(Mauro)
Sandra conhecia sua cidade como ninguém. Sabia exatamente onde encontrar aqueles cantinhos afastados e isolados, os refúgios secretos que só os moradores locais conheciam.
Não foi diferente naquela primeira manhã que saímos juntos. Como já havia mencionado, ela me levou até uma praia deserta, onde o som das ondas quebrava tranquilamente na areia e apenas o sussurro do vento nos acompanhava. O lugar tinha uma beleza selvagem, intocada, e era difícil acreditar que ainda existiam lugares tão pacíficos à beira-mar.
Estávamos ansiosos, mas antes de avançar, decidi me assegurar de que ninguém estava por perto. Ela já estava nua, obediente como pedi, caminhando ao meu lado. A brisa do mar corria sobre sua pele, e eu me senti tentado a tirar a sunga que ainda mantinha, apesar do desconforto evidente. Meu corpo já reagia ao que aconteceu no jipe a pouco tempo, tentei disfarçar minha ereção sob a sunga, ajustando discretamente para evitar expor demais.
Escolhemos um lugar com sombra, protegido por árvores e com uma visão perfeita do horizonte. Sandra tirou uma espreguiçadeira de sua bolsa enquanto eu abri uma cadeira de praia improvisada e me sentei. Nossos olhares se cruzaram, e com um sorriso provocante, ela veio diretamente ao meu encontro, sentando-se em meu colo. Seu beijo era ardente, e cada toque parecia incendiar o ambiente ao redor.
Minha mão deslizou para sua nuca, segurando-a com firmeza, enquanto a outra explorava sua pele, percorrendo suavemente seus seios e descendo pela barriga. Eu mantinha o ritmo, intensificando o toque e retornando aos seus seios sempre que me aproximava de sua região mais íntima. Esse vai e vem a deixava cada vez mais entregue, e Sandra respondia, abrindo-se mais, gemendo baixinho, com uma mistura de desejo e frustração que a fazia apertar meu membro com mais vontade.
Por alguns minutos, prolonguei o toque, explorando suas reações, até que ela, não conseguindo mais resistir, começou a mover as mãos com firmeza, uma estimulando meu testículo e a outra deslizando pelo meu pau, já tenso, duro como pedra. O sol refletia nas ondas ao fundo, e a intensidade do momento parecia emoldurar toda a paisagem ao nosso redor, deixando-a ainda mais surreal.
Sem deixar de me conectar com seu olhar, puxei seu cabelo, inclinando seu rosto e mordiscando o pescoço, sentindo o calor de seu corpo em resposta. Os gemidos que escapavam entre seus lábios eram misturados de prazer e dor, e cada resposta dela me incitava ainda mais. Posicionei-me melhor na cadeira, permitindo que seu toque ficasse ainda mais intenso, enquanto minha outra mão subia pelo pescoço dela, enforcando-a levemente. Nossos olhares se cruzaram, e num tom firme, pedi:
— Continue. Me faça gozar. Hoje você vai me servir como quiser, entendeu?
— Sim, senhor... Sim... senhor... — murmurou ela, o som se perdendo num puxão firme que lhe dei nos cabelos.
Os movimentos dela ficaram mais ritmados, mais precisos. Os olhos fixos nos meus, a respiração ofegante enquanto ela me tocava com mais intensidade. Em questão de instantes, senti a explosão do prazer e me entreguei ao momento, deixando escapar um urro enquanto segurava seu cabelo com firmeza.
Quando a onda de prazer se acalmou, afastei a mão e arrumei a sunga. Levantei-me, sinalizando para que ela fizesse o mesmo, e olhei para ela sobre os ombros, com um sorriso malicioso.
— Vamos ver se a água das praias de Floripa é mesmo tão gelada como dizem.
Ela me observou por um instante, ainda ofegante e com um leve sorriso nos lábios. Sem esperar resposta, comecei a caminhar em direção ao mar, a areia quente sob meus pés, e sem me virar, deixei minha última instrução.
— Venha exatamente do jeito que mandei você ficar quando saímos do estacionamento.
A água estava gelada, mas não era algo que me incomodava naquele momento. Eu só conseguia pensar em como Sandra se movia ao meu lado, em como o toque dela na minha mão parecia transformar o ambiente em volta, fazendo até o som do mar soar diferente. Ela dava pequenos risos quando a água subia um pouco mais, e eu observava cada detalhe. Por um instante, achei que nunca tinha prestado tanta atenção em alguém como estava prestando nela ali.
