A caminho da residência nova do Pedro eu fui pensando em tudo que aconteceu e aquilo foi me dando mais raiva ainda. Eu nunca fiz nada de mal para ele, nem quando ele mereceu. Acabei cometendo um erro enorme para encobrir um erro dele. Foi uma escolha minha, claro, ele não me pediu para fazer isso. Mas achei que pelo menos consideração pelo que eu fiz ele tivesse. Foi um grande erro eu ter pensado isso. Fui burra em mentir para minha filha e agora eu estava pagando o preço. Mas essa conta te ter traído e acabado com o casamento não era minha, eu tinha a minha para pagar, mas não era essa. Essa era do Pedro e pode apostar que ele iria pagar.
Assim que cheguei na rua que a localização indicava, eu mandei uma mensagem para Lorena perguntando como era a casa, eu não queria correr o risco de entrar na casa errada. Diminui a velocidade e quando cheguei onde a localização indicava, uma mensagem da Lorena chegou com as informações que eu pedi. Olhei para o lado e vi a casa com a descrição que ela me passou. Saí do carro e fui direto para lá. Tentei abrir o portão da grade em frente a casa e por sorte ele estava destrancado. Ouvi vozes vindo de dentro da casa, reconheci elas, era Ana Maria e Júlia. Forcei a maçaneta da porta mas pro meu azar, ela estava trancada. Bati na porta de madeira quatro vezes bem forte e esperei para ver se alguém iria vir abrir. Escutei passos, era uma mulher, dava para ouvir o salto batendo no chão. Ouvi o barulho da fechadura e do chaveiro se movendo do outro lado. A porta se abriu, era Ana Maria.
Acho que ela não esperava que fosse eu ali.
— Samantha!?!
Eu não esperei o convite e praticamente invadi a casa.
— Me desculpe pelo que eu vou fazer, Ana, mas ele pediu por isso.
Fui direto em direção às vozes que eu ouvia. Quando entrei na cozinha, estava Pedro, Júlia e outro rapaz jantando. Provavelmente era o tal namorado da Júlia.
Júlia foi a primeira a me ver.
— Mãe! Eu não quero falar com você, por favor vá embora e me deixe em paz!
Por mais duras que fossem as palavras dela eu ignorei. Meu assunto era com outra pessoa.
— Porque Pedro? Porque você fez isso? Antes de eu falar tudo que eu vim falar e eu vou falar. Eu queria saber, porque você fez isso?
Ele mudou de cor assim que me viu. Acho que ele não sabia o que dizer, mas mesmo assim tentou se defender.
— Você sabe que é errado! Deus não aceita o que você está fazendo. Isso é pecado e você sabe disso.
A minha vontade era de voar na garganta dele, mas eu não podia perder o resto de controle que eu ainda tinha.
— Não coloque o nome de Deus no meio das suas mentiras. Isso é pecado, ou você acha que Deus não sabe o que você fez! Você pode mentir para mim, para sua filha, mas para Deus você não consegue. Então para de usar o nome dele e fale a verdade! Porque você mentiu para sua filha e disse que eu te trai?
Minha filha que estava ali sem entender direito, questionou o pai.
— Do que ela está falando, pai? Você mentiu para mim?
Pedro mais uma vez não sabia o que falar. Mas eu sabia.
— Você pode contar a verdade para ela do seu jeito, mas se você falar algo que não for verdade eu vou dizer. Seja homem e conta para sua filha. Ou você só tem coragem de mentir?
Ele não dizia nada, eu já estava perdendo a paciência.
— Tudo bem, se você não tem coragem deixa que eu conto.
Ele me olhou com uma cara de desespero.
— Pelo amor de Deus não faz isso, Samantha! Eu te imploro.
Eu já estava no meu limite e explodi de vez.
