Personagem Signo:
BABI (https://postimg.cc/N58dnMfV)
Outros Personagens:
CAÍQUE (https://postimg.cc/JsPP12X5)
GIULIA (https://postimg.cc/8FcwsmBQ)
Características Signo: Paciente, Interesseiro, Persistente, Bon Vivant (gosta de viver bem, comer, dormir etc.)
Elemento Terra (Racional)
Continuando ...
[ADOLFO (POV)]
O motorista me levou até o hangar, onde o piloto me aguardava junto ao jatinho. Eu ainda estava assimilando tudo o que tinha acontecido na mansão do Ariano Flores e aquela exigência dele de me separar da Diana ... Eu tinha que fazê-lo desistir dessa maluquice, mas como?
Eu tinha algumas alternativas e a primeira seria tornar a minha esposa inapta, ou seja, fazer com que Ariano desistisse dela, mas para isso ela teria que me trair. Seria foda suportar uma traição, ainda mais eu sendo o mentor desta contenda e pelo que eu vi, talvez fosse impossível, tendo em vista que vários tentaram e ela recusou. Ainda mais fazer ela me trair em 12 dias, sendo que o nosso relacionamento estava forte e saudável.
A segunda alternativa era contar tudo a ela. Também não seria nada bom, porque ela vivia dizendo que não perdoaria uma traição, ainda mais sendo com a prima e a amiga da prima dela, pois tenho certeza, que ela vai perguntar com quem foi.
Eu poderia também, antes de contar a minha traição, contar sobre o Ariano e todo esse plano maluco e aí, depois, contar a minha traição. Acho que o impacto seria menor, mostrando que houve um plano por trás pra eu cair, mas a minha esposa é inteligente e no final, ela iria dizer que se eu não quisesse, não teria acontecido.
Tenho certeza de que ela vai me dar um pé na bunda, porque do jeito que a edição ficou, não sobra muito espaço pra minha defesa. A única justificativa que eu tenho é falar que a culpa foi do álcool. Uma desculpa horrível.
A última alternativa é não fazer nada e esperar os 12 dias. Ela iria receber os vídeos e ver que eu a traí em nossa casa, com a Keyla e com a Helena, enquanto ela estava na cozinha, e aí sim, seria a Terceira Guerra Mundial. Acho que esse é o pior cenário de todos.
Todas as minhas opções são ruins, mas a última é, de longe, a pior e eu não sei como a Diana irá reagir. Será que o amor dela por mim é forte o suficiente?
Eu tenho que presumir que eu e minha esposa estamos sendo vigiados ou seguidos por investigadores e se eu fizer qualquer coisa que Ariano não concorde, ele pode mandar os vídeos. Até mesmo se eu contar a verdade e omitir alguns fatos, ele, depois, pode acabar mandando os vídeos.
E eu não posso me esquecer que ouvir é diferente de ver. Mesmo que eu seja sincero e conte toda a verdade a ela, quando ela assistir aos vídeos, é quase certo que ela arranque o meu couro.
Piloto – Sr. Bandeira, acabei de receber uma chamada e teremos que aguardar um momento. Parece que teremos mais uma passageira a bordo.
Adolfo – Sem problemas.
Piloto – Enquanto isso, gostaria de beber alguma coisa? – Disse o piloto, abrindo o armário e me mostrando as opções disponíveis.
Adolfo – Estou bem, obrigado. Acho que eu devo parar com a bebida. Ultimamente só tem me trazido problemas ...
Piloto – Eu adorava beber, mas eu parei também. A bebida destruiu o meu casamento. – Disse o piloto de forma triste e pesarosa.
Adolfo – Sinto muito! A propósito, meu nome é Adolfo. Deixa o Sr. Bandeira para o meu pai ... Qual o seu nome?
Piloto – É Caíque, mas pode me chamar de Cacá.
Adolfo – Você e sua esposa se separaram?
Caíque – Mais ou menos ...
Adolfo – Por que você não tenta reconquistá-la? Tenho certeza de que ainda dá tempo.
Caíque – Sr. Bandeira, digo, Adolfo, você já andou numa Ferrari? – Perguntou Caíque, de cabeça baixa.
Adolfo – Quem me dera.
Caíque – Vamos supor que você tenha um Opala, daqueles bem bonitos, que nunca te deixa na mão ...
Adolfo – Adoro Opala, o único problema é que bebe muita gasolina ... Meu pai teve um e acabou trocando, porque não aguentava mais o gasto com combustível.
Caíque – Qual carro ele comprou depois?
Adolfo – Uma Zafira. Rapidinho ele esqueceu do Opala.
Caíque – Imagina se ele tivesse comprado uma Ferrari.
Adolfo – Aí não tem nem comparação ...
Caíque – Pois é, Adolfo ... – Suspirou Caíque, desolado e continuou. – Comigo aconteceu mais ou menos isso.
Adolfo – Mas ... não quero me meter no seu relacionamento, mas a tua mulher ainda te ama?