Sandra me puxou um pouco mais para o fundo, onde a água nos envolvia até a altura do peito. Com um olhar curioso, começou a nadar de leve ao meu redor, como se estivesse me analisando também, mas sem perder a brincadeira. No meio daquele jogo, ela se aproximou e, de repente, estávamos próximos de novo, um de frente para o outro, como se o mar nos tivesse empurrado um ao outro.
— Então, me conta mais — ela disse, com um sorriso que parecia desafiador. — Qual é a coisa mais doida que você já fez?
Ri, pego de surpresa. Não esperava uma pergunta assim, mas talvez fosse a abertura perfeita pra descontração. — Bom... Te levar pra uma praia deserta talvez entre no top cinco — brinquei.
Ela riu, soltando um riso fácil, e deu um passo na água, ficando mais próxima. — Parece uma boa escolha, Mauro. Mas acho que estou ganhando, então. Porque topar foi a coisa mais doida que fiz ultimamente.
Aquela troca de provocações aumentava a intensidade entre nós. Como resposta, levei a mão até o ombro dela, sentindo a pele úmida e morna. Era um toque quase acidental, mas que trazia um significado mais intenso. Ela não recuou. Pelo contrário, Sandra se aproximou mais, tão perto que pude sentir a respiração dela. Nossos olhares se encontraram, e o riso suave foi dando lugar a algo mais silencioso e íntimo.
A brisa tocava o rosto dela, trazendo o aroma do mar. Tive a impressão de que ela estava me provocando, não com palavras, mas com aquele olhar que parecia dizer mil coisas sem precisar abrir a boca. A água nos balançava, mas a conexão parecia sólida.
Decidi avançar um pouco mais, aproximando meu rosto do dela, lentamente. Estávamos quase grudados. Aproximei-me até que nossos lábios se tocaram de leve, um beijo suave, mas que parecia conter toda a intensidade acumulada entre nós até ali. Ela correspondeu, fechando os olhos e envolvendo meus ombros com os braços.
Sandra retribuiu o beijo com a mesma intensidade. No toque dos nossos lábios, parecia que o mundo ao redor ficava mais leve, apenas nós dois ali, deixando que o mar nos embalasse. Depois de alguns instantes, ela abriu os olhos e se afastou um pouco, mantendo aquele sorriso provocador que parecia ser a marca dela.
— Sabe, Mauro, achei que você fosse mais sério — ela disse, com o tom brincalhão de sempre. — Mas aqui, assim… até que você se mostra diferente.
Eu segurei o rosto dela com uma das mãos, e senti que o riso dela se transformava numa expressão mais intensa. — Talvez você me deixe diferente. É isso que você quer ouvir?
Ela inclinou a cabeça e soltou um riso breve, um tanto desafiador. — Talvez eu goste de ver esse lado seu, sabe? Parece mais… humano.
Sorri, tentando conter a intensidade que aquela troca de palavras trazia. Sandra parecia confortável com o jogo de olhares e toques, e eu, sempre tão cauteloso, sentia que estava perdendo o controle de forma natural e… gostosa.
— E você? — perguntei, em um tom mais sério. — O que você procura em alguém?
Sandra me lançou um olhar pensativo, como se a pergunta a tivesse pegado de surpresa. Ela suspirou, deixando a água tocar a pele com mais calma, antes de me responder.
— Eu procuro alguém que não me prenda, entende? Que me deixe ser assim, do jeito que eu sou. Gosto de ser livre, de fazer minhas coisas. Não quero ninguém me segurando.
Ela falava com tanta sinceridade, e ao mesmo tempo com leveza. Aquela honestidade me atraiu mais do que eu estava preparado para admitir. — Então, a vida sozinha sempre foi sua melhor companhia, é isso?
Sandra riu de novo, dessa vez com um brilho de compreensão. — Não exatamente. Mas é que… se eu tiver que estar com alguém, prefiro que seja por escolha, não por necessidade. E você?
Ela me olhou nos olhos, e eu vi que a pergunta dela era tão direta quanto a minha. — Eu busco algo sólido — respondi, sem hesitar. — Alguém que eu respeite, que tenha a mesma força e liberdade, mas que também saiba a hora de… se deixar guiar.
Ela arqueou as sobrancelhas, interessada. — E como você saberia que encontrou essa pessoa? A pessoa com essa força, mas que ainda queira ser guiada?
A pergunta dela era inteligente e me pegou de surpresa, mas não deixei transparecer. — Não é tão simples, Sandra. Mas acho que estou mais perto de descobrir isso… talvez agora.
Ela soltou uma risada curta, divertida. — Então quer dizer que o cara sério tem um lado misterioso, é?
Balancei a cabeça, achando graça. — Talvez eu só seja direto demais.