— Você não teve pena de mim quando me traiu dentro da nossa casa! Você não teve pena do seu filho quando pediu para Maria tirar a criança. Você não pensou em mim quando disse para minha filha que eu o trai. Você não teve a decência de ir conhecer seu filho. Agora você quer que eu tenha compaixão de você? Eu quero que você se dane, seu desgraçado. Você fez minha filha ter raiva de mim por algo que eu não fiz. Você não tem noção o quanto eu sofri por causa da sua traição, por causa das suas mentiras e agora você ainda faz isso comigo. O único erro que eu cometi foi esconder da minha filha o que você e a Maria fizeram, eu queria poupá-la da dor que ela provavelmente estava sentindo agora. Maldita hora que eu tentei esconder seus erros. Mas eu nunca mais vou fazer isso, de hoje em diante todo mundo que quiser saber, eu vou contar.
Eu sentia as lágrimas escorrer pelo meu rosto. Olhei para minha filha e a cara dela era de total espanto. Ela me olhou e só fez uma pergunta.
— O JP é meu irmão, mãe?
Eu respirei fundo para conter meu choro e minha raiva.
— Ele é sim. Seu pai e a Maria passaram uma noite juntos. Ela ficou grávida e procurou seu pai pedindo ajuda para poder ir embora da nossa casa. Seu pai, ao invés de ajudar ela, pediu para ela tirar a criança. Ela concordou para poder ganhar tempo. Ela arrumou suas coisas e fugiu da nossa casa, mas antes ela deixou uma carta para mim contando sobre a traição.
Júlia parecia ter dúvidas.
— Isso é verdade, pai? Por favor, não menti para mim.
Pedro só abaixou a cabeça e não disse nada. Minha filha não estava mais espantada, ela estava com raiva. E voltou o olhar em minha direção.
— Eu não acredito que vocês me esconderam isso. Vocês são dois mentirosos. Esse tempo todo eu sem saber de nada. Não acredito que guardaram esse segredo de mim.
A hipocrisia. Não era só eu e Pedro que tinha segredos. Mas o dela eu não iria explanar, mas queria deixar claro que eu sabia.
— Filha, eu sei que errei e te peço perdão. Mas sei que isso pode levar tempo e talvez você não queira ter contato comigo. Já que que você falou de segredos, eu preciso te falar algo antes de ir. Na noite que cheguei de São Paulo eu não te vi em casa. Te procurei em todo lugar, inclusive na casa da Maria. Depois que te vi lá eu fui para meu quarto e fiquei esperando você aparecer. Demorou mas você e a Lorena foram me ver.
Júlia sabia exatamente o que eu estava dizendo. Sua cara de raiva se desfez e ela fez uma cara de medo. Eu continuei a falar.
— Eu amo você! A coisa que mais quero é ver você feliz ao lado de alguém que te ame de verdade e te faça feliz. Então não cometa os mesmos erros que cometi. Não esconda a verdade das pessoas com medo de fazer elas sofrerem. Isso pode se voltar contra você e te fazer perder a pessoa que você ama. Como eu posso estar perdendo você, que é a pessoa que mais amo no mundo.
Ela parecia ter entendido o que eu queria dizer, porque abaixou a cabeça. Eu tinha que pelo menos tentar ajudar minha filha.
— Filha, não sei se você sabe, mas Lorena vai trancar a faculdade amanhã e vai morar com o pai dela no Canadá. Talvez você queira se despedir dela antes dela partir. Só mais uma coisa, você não é mais criança, tem 18 anos e é uma garota inteligente. Você já é capaz de escolher seu próprio caminho e tomar suas próprias decisões. Certas ou erradas é sua vida e suas escolhas. Eu sempre vou te apoiar e vou estar de braços abertos se algum dia você me perdoar. Eu amo você!
Virei as costas e fui sair. Ana Maria estava parada na porta limpando as lágrimas do seu rosto. Eu parei na sua frente e pedi desculpas mais uma vez. Ela disse que estava tudo bem e eu segui meu caminho.
Saí dali chorando,, mas quando cheguei no meu carro eu desabei. Me apoiei no volante e deixei meu choro sair. Eu estava arrasada por provavelmente ter perdido a companhia da minha filha por um bom tempo, porém eu senti um alívio enorme no meu peito por ter posto aquilo tudo para fora. Estava tentando me acalmar um pouco para poder ir para casa quando alguém bate no vidro. Era Júlia, eu abri o vidro e ela perguntou se eu podia levar ela na casa da Lorena. Eu disse que sim, ela deu a volta e entrou no meu carro. Ela estava com uma mochila com ela e colocou no banco de trás. Eu limpei meu rosto e liguei o carro.
