No delicado balanço entre amor e prazer, o organismo se torna um templo de sensações, onde cada risada e cada suspiro ecoam a beleza de estar verdadeiramente conectado. É nesse espaço sagrado que os laços se estreitam, e o amor se torna uma experiência transcendental.
Quando ela chegou próxima a mim e se apresentou me perdi em sua voz, demorei um pouco para responder, tivemos uma conversa super interessante, Maya era muito inteligente, e com certeza poderia me ajudar muito. Combinamos de fazer treinos como teste durante aquela semana, e todas as vezes que estava perto dela me arrepiava, sentia algo diferente, chegava a ser inexplicável o quanto eu gostava de estar na presença dela.
Durante a semana, todos os treinos eu sentia arrepios quando ela estava perto de mim e quando me tocava sentia uma eletricidade boa percorrendo meu corpo, em um determinado treino eu achei que iriamos nos beijar e fiquei sem ar, mas ela se afastou antes de nossos lábios se encontrarem. Naquela noite me toquei mais uma vez pensando em Maya. Em contrapartida, meu namoro ia de mal a pior, Guilherme já não conversava tanto comigo e não me procurava sexualmente. Quando estava junto de mim preferia muitas vezes ficar no celular a fazer algo. Eu estava na esperança de esse afastamento ser por causa do meu aniversário, e que talvez viesse uma surpresa. No sábado, meu aniversário, eu estava animada e quando perguntei a Guilherme o que iríamos fazer.
Guilherme: O de sempre, barzinho com os amigos.
Nicolly: Entendi, vou na casa dos meus pais e encontro contigo lá, qualquer coisa pode me ligar.
Guilherme: Certo.
Me arrumei e fui para a casa de meus pais, claro que levei uma muda de roupa para trocar e ir direto para o bar. Meus pais fizeram uma pequena festa surpresa para mim. E novamente não vi Guilherme. Meus amigos estavam lá e eu fiquei feliz. A noite me arrumei e fui para para o bar, mas uma vez tive uma decepção, Guilherme não estava lá. Ao ligar para ele, nenhuma resposta. Permaneci onde estava e tentei procurar alguém conhecido. De repente um olhar familiar se encontra com o meu, aqueles olhos cor de Marte que brilham com uma intensidade ardente, como chamas que dançam em um horizonte distante.
Era Maya ali, instintivamente fui em sua direção, conversei um pouco com ela, estava pensando em ir embora, mas quando ela me abraçou senti que deveria ficar. Bebi além da conta e me diverti ali, já não me importava mais com Guilherme. Maya decidiu que deveríamos ir embora, e que ela me daria carona, eu ainda não queria ir para casa então a convenci a ir para uma boate. Lá eu mal cheguei e dancei muito, reparei que Maya tinha um sorriso diferente e eu me encantei mais ainda, decidi puxá-la para a pista de dança e por pura coincidência passa a tocar funk. Eu deixei o ritmo tomar conta de mim e passei a dançar colada em Maya, provavelmente era a cerveja falando, mas eu senti um grande desejo naquela boca, dancei olhando seus lábios perfeitos e parecia que ela também queria. Aparentemente eu estava enganada, ela saiu de perto de mim e foi em direção ao banheiro, fiquei ali na pista pensando.
Garota: Ei, aquela moça que estava com você é sua namorada? Se não for, sabe se ela está solteira?
Nicolly: Oi. Sim, namoro com ela.
Como uma sombra sutil eu senti ciúme de Maya, e não havia motivos, eu namorava. Sai da pista o mais rápido que pude e fui em direção ao banheiro, entrei e tranquei a porta atrás de mim, respirei fundo e fui em direção a Maya e a beijei. Nunca em toda a minha existência experimentei um beijo tão perfeito, parecia que nossas bocas se conheciam a muito tempo, o beijo carregava desejo e urgência. Por instinto coloquei minhas mãos eu seu bumbum e ouvi um gemido abafado pelo beijo, eu queria mais que um beijo, mas me lembrei de Guilherme e fui parando o beijo devagar.
Nicolly: Maya, e-e-eu….
Eu comecei a chorar e não conseguia dizer uma palavra sequer, Maya me abraçou e ficou assim até eu me acalmar.
Maya: Nicolly, eu acho que já entendi. Se acalme que não direi nada a ninguém, e não precisa se preocupar com eu atrapalhar seu namoro. Vamos, deixa eu te levar para casa.
Nicolly: Maya, me desculpe. Eu não deveria ter feito isso.
Voltei a chorar, mas Maya me conduziu até seu carro após fechar nossa conta no bar. Mas eu não queria ir para casa e ver Guilherme. Passei o endereço dos meus pais para Maya, e seguimos até lá. Ao chegar, ela se despediu e pediu para eu ter calma. As palavras dela me passaram confiança, mas eu percebi que ela estava um pouco triste com tudo. Então eu sai do carro e entrei na casa dos meus pais, fui direto para o meu antigo quarto e me deitei. Comecei a chorar e pensar em tudo o que havia acontecido.
Eu queria estar com Maya, mas tinha um compromisso com Guilherme. Mesmo com os últimos meses tendo sido ruins, não invalida os últimos 3 anos. Precisava pensar muito no que estava acontecendo e quais decisões tomar, peguei meu celular e fui verificar se Guilherme havia entrado em contato, e não já eram 4 horas da manhã e não havia uma ligação ou mensagem dele. Mas havia uma mensagem solitária de Maya me informando que já estava em casa.
Fiquei deitada ali na cama até o sol nascer e nada de tomar uma decisão. Maya era algo novo e empolgante no meu dia-a-dia, e Guilherme era algo confortável e conhecido. Me levantei e fui tomar banho, tomei café com meus pais e pedi uma carona para minha casa. Entrei em minha casa e senti um cheiro diferente, um perfume de mulher, fui em cada cômodo procurando o cheiro e apenas quando cheguei no quarto que eu dividia com Guilherme que encontrei, não só o perfume mas também a dona. E para minha surpresa tinha uma loira ali cavalgando no meu namorado.