Caíque – Acho que sim, mas eu nunca vou conseguir ser uma Ferrari, entendeu?
Continuamos a conversar e alguns minutos depois escuto um barulho de moto se aproximando. Olho pela janela e vejo uma mulher numa moto vermelha entrando no hangar e estacionando num canto. Ela tem uma mochila nas costas e uma bolsa pendurada na frente.
Quando ela retirou o capacete, eu a reconheci. Aqueles cabelos ruivos, longos e meio ondulados, ganharam volume quando foram libertos do capacete. Sua roupa de motoqueira era colada no corpo, mostrando todas as curvas que ela tinha, apesar de eu já tê-la visto como ela veio ao mundo. Era Bárbara, a mulher do signo de Touro.
Era fácil de me lembrar, pois duas coisas nela me marcaram muito. Sua tatoo no braço direito, que embora estivesse errada, porque não era uma cabeça de touro, mas sim de búfalo, e era bem famosa porque era a mesma tatuagem que o cantor Jon Bon Jovi usava no braço, e, é lógico que a outra coisa que me chamou a atenção era o fato de que ela era a única ruiva na piscina. E sim, o tapete combinava com as cortinas.
Ela foi entrando no jatinho, me cumprimentou e logo em seguida cumprimentou o piloto.
Babi – Tudo bem, Cacá? – Perguntou Babi, meio apreensiva.
Caíque – Tudo bem, Sra. Bárbara! – Respondeu Caíque, de maneira formal.
Babi – Corta essa, Cacá ... Pode me chamar de Babi, meu amor.
Caíque – Ok.
Babi – O que foi? Qual o problema? É porque o Sr. Adolfo está aqui? – Perguntou Babi, quase dando um abraço em Caíque.
Adolfo – Pode me chamar só de Adolfo.
Babi – Está vendo, meu amor? O Adolfo já é quase de casa ...
Caíque – O que aconteceu, Babi?
Babi – Você não checa as mensagens do celular, homem de Deus? Nossa filha passou mal e está no hospital.
Caíque – A Giulia no hospital? – Perguntou Caíque desesperado.
Babi – Calma, que ela está bem. Foi só uma indisposição ... eu acho.
Caíque – Adolfo, eu vou ter que resolver isso antes, mas depois eu te deixo no RJ.
Adolfo – Claro, eu entendo.
Eu estava de queixo caído com a revelação de que Caíque era o touro-corno da Babi. Neste momento, tudo fez sentido com a comparação da Ferrari e do Opala.
Adolfo – Filho da puta! – Resmunguei baixinho, mas fui ouvido pela Babi, enquanto taxiávamos pela pista pra fazer a decolagem.
Babi – O que foi, Adolfo? – Perguntou Babi preocupada e um pouco curiosa.
Adolfo – Nada não ...
Babi – Cacá, vê se pisa fundo nessa porra!
Caíque – Quer pilotar no meu lugar? – Perguntou ele de forma debochada.
Babi – Desculpa, estou um pouco nervosa.
Caíque – Ela está bem mesmo?
Babi – Falei com ela ainda a pouco. Me pareceu bem.
Adolfo – Ela está bem, Cacá! Fica tranquilo.
Babi – Sr. Adolfo, você que não me parece estar muito tranquilo, mas relaxa, que o meu amorzinho é um ás dos céus. É que nem o Tom Cruise dos Ases Indomáveis ...
Caíque – Maverick! – Respondeu Caíque, com um sorriso.
Babi – Isso! Ele é o Maverick!
Adolfo – Eu só espero não virar o Goose.
Os dois riram do meu comentário e o clima ficou até mais tranquilo depois disso.
Babi – O Ariano estava certo sobre você.
Adolfo – Hein?
Babi – Você é um cara divertido. Mesmo nessa situação, consegue fazer os outros rirem.
Adolfo – Não foi a intenção, eu juro.
Babi – Ariano é um homem de visão! Ele sabe o que fazer para extrair o melhor de cada um.
Adolfo – E agora ele está querendo “extrair” a minha esposa de mim.
Babi – Ele sabe que você irá superar rápido, pois você é sagitariano, tem um espírito livre, é divertido e muito charmoso. Vai encontrar outra esposa rapidinho. – Disse Babi, com uma certa malícia.
Adolfo – Eu não quero outra esposa. Estou satisfeito com a minha.
Babi – Mesmo? E aquela Keyla? Acho que você não estava tão satisfeito assim ...
Que filho da puta! Parece que a minha vida virou um seriado da Netflix, com todos daquela casa assistindo.
Adolfo – Naquela situação eu fui enganado. Caí feito um patinho.
Babi – Tadinho ... Vem cá, me dá um beijo! – Pediu Babi, mordendo os lábios.
Adolfo – Tá maluca?
Babi – O que foi?
Adolfo – O que foi? Seu marido está ali pilotando.
Babi – Amor, posso dar um beijo no Adolfo?
Caíque – CARALHO, BABI! – Gritou Caíque. – Desculpa, Adolfo!
