O flagrante de um corno nada manso - desafio-12-rival

Um conto erótico de xcontos.club
Categoria: Heterossexual
Contém 1430 palavras
Data: 20/10/2024 15:01:08

O flagrante de um corno nada manso

By

Anna Riglane

xcontos.club

...

Aquilo já estava programado para acontecer.

Era como uma bomba-relógio programada para explodir num momento qualquer.

E esse momento era só uma questão de dias, até de horas.

Mas é o tal negócio.

Você sabe que está indo para o buraco, sabe que pode levar umas azeitonas na testa, que está correndo risco de vida, mas nem assim consegue raciocinar direito.

Dizem que a carne é fraca.

Põe fraca nisso.

E diante da carne que se me oferecia eu não podia mesmo raciocinar, era capaz de largar tudo e correr na direção da mulher, mesmo sob o risco de levar um tiro.

LeveiTudo começou faz tempo, um bom tempo.

Porém, o começo da sexo-tragédia começou mais recentemente.

Certo dia fui indicado por um amigo para um sujeito que estava montando uma firma na cidade de Guarulhos, vizinha a São Paulo.

Eu estava justamente procurando algum negócio novo para tocar, quando o amigo me apontou a oportunidade de fazer uma sociedade com o amigo dele, o Tavares.

Fui conhecer o Tavares alguns dias depois e tive uma surpresa.

- Tatu!

- Geraldo! Mas não me chame de Tatu, por favor.

- Certíssimo. Mas que coincidência, não!?

Tatu era um apelido que o Tavares tinha no nosso tempo de molecagem, quer dizer de adolescência, juventude... e também de disputas para ver quem comia... quer dizer, quem namorava a Marceli, a menina mais bonita e mais gostosa do colégio, do bairro, da cidade.

Resolvemos ou, simplesmente, sabíamos que os tempos eram outros, que aquelas rivalidades haviam acabado, que a surra que um dia dei ele havia sido esquecida, que a surra que ele mandou dois moleques me dar também eu havia esquecido, que...

Marcamos uma reunião, outra reunião, outra... e nos tornamos sócios, com encontros praticamente diários a fim de acertarmos tudo, planejarmos tudo, vermos isso, vermos aquilo.

Um dia a esposa do Tavares apareceu no escritório que havíamos acabado de montar. Levava junto uma filha de 6 anos de idade.

- Marceli!

- Geraldo!

...

Marceli, uma senhora muito distinta, educada e que me cumprimentou com a maior presteza, que evitou tocar em assuntos do passado.

Marceli, que brilhou os olhos quando me viu, que me fez brilharem os meus, mulher de 28 anos de idade, morena, linda, cabelos, longos, corpo escultural.

Marceli, a menina que andei comendo às escondidas do Tatu, e motivo de uma das surras que ele me deu, e uma das que ele mandou dar, a maior.

Dois brutamontes me arrastando para trás do muro da escola, eu sabendo que ia apanhar feio... apanhei feio.

Mas tudo isso ficou no passado, era passado, os tempos agora eram outros, as coisas eram outras, e, como sócio do Tavares, começamos a frequentar a casa um do outro.

Marceli sempre o acompanhava, assim como a minha também me acompanhava e, algumas vezes, chegamos a sair juntos, os quatro.

Mas por mais que tentássemos nos divertir, nossas poucas saídas sempre foram muito formais e as relações de negócios sempre acabavam prevalecendo. Acredito mesmo que o Tavares só me permitia ter contato com a Marceli por conta dos negócios.

Mas aconteceu uma mudança em minha vida e sei que foi a partir daí que tudo mudou nas relações entre eu e Tavares ou, melhor dizendo, entre eu e Marceli.

De um momento para outro, minha esposa pediu a separação.

Não se pode dizer que a gente vivia uma maravilha de casamento, mas seu pedido até me surpreendeu.

Mesmo assim, não criei obstáculos, mas nem por isso deixei de comentar diante do Tavares e da Marceli a minha tristeza.

Já no dia seguinte Marceli me ligou, coisa que até então nunca tinha feito nesses novos tempos. Dizia que não gostava de ver ninguém triste e se oferecia para me fazer companhia.

- Agradeço. Mas não quero te causar problemas.

- E quem disse que você vai me causar problemas?

- Problemas! Por que problemas?

- Você sabe. O Tatu... quer dizer, o Tavares... o nosso passado... ele pode achar que a gente está....

- Está o quê?

- Está... novamente.

- Para com isso. E vamos almoçar juntos.

- Então vamos.

- Hoje!

...

Aceitei o convite e procurei não ver nada demais nisso. Afinal, éramos amigos quase de infância, vivemos juntos nossos tempos de namoricos e de escolhas, mas agora já estava tudo escolhido, ela já tinha o seu par, eu tinha perdido o meu, mas... éramos só amigos.

Assim eu pensava, queria pensar.