Durante o caminho ela não falou nada, eu via ela limpar suas lágrimas às vezes e eu fazia o mesmo. Eu não quis puxar assunto com ela, podia piorar as coisas e só dela pedir minha ajuda, eu já me sentia muito feliz. Quando chegamos na porta da casa da Lorena, Júlia ligou para ela e pediu para ela vir no portão. Depois olhou para mim e perguntou se ela podia ficar na minha casa se Lorena não a perdoasse. Eu disse que ela não precisava pedir, que a casa era dela também, nunca tinha deixado de ser. Ela tirou o cinto e saiu do carro. Vi Lorena abrindo o portão e Júlia indo até ela. Júlia gesticulava falando alguma coisa, provavelmente estava se desculpando com Lorena, mas a conversa não durou muito. Lorena abraçou Júlia e eu senti uma alegria enorme de ver aquela cena. Porém aquele abraço foi se prolongando e eu precisava ir para casa. Eu tinha certeza que Júlia iria ficar ali e as duas tinham muito o que conversar.
Peguei a mochila da Júlia, desci do carro e fui até elas.
— Meninas, me desculpe por atrapalhar vocês, mas eu preciso ir para casa.
As duas se separam, Júlia parecia estar com vergonha de mim. Eu entreguei sua mochila a ela.
— Filha, pelo que vi você vai ficar por aqui. Vocês provavelmente têm muito o que conversar. Eu realmente tenho que ir. Se você precisar de qualquer coisa me avisa. Roupa, dinheiro ou qualquer outra coisa.
Lorena veio até mim e me deu um abraço muito apertado.
— Samantha, eu vou cuidar bem dela. Não se preocupe. É obrigado por resgatar ela.
Eu fiquei muito feliz com aquele abraço. Eu sabia que ali eu tinha recuperado minha aliada de vez.
— Não precisa agradecer. Na verdade, ela que decidiu vir por conta própria. Eu tenho certeza que você vai cuidar bem dela, eu não poderia deixar minha filha em mãos melhores do que as suas. Ah e pode me chamar de sogra viu.
Lorena sorriu e Julia ficou vermelha de vergonha.
— Filha, não precisa ficar com vergonha, vocês formam um casal lindo! Torço muito por vocês e podem contar comigo para qualquer coisa, sempre!
Vi um pequeno sorriso aparecer no rosto da minha filha.
— Obrigada mãe. Olha eu só preciso absorver isso tudo. Depois a gente conversa direitinho. Vou ficar bem e prometo que vou dar notícias sempre. Sei que te devo um pedido de desculpas também. Eu devia ter pelo menos te escutado antes, mas eu fiquei com muita raiva e sinceramente eu ainda estou muito chateada com isso tudo.
Ela tinha os motivos dela.
— Não precisa se desculpar. Eu te entendo e vou esperar você o tempo que for. Quando quiser conversar é só me avisar. Eu te amo muito e realmente sinto muito por ter te magoado.
Ela fez um sinal positivo com a cabeça. Eu me despedi da Lorena e sai em direção ao meu carro. Quando fui abrir a porta eu ouvi minha filha me chamar. Quando olhei para trás ela veio até mim e me deu o melhor abraço do mundo. Depois se afastou, disse que me amava muito também e voltou para onde Lorena estava. As duas entraram, eu fui para minha casa com um sorriso no rosto e minhas esperanças renovadas.