Adolfo – Nem ouvi.
Caíque – Nossa filha no hospital e você quer beijar o cara? – Reclamou Caíque, visivelmente chateado.
Babi – Justamente ... pra mim, e talvez para ele, podermos relaxar um pouco. Depois eu dou um beijo em você também. Posso até tocar umazinha pra você. – Disse Babi, de forma bem sensual.
Caíque – Porra, Babi!
Ela se sentou ao meu lado e avançou pra me dar um beijo, mas eu pensei rápido e botei a minha mão em sua boca.
Babi – O que foi, amorzinho? – Perguntou Babi, decepcionada.
Adolfo – Eu não vou me complicar mais do que já estou.
Babi – Mas a sua esposa nunca vai saber.
Será? Aposto que tem uma câmera bem aqui neste avião registrando tudo e poderia ser mais uma armadilha.
Adolfo – Mas eu vou saber ... e eu não quero mais isso.
Babi – Uma traição a mais ou a menos não vai fazer diferença, não é meu amor?
Caíque – O que? – Perguntou Caíque, totalmente alheio à nossa conversa.
Babi – Se eu quiser dar pro Adolfo, aqui no jatinho, você deixa?
Caíque – Babi, não faça isso ... Sossega esse rabo, caralho!
Babi – O que é que tem? Um chifre a mais, um a menos não vai fazer diferença.
Caíque – Lógico que faz! Eu te amo, caralho! – Falou Caíque, olhando pra trás.
Eu só queria chegar logo no RJ e sair daquele avião, antes que uma turbulência acontecesse dentro dele.
Babi – Ama nada! O que você ama, é uma garrafa de vodca!
Caíque – Eu já disse que parei de beber.
Babi – É o que VO-CÊ diz ... – Falou Babi de forma jocosa.
Caíque – Eu juro pela nossa filha!
Babi – O que você acha, Adolfo? Acredito no meu maridinho corninho?
Adolfo – Eu acreditaria ... Só não o deixe nervoso.
Babi – Estou ansiosa pra conhecer a sua esposa, sabia? Eu me identifico muito com ela.
Adolfo – Eu espero que esse dia nunca chegue.
Babi – O Ariano já está até fazendo planos para a gente viajar ... – Falou Babi, suspirando e fechando os olhos.
Adolfo – Vocês vão pra onde?
Babi – Dubai, Maldivas, Tailândia ...
Caíque – Você não vai, Babi!
Babi – Você sabia que esse dia iria chegar, meu amor!
Caíque – EU NÃO VOU TE DAR O DIVÓRCIO! – Gritou Caíque, batendo uma das mãos no painel.
Babi – Nós já acertamos tudo. Por que você quer complicar agora?
Caíque – Porque antes eu bebia e agora eu parei. Eu posso ser um marido melhor. Eu te amo, Babi!
Eu vi que Babi ficou com os olhos cheios d’agua e Caíque também teria visto, se tivesse olhado pra trás.
Babi – Com licença, que eu vou ao banheiro.
Caíque – Babi, a gente ...
Babi – Não tem mais a gente, Cacá ... Eu sinto muito, mas por mais que você se torne um marido melhor do que era, você nunca ... o Ariano ... ele é ... Droga!!! – Resmungou Babi, enxugando uma lágrima
Caíque – Ele é o que, Babi?
Babi – Morreu o assunto! Não quero falar sobre isso.
Caíque – Fala logo que ele é uma Ferrari e eu sou um Opala.
Babi – Meu amor ... o Ariano faz coisas ... que você nunca vai conseguir fazer.
Caíque – De novo isso? Eu posso aprender ... Eu posso até superá-lo ... – Disse o piloto, com a voz meio embargada.
Babi – Você sabe que não dá, meu amor ... Olha, eu te amo, mas só o amor não é mais suficiente e acho que agora estou amando-o também ... E é por isso, que eu vou formalizar o divórcio. A doutora Ana Lúcia vai te mandar a papelada.
Caíque – Babi, por favor ...
Babi – O Ariano não quer mais que a gente transe e nem que a gente se fale ... Eu vou passar doze dias contigo, pra gente se despedir fodendo bastante, até a gente enjoar e depois acabou.
Caíque – NÃÃÃÃÃOOOOO!!!! Se eu não posso ter você, ele também não vai ter.
O jato começou a inclinar de lado e eu comecei a ficar com medo.
Babi – Que porra você está fazendo? Enlouqueceu? – Falou Babi desesperada.
Pelo amor de Deus, eu não quero ser o Goose ... Eu não quero ser o Goose ... Eu não quero ser o Goose.
Caíque – Eu não quero mais viver longe de você. – Disse Caíque se levantando do assento e indo abraçar Babi.
Babi – Caíque, pare com isso! Volte pra cabine!
Adolfo – Pelo amor de Deus, Caíque! Escuta a sua esposa. Volta pro assento!
Caíque – Por que eu deveria escutar? Ela não é mais a minha esposa!
