Narrado por: Marc.
— Imagina minha surpresa quando minha mulher ligou falando que meu filho é gay e está namorando um amigo da escola. - falei com meu corpo em cima do dele
-Me solta - disse ele baixo - o Kadu pode chegar a qualquer momento.
-Ele acabou de sair pra correr, toda manhã ele faz uma corrida matinal - falei olhando nos olhão daquele menino - agora me diz, quer dizer que o papai não foi o suficiente pra você?
-Eu não quero mais nada com você - ele falou tentando se soltar.
Eu ri baixinho ao ouvir sua resposta, aproximando meu rosto do dele para que sentisse o peso das palavras, o timbre grave, quase um sussurro.
— Você não quer mais nada comigo? — rebati, sem disfarçar o sarcasmo. Meus dedos apertaram ainda mais seus pulsos, forçando-o a ficar imóvel. — Vamos, diz isso de novo olhando nos meus olhos.
Ele desviou o olhar, mas eu inclinei meu rosto, bloqueando qualquer chance de fuga. O silêncio dele só reforçava o que eu já sabia: era um jogo que eu sempre ganhava.
Lentamente, eu passei meus dedos pelo seu rosto, sentindo o ritmo acelerado da sua respiração. Sua resistência era um último traço de orgulho, uma linha tênue que, eu sabia, se quebraria cedo ou tarde. Por mais que tentasse se afastar, era como se houvesse uma força invisível entre nós, um misto de tensão e algo que ele não conseguia controlar.
— Isso é loucura… — ele murmurou, finalmente quebrando o silêncio, mas com a voz trêmula.
Segurei seus pulsos e coloquei um peso maior sobre o seu corpo, impossibilitado que ele se movesse.
-Voce é meu, será que não entendeu ainda? - disse com meus lábios próximos ao dele.
Um silêncio se instaurou no quarto, era o que eu precisava, ele queria. Aproveitei que ele já estava nu, com certeza deve ter tido uma noite de muito sexo com meu filho, e coloquei meu pênis pra fora, que já estava completamente duro. Cuspi na minha mão e passei no meu pau o lubrificando.
-Eu não quero mais...
Antes que ele terminasse a frase o penetrei, fazendo-o fechar os olhos e aproveitar cada centímetro meu que estava nele.
-Fala quem você prefere, o pai ou o filho? - perguntei enquanto estocava todo meu pau nele.
Eu podia sentir o tesão dele, ele estava com o pau completamente duro e de olhos fechados. Eu já tinha ganhado aquele menino, e ele faria o que eu mandasse.
Dei um beijo feroz nele e acelerei o ritmo das minhas estocadas, por mais que eu quisesse devorar aquele garoto o dia inteiro eu não poderia fazer isso, meu filho voltaria a qualquer momento, então acelerei o suficiente para me fazer gozar.
Tirei meu pênis de dentro dele e fechei minha calça enquanto ele me encarava.
-Até que eu gostei desse papo de você namorar meu filho, agora vou te ter por perto e conseguir te vijiar.
Desci do quarto, os primeiros raios de sol da manhã já pairava pela casa, e assim que alcancei o último degrau da escada, deparei-me com Bia. Ela estava sentada na poltrona da sala, um copo de whisky em mãos, a luz fraca da lâmpada iluminando seu rosto pálido. O olhar dela estava perdido, como se estivesse flutuando entre mundos, prestes a ser engolida por uma de suas crises que eu conhecia tão bem. A garrafa quase vazia sobre a mesa ao lado dela era um sinal claro de que a noite havia sido longa.
— O que estava fazendo no quarto do seu filho? — a voz dela, embora suave, carregava uma tensão palpável.
— Eu queria falar com ele, mas ele não estava. — minha resposta saiu seca, um escudo contra a tempestade que se aproximava.
— E por que você demorou tanto? — ela questionou, com os olhos vermelhos e cheios de indignação, o punho cerrado como se estivesse prestes a desferir um golpe. A tensão no ar era quase elétrica, e eu sabia que aquele momento poderia se tornar uma explosão a qualquer instante.
— E agora eu devo explicações a você? Esqueceu quem manda aqui? — retruquei, sentindo a adrenalina subir, buscando manter o controle em uma situação que estava prestes a se descontrolar.
— Escuta aqui — Bia se levantou, atravessando a sala com determinação, parando bem na minha frente. O vestido dela, solto, balançava levemente enquanto ela se aproximava, mas a ferocidade em seu olhar não deixava espaço para dúvidas. — Se você estiver fazendo aquilo novamente, dessa vez eu não vou ser conivente.
— Aquilo, o que minha querida? — minha voz saiu com um tom sarcástico, tentando esconder a verdade crua por trás das palavras. — Eu apenas queria conversar com meu filho. Já te expliquei isso.
— Não brinque comigo, Marc — ela rosnou, os olhos ardendo com uma mistura de raiva e medo. — Eu sei do que você é capaz e não vou cometer o mesmo erro de compactuar com isso novamente.
— Você está realmente ficando louca, minha querida. — minha voz subiu um tom, a frustração começando a transbordar - só fui visitar o nosso convidado.
— Foi visitar o nosso “convidado”? — perguntou, com uma voz que oscilava entre desconfiança e ironia.
Eu a encarei, deixando um sorriso enigmático surgir, enquanto pegava uma xícara e me servia de café.
— Só queria conhecê-lo um pouco melhor. Afinal, é o namorado do nosso filho… parece um evento importante, não?
— Marc, não brinque comigo. — Seus olhos tinham aquele brilho de quem sabe mais do que deixa transparecer. — Conheço você melhor do que ninguém. Não vou deixar você repetir os mesmos… erros.
Eu segurei a xícara com mais força, mas mantive o rosto sereno, deixando meu olhar preso ao dela.
