um banheiro de bar, com tempo de duração menor do que um tempo de basquete. Não era nem de longe igual…
Igual ao que eu sentia com o Dani! Sozinho no meu apartamento, vendo as luzes da cidade da varanda, me permiti chorar pela primeira vez desde quando nos separamos. Nunca tinha sentido tanta saudade dele como naquele momento. Lembrei do gaúcho me falando que gostaria de casar comigo, para que eu esperasse por ele em casa todo dia. Fiquei imaginando a cena: o gaúcho chegando do trabalho, de terno e gravata, e eu só de calcinha, com as pernas arreganhadas no sofá da sala, pronto para receber meu maridão!
“Ah não, chega!”, enxuguei o rosto. Tinha que dar a volta por cima. Não dava para ficar remoendo esses mesmos sentimentos para sempre. Tá, beleza, eu tinha tido uma recaída. E daí? Eu podia fazer melhor. Eu podia deixar a minha vida antiga pra trás, esquecer o que o Dani e todos aqueles caras me aprontaram. Eu era o Duzão, porra, e não mais a “Dudinha”!
Fui até o quarto, para pegar embaixo da cômoda a lingerie que o Dani tinha me presenteado. Picotei tudo com uma tesoura, e joguei os trapos no lixo. Prometi a mim mesmo, que não importasse o que acontecesse, não ia deixar aquilo que rolou no bar acontecer de novo!
Nunca mais!
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Espero que tenham curtido! Logo logo posto os capítulos finais da série. Mas já aviso que os fãs do gaúcho vão ter que esperar um pouco, porque o próximo conto será da série do Thiago ;)