Adolfo – É sim! Ela é a sua esposa, e que ainda te ama muito ... E tem a sua filha também ... A ... – Olhei pra Babi, procurando uma ajuda e ela rapidamente me entendeu.
Babi – Giulia, Giulia ...
Adolfo – A Giulia, que não pode perder os pais assim de uma vez só.
Babi – Caíque, a Giulia está grávida!
Caíque – O que? – Perguntou o fake Maverick, olhando nos olhos de Babi.
Adolfo – Pelo amor de Deus, Caíque! Volta pra cabine ...
De repente o jato começou a estabilizar e eu pude sentir o meu estômago dando sinal de que as coisas não iriam se segurar lá dentro.
Caíque – Não se preocupem, porque esse jatinho tem piloto automático.
Babi – Porra, Caíque! Eu quase me mijei aqui ... – Reclamou Babi, socando as costas do marido.
Adolfo – Eu não estou me sentindo bem ...
Caíque – Isso é verdade, Babi? Isso é verdade ou é mais uma das suas mentiras?
Babi – Eu juro que é verdade! Ela está lá no hospital, justamente porque se sentiu mal.
Caíque – Puta merda!!! – Exclamou Caíque, já sentado no assento, de volta ao comando do jatinho.
Babi – O Ariano acha que temos que resolver isso logo, porque essa gravidez pode atrapalhar as coisas.
Caíque – E pra variar, eu sou o último a saber ... – Reclamou Caíque, dando novamente um soco no painel.
Babi – Eu juro que eu queria contar para você, mas a Giulia me pediu pra não te contar. Ela mesmo estava procurando a melhor hora pra te falar.
Caíque – Isso é sacanagem, Babi ... Sacanagem ...
Adolfo – Eu ... acho que vou vomitar... Ou talvez algo pior...
Coloquei a minha mão na barriga e parecia que era eu quem estava grávido, pois senti uma dor parecida com um chute.
Babi – Olha o que você fez!
Caíque – Desculpa, Adolfo! Eu acabei me descontrolando um pouco.
Adolfo – Um pouco? Um pouco? Quando a gente aterrissar eu vou alugar um carro.
Caíque – Nada disso! Eu faço questão de te levar até o RJ.
Depois de algum tempo a situação se acalmou. A conversa fluiu melhor entre nós três e aquela tensão entre Caíque e Babi diminuiu. Chegamos então em São Caetano, nosso primeiro destino, e eu acompanhei os dois até o hospital.
Por sorte, a Giulia estava bem, fazendo com que Caíque ficasse mais calmo. Ela disse ao pai que estava se sentindo um pouco enjoada e quase desmaiou, mas foi amparada por alguns amigos na escola e levada ao hospital pelo diretor.
Fiquei pensando na história deles e tentei me colocar na pele do Caíque, que estava ali convivendo com a Babi, sabendo que ela estava transando com o Ariano. Será que eu conseguiria suportar isso, caso a minha esposa decidisse morar com aquele sujeito?
A resposta é simples. Com certeza, não.
O que eu faço? Digo que eu não sinto mais nada por ela? Falo que o amor acabou? Falo que eu conheci outra pessoa? A vida não é justa, mas eu não vou desistir da Diana. De alguma forma eu vou reverter isso.
Caíque – Adolfo, quer conhecer a Giulia? – Perguntou Caíque, visivelmente ansioso e afobado.
Adolfo – Melhor não ... É um momento só de vocês e eu não quero atrapalhar.
Caíque – Deixa disso! Eu faço questão.
Adolfo – Tem certeza?
Caíque – Você vai me ajudar muito ... Eu preciso “conversar” com a Babi, entende?
Adolfo – Acho que não.
Caíque – Preciso de 10 minutos com ela ... Vai ser bem rapidinho.
Adolfo – Ahhhh! Entendi ...
Fomos andando até o quarto onde Giulia se encontrava e eu estava meio ansioso e inquieto, afinal, eu queria ir embora pra casa e resolver os meus problemas, e não ficar ali distraindo uma adolescente, enquanto os pais transam em algum lugar do hospital.
Babi – Adolfo, esta é a minha filha Giulia. Filha, este é o Sr. Adolfo, um amigo da mamãe e do papai.
Giulia – Oi. – Disse aquela adolescente emburrada, de forma bem seca.
Caíque – Filha! Que modos são esses?
Antes que surgisse outro momento constrangedor, tentei amenizar a situação.
Adolfo – Tranquilo! Eu tenho uma filha, mais ou menos dessa idade e sei como é.
Babi – Filha, nós temos que resolver algumas papeladas aqui no hospital e já voltamos. O Sr. Adolfo vai lhe fazer companhia. Se comporte, hein ...
Ela mal falou isso e já puxou o marido pra fora do quarto. Ficou um silêncio meio constrangedor e eu resolvi quebrar o gelo.
Adolfo – Então, você está grávida ...
Giulia – Caralho!!! Minha mãe é foda! Meu pai já está sabendo, né? – Perguntou a jovem, inconformada com a atitude da mãe.
