Parte 8 - A Revelação
Em meio as fotos tinha uma carta digitada que dizia “Irmão, eu não tive coragem de olhar na tua cara, eu não sei também como te pedir desculpas, todos sabemos que eu não sou o irmão inteligente da família, eu deixei sobre a mesa algumas fotos e vídeos na tentativa que você perceba que a traição não foi planejada, não existiu uma conspiração contra você ou um plano para tomar sua família, eu e Camila estávamos apaixonados e as coisas só aconteceram, pensamos mil vezes em como te contar, e sempre que nos víamos no mesmo lugar de não saber como dizer que estávamos apaixonados. Cara, eu não sei se um dia vai me perdoar, mas eu te amo e vou aguardar esse perdão”.
Meus olhos se encheram de lágrimas, era uma mistura de sentimentos entre se sentir traído e ao mesmo tempo triste por não estar com eles ao meu lado, afinal era a mulher da minha vida e o meu irmão.
As fotos eram de momentos íntimos entre eles, pareciam namorados posando para fotos e eu me perguntava como eu não vi aquilo, como ela conseguia dissimular tanto? Será que eu conhecia mesmo aquela mulher?
O vídeo era os dois em um jardim, Jonas filmava Camila sorrindo e correndo, claramente apaixonada, e o sentimento de traição aumentava, mas eu entendi a intenção, ele queria me mostrar que existia sentimento entre eles, mas porque ? Talvez Camila pudesse me responder.
Peguei o carro e fui até a minha antiga casa, bati a porta algumas vezes até Camila aparecer a porta com cara assustada
- João ? Veio ver a Larissa?
- Não, vim conversar contigo, podemos ?
- Entre por favor, vou fazer um café para a gente
Ela foi caminhando e claramente estava angustiada, a cada dois passos ela olhava para trás querendo entender aquela situação. Larissa desceu as escadas e me viu
- Pai! – Veio correndo me abraçar
- O que o senhor faz aqui? Não vai brigar né ?
- Não filha, só vim entender algumas coisas, pode ficar tranquila.
- Tudo bem então, eu estou de saída, vou em um restaurante com algumas amigas
- Pode ir tranquila, vai ficar tudo bem
Larissa saiu e fiquei aguardando a Camila voltar, ela trouxe pães na chapa que eu adorava e café
- Ainda gosta ?
- Sim, obrigado
- João eu não estou aguentando, por favor me diz o que você quer
- Eu preciso saber de tudo Camila, por favor, sem mentiras .
Mostrei a as fotos e o vídeo, ela ficou apreensiva, e com os olhos cheios de lágrimas, em algum momento ela respirou fundo como se entregasse os pontos.
- Tudo bem, chegamos em um ponto que não é possível voltar atrás.
- Tudo começou com a sua dupla jornada de trabalhar na polícia e estudar história, mal ficava em casa e sempre chegava cansado, lembra quantas vezes conversamos sobre isso?
- Sim, eu lembro, eu te expliquei muitas vezes que precisava sair da polícia, para não acabar morrendo em algum confronto e deixar você viúva e a Larissa desamparada.
- Eu sei – Disse ela abaixando a cabeça envergonhada
- Então, no último ano antes de você se formar Jonas passou a vir aqui na nossa casa quase todo dia, você acabava o expediente da polícia e ia para a faculdade, ele vinha para cá, nos tornamos bons amigos, era uma companhia na sua ausência. Eu não via maldade até ele começar a me trazer flores, presentes, se aproximar cada vez mais.
- Eu juro que pensei em te contar, mas não tive coragem, você se formou e começou a dar aula, eu pensei que te veria mais em casa, então passou a fazer mestrado, doutorado e sei lá mais o que, cada vez mais distante, eu nem sabia mais da sua vida direito, me sentia abandonada e Jonas se aproximava.
- Em uma dessas tardes eu estava triste e vulnerável, Jonas me roubou o primeiro beijo, eu cedi e nos beijamos, passei dias mal, e você não percebeu, eu achei então que não me amava mais.
- Puta que Parcial Camila! Como eu não te amava ? Tudo, exatamente tudo o que fiz por você e pela Camila, como que anos juntos você pode achar isso?
- Me desculpa, acho que o envolvimento com Jonas fez eu me distanciar dessa realidade...
- Ele passou a me levar para restaurantes, passeios e as pessoas não desconfiavam por ser teu irmão e vocês sempre estiveram juntos.
- A primeira vez? – perguntei cortando ela
- Que primeira vez ?
- Que vocês transaram ?
- Para que saber isso ? Vai mudar em que ?
