ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [46] ~ Orgulho e Comemorações

Um conto erótico de Rafael
Categoria: Gay
Contém 2431 palavras
Data: 04/11/2024 19:27:10

O restante da semana seguiu tranquilo, e optei por não aparecer na fábrica no dia seguinte. Eu só voltaria na sexta, quando o tio Alysson viesse para a capital. O que aconteceu com Bernardo ainda mexia comigo, mas decidi não alimentar esse sentimento e me concentrar em outras coisas. Era o melhor a fazer.

Na sexta-feira à tarde, fui encontrar meu tio na fábrica. Bernardo havia mencionado que apresentaria a ideia dele naquela tarde, e me pediu para não adiantar nada para o tio Alysson, pois queria mostrar tudo quando estivesse pronto. Ele teve apenas dois dias para preparar a apresentação, então confesso que não esperava muito além do que ele já havia comentado comigo.

Cheguei à fábrica, e passei um tempo discutindo algumas questões com meu tio. Logo, Bernardo nos chamou para a sala de reuniões, onde já estava se preparando para a apresentação

Na sala de reuniões, Bernardo ajeitou o material de sua apresentação e, com uma postura profissional e segura, começou a explicar sua ideia para mim e para o Alyssonl, que o observava atentamente.

— Então, nossa campanha de marketing focará diretamente no público que realmente consome nossos produtos — disse ele. — O consumidor de queijo artesanal, especialmente do tipo que produzimos, é encontrado principalmente em mercados, onde ele experimenta e leva o produto. Redes sociais ajudam a construir uma imagem, mas sabemos que o verdadeiro impacto está lá, no ponto de venda.

Ele projetou uma imagem de um display criativo e visualmente atrativo. No topo, “PROIBIDO OLHAR, riscos de descobrir um sabor único, e quando a pessoa abrir a porta da fazenda verá uma frase convidativa: “Não perca a chance de descobrir um sabor único QUEIJOS DO ALTO, MUSSARELA, o melhor para o seu dia-a-dia”. O display seria montado com um design rústico e caseiro, remetendo às tradições da fazenda, mas com um toque moderno, para destacar o valor do produto e aumentar a curiosidade.

— Esse display seria posicionado estrategicamente nas áreas de maior circulação, próximo das gôndolas de laticínios, onde as pessoas geralmente buscam queijos para o dia a dia. A ideia é que essa chamada desperte a curiosidade e leve os clientes a se aproximarem para conferir o que é o “sabor único” — continuou Bernardo, demonstrando a precisão

Ele olhou para Alysson e para mim, que estávamos atentos.

— Fiz algumas pesquisas sobre o comportamento de compra em mercados similares e conversei com o dono do Super Dois Irmãos. Eles adoraram a proposta e acreditam que pode funcionar muito bem. A ideia é atrair as pessoas não apenas pela curiosidade, mas também com uma promoção especial. — Ele fez uma pausa antes de anunciar a proposta da promoção.

— Vamos oferecer uma promoção irresistível: na compra de dois dos nossos queijos mais populares, o queijo de manteiga e o queijo coalho, o cliente ganha uma unidade do nosso queijo mussarela, que é nosso lançamento. Ao darmos o queijo mussarela como brinde, conseguimos que as pessoas o experimentem sem qualquer compromisso inicial. E se aprovarem — e estou confiante que irão —, voltam para comprar. Com isso, aumentamos a demanda tanto dos queijos de coalho e manteiga, quanto promovemos um produto novo.

Ele fez uma pausa, deixando-os absorver as informações, e logo continuou.

— Já negociei com o Super Dois Irmãos uma quantidade de mussarelas para esse brinde, e eles nos forneceriam um relatório detalhado das vendas, com um comparativo do antes e depois da campanha. Se notarmos que a ação tem o impacto esperado nas vendas, podemos usar esses dados para justificar a mesma abordagem em outras redes de mercados e até ajustar detalhes para maximizar o retorno.

Rafael e Alysson estavam boquiabertos, impressionados pela profundidade da análise e a precisão estratégica da apresentação.