Adolfo – Já sim.
Giulia – Puta que o pariu!
Fiquei meio chocado, pois minha filha não tem o hábito de falar palavrões e em menos de 10 segundos, aquela jovem grávida já havia falado vários.
Adolfo – Mas está tudo bem contigo?
Giulia – Mais ou menos ... Estou tendo uns enjoos horríveis.
Adolfo – Se a minha filha engravidasse, eu ficaria maluco.
Giulia – Aconteceu ... Eu sou jovem e jovens são imaturos. Essas coisas acontecem.
Adolfo – Espero que lá em casa não seja assim.
Giulia – Como meu pai reagiu com a notícia?
Adolfo – Acho que ele recebeu até bem demais. Na verdade, eu tenho que te agradecer, porque a sua gravidez salvou a minha vida.
Ela me olhou com espanto e eu fiz uma cara de paisagem. Não seria eu que iria contar pra filha o que o maluco do pai dela fez.
Adolfo – Acho que vai ficar tudo bem com vocês. Seus pais parecem ser gente boa, pelo pouco que conheço deles.
Giulia – Impressão sua ... Eles são problemáticos, mas são os meus pais e eu os amo. – Falou a jovem, com sinceridade e pesar.
Adolfo – Tudo vai se resolver!
Giulia – Eu espero que sim, porque eu fiz uma loucura!
Fiquei olhando pra ela, imaginando o que essa garota aprontou.
Giulia – Sr. Adolfo, eu não tenho com quem conversar sobre isso, pois seria muita vergonha pros meus pais. Eu estou com os nervos à flor da pele e não tenho com quem falar sobre isso. Será que eu poderia me desabafar contigo? – Pediu Giulia, quase implorando, com aquele olhar que derrete o coração de qualquer um.
Adolfo – Não sei se sou a melhor pessoa pra isso nesse momento. Talvez um psicólogo ...
Giulia – Não ... O senhor é perfeito. Eu vi como meus pais olharam pro senhor e senti uma “boa vibe”. Eles pareciam mais normais na sua presença e diria até que mais felizes, o que é algo muito raro hoje em dia.
Adolfo – Mesmo assim ... Nós mal nos conhecemos.
Giulia – Melhor ainda. Dizem que é mais fácil se abrir com desconhecidos do que com família e amigos.
Eu também já tinha ouvido falar sobre isso e comecei a ficar interessado no que ela teria pra falar. Será que seria sobre o pai da criança? Meu Deus!!! Será que o pai da criança é o Ariano? Caralho!!! Aquele filho da puta!!! Por isso a Babi falou com ele e o safado quer logo resolver.
Giulia – Eu queria falar sobre a minha mãe e a minha gravidez.
Puta merda!!! Eu acertei ... Coitado do Caíque.
Giulia – A minha mãe está traindo o meu pai. – Disse a jovem com uma carinha triste e começou a chorar.
Adolfo – Não fique assim ... Hoje em dia, isso é mais comum do que se imagina.
Giulia – É diferente! Minha mãe está apaixonada por esse amante dela. Eu já ouvi ligações dos dois e até vi mensagens. Ela nem se dá mais ao trabalho de tentar esconder direito essa porra! Desculpa!
Adolfo – Deve ser uma fase ...
Giulia – Eu também pensei nisso. Sei que meu pai tem problemas com álcool, mas ele se endireitou por medo de perder a minha mãe.
Adolfo – Como assim?
Giulia – Ela já ameaçou de se separar dele por causa disso, mas ela o ama muito.
Adolfo – Eu também acho isso.
Giulia – Eu tenho certeza, mas aí ela conheceu esse filho de uma puta, que virou a cabeça dela. Meus pais estavam quase se acertando e aí deu merda.
Adolfo – O seu pai sabe disso?
Giulia – Eu não sei. Às vezes acho que sim, porque ela faz as coisas tão na cara ... As desculpas que ela dá são tão imbecis ... Ou meu pai é muito ingênuo, ou ele deve estar querendo evitar um confronto. Só pode ser uma destas duas coisas.
Adolfo – Como eu disse, deve ser uma fase ... Acho que se o seu pai provar que a ama e que parou de beber, talvez ela termine o caso com esse amante.
Giulia – Eu queria muito isso, mas eu já a ouvi falando em divórcio com o tal sujeito e foi por isso que eu decidi tomar as rédeas da situação.
Adolfo – Como assim?
Giulia – O senhor já deve ter ouvido várias histórias de mulheres que engravidaram pra tentar segurar o marido.
Adolfo – Já ouvi ... Não me diga que ...
Giulia – Acho que eu fiz uma puta de uma cagada. – Disse Giulia, me interrompendo e quase chorando. – Minha gravidez não foi um acidente. Eu sei muito bem me cuidar. Faço tabelinha pelo aplicativo, tomo anticoncepcional e ainda obrigava meu namorado a usar camisinha.