Ela mordeu o lábio, como se avaliasse minha resposta, e então se aproximou de novo, de forma intencional. — Vamos ver até onde vai essa sua “seriedade direta”.
Sandra passou os braços ao redor do meu pescoço, trazendo nossos corpos mais juntos na água. Era como se o tempo tivesse parado outra vez. Mais uma vez, trocamos um beijo, mas dessa vez com mais intensidade, os lábios explorando um ao outro como se tentássemos entender cada detalhe. Meus braços seguravam a cintura dela, e senti o corpo de Sandra relaxar sob meu toque, como se ela estivesse entregando-se completamente àquele momento.
Nosso beijo foi se aprofundando, as mãos dela deslizando pelo meu rosto, enquanto eu mantinha meu toque firme, controlado. Sabia que, por mais que ela fosse desinibida, preferia liderar a situação. Ela entendia isso, e seu sorriso demonstrava que estava confortável em deixar-se guiar naquele momento.
Depois de algum tempo, Sandra se afastou só um pouco e soltou um riso leve, divertido. — Tá vendo? Você também sabe curtir a vida quando quer.
Eu ri, mas minha expressão continuava séria. — Talvez você tenha uma influência que eu não consigo evitar.
Ela revirou os olhos, como se achasse graça. — Então acho que estou cumprindo minha missão de trazer um pouco de leveza na vida do Mauro, o “sério”.
Balancei a cabeça, e num impulso, segurei o rosto dela, dessa vez fazendo com que ela me olhasse de frente. — Talvez seja isso mesmo. Mas não se engane, Sandra. Sei muito bem o que quero.
Ela suspirou, com aquele olhar que oscilava entre o divertimento e a intensidade. — E o que é que você quer?
Parei por um segundo, sentindo o peso da pergunta. — Quero você aqui, agora, sem pensar no amanhã.
Aquelas palavras ficaram suspensas entre nós, e, pela primeira vez, vi Sandra perder um pouco do riso provocador. Ela se aproximou, envolveu meu rosto nas mãos, e seus olhos pareciam brilhar com algo mais profundo.
— Eu gosto disso, Mauro — ela murmurou, quase num sussurro. — De saber que posso estar aqui… sem promessas, sem pressa. Apenas com você.
O mar continuava a balançar suavemente à nossa volta, mas tudo o que eu conseguia perceber era a proximidade de Sandra. Sua pele quente, o cheiro do seu cabelo misturado com a brisa do mar, a suavidade do toque dela. Ela me olhava com uma intensidade que parecia querer me entender, como se quisesse descobrir mais de mim a cada movimento, a cada palavra.
Eu a observei por um momento, vendo a forma como seus olhos se fixavam nos meus, com algo mais profundo agora. Não estava mais apenas brincando, estava… esperando, eu sabia. E naquele instante, eu tomei a decisão de ser mais direto.
Com as mãos ainda segurando sua cintura, puxei Sandra para mais perto de mim, até que nossos corpos quase se colaram. Ela não hesitou. Sua respiração se acelerou, e os olhos dela brilharam, como se estivesse me convidando a continuar. E, ao mesmo tempo, percebi que ela confiava em mim. Não havia pressa, não havia expectativas. Ela estava disposta a seguir a minha liderança, como se soubesse que isso a levaria a um lugar onde ambos poderíamos estar completos.
Com uma mão, levei o rosto dela até o meu, sem fazer movimentos bruscos, mas firmes o suficiente para mostrar o controle. Ela não recuou. Em vez disso, seus lábios se abriram levemente, convidando-me a beijá-la de novo. Não hesitei.
Nosso beijo foi mais profundo, mais intenso. Eu podia sentir o corpo dela se entregando àquele momento, suas mãos agora nas minhas costas, apertando-se ainda mais contra mim. Minha língua encontrou a dela com facilidade, e o beijo que antes era suave agora se tornava cheio de desejo, cheio de uma necessidade silenciosa de mais. De algo que estava além da leveza que tínhamos trocado antes.
Eu sabia que estava conduzindo aquele momento, e me senti seguro em fazer isso. Segurei a nuca de Sandra com firmeza e, com a outra mão, deslizei até sua cintura, puxando-a ainda mais para mim. O toque da pele dela me causava uma sensação que eu não conseguia afastar. Ela se entregava completamente, suas mãos agora subindo até meu peito, desenhando círculos lentos sobre minha pele.
Você não tem medo de se entregar, tem? - eu disse, com a voz mais grave, quase um sussurro contra os lábios dela. Eu a observava atentamente, querendo ler a resposta nos olhos dela antes que ela falasse.