— Além disso — completou Bernardo, concluindo com firmeza —, essa promoção e o display vão se diferenciar completamente das degustações comuns. Em vez de apenas dar uma amostra, criamos uma experiência que envolve o cliente, desperta a curiosidade e a vontade de provar algo novo. Aposto que essa ação será um grande passo para consolidar nossos produtos.

Alysson e Rafael se entreolharam, visivelmente impressionados. Alysson foi o primeiro a quebrar o silêncio, dando um sorriso de aprovação e dizendo:

— Bernardo, você pensou em cada detalhe. Não tenho dúvida de que estamos no caminho certo com essa campanha. Parabéns, é brilhante!

O Bernardo sorriu com o elogio do pai, e eu também não pude deixar de admirar a apresentação que ele acabara de fazer. Ele realmente demonstrou um talento inesperado para a publicidade, com uma abordagem criativa e ousada. Alysson fez alguns apontamentos e ajustes, mas, no geral, a ideia do Bernardo tinha impressionado, e ele ficou visivelmente feliz ao ver que o projeto seria levado adiante. Assim que ficamos a sós, aproveitei para parabenizá-lo pessoalmente, enquanto meu tio se dirigia à área de produção para verificar alguns detalhes.

— Arrasou, Bernardo! De verdade, você deixou seu pai orgulhoso, tenho certeza — falei, em um tom casual, com um sorriso de aprovação.

— Dei o meu melhor! Preciso mostrar serviço, afinal, já estou de olho em um aumento de mesada! — Ele respondeu, rindo, em um tom descontraído.

— Acho que seu pai não esperava por algo assim. Sem dúvidas, você surpreendeu muito! Parabéns mesmo. — E, num impulso, o puxei para um abraço.

Nos olhamos por um instante, como se buscássemos algo a mais na presença um do outro, mas logo o momento passou, e ele sorriu, aparentemente satisfeito com o reconhecimento.

Pouco tempo depois, Alysson voltou e, com o olhar orgulhoso, nos elogiou:

— Estou muito orgulhoso de vocês, filho! Espero que você continue assim e comece a tomar gosto pelos negócios da família.

— Obrigado, pai. Acho que estou começando a pegar gosto, pelo menos nessa parte de marketing, que tem tudo a ver comigo. A parte administrativa e financeira… bom, isso ainda não é muito a minha praia, mas é um começo — respondeu Bernardo, animado.

Alysson sorriu, contente com a sinceridade do filho.

— É um excelente começo! Que tal um jantar para celebrarmos? O que acham?

— Ótima ideia, pai!

— Também estou dentro, tio! E já estou morrendo de fome.

— Vou aproveitar e chamar seu pai também, Pode ser?

— Claro, ele vai adorar — respondi com uma expressão surpresa, mas satisfeita.

— Fico feliz em ver vocês dois se dando tão bem. Vou ligar para ele agora, e vocês podem organizar as coisas por aqui. Hoje o expediente acabou para nós!

Comecei a arrumar meus pertences enquanto o Bernardo saía na frente. Hoje ele estava de carro e comentou que passaria em casa para tomar um banho antes de ir para a faculdade, após o jantar. Quando ele saiu, fiquei a sós com o meu tio, e não demorou muito para que ele comentasse sobre o desempenho do filho.

— Fiquei orgulhoso do Bernardo. Não esperava que ele fosse se sair tão bem — disse ele, orgulhoso.

— E em tão pouco tempo, tio. Ele realmente surpreendeu — concordei, animado.

— Sim. Espero que ele tome gosto por tudo isso, afinal, um dia será tudo dele.

— Acho que, aos poucos, ele vai pegando o jeito e os macetes. Ele vai te dar muito orgulho, tenho certeza.

Meu tio fez uma pausa e, então, me olhou com um sorriso mais próximo e brincalhão.

— E então… o que acha de dormirmos juntos hoje? Depois do jantar, poderíamos ir para sua casa e prolongar um pouco mais a noite, o que acha?

A ideia me arrancou um sorriso malicioso. Eu pisquei, jogando um olhar provocativo para ele.

— É tudo o que mais quero — respondi.

Saímos juntos, já ansiosos pela noite que estava por vir. Era bom sentir essa conexão e a liberdade que tínhamos em estar um com o outro, tanto no trabalho quanto fora dele. Sabia que o jantar seria apenas o começo de uma noite que, com certeza, se estenderia para algo ainda mais especial.