- Eu só preciso saber, para passar esse sentimento de traição, eu desconfio de tudo e todos agora, eu mal consigo viver, preciso saber e tentar seguir, eu prometo que não vou me irritar, talvez fique triste, mas não pare.
Ela respirou fundo tomou um gole de café e voltou a falar
- Foi na sua viagem para Brasília, você foi palestrar sobre alguma coisa
- Revolta da Chibata – Cortei ela
- Isso, isso mesmo... Jonas me convidou para uma viagem, na casa de praia dos teus pais, e lá rolou a primeira vez, durante o final de semana, quando você voltou eu me sentia suja, tomava banho mais de uma vez por dia na esperança de que aquele sentimento saísse de mim. Mas você estava tão distante que não percebeu
- Depois disso sempre que podíamos a gente transava e eu já não sentia que era traição, a verdade é que eu me sentia novamente desejada, amada, e passei também a te negligenciar, você e a Larissa, sem perceber.
- Daí você voltou, como se nada tivesse acontecido, e passou a ser o marido que sempre foi, carinhoso e passava mais tempo em casa, dizia que queria recompensar o tempo perdido e viajamos, jantamos em restaurantes, eu me sentia casada de novo.
- Mas isso irritou Jonas, ele me queria pra ele, e comprou passagem para fugirmos, eu pedi para ele me esquecer e deixar eu viver com a minha família, implorei, mas ele me ameaçava dizendo que contaria tudo, que você me mataria se soubesse, eu então tomei a decisão de te contar tudo.
- Ele disse que não precisava e me pediu uma última vez, relutei mas chantageada cedi, e foi o dia que você pegou a gente na cama, eu não sei porque chegou naquela hora, não era para você ter visto, e bom estamos aqui né ?
- Eu sei porque cheguei aquela hora, Jonas comprou o bolo e disse que era para buscar naquele horário e eu só ia deixar em casa e voltar depois para a festa.
- Aquele filho da puta, ele então armou isso? – Disse ela surpresa
- Parece que sim, parece que ele queria que terminássemos e tivesse o caminho livre, ele não precisava disso, eu sairia do caminho se soubesse que estavam apaixonados, eu não tenho o direito de te dizer por quem se apaixonar e com quem ficar
- Eu nunca deixei de te amar, e só percebi a burrada que fiz quando você saiu por aquela porta, uma parte de mim foi embora, parece que alguém arrancou algo de mim.
- E depois ? Vocês não ficaram porque ?
- Por sua causa, não queria te magoar mais do que já havia magoado, porém ele se tornou extremamente tóxico, não tínhamos nada e ele vivia me seguindo, mandando mensagem, até me agredir, não foi nada sério, um empurrão com ciúmes, mas eu fiz boletim e pedi medida protetiva, por ser da polícia ele aceitou e se afastou.
- Não sei o que falar Camila, ele sempre foi assim, posso dar uma prensa nele se quiser.
- Não precisa
- E como você esta?
- Sinceramente, muito mal, ainda não me perdoei pelo o que te fiz, passo dias sem dormir, as vezes não saio da cama, a Larissa tem me ajudado.
- E financeiramente?
- O dinheiro está acabando, preciso arrumar um trabalho, as economias desses anos de casados estão chegando ao fim, mas deu para segurar
- Me dê um minuto
Sai e liguei para uns amigos e não demorou muito eu consegui um emprego de recepcionista para ela, na loja de um antigo professor, ele estava aposentado e tinha algumas lojas, foi fácil conseguir. Camila era professora de artes, mas fazia anos que não lecionava. Era o tempo dela se ajeitar e voltar a dar aula.
- Achei um emprego para você, na segunda, nesse endereço anota aí - ela pegou e celular e anotou.
Ela deu um sorriso e me abraçou, foi um momento constrangedor porque eu não correspondi o abraço
- Me desculpa, me empolguei
- Tudo bem, e se precisar de algo coisa me avisa
- Não quer saber mais nada ?
- Eu quero saber porque não me disse nada disso quando dava tempo
- Eu queria ter essa resposta, mas não tenho, só me deixei levar, e quando vi já era tarde
- Foi uma escolha Camila, vocês escolheram me trair, será que alguma vez pensaram em mim? Porra eu sempre fui bom para vocês, estava ausente mas pensando no melhor para você.
- Acredite, eu pensei muito e isso me destrói até hoje, me sinto a pior pessoa do mundo.
Meu telefone toca e era Larissa, eu atendi na frente dela mesmo
- Pai! O senhor pode vir buscar a gente ?
- Posso filha, me passa o endereço, já estou terminando aqui
- Tá bom pai
- Camila eu preciso ir buscar a Larissa, obrigado pela conversa e o café.
