Perdi todo meu dinheiro no Tigrinho, e agora sou corno (parte 4)

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 1354 palavras
Data: 23/11/2024 20:42:49

Maya chegou em casa cheia de sacolas, e meu coração apertou, sabendo que nós não tínhamos mais como pagar por aquelas coisas. Quando ela não estava olhando, eu fucei as compras para saber o que ela havia planejado para o nosso final de semana. Ela não havia economizado, comprando roupas para a viagem, biquínis e até mesmo… lingerie.

Eu fiquei encarando a calcinha fio dental de renda preta na minha mão. Fazia um bom tempo que eu não a via usando uma peça daquela. Aquilo me incomodou, mas eu não a questionei.

Ela provavelmente diria que era loucura da minha cabeça, e só tinha aproveitado a ida ao shopping para comprar coisas que precisava, já que desde que a Nina nasceu não havia dado uma renovada no guarda-roupa.

Fora que, tinha sido “minha” ideia ir à casa de praia do Marcos, não tinha como eu reclamar que ela estava comprando roupas para a ocasião.

Marcos enviou fotos para nós do local, e era algo absurdo. A propriedade tinha o tamanho de um sítio, com trilhas e cachoeira no meio dela. Para completar, tinha uma praia que o acesso só era possível por barco ou pela propriedade. Enquanto Maya parecia uma criança indo para a Disney, eu não conseguia nem fingir que estava animado.

E tinha algo, além disso, que me incomodava naquela semana…

Na segunda, minha esposa estava brincando com a Nina e o celular dela vibrou. Fui pegar o celular para dar a ela, e Maya voou em direção ao aparelho. Ela nunca havia feito nada parecido antes. Era irônico eu sofrer achando que ela poderia estar escondendo algo de mim. De qualquer forma, eu precisava saber.

Esperei Maya dormir, e peguei o celular dela. Pelo menos, ela não havia mudado a senha. Li as primeiras conversas e nada. Depois procurei pelo meu nome, Marcos, traição... também não achei nada.

Estava quase desistindo, aceitando que tinha ficado completamente biruta graças à culpa, quando percebi uma coisa estranha. O grupo das amigas da minha esposa estava vazio. Maya havia deletado a conversa.

Conectei o WhatsApp dela ao meu laptop do trabalho e esperei. Não fiz mais nada naquela semana, só fiquei monitorando em tempo real cada mensagem que minha esposa recebia. Não sei nem o porquê estava tão fissurado naquilo.

Na quarta-feira à noite, enquanto eu fingia estar trabalhando no meu laptop, o grupo das amigas dela finalmente deu sinal de vida.

Maya:

“Olha o que comprei pro final de semana 🥵🔥”

Minha esposa mandou várias fotos de si mesma, vestindo uma peça que ela tinha comprado para a viagem. Era o biquíni vermelho que eu já tinha visto nas compras, e ele tinha menos tecido do que esperava. Graças ao bumbum massivo da minha esposa, nas fotos de costas parecia que ela não vestia nada.

As amigas rapidamente começaram a comentar.

Bruna:

“Porra, Maya! Tá com tudo em cima, hein? Que mamãe hein 😏”

Renata:

“Pegou na sessão infantil, né gata? HAHAHAHA”

Júlia:

“A praia particular vai pegar fogo, hein?! 🔥”

Bruna:

“O Marcos é aquele mesmo? Ele que é o 'pirocudo' que você saía? 🤣”

Júlia:

“HAUHAUHAUHAUHAU. A Bru matou a charada. Ninguém usa um desses só para agradar ao marido”

Maya:

"Que é isso gente... é pro Paulo, tá? Mas, sim... o Marcos é esse mesmo Bru. 🙈"

A vontade era arregaçar o computador e todas as coisas que tinham no escritório de tanta raiva. O Marcos não era só um amigo, ele era um ex, e agora eu tinha que passar o final de semana sabendo que o "pirocudo" tentaria comer a minha esposa.

Não havia o que fazer. Eu não podia cobrar a Maya depois de violar a privacidade dela, até porque, quem estava falando em me trair eram as amigas dela, não ela. E nem tinha como cancelar a viagem, só Deus sabe o que aconteceria comigo caso voltasse atrás de um acordo com o Marcos.