O jantar naquela pizzaria tinha sido, de longe, um dos momentos mais leves que já passei com meu pai. Eu, Alysson, Bernardo e ele, juntos, rindo e conversando sobre coisas triviais. Era a segunda vez naquela semana que estavamos juntos, e isso por si só era um avanço. A presença do Bernardo ajudava a aliviar a tensão, e meu tio também sabia como manter o clima descontraído. Eu podia ver que meu pai estava fazendo um esforço genuíno para criar um espaço onde todos pudéssemos estar confortáveis, e até meu tio comentou, de forma discreta, como ele estava orgulhoso de ver que finalmente havíamos superado alguns dos muros que nos separavam.

A conversa fluía tão naturalmente que, por um momento, me senti em um cenário de família típica, sem ressentimentos ou antigos desentendimentos pairando no ar. Falamos sobre a apresentação do Bernardo, sobre os próximos passos para expandir as ações de marketing na fábrica e meu tio relembrava algumas histórias engraçadas da infância del. Meu pai, que sempre teve um ar um pouco reservado e sério, parecia mais solto, menos preso aos papéis que ele sempre quis desempenhar. Foi bom vê-lo assim, quase como uma versão mais jovem de si mesmo, leve e presente.

Quando chegou a hora de nos despedirmos, Bernardo já tinha ido para a faculdade, e restávamos apenas nós três. E aí meu pai, com uma expressão que beirava o entusiasmo, perguntou:

— Filho, tem planos para amanhã?

Olhei para ele, surpreso com a iniciativa.

— Ainda não… Pensando em algo?

Ele pareceu se animar ainda mais, como se estivesse guardando a ideia com expectativa.

— Pensei em irmos à praia. Eu, você, sua mãe e a Sofia. O que acha?

O convite me pegou de surpresa, mas foi aquele tipo de surpresa boa. Não hesitei nem um segundo.

— Topo, com certeza. Sou apaixonado por praia.

Ele deu um sorriso.

— Sua mãe me disse. Pensei em alugar um chalé para passarmos a noite lá. Assim a gente dorme por lá e volta domingo à tarde. Dá certo?

— Claro, pra mim está perfeito.

— Ótimo! Vou combinar com a sua mãe e com a sua irmã. — Ele se aproximou, me dando um abraço firme, daqueles que dizem mais do que qualquer palavra poderia expressar. — Até amanhã, então.

Fiquei observando ele partir, sentindo que algo em mim também tinha mudado naquela noite. Era como se aquele jantar, que poderia ter sido só mais uma refeição, tivesse marcado um passo importante na reconstrução da nossa relação. Era o início de algo que eu nem sabia que precisava tanto.

Assim que ele foi embora, fiquei a sós com o Alysson, e o sorriso no rosto dele entregava que ele sabia exatamente o que estava por vir.

— Bom, finalmente, né? Vamos pra sua casa? — sussurrou, com aquele tom de voz baixo e provocante.

— Claro. Vou na frente e você me acompanha… Aliás, tio, lembra do JP? Meu amigo da faculdade que estava lá em casa no domingo?

— Lembro sim. O que tem ele?

Sorri, achando graça da curiosidade estampada no rosto dele.

— Então… A gente fica de vez em quando. E ele comentou que te achou interessante. Pensei em chamar ele pra gente fazer uma “festinha” a três. Ele te achou um “gostoso”.

Alysson riu, fingindo surpresa.

— Por mim, pode ser. Vou adorar.

— Ótimo, então.

Nos despedimos, e enquanto dirigia, liguei para o JP. Ele atendeu com uma voz descontraída.

— De bobeira hoje, amigo?

— Tô sim. Qual a boa?

— Meu tio vai lá pra casa. Afim de ir também?

Houve uma pausa, mas o tom dele logo mudou, com uma animação que eu podia imaginar no rosto dele.

— É o que tô pensando?

— Sim.

— Delícia. Vou me ajeitar e chego já por lá.

Desliguei o telefone, sorrindo. Aquela noite, que já tinha começado inesperadamente bem, estava apenas começando a prometer. E com Alysson e JP juntos, eu sabia que seria memorável.