Adolfo – Então ... você quer me dizer que ficou grávida pra segurar o casamento dos seus pais?
Giulia – Sim. O senhor acha que eu fiz cagada?
Fiquei calado e observando aquela jovem que estava lutando como podia contra o Ariano, pra preservar o casamento dos pais.
Giulia – Fala alguma coisa! – Disse a jovem, quase gritando.
Adolfo – Eu não sei o que falar. Acho que talvez você tenha ido longe demais.
Giulia – Meu pai trabalha muito pra poder sustentar a casa e os caprichos da minha mãe. Ele não tem tempo de ser pai e marido, como deveria ser. Isso sem falar do problema com a bebida, que deve ser uma luta diária e constante. Eu nem posso imaginar como deve ser difícil pra ele.
Adolfo – Eu sei que você quer os seus pais juntos, mas uma gravidez?
Giulia – Eu achei que só assim conseguiria fazer com que a minha mãe parasse mais em casa pra cuidar de mim. Ela vive batendo perna, depois que ela arrumou esse amante.
Adolfo – Você vai botar uma criança no mundo, Giulia! Isso é muito sério!
Ela começou a chorar, talvez agora percebendo o tamanho do problema em que se enfiou.
Giulia – Eu sei e eu pensei muito nisso. Analisei os prós e os contras de tudo.
Adolfo – Seu namorado já sabe?
Giulia – Ainda não, mas se ele não encarar comigo, não tem problema. Eu assumo a responsabilidade sem ele.
Eu estava chocado com a lucidez e coragem daquela jovem. Era uma burrice sem tamanho, mas situações desesperadas, pedem medidas desesperadas.
Giulia – Estou bem melhor por ter botado tudo isso pra fora. Só peço que não conte isso aos meus pais.
Adolfo – Claro! Nem precisava pedir.
Giulia – Só espero que o meu plano funcione. Tenho muito medo deles se separarem e o meu pai voltar pra bebida. Ele não fica violento, mas ele perde totalmente a noção, fazendo papel de bobo e dando vexames. Uma vez ele até andou pelado na rua e foi parar na cadeia. Foi muito constrangedor!
Percebemos barulhos de passos se aproximando e mudamos de assunto.
Babi – Filha, temos boas notícias! O médico já te liberou e podemos ir pra casa.
Caíque – Graças a Deus foi só uma indisposição, né filha?
Ela olhou pra mim e eu falei só com os movimentos dos lábios, sem emitir som, pra ela falar a verdade.
Giulia – Pai, eu estou grávida!
Caíque – Minha filha!!! – Exclamou Caíque, indo na direção da filha pra lhe dar um abraço.
Puta merda, Giulia ... a seco e sem vaselina ... a sorte é que ele já sabia ... Babi também se emocionou e abraçou pai e filha.
Giulia – Desculpa! Eu sei que vacilei, mas eu vou ser responsável e serei a melhor mãe do mundo pra esse bebê, mas eu preciso da ajuda de vocês. Posso contar com vocês dois?
Caíque – Claro, filha! Nós estaremos aqui pra te ajudar. Não é, meu amor?
Não sei se Caíque nessa hora vislumbrou uma pequena chance de permanecer casado com Bárbara, ou se era a emoção falando, mas eu senti que ele agora lutaria com todas as forças, após conseguir esses dois novos aliados.
Babi – Com certeza, minha pituquinha, quer dizer, as coisas vão se ajeitar. Será difícil, mas nós somos fortes.
Giulia – Preciso muito de vocês!
Adolfo – Melhor eu esperar lá fora.
Caíque – Já estamos saindo. Vou só deixá-las em casa e te levo até o RJ.
Agradeci e após resolver pequenas questões no hospital, seguimos até a casa de Caíque e Bárbara, deixando as duas lá e então voltamos até a pista de pouso de uma fazenda e embarcamos no jatinho.
Caíque – Daqui a pouco estaremos no Rio de Janeiro. Obrigado pela paciência e por entender o meu problema.
Adolfo – Sem crise. Foi interessante conhecer a sua filha.
Caíque – Ela me ajudou muito nas crises de abstinência e eu queria ter mais tempo com ela, mas eu tenho que trabalhar. – Disse o Cacá, com um ar de tristeza
Adolfo – Posso te fazer uma pergunta?
Caíque – Claro que sim.
Adolfo – Por que você trabalha pra essa cara?
Caíque – É complicado ... No início, eu era funcionário da empresa dele, e fazia voos para vários membros da diretoria, mas, de repente, fui informado que eu faria algumas viagens particulares e exclusivas para ele, pois eu tinha muita experiência de voo.
Adolfo – Foi de repente?
Caíque – Eu achei que sim, mas pensando bem, teve um dia de confraternização da empresa, que foi autorizado levar a família e eu levei a Babi e a Giulia.
Adolfo – E o Ariano deu em cima da sua esposa nessa festa?
Caíque – Eu não percebi isso, mas eu bebi um pouco a mais e posso não ter notado. A minha impressão foi que ele conversou um pouco com ela, como ele fez com vários familiares de vários funcionários.