Eu fui para a praia, com a alegria de uma pessoa que acompanha um velório de um ente querido.

Chegamos perto da hora do almoço, e pessoalmente, a propriedade era ainda mais impressionante do que nas fotos. Marcos nos recebeu na casa principal da propriedade. Era uma estrutura extravagante, criada por uma arquiteta famosa. A sala, conectada por portas de correr de vidro a duas varandas, oferecia uma vista deslumbrante. De um lado, a piscina se estendia em direção à praia particular, enquanto do outro, a varanda revelava uma cachoeira que cortava a densa vegetação da propriedade. O pé direito altíssimo dava ao lugar uma sensação de vazio, quase como se estivéssemos em um castelo assombrado.

O andar superior era igualmente impressionante. Um corredor largo conectava as seis suítes, todas idênticas: cada uma com uma cama King Size, uma televisão gigantesca, varandas com vista para a cachoeira ou para a praia, e banheiros com banheiras de hidromassagem. Parecia surreal que aquele "castelo" fosse abrigar apenas nós três naquele fim de semana.

“Vocês preferem um quarto com vista para a cachoeira ou para a praia?”, perguntou Marcos. Dei de ombros — para mim, não fazia a menor diferença qual seria o palco da minha tortura.

“Praia! Eu quero acordar vendo o mar,” respondeu Maya, com os olhos brilhando de entusiasmo.

Marcos então sugeriu que trocássemos de roupa para almoçar na piscina. Os empregados levaram nossas malas para o quarto, e Maya, com uma velocidade que eu nunca havia visto antes, se trocou, colocando o biquíni vermelho que havia comprado para a ocasião e uma saída de praia.

Encontramos Marcos na área da piscina, apenas de shorts. Eu sabia que ele tinha o físico de dar inveja, mas o contraste entre nós dois era cruel demais. Ele era musculoso e definido, o tanquinho parecia de uma escultura grega, enquanto eu, apesar de ser magro, estava longe de qualquer ideal de beleza. Uma sensação de inferioridade tomou conta de mim, e pelo jeito que Maya olhava para ele, parecia que ela concordava que ele era o espécime superior.

A gente comeu, conversou e encheu a cara. Cada vez que os copos chegavam na metade, um dos empregados de Marcos enchia com mais cerveja. Depois de um tempo, Maya tirou a saída de praia, revelando o minúsculo biquíni vermelho que havia comprado especialmente para aquele final de semana, e se deitou para tomar sol, ficando afastada de mim e de Marcos.

Era como se ele tivesse se transformado num personagem de desenho animado, com corações saltando dos olhos ao ver o quanto o biquíni deixava à mostra, incapaz de manter a farsa onde fingia que me respeitava.

Ele não trocou nenhuma palavra comigo, apenas ficou olhando fixamente para Maya. Com a excitação dele, pude descobrir que minha esposa não havia exagerado na descrição dele para as amigas. Aquela coisa no shorts dele era fora do normal, e embora eu não tenha medido, com certeza tinha mais que 20 centímetros.

A ousadia daquele filho da puta era tanta que, mesmo comigo do lado dele, ele colocou a mão dentro da bermuda e começou a se acariciar enquanto observava a minha esposa, deixando claro que não tinha nenhum respeito por mim.

Naquela hora, deveria ter pegado um pedaço de pau e dado na cabeça dele, mas a real é que o sentimento era bem confuso. Vergonha, raiva, impotência, ódio… tudo se misturava, me deixando paralisado, mas estranhamente excitado.

Aquele final de semana, eu iria ser corno. Tentei não pensar sobre o assunto, como se só o fato de pensar isso, eu estaria atraindo para mim a desgraça. Só uma pessoa muito doente sentiria tesão numa situação dessas, onde corria o risco de perder o amor da sua vida.

Só que, de certa forma, parecia justo eu ter uma punição e sofrer aquela humilhação depois de todas as merdas que fiz.

Enquanto processava aqueles pensamentos, Marcos disse baixinho para mim, sem parar de se masturbar por dentro da calça: “Você vai ter que arranjar uma desculpa para vazar, porque hoje eu vou comer a sua mulher.”

<Continua>

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