Maria me esperava com o jantar pronto, porém já frio. Chamei ela para cozinha para a gente conversar. Ela foi fazer um prato para mim, mas eu não deixei. Falei que ela não era minha empregada e falei para ela sentar que eu tinha novidades. Falei para ela ir no meu carro, pegar minha bolsa e pegar um papel grande que estava dentro dela. Ela foi e eu fui arrumar meu prato de comida. Coloquei no micro-ondas e ela entrou toda feliz na cozinha com a autorização nas mãos. Ela veio até mim, me deu um abraço bem apertado e perguntou como eu consegui. Eu fui contando e passando minhas mãos nos seus cabelos. Quando terminei ela disse que estava muito feliz e que o filho dela tinha sorte por ter uma mãe como eu. Não teve como resistir ao sorriso dela e eu a beijei, foi um beijo calmo. Ela correspondeu sem reclamar, na verdade ela retribuiu com gosto. Para aquele beijo não passar para outra coisa, eu o parei.
Ela me olhou intrigada. Eu disse a ela que eu tinha mais novidades e essa não era tão boa, mas também não era horrível. Ela disse que preferia continuar o beijo, mas se afastou rindo e se sentou. Eu contei para ela tudo que tinha acontecido desde minha conversa com Andréia, até minha saída da porta da casa da Lorena. Quando terminei ela me olhou com uma carinha triste e disse que estava feliz por tudo ter sido esclarecido, mas que Júlia não iria perdoá-la. Eu disse que ia sim, que minha filha tinha um coração enorme e com o tempo tudo voltaria ao normal.
Ficamos conversando por um bom tempo e depois eu fui tomar um banho. Eu estava bem mais animada com o abraço e o eu te amo que Júlia falou. Eu tinha certeza que minha filha iria me perdoar. Depois do banho fui dormir e apaguei assim que caí na cama.
A semana correu sem surpresas. No outro dia eu e Maria fomos no cartório e fizemos o novo registro do JP. Júlia me desbloqueou no whats e sempre dava bom dia ou boa noite. Na sexta ela pediu para eu mandar umas fotos do JP e disse que estava com muita saudades dele. Eu mandei algumas fotos novas que eu tinha e disse que eu tinha conseguido registrar ele como meu filho. Eu disse que se ela quisesse ver ele, que ela podia pedir a Lorena para buscar ele para ela ver, que eu tinha certeza que Maria não se importaria. Ela disse que estava com saudades da Maria também, que apesar de tudo, não deixou de gostar dela. Mas as coisas ainda estavam meio complicadas para ela. Eu disse que ela não precisava se explicar e que a oferta estava de pé.
No trabalho as coisas corriam bem, porém notei que Marina estava mais feliz, usando umas roupas mais bonitas e mais soltinha. Acho que isso era influência da Renata. As duas continuavam muito amigas, eu estava até me sentindo um pouco abandonada. Tiago sempre ligava e disse que no sábado iria tentar ir me ver. Ele ficou muito feliz das coisas terem se resolvido e disse que tinha certeza que era questão de tempo até tudo se acertar. Eu torcia muito para isso. Infelizmente não teve como a gente se ver no sábado. Eu fiquei em casa a noite de papo com a Maria e curtindo meu filho.
Acordei com uma preguiça enorme no domingo e fiquei na cama até mais tarde. Maria veio me procurar e falei para ela entrar para a gente conversar. Me levantei depois de um tempo e fui ao banheiro fazer minha higiene. Sai Maria ficou babando vendo eu vestir outra roupa. Eu comecei a rir dela e ela fez cara de brava. Ela ficava fofa com aquela carinha feia. Eu fui até ela e dei um beijo nela, aquilo já estava virando rotina. O beijo estava gostoso até eu ouvir alguém limpando a garganta. Quantos olhei para porta eu vi Júlia e Lorena paradas ali nos olhando. Lorena com a mão na boca para não rir e Júlia com uma cara séria. Maria mais que depressa começou a pedir desculpas, eu só ria de nervosa.
Júlia se adiantou.
— Vocês deviam pegar o costume de fechar a porta.
Maria só sabia se desculpar e Júlia continuou.
— Tudo bem Maria, eu estou brincando. Queria ver meu irmão e falar com vocês, se puderem claro.
Eu tomei a frente.
— Claro que podemos, filha.