Fomos num restaurante como dois bons amigos e apenas conversamos coisas triviais. Nada, mas nada mesmo aconteceu.

Só foi acontecer quando chegamos em sua casa, ou seja, na casa dela e do Tavares.

Não vi nenhuma razão para não entrar, mesmo sabendo que meu sócio estava fazendo uma pequena viagem. Sabia muito bem que quando ele voltasse, comentaríamos com ele sobre o almoço.

Depois de alguns minutos na sua casa, porém, percebi que não havia ali ninguém mais. Nem a filha do casal e nem a empregada.

- Pedi à empregada que passasse o dia com a menina na casa da minha mãe. - ela falou. - Ela gosta de ficar lá... e enquanto ela fica lá, nós ficamos aqui.

De início, não entendi ou não queria entender, o que Marceli dizia.

Mas quando ela se aproximou com um jeito um tanto insinuante, fiquei na dúvida se ela estava brincando comigo ou se estava mesmo com segunda intenções.

A resposta tive logo em seguida.

- Não fale nada e nem vá me dizer não. - ela falou. - Faz tempo que estou me segurando, mas agora não aguento mais.

- Segurando? Como assim? O que você...?

- Sua boca me calou com um beijo.

- Não esqueci aqueles nossos momentos, nunca esqueci. Sabia que você foi o primeiro e quase único homem da minha vida?

- Quase único?

- Sim... além de você só tive o Tavares. E agora quero você outras vez.

...

Se eu pensava em dizer alguma coisa naquele momento, esse pensamento ficou esquecido, o que eu ia falar ficou esquecido.

Senti ferver em mim uma excitação fora do comum e então um fogo muito grande por Marceli brotou forte, incontrolável.

O mesmo fogo dos nossos tempos de juventude.

Mas como era ela quem estava quebrando o gelo, se oferecendo para transar comigo, entreguei-me.

Carregou-me para o quarto do casal e despiu a nós dois com uma avidez sem tamanho.

E mal tirou nossas últimas peças para me deitar na cama e subir sobre o meu corpo.

E antes mesmo de qualquer preliminar, foi pegando o meu pau e ajeitando em sua vagina, foi sentando, gemendo, quase gritando, mexendo.

- Saudades... que saudades!

E não sossegou com um orgasmo nem comMas naquele dia, nossas transas foram normais. E digo isso, porque na semana seguinte, enquanto o sócio tomava conta da empresa e a empregada passeava com a menina, a Marceli quis reviver outros prazeres, os primeiros, daqueles outros tempos.

- Lembra... lá nos fundos da minha casa?

- Só lembro. Você falava que doía.

- Era só charminho. Faz tempo que não faço, sabe? Faz tem que não tenho uma transa legal, completa. Ele só pensa nos negócios.

...

E desde então, a cama da Marceli passou a ser palco de grandes transas.

Ela se aprontava, se embelezava, fazia depilação nas partes.

Mas eu não esquecia que aquela cama era, na verdade, a cama do casal.

Não esquecia... mas esquecia.

- Será que ele não desconfia? Do jeito que você se depila.

- Ele nem olha para mim. Nem repara se raspei ou não.

- Pode ser, mas não seria melhor a gente se encontrar noutro lugar. Sempre aqui, na vossa cama, será que a empregada...?

- Ela sabe, mas está sendo muito bem paga para ficar calada.

...

Só o que Marceli não sabia é que o Tavares pagava à empregada uma quantia um pouco maior.

Um dia...

Estávamos no auge de uma transa muito louca, ela de quatro, eu no seu traseiro, quando ela soltou um grito desesperado e pulou fora da cama.

Vi o Tavares.

Eu ali, peladão.

Vi o revólver na mão do Tavares, vi toda a minha vida passar diante dos meus olhos.

Vi uma pequena faísca saindo do cano, e ouvi o som de um tiro, acho que ouvi, nem lembro direito.

...

Acordei dias depois, no hospital.

Segundo um dos médicos, só não morri por sorte, pois dos mais de dez tiros que ele havia dado, conforme informação da polícia, só três haviam me acertado, e nenhum de forma vital.

...

Só não entendi porque o desgraçado atirou apenas em mim.

E menos ainda não entendo, até agora, por que ele desmanchou a sociedade comigo, mas continua casado com a Marceli.

xcontos.club

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 43 estrelas.
Incentive Xcontos.club a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de foxus

🍓Aqui v­­o­­­c­­ê po­­de ti­­r­ar a r­­o­­­­u­­pa da g­a­­­­r­­­­o­ta e vê-la n­­u­a) Con­fira ➤ https://ja.cat/niero

0 0
Foto de perfil de Leon-Medrado

Parabéns, excelente conto para o desafio. Gostei muito, bem estruturado, bem narrado, história muito verossímil, e com muito potencial para ter uma parte 2 e até mais. Afinal, Marceli ficou nos devendo algumas tentações sugeridas. Três vezes três estrelas.

0 0