Zodíaco do Prazer - Volume VI: Virgem

Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 1567 palavras
Data: 24/11/2024 15:49:56
Assuntos: Heterossexual

Viviane sempre foi a personificação da eficiência. Trabalhar ao lado dela no escritório de arquitetura era como assistir a uma máquina em pleno funcionamento. Cada linha desenhada em CAD, cada revisão de projeto, cada apresentação para os clientes – tudo impecável, sem erros. Ah, e a mesa dela? Um templo minimalista. Um bloco de notas perfeitamente alinhado com o teclado, canetas organizadas por cor, e um cacto ornamental – claro, porque até as plantas dela tinham que ser práticas e quase indestrutíveis.

Já eu? Bem, minha mesa é um mosaico de caos: plantas mal dobradas, lápis quebrados, e uma pilha de cafés descartáveis que daria vergonha até para o funcionário mais desleixado do RH.

Mas não é só a mesa dela. É Viviane inteira. A mulher é um catálogo ambulante do signo de Virgem: aparência impecável, postura elegante, aquela mania de corrigir os erros alheios sem parecer pedante. Ela nunca anda; ela desfila, com cabelos castanhos claros tão lisos que pareciam seguir um manual de instruções. E a pele dela? Clarinha, macia, e tão cuidada que dava para sentir daqui o cheiro de creme hidratante com aloe vera.

E foi por tudo isso que sempre achei Viviane inacessível. Ela era... perfeita. Perfeição essa que eu, com meu cabelo bagunçado e meu histórico de atrasos, jamais poderia alcançar. Até aquele happy hour.

Era um bar com ares industriais, cheio de arquiteto querendo parecer criativo. Eu já estava na minha terceira cerveja quando notei Viviane ao meu lado, segurando uma taça de vinho branco. Alguém como ela não poderia beber cerveja, claro. Vinho branco combinava mais – elegante, controlado, sem deixar marcas nos lábios.

Começamos a conversar sobre um projeto qualquer – linhas retas versus curvas, funcionalidade versus estética –, mas, em algum momento, a conversa se desviou para algo mais pessoal.

– Sempre achei curioso como você trabalha – ela disse, mexendo distraidamente na alça da taça.

– É? – perguntei, meio na defensiva. – E por quê?

– Você... faz tudo parecer improvisado, mas no final funciona.

Deixe-me traduzir: “Você é um completo desastre, mas de alguma forma dá certo.” Um elogio, meio torto, mas um elogio.

– E você? – perguntei. – Sempre foi assim... impecável?

Ela riu, mas de um jeito controlado, como se estivesse calibrando o volume para não parecer exagerada. Virgem, lembra? – Não sou impecável. Só gosto de manter tudo no lugar.

E ali, eu percebi: Viviane não era inacessível. Ela era humana. Ou pelo menos, uma versão altamente organizada disso.

Algumas horas depois, com o vinho fluindo e a conversa ficando cada vez mais solta, ela soltou uma bomba: – Quer ir ao meu apartamento?

Meu cérebro parou por um segundo. Viviane. Me convidando. Para a casa dela. Será que os virginianos fazem isso com frequência? Dica: não fazem.

O apartamento dela era exatamente como eu imaginava: um santuário de perfeição. Almofadas alinhadas no sofá cinza. Livros organizados por cor e altura. Até o ar parecia mais puro. Ela foi até a cozinha e voltou com duas taças de vinho tinto.

– Sempre assim tão... impecável? – perguntei, olhando ao redor.

Ela deu de ombros. – Organização me acalma.

Olha só, virginianos, sempre buscando equilíbrio no caos.

E então aconteceu. Primeiro, nossos dedos se tocaram acidentalmente. Depois, um olhar que durou um segundo a mais. E então, nossos lábios se encontraram.

O beijo dela era exatamente como eu imaginei: metódico no início, como se ela estivesse testando cada movimento. Mas, conforme o momento esquentava, ela foi perdendo o controle. Era uma mistura fascinante de precisão e desejo reprimido.

E quando minha mão deslizou pela cintura dela, puxando-a mais para perto, ela deixou escapar um suspiro. Não daqueles exagerados. Um suspiro contido, quase calculado, mas que me fez perceber o quanto ela queria aquilo.

A blusa dela caiu no chão, revelando uma lingerie que poderia ser capa de revista: renda preta, sem exageros, sensual sem esforço. Porque, claro, uma virginiana jamais usaria algo vulgar.

Descemos para o tapete, e eu vi o conflito em seus olhos. Ela queria soltar o controle, mas sua natureza organizada ainda estava lá, tentando manter algum senso de ordem. Mesmo enquanto minhas mãos exploravam cada curva do corpo dela – perfeito, proporcional, quase como se tivesse sido esculpido – ela parecia relutar em se entregar completamente.

