Ela já estava no banco do passageiro, mas parecia sentada na minha cabeça, uma presença colossal que me tirava o ar e a justiça. Marta, minha mãe, a mulher que eu não deveria pensar em tocar, agora ajeitava o decote com os dedos delicados enquanto olhava pela janela, tão indiferente quanto uma deusa no Olimpo.
Eu dirijo. Ou tento. Meus dedos suados no volante denunciam que dirigir talvez não seja a atividade principal dessa noite. Marta percebe. Claro que percebe. Ela sempre percebe.
— Está nervoso? — A voz dela é uma inspiração e um desafio, tudo ao mesmo tempo.
— Por que você estaria? Só estou dirigindo.
Ela sorri. Aquele sorriso... cruel. Mas não diz nada. Ao invés disso, puxa o celular e começa a mexer nele, completamente alheia à minha existência. Pelo menos era o que queria que eu acreditasse.
O motel surge no horizonte, e minha boca fica seca. O letreiro neon piscando como um farol para pecadores. Marta levanta os olhos do celular e olha para mim, avaliando.
— É aqui?
Faço que sim com a cabeça. As palavras estão entaladas na garganta. Ela não ri, mas o canto da boca se curva de um jeito quase imperceptível.
Ela gosta de mim ver assim.
A entrada é discreta, mas o coração batendo nas costelas faz cada detalhe parecer maior do que deveria. A recepcionista mal levanta os olhos. Marta toma a frente, resolva tudo. Escolhe o quarto. “O melhor que você tiver”, diz com a naturalidade de quem faz isso toda semana.
Subimos. O quarto é uma obra de arte do kitsch: espelhos no teto, cama redonda, luz vermelha e uma banheira que parece um lago particular. E, pela primeira vez, estamos sozinhos. Na verdade. Sem portas fechadas, sem o risco de Manuela aparecer gritando algo sobre o jantar ou a roupa suja. Só nós dois.
Marta anda pelo quarto como se fosse dela, explorando cada canto, tocando os objetos com um interesse casual. Eu fico parado perto da porta, como um adolescente na primeira festa.
— Vai ficar aí o tempo todo?
A pergunta me acorda. Dou um passo à frente. Dois. E, antes que eu perceba, estou perto dela. O perfume que ela me usa invade como uma droga. Marta se vira, e nossos olhos se encontram.
— Está mais à vontade agora? — A voz é um convite, uma provocação.
Eu a puxo pela cintura, e ela não resiste. Seus lábios encontram os meus, e o mundo desaparece. O beijo é profundo, urgente, como se estivéssemos tentando roubar ou ar um do outro.
Minhas mãos deslizaram por suas costas, explorando a curva perfeita de seu corpo.
Ela interrompeu o beijo e me olhou, o rosto iluminado pela luz vermelha.
— Ainda nervoso?
Eu sinto muito.
— Não mais.
Marta ri e começa a desabotar minha camisa, os dedos ágeis e experientes.
Quando Marta removeu o vestido, foi como se o tempo parasse. Cada movimento dela parecia planejado para me torturar, para me fazer querer mais. O tecido deslizou por seu corpo com a mesma suavidade com que ela andava, revelando a mulher que tantas vezes habitou meus pensamentos mais impróprios.
A lingerie era preta, rendada, envolvendo sua pele clara como uma moldura perfeita.O sutiã, de um estilo sofisticado, sustentava os seios de maneira impecável. Eles eram menores, sim, mas perfeitamente proporcionais ao seu corpo esguio, com mamilos que já despontavam contra o tecido fino. A curva suave de sua clavícula destacava ainda mais a elegância de sua postura.
A cintura era fina, mas não frágil, marcando o contorno que levava a quadris discretos, porém atraentes, que se acentuavam sob a calcinha rendada. Suas pernas longas e bem definidas pareciam ter sido esculpidas com o cuidado de um artista, com a pele firme e um leve brilho que refletia a luz do ambiente.
Ela permaneceu de pé por um instante, me encarando com aquele olhar que dizia mais do que palavras poderiam. A luz vermelha do quarto brincava com as sombras no corpo dela, acentuando cada curva, cada detalhe. Marta não era apenas bonita. Ela era uma visão. Uma obra de arte que carregava anos de histórias, de experiências, e que agora estava ali, completamente vulnerável e, ao mesmo tempo, dominando tudo ao redor.
— Gosta do que vê? — perguntou, com um sorriso de canto que parecia saber exatamente a resposta.
Eu não consegui responder. Apenas assenti, enquanto o calor do desejo crescia dentro de mim, consumindo qualquer resquício de dúvida ou hesitação.
— Está me encarando demais.
— Culpa sua.
Ela se aproxima, e nossos corpos se encontram novamente. A cama parece chamar, mas Marta tem outras ideias.
— Na banheira, agora. — A voz dela é uma ordem, e meu corpo obedece sem hesitar.
A água morna e o cheiro de sabonete me cercam enquanto ela entra atrás de mim, o corpo dela deslizando contra o meu. Suas mãos envolvem meus ombros, depois descem lentamente pelo meu peito até alcançarem o ponto onde meu corpo já não esconde mais o desejo.
— Está tenso — ela provoca, enquanto sua mão me envolve, firme e delicada ao mesmo tempo.
Minha cabeça cai para trás, e um gemido escapa dos meus lábios. Marta sorri, seus dedos se movendo com uma habilidade que me faz perder qualquer senso de realidade. Ela se inclina, sua boca roçando meu pescoço, mordiscando levemente enquanto continua a me tocar.
— É isso que você queria, Miguel?
Eu mal consigo responder. Minhas mãos encontram as coxas dela, subindo até a curva perfeita de seus quadris. Eu a puxo para mais perto, e Marta se posiciona sobre mim, mas ainda não cede completamente.
— Não tão rápido.
Antes que eu possa protestar, ela se inclina para frente, suas mãos deslizando por meu abdômen enquanto sua boca encontra o centro do meu prazer. O calor, a suavidade, a intensidade... Nada poderia ter me preparado para aquilo.
Meus dedos encontram seus cabelos, e o mundo ao nosso redor desaparece. Ela me conduz ao limite, e eu me entrego completamente.
E, ali, naquela banheira, Marta e eu deixamos de lado qualquer culpa, qualquer medo. Pela primeira vez, éramos só nós dois, explorando cada desejo reprimido.
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Eu sei o que você está pensando. Não, sério, eu sei mesmo. "Como diabos Miguel e Marta chegaram a esse ponto? Motel, banheira, roupas caindo... Como isso começou?" A resposta é simples: leia o livro.
Não, não é uma metáfora. É literalmente o que estou dizendo. Minha vida toda — ou pelo menos essa parte, a que vocês definitivamente não podem contar por aí — está registrada em O Mundo É Meu! - Amor em Família: A Mãe. Está na Amazon, prontinho para quem quiser explorar as curvas (metafóricas e literais) dessa história.
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Vai lá, dê uma olhada. Porque, se você acha que isso aqui é intenso, espere só até saber como tudo começou.