Esquecidos? Jamais! - parte 2

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 962 palavras
Data: 29/11/2024 02:36:18
Assuntos: Gay

Pessoal, aqui está o seguimento da história. Pra entender, volte 1 casa.

- Olá, Bruno. Seja bem-vindo ao time! Sou o João Braga.

— Ah, o Paredes me falou sobre você. Prazer!

— Prazer, o Paulo Guerra e a Carolina Santos estão voltando do almoço. Logo, o time fica completo. Aliás, o que faz por aqui?

— Resolvi reabrir o caso do filho da dona Denise.

— Christian, certo?

— Exato. Tem alguma ponta solta e quero pegar a pessoa responsável por esse crime.

— Olha, não cheguei a pegar o caso, mas confio na sua intuição. Tá na hora dessa senhora ter paz.

— Me ajude a pegar essas caixas. Vamos resolver todos eles.

Subimos com as caixas até a sala de investigação. Paulo e Carolina já tinham retornado. Nos apresentamos e começamos a leitura do inquérito.

O inquérito estava repleto de detalhes da cena do crime: fotos perturbadoras, listagem de objetos encontrados e depoimentos. Entre os depoimentos, estavam os do gerente do hotel, da mãe de Christian e de seus colegas de trabalho.

— Vamos conversar com essas pessoas novamente. Anos depois, elas podem ter novas informações. Eu falo com o gerente e vocês, com os colegas de trabalho. A mãe, conversamos juntos.

Ao chegarmos ao hotel, havia uma movimentação frenética devido à alta temporada. Crianças correndo, mães chamando pelas babás, o burburinho característico de um local de luxo e agitação. Fui até a recepção e pedi para falar com o gerente. Pediram para aguardarmos no sofá da entrada. Alguns minutos depois, um homem se aproximou.

— Bom dia, senhor. O que deseja?

— Sou o investigador Bruno Alves (mostro o distintivo). Estamos reabrindo o caso Christian de 2010.

— Meu Deus... acharam alguma pista?

— Não exatamente. Vamos reabrir o caso e preciso do seu depoimento sobre o rapaz.

— Certo. Pode me acompanhar até o escritório?

— Sim.

— Por aqui, terceira porta à direita.

Entramos em um escritório simples, mas funcional. Na mesa, algumas fotos de Carlos com sua família, misturadas com as fotos da equipe do hotel. Era um ambiente que, de algum modo, parecia guardar segredos.

— Então, o que quer saber sobre o Chris?

— Chris?

— Ah, é como chamávamos aqui. Ele era um garoto muito querido e trabalhador. Realmente foi uma tragédia o que aconteceu.

— Diga-me mais sobre ele. Tinha algum rival aqui?

— Que eu saiba, não. Como disse, ele era muito querido por todos. Mas teve uma situação...

— Que situação?

— Peguei Chris discutindo com um dos colegas no bar do hotel. Ele dizia que Chris tinha uma dívida com ele.

— Dívida do quê?

— Não sei. Não me aprofundei. Mas Chris parecia... assustado. Estava tenso.

— Como se chamava esse colega?

— Jeferson Guedes. Ele não trabalha mais aqui.

— Tem o endereço dele?

— O antigo, sim.

Bruno procura o nome no sistema, mas descobre que Jeferson estava desaparecido desde março de 2010. Depois, recolheu os depoimentos dos colegas de trabalho. Nada de novo.

— Encontrei o endereço da mãe dele — disse Carolina.

— Vamos lá!

A mãe de Jeferson morava em uma casa sombria e envelhecida. O semblante de tristeza era palpável, como se o lugar inteiro estivesse carregado por um luto eterno.

— Ô de casa, alguém aí? É a polícia!

— Já vai!

— Bom dia, senhora.

— Ana.

— Senhora Ana, somos da polícia e queremos saber o paradeiro de Jeferson Guedes.

— Jefinho não mora aqui faz tempo.

— Onde ele está?

— Não sei... queria saber também.

— A senhora sabe que seu filho pode estar envolvido em um assassinato?

— Misericórdia! Jefinho não é dessas coisas.

— E o que você sabe sobre um rapaz chamado Christian?

— O rapaz vinha muitas vezes aqui pra conversar com Jefinho. Em uma das conversas, Jeferson dizia a Chris que era a chance deles subirem na vida. Chris dizia que tinha medo, mas confiava no plano de Jeferson.

Bruno passa a focar ainda mais em Jeferson. Ao falar com a família, descobre que ele não dava sinal de vida havia tempos. O irmão mandou uma mensagem dizendo que Jeferson falava de um "podre" de um hóspede e que ele estava prestes a "fazer uma sorte grande". Três dias depois, desapareceu.

Bruno volta ao hotel e pede ao gerente a lista de hóspedes dos dias anteriores à morte de Christian. Descobre que alguns executivos e empresários estavam hospedados no hotel. A investigação logo atrairia a atenção da imprensa.

Discretamente, Bruno divide sua equipe para falar com todos. A maioria se recusa a comentar, mas um executivo, Antonio Marcos de Bragança, aceita falar sob a condição de anonimato. Ele revela algo chocante:

— Lembro-me de Chris e Jeferson montando um "clube" em um quarto desativado. Algo... peculiar. Um clube de orgia.

Bruno ficou perplexo.

— Eles usaram instrumentos masoquistas e algemas.

— E Chris, como se comportava?

— Ele era o passivo. Jeferson era o organizador. Ele controlava o tempo em que os homens usavam Chris. E haviamuito violento. Um sujeito que batia em Chris, dizia que "viado tem que morrer".

— E você, o conheceu?

— Não, nunca o encontrei.

Bruno anotou a informação, mas algo não batia. A lista de hóspedes trazia um nome intrigante, que não constava no sistema federal de registros: Pedro Alves de Guimarães-Bastos. Talvez fosse português ou de outra nacionalidade, mas... por que um nome tão difícil de rastrear?

Dias se passaram, e a investigação parecia estagnar. A angústia de Bruno aumentava, até que, uma manhã, ele recebeu uma mensagem de uma vizinha da família de Jeferson:

— Vi o moço entrando em casa de madrugada.

Bruno, com a adrenalina à flor da pele, saiu em direção à casa e ficou de tocaia na rua. Ele não sabia o que esperava encontrar, mas algo lhe dizia que a verdade estava prestes a ser revelada. De repente, viu Jeferson saindo da casa, disfarçado com boné, óculos escuros, barba por fazer e uma blusa preta.

Ele estava de volta. Mas para quê?

**<(Continua no próximo capítulo)>**

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