Até que, finalmente, ela sussurrou: – Vamos para o quarto.

O quarto, como o resto do apartamento, era impecável. Lençóis brancos, travesseiros perfeitamente empilhados, nenhuma bagunça à vista. Era quase irônico que aquilo fosse o cenário de algo tão... primitivo.

Mas, veja bem, até o sexo com Viviane era diferente. Não havia nada de caótico ou apressado, como se cada gesto dela seguisse um plano detalhado. Ela tinha um ritmo, uma precisão quase cirúrgica, que tornava tudo tão... diferente. Não era frieza, longe disso. Era controle. Cada movimento parecia calculado para provocar o máximo de prazer possível – em mim e, acredito, nela mesma.

No início, ela explorava meu corpo com as mãos, de um jeito que era quase técnico, mas incrivelmente sensual. Os dedos finos deslizavam pela minha pele, como se estivessem mapeando territórios desconhecidos, catalogando texturas, reações, arrepios. Quando ela desceu para a altura do meu abdômen, seu olhar encontrou o meu. Havia algo desafiador nos olhos castanhos dela, como se estivesse dizendo: Agora é minha vez de mostrar como isso deve ser feito.

Então, sem pressa, ela se ajoelhou no tapete ao lado da cama. A posição dela era de uma perfeição quase artística – costas retas, cabelo impecavelmente alinhado no ombro, enquanto as mãos seguravam minha cintura com firmeza. A primeira vez que senti seus lábios me tocando, foi como uma onda elétrica.

Mas o que realmente me pegou foi o método. Sim, método. Ela não fazia nada por instinto ou impulso; tudo parecia parte de uma estratégia. Começou com um toque leve, quase como se estivesse me testando. A ponta da língua percorreu minha pele lentamente, em linhas precisas, como se estivesse desenhando um esboço de arquitetura invisível. Depois, ela aumentou a pressão gradativamente, alternando entre sucções suaves e movimentos mais intensos.

E aí estavam as mãos dela. Ah, as mãos. Enquanto a boca se ocupava com precisão quase matemática, as mãos traçavam padrões coordenados, acariciando com uma firmeza exata. Era como se ela tivesse estudado um manual secreto sobre como provocar o máximo de prazer possível.

Cada reação minha – cada suspiro, cada gemido – era analisada. Eu via isso nos olhos dela. Ela observava, ajustava, e então repetia o que funcionava, melhorando a cada movimento. Foi tão intenso que, por um momento, perdi a noção de onde estava.

Quando finalmente subi com ela para a cama, eu já estava completamente dominado por aquele jeito único dela. Viviane deitou-se e me puxou por cima de si, mas mesmo assim, o controle parecia ser dela. Ela guiava os movimentos com precisão, ajustando a posição dos quadris, o ângulo das pernas, como se estivesse desenhando a experiência perfeita.

Quando comecei a penetrá-la, seu corpo reagiu de forma metódica, mas não menos envolvente. Seus gemidos, inicialmente baixos e quase tímidos, saíram como pequenos intervalos ritmados, sincronizados com as estocadas. Suas mãos agarraram meus ombros, mas mesmo seus toques pareciam seguir uma coreografia invisível – primeiro suaves, depois mais intensos, até que ela me arranhou, e o controle começou a escapar por entre seus dedos.

Foi nesse momento que ela se transformou. O que antes era método virou entrega. Seus gemidos, agora altos e desenfreados, ecoavam pelo quarto. Ela me puxava para mais perto, como se quisesse fundir nossos corpos, e suas pernas me enlaçaram com uma força inesperada.

Cada impulso meu parecia incendiar algo nela. O que começou como um ato calculado agora era pura paixão. E quando ela finalmente chegou ao clímax, foi como assistir uma obra de arte perfeita desmoronando – caótica, visceral, mas ainda assim bela.

Enquanto o som de nossas respirações preenchia o quarto, e eu olhava para o rosto dela, marcado pelo suor e pela satisfação, só consegui pensar: até no descontrole, Viviane era única. E o caos... bom, o caos nunca foi tão prazeroso.

Depois, enquanto ela estava aninhada no meu peito, observei o quarto mais uma vez. Tudo estava no lugar, exceto nós dois. E percebi que, por trás da fachada de perfeição, Viviane era como qualquer outra pessoa: cheia de desejos, cheia de imperfeições.

Talvez fosse disso que ela precisasse: um pouco de caos. E eu? Talvez um pouco de ordem não fosse tão ruim assim.

Ah, e caso esteja se perguntando: sim, até o cabelo dela ainda estava perfeito no dia seguinte. Virginiana, né?

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