O ciúme e a posse são emoções complexas que podem surgir em qualquer relacionamento, mas quando não são gerenciadas adequadamente, podem transformar um casamento ou parceria em um relacionamento tóxico. O ciúme é uma emoção natural que todos experimentam em algum momento. Ele pode ser desencadeado pelo medo de perder alguém que amamos ou pela insegurança em relação ao nosso próprio valor. No entanto, quando o ciúme se torna excessivo, pode levar a comportamentos controladores e possessivos, prejudicando a confiança e a comunicação no relacionamento.
A posse, por outro lado, é a manifestação extrema do ciúme. É o desejo de controlar o parceiro, tratando-o como uma propriedade em vez de um indivíduo com autonomia. Esse comportamento pode se manifestar de várias maneiras, como monitoramento constante, restrições à liberdade do parceiro e manipulação emocional.
O casamento. por sua vez, deveria ser uma união baseada no amor, respeito e compromisso mútuo. No entanto, quando o ciúme e a posse entram em cena, esses pilares podem ser corroídos. A chave para um casamento saudável é a comunicação aberta e honesta, onde ambos os parceiros se sentem seguros para expressar suas preocupações e sentimentos sem medo de julgamento ou retaliação. Quando isso não acontece o relacionamento se torna tóxico, aquele em que há um padrão de comportamentos prejudiciais, como manipulação, controle, abuso emocional ou físico, e falta de respeito. Esses relacionamentos podem causar danos significativos à saúde mental e emocional dos envolvidos. Seus sinais são Isolamento, parceiro tenta isolar a pessoa de amigos e familiares; Manipulação, uso de táticas para controlar ou influenciar o comportamento do parceiro; Desrespeito, falta de consideração pelos sentimentos e necessidades do parceiro e Abuso que pode ser emocional, físico ou psicológico.
No dia que juraram viver felizes para sempre, numa parceria incondicional relacionada a riqueza e a pobreza, saúde e doença, até que a morte os separasse, Carla e João realmente acreditavam nisso. Nos dias, os meses, os anos foram passando e fogo da paixão diminuindo num ritmo lento e contante quase que imperceptível. O afastamento foi se dando primeiro com a justificativa do trabalho, do cansaço, de uma dor de cabeça. Depois por outros interesses, outras atrações mais jovens e sem tantos compromissos. João, na sua visão restrita e machista, vê Carla como um objeto, uma reprodutora que parirá seus filhos. Carla era a Rainha do Lar, via o marido como provedor, uma fonte de segurança física e financeira. Aquele tesão que um dia estava presente em cada cômodo da casa, agora se restringia a uma trepada fria e burocrática, sem prazer.
Carla tentava se abrir com o marido, tentou falar. Ele não escutou, nunca entendeu, já não havia paixão e muito menos compaixão. Olhar até era carinhoso, mas vazio, sem empatia. O silêncio das vozes deu lugar ao barulho ensurdecedor do desejo gritando, implorando para ser saciado. João conheceu Gabriele, uma linda e jovem mulher, cheia de tesão, de vigor, de liberdade. Ela não se preocupava com as contas a pagar, como a casa na praia, como o carro novo, só queria estar com ele. Chupar seu pau, foder em todas as posições possíveis, de todas as formas. Ela dizia que o seu pau era delicioso, grande e que queria ele dentro da sua buceta, do seu cu. Adorava beber seu sêmen como se fosse o néctar mais precioso do mundo. Para ele voltar para casa após uma tarde com Gabriele era ser expulso do paraíso para vagar pelo inferno da responsabilidade conjugal.
Carla também é um ser humano, ela também tem seus desejos. Nada é mais forte que uma buceta molhada implorando por um orgasmo. Então inicialmente ela mergulha no mundo dos contos eróticos, depois começa a se corresponder com Pedro. Ele a escuta, entende e promete fodê-la como ela deseja. Num dia qualquer marcam se encontrar para tomar um café. Bastou um olhar, um sorriso, um toque de mãos para acabarem a tarde num motel barato fodendo como animais. Aquela buceta e boca que só haviam conhecido o pênis de João, agora estavam entregues a Pedro. Este homem metia como se não houvesse amanhã, chupou sua buceta proporcionando-lhe um prazer até então desconhecido. Suas metidas cadenciadas e profundas a levaram a um outro patamar, o patamar do verdadeiro prazer. Carla não desejava mais voltar para casa, para coisa morna que havia construído junto com marido.
A noite, após tomarem um banho purificador, o casal – Carla e João sentam-se a mesa, comem em silêncio, escondendo seus desejos, sua culpa, seus medos. Não se olham mais nos olhos, não se abrem, vivem juntos em mundos paralelos. Nunca se tocam, nunca se encontram. Vivem no mesmo espaço, vivem vidas diferentes, tem amantes diferentes. Fodem, fodem muito. Ele com Gabriele, ela com Pedro. Levam seus dias de forma covarde, sem coragem de seguirem para novos mundos como seus novos parceiros. A casa que um dia foi um lar, hoje não passa de um endereço, um ponto de referência para ambos voltarem após tardes de prazer. Não há ciúme, não há paixão, talvez nem mesmo casamento, só restou a dupla posse. Para Carla, João é o “seu” marido e Pedro do “seu” amante. Para João, Carla é “sua” esposa e Gabriele “sua” amante. A toxidade está na mentira, na manipulação da realidade e no desrespeito imposto pelo conformismo. Mas a vida segue, pelo menos duas ou três vezes por semana durante as tardes nos encontros furtivos e secretos de ambos. Sexo é muito mais viciante que qualquer tóxico, ainda bem que não proibido. Bem, mais ou menos.