- Não sabia que tinha celular, tentei te ligar diversas vezes e não conseguia
- Só a Larissa tem meu número, eu não quero ficar exposto
Me levantei para sair e ouço ela me chamar
- João... Você me perdoa ?
- Não, Camila, hoje eu não te perdoou, o perdão se conquista com o tempo, e hoje eu sou incapaz disso, mas não quero mais o seu mal, antes eu queria que vocês morressem, pensei em eu mesmo matar vocês, mas esse sentimento não existe mais, mas ainda não posso te perdoar, tem algo ruim dentro de mim que ficou, mas quem sabe com o tempo eu tenha capacidade para isso.
Ela ameaçou dizer mais alguma coisa, mas eu apressei os passos e sai daquela casa, foi até onde minha filha e as amigas estavam, eram 3 amigas, mais minha irmã Jéssica.
- Oi Pai! Essas são Camile, Fernanda, Laura e a tia o senhor já conhece
- Shiu garota, aqui eu sou sua amiga, a gente é quase da mesma idade, vão achar que sou velha
Rimos da situação e eu me dispus a levar todas elas para casa, por último eu voltava pro morro com a Jéssica, na viajem eu escuto uma delas meio bêbada falar no ouvido da minha filha
- Amiga, você não contou que seu pai era um gostoso, tô até sem força
- Cala a boca e tira o olho do meu velho, tarada
As três que estavam no banco de trás começaram a rir e Jéssica me olhava esperando alguma reação, mas permaneci quieto
Deixei uma por uma nas suas casas e até conversei com os pais dela, faltava Laura, e Camila disse que ela dormiria na casa dela, no caminho eu vi que toda hora alguém ligava, até ela desligar o celular
Chegando na casa eu chamei Larissa no canto, eu perguntei o que aconteceu, ela disse que o padrasto da Laura, batia nela e na mãe. Para minha surpresa ele apareceu de carro gritando
- Cadê a Laura? Laura! Para casa agora! Vamos
- Ei amigo, prazer, João, pai da Larissa
- Eu só quero leva minha filha para casa
- Eu entendo, mas podemos conversar em particular? Vai ser rápido, enquanto a Laura desce
Saímos para lateral da casa, que dava para os fundo da minha, e tinha o muro do vizinho.
- Olha eu não sei quem você é mas da minha filha cuido e... – Desferir o primeiro soco na costela com o soco inglês que coloquei no bolso.
Ele foi arreando, eu o segurei pela camisa e levantei ele
- calma, foram só algumas costelas trincadas
- Eu não estou conseguindo respirar
- Puxa o ar devagar pelo nariz e solta pela boca, isso.
- Você tá me ouvindo bem ?
Ele balançou a cabeça positivamente
- Você vai fazer o seguinte, você vai voltar para casa e vai dizer para mãe da Laura que não quer mais ela e vai sumir, nunca mais vai procurar as duas, entendeu?
- Mas e...
Desferir outro soco na boca do estômago que o fez agachar puxando o ar
- O próximo soco que eu te der vai dilacerar seu estomago e você não vai conseguir andar, ou eu posso acertar sua costela e ela quebrar perfurar seu pulmão e você morrer lentamente, então vou te perguntar mais uma vez
- Entendeu?
- Sim – Disse ele com dificuldade
- Eu sei onde você mora, sei quem é você e se daqui a uma hora você não tiver ido embora é um homem morto – Mostrei a arma na cintura
Ele entrou no carro, e foi embora
- Tudo bem filha, a Laura vai ficar
Ninguém entendeu nada do que aconteceu, eu me despedi delas e fui embora, no caminho disse para Jéssica que precisava passar em um lugar. Fui até a casa da Laura para saber se o canalha tinha ido embora, e como todo covarde, ele estava saindo com as malas e me viu passando com o carro bem devagar, entrou no dele e sumiu. Jéssica entendeu tudo.
- Eu te amo irmão – foi só o que ela disse emocionada
Chegamos no puteiro e quando abro a porta do quarto vejo Ju só de lingerie vermelha com cinta liga e salto deitada na minha cama.
- Porra, demorou hein? Quase que estraga a surpresa
- E que surpresa
Já fui tirando a roupa, e ela me mandou tomar banho, já sai de pau duro, ela me colocou deitado na cama e foi passando a ponta do dedo por todo o meu corpo, que tesão aquela sensação
Passou as pontas do dedo pelo meu pau, que dava solavancos, passou a chupar a lateral dele até a cabeça, e abocanhou, subia e descia com a boca e eu delirava
- Caralho, que delícia
- Tá gostando safado? A surpresa está só começando
- Adorando
Ela então virou a bunda para mim e quando fui abaixando a calcinha, tinha uma bola brilhante no cu, ela tava plugada
- Nossa, que isso safada?