Elas saíram e a gente as acompanhou. Julia e Lorena foram ver o JP e eu fui com elas, Maria ficou na sala sozinha. Julia pegou JP no berço e colocou ele nos seus braços. Saímos do quarto e Maria estava sentada no canto do sofá meio triste. Julia foi e sentou do lado dela e puxou papo com ela. Fiquei muito feliz de ver aquilo, minha filha realmente tinha um coração enorme.
Ficamos ali por um tempo conversando. Júlia entregou JP para Maria. Depois disse que ela conversou muito com Lorena e depois de ouvir alguns conselhos resolveu voltar a morar com a gente. Mas ela não queria mais segredos entre a gente. Então ela queria que a gente contasse tudo sobre o que houve. Que por pior que fosse, ela queria saber de cada detalhe. Maria se levantou e disse que já voltava. Ela deixou JP no berço e disse que queria contar a parte dela primeiro. Julia disse que tudo bem.
Maria contou tudo sem esconder nada. Nas partes que eu entrava na história a gente ia contando meio que juntas. Eu contei o porque recebi Maria de volta, o porque a perdoei. Quando terminamos Júlia parecia ter entendido bem. Eu aproveitei o embalo e falei que eu precisava contar algumas coisas sobre mim que ela não sabia. Respirei fundo e contei tudo sobre minhas descobertas em SP, sobre Renata, sobre Tiago e sobre Maria. Lorena me olhava com uma cara de espanto em algumas partes e depois sorria.
Júlia disse que sinceramente não imaginava que eu fizesse nada do que eu fiz, mas não tinha nada contra. Só não esperava por achar que eu era hétero e não fosse tão moderna assim. Depois ele disse que provavelmente as coisas iriam ficar meio estranhas no início, mas que queria muito voltar. Que queria fazer parte da vida do irmão e se adaptar às novidades. Eu disse a ela que era uma escolha dela, que eu iria amar ter ela de volta na nossa casa, mas iria entender se ela precisasse de mais tempo para absorver tudo e nos perdoar.
Ela abaixou a cabeça e disse algo que me deixou muito feliz.
— Mãe eu já perdoei vocês e espero que vocês tenham me perdoado. Aqui nessa sala, todos erramos, uns mais, uns menos, mas erramos. Acho que só meu amor não entra nessa lista, já que ela sempre quis que eu contasse sobre a gente para vocês duas. Ela sempre disse que vocês entenderiam e nós apoiaria, mas eu tinha muito medo por causa do meu pai. Eu escondi nosso namoro de vocês por isso, mas foi errado. Olha, vamos tentar voltar as nossas vidas como eram antes. Claro que agora com as novidades, mas são novidades boas. Acho que vamos ficar bem.
Maria que já chorava baixinho não aguentou ao ouvir aquilo e o som do seu choro tomou conta da sala. Eu ia abraçar ela, mas Júlia tomou a frente e aí que ela chorou mesmo. Júlia aos poucos foi acalmando ela. No fim ela só sabia agradecer Júlia e jurar que nunca mais iria fazer nada de errado. Júlia disse que beijar eu ela podia e começou a rir. Lorena disse que a gente faria um ótimo casal. Mas eu e Maria tratamos de tirar aquela ideia da cabeça delas. Mas eu fiquei feliz pelo sinal verde da minha filha.
Elas ficaram até a noite e jantaram com a gente. Júlia disse que no outro dia ela voltaria para ficar. Eu estava muito feliz. Elas se foram e Maria era a felicidade em pessoa.
A gente foi lavar as louças do janta e depois Maria foi olhar nosso filho. Eu passei no quarto e JP estava dormindo. Eu falei para Maria que ia tomar um banho e depois voltava. Ela me perguntou se ela podia ir comigo. Eu não esperava por aquilo e antes que eu respondesse, ela disse que a Julia falou que podia e que ela realmente estava precisando. Eu comecei a rir dela e mais uma vez ela fez cara de brava. Eu peguei ela pela mão e sai puxando ela para meu quarto.
Assim que entramos eu fui para cima dela e disse que depois a gente tomava banho, que eu queria muito provar ela primeiro.
Continua..
( Críticas, dicas e elogios são sempre bem vindos, desde que feitos com respeito e educação. Obrigado.)