— Erros? Está imaginando coisas, Bia. Eu só quero o melhor para nossa família.
Ela deu um passo para trás, os lábios formando uma linha tensa. Bia sempre gostou de manter o controle, mas sabia que em momentos como este, eu era quem ditava as regras. O silêncio entre nós era um lembrete dos segredos que guardávamos, memórias que preferíamos deixar enterradas.
Foi então que Kadu entrou na sala, o suor escorrendo pela testa, vestido apenas com um moletom que realçava seus ombros largos e o corpo atlético. Ele parecia desconcertado ao nos ver.
— Bom dia — disse, tirando os fones de ouvido e sentindo a tensão no ar. Ele parecia nervoso, os olhos pulando entre nós, tentando captar o que havia acontecido ali.
— Eu e sua mãe estávamos batendo um papo — respondi, encarando-o diretamente. A mentira escapou como um sussurro, mas a forma como Kadu hesitou me fez perceber que ele não comprou a história. — Por que você não acorda seu namorado e sua irmã para tomarmos um café em família?
— Cla... Claro, pai — ele respondeu, a hesitação visível em sua voz. O nervosismo dele era quase palpável, e eu sabia que o garoto estava lutando para manter a compostura.
A atmosfera na sala estava carregada de segredos não ditos, e mesmo com a presença de Kadu, a química entre mim e Bia era inegável. Era um jogo perigoso, um equilíbrio tênue em que todos estávamos presos. O café da manhã prometia ser um campo de batalha, onde as verdades ocultas dançariam ao redor da mesa, à espreita, aguardando o momento certo para se revelar.
Minutos depois a mesa do café estava posta com perfeição, o cheiro de pão fresco e café quente impregnando o ar. A cozinha irradiava aquele ar de tranquilidade que escondia, cuidadosamente, a tensão palpável no ar. Kadu e Giovanna se sentaram com naturalidade, conversando entre si sobre os planos do dia. Yago se acomodou ao lado de Kadu, sem levantar os olhos para mim, mas senti sua presença inquieta, a tensão em cada movimento. O garoto tentava disfarçar, mas era impossível para mim não perceber os detalhes.
Observando de canto, percebi que Bia estava atenta. Seu olhar vagava ocasionalmente para mim e depois para Yago, como se ela estivesse tentando decifrar algo, ligando as peças de um quebra-cabeça invisível. Os dedos dela apertavam com mais força a xícara, como se estivesse tentando controlar alguma reação. A conexão entre mim e Yago ainda era sutil o suficiente para escapar aos olhos desatentos, mas Bia... ela sempre fora esperta.
Peguei a jarra de suco de laranja e servi Yago, ignorando o olhar desconfiado de Bia. — Tome, Yago. Parece que a noite foi longa, talvez precise de algo para acordar.
Yago olhou de relance, seus olhos hesitantes antes de murmurar um “obrigado” rápido. Mas, por um breve segundo, sua mão tocou a minha ao pegar o copo, uma leve fricção que, para nós dois, carregava um significado que ninguém mais ali entenderia. Eu sabia que ele não queria, mas aquele toque... aquela conexão era difícil de apagar.
Giovanna começou a rir de algo que Kadu disse, trazendo de volta a leveza para a mesa. Ela falava sobre um evento na escola, a voz dela alegre e animada, criando um contraste com o peso que pairava sobre a cozinha. Mas eu continuava observando Yago, e ele tentava disfarçar o quanto podia. Seus dedos seguravam o copo com força, e a forma como desviava o olhar era mais reveladora do que qualquer palavra que ele pudesse dizer.
— E você, Yago? — interrompi, deixando a voz sair firme, sem demonstrar nada. — Tem aproveitado os dias com Kadu?
O silêncio foi breve, mas para mim, pareceu uma eternidade. Ele assentiu, sem me olhar diretamente. — Sim, senhor... é... é sempre bom passar o tempo com ele.
Bia observava tudo. O olhar dela estava afiado, os olhos analisando cada expressão, cada desvio de olhar entre nós. Ela não disse nada, mas eu sabia que a dúvida fervia por trás daquele semblante controlado.
Para dar mais credibilidade ao disfarce, sorri e fiz um comentário sobre a escola, perguntando a Kadu sobre seus planos e o futebol. Ele falava com entusiasmo, completamente alheio a tudo que se passava ao redor. Para ele, era apenas mais um café da manhã em família, e eu pretendia mantê-lo assim.
Enquanto ele falava, continuei observando Yago, estudando as pequenas reações, as tentativas inúteis de disfarçar. Era uma batalha silenciosa, invisível aos olhos dos outros. Sabíamos, tanto eu quanto ele, que aquilo que havia começado entre nós não se apagaria tão fácil. Éramos duas partes presas numa teia que ninguém ali conseguia ver, exceto, talvez, Bia.
Ela terminou de tomar seu café e limpou a boca com um guardanapo, o olhar agora fixo em mim, transmitindo um aviso claro, embora silencioso. Eu sabia que ela continuaria me observando, desconfiada, tentando encontrar uma brecha em minha fachada. Mas ela também sabia que eu era mestre em criar máscaras perfeitas.
Finalmente, Giovanna se levantou, dizendo que estava atrasada, e Kadu e Yago a seguiram. Observei-os sair, com o olhar fixo nas costas de Yago, que evitava olhar para mim a qualquer custo.
Quando ficaram apenas eu e Bia, ela se aproximou da mesa, e, pela primeira vez em muito tempo, lançou um sussurro ameaçador:
— Seja lá o que estiver fazendo... não pense que vai ficar assim para sempre.
Sorri, levantando-me, sem responder. A ameaça dela me divertia mais do que assustava. Para mim, aquela era apenas mais uma peça no jogo que eu dominava tão bem.