Adolfo – Alguma coisa deve ter acontecido.
Caíque – A única coisa que aconteceu, foi o que eu te falei. O interesse dele por mim aumentou, e passei a ter um convívio maior com ele e com as mulheres dele.
Adolfo – Muito estranho isso ...
Caíque – Até que um dia, a minha esposa disse que tinha conhecido alguém e queria apimentar as coisas, mas só faria isso com a minha permissão.
Adolfo – E você consentiu?
Caíque – Sei que você vai me julgar, mas o meu casamento estava abalado. Eram muitas brigas e eu me sentia em débito com ela, por causa do vício na bebida. Eu havia pedido a ela algumas vezes pra não me deixar por causa do vício e ela sempre me dava mais uma chance.
Adolfo – Então ela fez uma chantagem emocional contigo?
Caíque – Ela nem precisou fazer isso. Se eu tivesse relutado, talvez ela me pedisse por causa das vezes que perdoou o meu vício.
Percebi que, de certa forma, ele foi manipulado por Babi ou quem sabe, pelo próprio Ariano. Isso é a cara dele, que deve ter influenciado a esposa pra manipular o marido.
Caíque – A verdade, é que eu simplesmente achei que estaria dando um pouco de aventura na vida dela, como uma recompensa por todo o vexame e constrangimento que eu a fiz passar.
Adolfo – Entendo ... E como você descobriu o caso?
Caíque – Eu achei que seria uma única vez, mas ela me pediu de novo e depois de novo e aí mais uma vez ...
Ele fez uma pausa e eu vi que ele olhou pra mim e pro armário de bebidas.
Adolfo – Caíque, eu sei que é foda! Não precisa me contar ...
Caique – Bobagem ... Eu já superei essa parte. É meio constrangedor, mas eu confio em você ... Acho que estamos no mesmo barco.
Eu consenti com a cabeça e ele continuou.
Caíque – Eu não estava gostando mais dessas “saídas” da Babi, mas ela disse que dessa vez, seria a última vez, sendo que seria um fim de semana inteiro que caía num feriado prolongado.
Senti que a voz dele ficou com um pouco mais de emoção e eu sabia que a pior parte estava chegando. Ele fez outra pausa e eu aguardei.
Caíque - Ela havia me prometido que seria a última vez e eu acabei deixando, mas quando fui trabalhar, recebi um aviso de que o Sr. Flores estava na Bahia com alguns amigos e queria que eu fosse até lá, pra trazê-lo de volta.
Caíque então me explicou que quando chegou em Salvador, viu que Ariano estava acompanhado de mais 2 amigos e após os cumprimentos, ele me disse que teríamos que esperar as três mulheres que estavam com eles e após alguns minutos, elas surgiram, lindas e maravilhosas.
E o susto foi grande, quando ele viu que uma delas era a sua esposa Bárbara. O susto foi duplo, porque ela também se assustou e ele disse que o Ariano ficou interagindo com os amigos, mas ficava de olho no casal o tempo todo.
Caíque – Até aquele momento, eu não sabia com qual dos três ela tinha ficado. Eu apenas torcia para que não fosse justamente com o meu patrão, mas é como dizem ... “Todo castigo pra corno é pouco” e quando eu fui falar com ela, Babi disse pra eu não fazer um escândalo e que em casa a gente conversaria. Só me pediu pra ignorar tudo que porventura acontecesse durante a viagem. – Falou Caíque, dessa vez choramingando e fungando um pouco.
Adolfo – Que canalha!!!
Caíque – Quando eles entraram no jatinho e cada um se sentou com a sua respectiva namorada, foi que eu percebi que o amante dela era o Sr. Flores. Quase tive um treco, mas me controlei. Tive uma vontade louca de beber, mas nem podia, pois iria voar e, naquele momento, se eu desse um gole, seria um gole do tamanho de uma garrafa.
Adolfo – Então foi isso que aconteceu?
Caíque enxugou as lágrimas e disse que o castigo do corno ainda era pouco e continuou:
Caíque – Durante o voo, eles se beijaram, se tocaram, falaram coisas a meu respeito e todos riam de mim. No início, Babi estava séria e chateada, principalmente quando debochavam do marido, que era eu e estava ouvindo tudo, mas o Sr. Flores ficou atiçando-a, até ela rir das coisas que falavam sobre mim, “o marido corno”. Foi muita humilhação! – Lamentou Caíque.
Adolfo – Eles sabiam que você era o marido dela?
Caíque – Acho que não, mas vai saber ... Eles sempre se referiam ao marido dela de uma forma geral e então os dois foram até o banheiro e transaram. Achei aquilo o fim da picada, mas como eu disse antes, todo castigo pra corno é pouco.
Adolfo – Meu Deus!!! Não sei como você aguentou?