Ao fechar a porta, nossos olhares diziam tudo o que as palavras não conseguiam expressar. O clima no elevador já estava carregado, e ali, no apartamento silencioso, ele se intensificou ainda mais. Alysson me puxou para perto e, naquele beijo, senti o desejo contido da semana inteira. Nossas mãos exploravam cada detalhe, cada curva, sem pressa. A respiração dele era quente, e nossos beijos tinham um ritmo lento, mas carregado de intensidade.

Ele se afastou um pouco e, com um sorriso, comentou que precisava de um banho.

— Fica assim — sussurrei, sem esconder o quanto eu gostava da presença dele exatamente daquele jeito, com aquele ar natural, sem preocupações.

Ele sorriu de volta e me puxou novamente, me encostando contra a parede. Suas mãos percorriam meu corpo, enquanto íamos nos desfazendo das roupas aos poucos, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Era um jogo de proximidade e afastamento, onde cada toque, cada gesto, parecia amplificar a expectativa.

Tiramos nossas roupas e ambos já estávamos de pau duro, e novamente nos beijamos com aquela intensidade, segurei seu pau junto com o meu, e fiquei tocando uma única punheta, ele me olhava com desejo, e dava leves gemidos, e eu aos poucos ia aumentando o ritmo, me ajoelhei e comecei a mamar seu pau, fazia questão de engolir cada cm, ele me puxou pelos cabelos e disse me jogou na parede, empinei minha bunda, ele sussurrou no meu ouvido “pronto pra levar madeiro seu filho da puta safado” respondi segurando seu pau e levando em direção ao meu cú, que entrou sem nenhuma dificuldade, o Alysson seguiu metendo e não demorou e ele deu a primeira gozada da noite, me virei para ele e puxei para um beijo, e disse:

– Acho melhor a gente tomar um banho, já já o João Pedro chega e é bom a gente ta limpinho.

A água quente escorria por nossos corpos, envolvendo-nos em uma neblina de vapor que deixava o ambiente ainda mais íntimo. Alysson puxou-me para debaixo do chuveiro, e nossas peles molhadas se encontraram em um toque que parecia despertar ainda mais os sentidos. Seus dedos deslizavam pelo meu rosto, descendo pelo pescoço, enquanto me puxava para perto. Nossos beijos eram lentos, intensos, como se estivéssemos aproveitando cada segundo daquele momento.

As mãos dele percorriam minhas costas, e eu deixava que o calor da água e o contato da sua pele provocassem uma sensação de conforto e excitação ao mesmo tempo. De repente, ouvi um som distante, que me trouxe de volta por um instante: a campainha tocou.

Nos entreolhamos, e eu soltei um sorriso rápido. Lembrei-me de que tinha convidado JP para vir. Com um último beijo, sussurrei:

— Vou atender, volto já.

Envolvi-me em uma toalha, a pele ainda quente e molhada do banho, e saí do banheiro, sentindo o ar mais fresco do lado de fora. Fui até a porta, abri, e lá estava JP, com um sorriso de quem sabia que aquela noite prometia.

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Comentários

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Numa dessas transas e surubas, o Bernardo poderia chegar e surpreender todos trepando. Seria interessante ver a reação do Alysson, se acolheria ou desprezaria o próprio filho, ja que com o sobrinho ele não tem nenhuma reserva e muito carinho e cumplicidade. Valeria a pena, cartas a mesa.

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o Alysson ja viu o bernando transado com o silas, ele contou no capitulo que ele narra! em breve esse assunto volta, pela visao do silas ou do bernardo!

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Que delííííciaaaaaaaa... adoro você e o tio na safadeza... com JP deve ser um tesão... 3 machos se amando... tô louca pra saber mais.

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Suruba com tios e primos quando msm? kkkk

Família de putos!

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Delícia com D maiúsculo. cada capitulo a história só melhora Lucas. Esse menage promete... confesso que senti medo de Rafa flagrar Bernardo e Silas no banheiro do restaurante ou algo assim, mas que bom que se isso acontecer não vai ser agora quando tudo está em reconstrução. espero que se a verdade crua vier a tona seja com todos mais amadurecidos.

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