- Eu adorei dar o cuzinho para você, mas ardeu muito, entãoe preparei dessa vez, agora tira ele daí, tira
Puxei o plug e ela gemeu
- Huumm
- Deita, que eu vou sentar nessa pica
Deitei, ela cuspiu no meu pau e punhetou ate ficar bem molhado, ela subiu e ficou e pé de costas para mim que admirava aquela cena linda, ela foi descendo segurando meu pau e enfiando no cuzinho
Quando entrou tudo ela colocou os pés nas minhas coxas e subia e descia até o final em um ritmo gostoso, ela rebolava e gemia
- Que pau gostoso! Arregaçando meu cu
- Você é muito gostosa safada, deixa eu te comer de quatro
Ela desceu e ficou de quatro na cama, enfiei o pau que já entrava mais fácil, e quando eu tentava enfiar tudo ela me empurrava com para trás com a mão e gritava
- Aiii, calma
Quando ela se acostumou eu já empurrava com vontade aos delírio dela
- Vai, mete, fode esse cuzinho todo, me deixa arregaçada
- Eu vou encher esse cu de porra
- Enche, goza nele todo
Eu urrei de prazer com o pau todo encravado, gozei muito, no banheiro ajudei ela a se limpar, transamos mais algumas vezes e foi a primeira vez que dormimos juntos, eu nem vi quando ela saiu pela manhã.
Fui de manhã visitar dona Maria, e cheguei com pão e queijo
- Oi Professor entra, a preguiçosa ainda tá dormindo, mas vamos tomar café nós dois
Ju aparece com shortinho e blusa folgada
- Oi Professor, como tem passado? Ter dormido bem ? – disse ela provocando
- Muito bem, fazia tempo que não dormia tão bem, e você ? Tá descabelada parece que não dormiu direito
- Insônia, tô com uma dorzinha chata, parece que fiquei assada de andar nesse morro
- Melhoras, passa uma pomada dizem que água gelada é bom
- Vou fazer isso
Ela saiu me andando devagar e empinando a bunda para me provocar
- Então dona Maria, como vai o processo ?
- Está indo bem, os polícias serão ouvidos e os advogados estão esperançosos
- Que bom dona Maria, se precisar de alguma coisa, estou a disposição
Fui para o projeto e no final da tarde chega Larissa e Laura, as duas vieram me abraçar forte e felizes
- O que eu fiz para merecer isso?
- Ah pai, não se faz de idiota, a gente sabe que o padrasto da Laura foi embora por sua causa
- Sim senhora João obrigada
- Não Laura, o que eu te disse? Aqui ele é Professor ou Oz, entendeu ?
- Me desculpa
- Tudo bem meninas, que tal comermos alguma coisa ?
Nós três comíamos conversando sobre a vida e Larissa foi ao banheiro. Laura passou a mão no meu pau
- Como posso te recompensar ?
Tirei a mão dela do meu pau
- Assim não, você pode estudar e ser a melhor amiga para minha filha
- Desculpa, é que eu só conheci homens assim, que queriam transar comigo ou com a minha mãe
- Aquele canalha ele ...
- Sim – começou a chorar
Nessa hora me arrependi de deixar ele vivo
- Agora está tudo bem, e como vocês vivem, você e sua mãe?
- Se prostituindo - Ela dizia envergonhada
- Me dá uma semana que eu vejo se ajudou vocês de alguma forma
- Dessa forma não saberei como agradecer mesmo
- vai me prometer estudar e sair dessa, combinado ?
- Combinado
Conversamos mais alguns coisas, elas foram embora e eu me perguntava se minha filha sabia ou pior, se ela também se prostituía, como iria descobrir sem magoar ela?
Fui até Jack e Rodrigo e contei a história, ali eles o problema da mãe dela, minha mãe precisava de uma companhia, estava sozinha desde que Jéssica passou a estudar no centro do RJ, então pagaríamos ela para cuidar da casa e ela voltaria aos finais de semana, salário excelente para dormir de segunda a sexta.
Já Laura, passou a trabalhar no puteiro, fazia os serviços que antes Lena fazia, ela não se prostituía e ainda estudava. E ali eu podia saber mais da minha filha.
Porém eu precisava tirar a limpo essa história do Jonas bater na Camila e a armação dele... Só não esperava que estaria me metendo em algo ainda mais perigoso.
Continua...
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