Caíque – Se eu fosse até lá, todos iríamos morrer. Eu estava sem copiloto, e eu estava pilotando outro jato que foi fretado por Ariano. Eu tive que aguentar firme aquela humilhação, e torcia pra que ninguém soubesse que eu era o marido, e quando pousamos, o Sr. Flores disse que queria falar comigo e me propôs um acordo.
Adolfo – Até já imagino qual acordo.
Caique – Ele disse que estava gostando muito da Bárbara e que ela era um bálsamo na vida dele, explicando que queria ser um amante fixo dela e que se eu recusasse, iria me demitir e fazer com que eu não conseguisse emprego em nenhum lugar. – Explicou Cacá, de um jeito bem desolado e com a voz arrastada.
Adolfo – E você aceitou?
Caíque – Lógico que não! Eu quase dei um soco na cara dele, mas me contive. Ele me ofereceu um aumento de salário pelo constrangimento causado e me disse que isso nunca mais aconteceria e que tudo seria no sigilo, pra evitar outros dissabores e me prometeu que nenhum outro homem iria tocar nela.
Adolfo – E a Babi? O que ela fez?
Caíque – Ela não participou dessa conversa, mas quando eu cheguei em casa, ela me pediu perdão, explicando que jamais imaginaria que eu iria aparecer em Salvador.
Adolfo – Sinto muito, Cacá! Você foi muito permissivo com ela. Deveria ter sido mais duro.
Caíque – Mas eu fui ... Tivemos uma discussão muito séria nesse dia e eu falei tudo que eu pensava. Ela mesmo estava decidida a não sair mais com ele, depois de ver a humilhação que eu passei, mas eu vacilei e acabei bebendo.
Adolfo – Putz ...
Caíque – Bebi todas e mais um pouco e quando dei por mim, eu estava na cadeia e com roupas que não eram minhas.
Adolfo – Puta merda!
Caíque – Isso fez ela repensar a decisão dela e então me disse que precisava de um tempo e foi pra casa do amante. Minha filha ficou desesperada, cuidando de mim e sempre que tentava falar com a mãe, ela dizia que eu a tinha machucado.
Adolfo – Você a agrediu?
Caíque – Eu não me lembro! Acho que não, mas eu devo ter dito poucas e boas pra ela. Bárbara ficou 15 dias morando com ele e quando voltou pra casa, era outra pessoa. Desde o visual do seu cabelo até às vestimentas e ainda me disse que estava apaixonada e que não sabia o que fazer. Desde então eu fico nessa corda bamba.
Adolfo – Como assim? Como uma pessoa pode mudar em 15 dias?
Caíque – Ele entrou na cabeça dela ... Realizou um monte de desejos ... Viagem pra Nova York, roupas caras de grife, uma moto novinha, que sempre foi o sonho dela e eu sempre critiquei por ser perigoso.
Adolfo – E ela mudou só com isso?
Caíque – Tem muito mais ... Ela disse que ele era incansável na cama e que nunca gozou tanto na vida dela. Você acredita que eles transaram um dia inteiro, parando só pra comer e tomar banho? Tem noção disso?
Adolfo – Não tem como alguém ficar duro tanto tempo assim ...
Caíque – Parece que ele, sim ... Isso sem falar, que segundo ela, ele tem um cacete bem maior e mais grosso que o meu e se isso não bastasse, ela ainda experimentou outras coisas no sexo, como ménage e outras mulheres ... Como eu poderia competir com isso? – Perguntou Caíque, desesperado.
Adolfo – Se o amor dela for forte o suficiente não tem competição.
Caíque – Mas ela disse que também está amando-o.
Adolfo – Você agora vai ter 12 dias pra reconquistá-la. Aproveite essa oportunidade!
Caíque – Você tem razão! Eu irei fazer isso! Apesar que...
Adolfo – O que foi?
Caíque – Não sei se poderei fazer as coisas que ele fez com ela na cama. Se eu te contasse tudo ... Ela fez questão de me contar, pra mostrar como eu sou ruim. Acho que deve ter sido ideia dele.
Perguntei sobre algumas coisas e ele foi me contando. Teve sexo em locais públicos. Teve ménage com a travesti Olga, sexo brutal com muitos tapas, beirando o BDSM e o sexo tântrico que a fez ter orgasmos múltiplos e squirting.
Ele disse que um dia, o Ariano quis reproduzir uma das cenas do filme Uma linda mulher, e transou com ela em cima de um piano na recepção de um hotel. Ele simplesmente mandou todos se retirarem e com a ajuda do gerente, ficaram somente os dois no saguão transando durante algumas horas.
Confesso que fiquei de pau duro, durante o relato e também fiquei com receio, pois Ariano parece ter muitos recursos e uma ousadia que não tem fim. É a tal impulsividade que ele tanto diz ter.
Adolfo – Eu também não sei o que eu vou fazer. Não sei se você está sabendo, mas o Ariano também está de olho na minha esposa.
Caíque – Sinto muito! A Babi me contou, por alto ... Quando ele quer algo, ele consegue de algum jeito.
Adolfo – Mas não dessa vez ...
Continua...