Sabe aquela sensação de que o universo conspira para transformar sua vida num grande show de humilhação? Pois é. Bem-vindo ao meu mundo.
Acordei com o sol me torturando pelas frestas da persiana e aquela incômoda, porém familiar, tensão matinal entre as pernas. Algo tão previsível quanto o toque do despertador, só que infinitamente menos irritante. Olhei para o teto e pensei: "De novo, corpo? Sério?"
E lá fui eu. Uma mão preguiçosa escorregando para debaixo da cueca, enquanto minha mente fazia seu caminho de sempre. Aí você pergunta: "O que passa pela cabeça de um sujeito nessas horas?" Bom, no meu caso, a resposta é Márcia.
Sim, Márcia. Minha tia. Antes de me julgar, ouça. Ela não é só gostosa – ela é A Mulher. O tipo de presença que faz o ambiente inteiro parecer menor só para dar espaço ao brilho dela. Quadris que desafiam as leis da física. Seios que mereciam um monumento. E aquele sorriso que deixa claro: ela sabe exatamente o que está fazendo com você.
Lembro dela na última visita, cruzando as pernas no sofá da sala, enquanto falava sobre um livro qualquer que ninguém estava ouvindo. A forma como a saia subia só o suficiente para deixar a imaginação trabalhar. Márcia era... perigosa. Viciante.
Minha respiração ficou pesada, minha mão acelerou. Cada toque era uma descarga elétrica, cada movimento me levava mais fundo naquele transe. Meus olhos fechados pintavam imagens: o perfume dela, cítrico e quente; o som da risada que fazia meus ombros relaxarem e meu corpo inteiro endurecer.
E então, a porta se abriu.
Sim, a porta. A porra da porta se abriu.
– Miguel, o café está...
Minha alma deixou o corpo. Meu coração, por outro lado, parecia determinado a explodir. Abri os olhos a tempo de ver Marta – minha mãe, minha mãe – parada no batente da porta, com os olhos arregalados e fixos... bem, em mim.
Ela piscou. E, antes que qualquer palavra fosse dita, fechou a porta num movimento rápido e contido, como se fosse possível fingir que nada tinha acontecido.
– O café está pronto – murmurou do outro lado, a voz baixa, quase sem fôlego.
E eu fiquei lá. Estático. Um monumento à vergonha.
"Ótimo, Miguel. Parabéns. Mais um dia normal na vida de um idiota."
Sentei-me na cama, tentando processar. O calor subiu pelo meu rosto, meu peito, como se o constrangimento fosse físico. Ela tinha me visto. Me visto. A cena não deixava margem para interpretação.
Tentei focar na humilhação, na vontade de cavar um buraco e desaparecer. Mas algo insistia em cutucar minha mente, algo que eu não queria encarar. A forma como os olhos dela demoraram uma fração de segundo a mais do que deveriam.
E agora, aqui estou eu. Esperando o chão me engolir ou, sei lá, o café esfriar. A única certeza é que nunca mais vou conseguir olhar para ela do mesmo jeito. Pior: nunca mais vou conseguir olhar para mim mesmo.
Fiquei sentado na cama, olhando para a porta fechada como se ela fosse explodir a qualquer momento. Meu peito ainda queimava de vergonha, o tipo que não passa, só se acomoda no fundo do estômago. E, pior, eu ainda não conseguia tirar a cena da minha cabeça.
"Virgem e flagrado pela mãe se masturbando. Miguel, parabéns. Você chegou ao topo da cadeia alimentar dos perdedores."
Suspirei, jogando o lençol para o lado. Meu corpo ainda pulsava, mas o clima – e qualquer vestígio de dignidade – já tinha morrido. Fui até o espelho do guarda-roupa, só para encontrar meu reflexo ali: cabelo bagunçado, olhos fundos, a marca de um travesseiro ainda gravada na bochecha.
"Não é como se eu fosse feio", pensei, passando uma mão pelo cabelo, tentando dar algum sentido à bagunça. Eu era alto, tinha um rosto até que interessante – pelo menos era o que algumas garotas tinham dito. Então por que, diabos, eu nunca conseguia passar da fase da conversa?
Talvez fosse a minha insegurança. Ou, sei lá, o fato de que toda vez que eu gostava de alguém, parecia carregar um letreiro piscando: Desespero: entre por sua conta e risco.
Dei um soco leve no espelho, mais por irritação do que qualquer outra coisa. "Isso aqui é culpa do meu pai", pensei, como sempre. O grande Pedro, o canalha que decidiu que ter uma família não era exatamente a sua praia. Ele saiu pela porta quando eu ainda estava na barriga da Marta e nunca olhou para trás.
E ela? Bem, minha mãe fez o melhor que podia. Mas, sejamos honestos: crescer sem uma figura materna estável – porque ela também tinha seus próprios fantasmas – não ajudou em nada.
Passei a mão pelo rosto e voltei para a cama. O cheiro do café chegava até o quarto, e meu estômago roncava. Mas encarar minha mãe na cozinha estava fora de questão.
– Não hoje. Nem amanhã – murmurei para mim mesmo, me enterrando debaixo do travesseiro.
Ficar no quarto parecia a única opção segura. Afinal, como você encara alguém que viu aquilo? Que viu você tão... vulnerável, tão perdido, tão patético?
O quarto, por mais sufocante que fosse, ainda era o meu refúgio. E eu não estava pronto para sair. Não ainda.
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