Ela sorriu de canto, um sorriso que era parte provocação, parte cumplicidade. — Não quando estou com você.
A resposta dela me fez sorrir também, e eu pude ver que estava no controle, mas de uma maneira que nos permitia explorar os limites de uma intimidade nova, sem pressa, sem força. Apenas o desejo de explorar, de descobrir o que aconteceria depois de cada toque, de cada palavra trocada.
Sandra se aproximou mais uma vez, mais ousada agora. Eu a senti em meus braços, e dessa vez ela passou a mão pela minha nuca, puxando meu rosto mais para perto. O beijo que trocamos agora foi mais urgente, como se as palavras não fossem suficientes para comunicar o que estávamos sentindo. Minhas mãos começaram a explorar o corpo dela, deslizando pela linha da cintura, subindo lentamente até os ombros, e ela se entregava, sempre mais relaxada sob o meu toque, permitindo que eu fosse mais ousado, mais firme, mais controlado.
-Você gosta disso? - perguntei, interrompendo o beijo por um segundo, para que ela me olhasse. A voz estava mais rouca, mais densa, mas eu a queria ali, comigo, totalmente entregue ao que estávamos criando.
Ela me olhou nos olhos, com aquele olhar que agora estava cheio de confiança, mas também com uma chama de desejo. — Gosto… mais do que você imagina.
Eu respirei fundo, sentindo o calor dela perto de mim. Estava prestes a levá-la a um novo nível de intimidade, mas sem forçar nada, sem pressa. Fui mais devagar agora, acariciando a pele dela com a ponta dos dedos, explorando os limites do toque. A sensação da água fria misturada com o calor do corpo dela era quase hipnotizante.
Então… deixe-se ir, Sandra. Eu estou aqui. E vou te mostrar até onde podemos ir juntos, sem pressa, sem medo.
Ela respondeu com um gemido suave, quase inaudível, mas que era tudo o que eu precisava ouvir. As mãos dela não pararam de me tocar, cada toque mais intenso, mais ávido, e eu a conduzia, sem jamais deixar que ela perdesse o controle. Nós dois estávamos jogando o mesmo jogo, só que de formas diferentes.
Eu sabia que esse momento não iria durar para sempre, mas queria que fosse o mais intenso possível. E o tempo parecia desacelerar enquanto nós dois nos entregávamos ao que acontecia ali, na água, sob o céu aberto. Nenhuma palavra mais era necessária, nenhum gesto forçado. Era só nós dois, trocando olhares, carícias e beijos, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido.
……
(Karol)
Após o que aconteceu no estacionamento, eu estava disposta a me entregar por completo. Acho que, no fundo, já considerava meu relacionamento com o Mauro como perdido.
O Carlão, por outro lado, se mostrou um ótimo amigo, um excelente ouvinte, e pensei que ele merecia ser recompensado... com tudo. Sorri com essa ideia na cabeça e pedi que ele me levasse para casa. Quando chegamos à rua do meu condomínio, mandei ele estacionar o carro.
— Você já sabe como funciona a dinâmica com as mulheres da minha família — falei, olhando para ele com firmeza.
Ele, já entendendo aonde aquilo levaria, apenas acenou com a cabeça, se rendendo à situação.
Desci o banco ao máximo, tirei parte da roupa e o encarei.
— Venha... faça o que você tem que fazer. Com a boca!
Carlão, sendo mais velho e experiente, sabia exatamente como agir. Não era afobado como o Vagner. Sabia direitinho o que fazer, controlava cada movimento, cada toque, cada deslizar da língua, como se fosse parte de um ritual.
Aproveitei cada segundo daquele momento, deixando o prazer tomar conta até chegar ao clímax. Quando finalmente atingi o ápice, segurei os cabelos dele e, olhando em seus olhos, disse:
— Vou precisar da sua ajuda para reconquistar meu namorado. Seja bonzinho que será recompensado. E se contar algo sobre isso para minha irmã, perde nós duas. Entendeu?
Ele apenas assentiu, com o rosto marcado pelo nosso momento. Sorri, satisfeita, me vesti e saí do carro sem me despedir.
Agora eu usaria a mesma tática da minha irmã, mas sem querer que ela se intrometesse. Acreditava que sabia o que queria, e iria começar a posicionar minhas peças para continuar a jogar.
…..
(Mauro)
O céu começava a mudar de cor, as últimas luzes douradas do dia já se apagando enquanto o azul profundo da noite tomava conta do horizonte. A praia estava mais tranquila, e o som das ondas quebrando suavemente parecia agora uma melodia distante. Eu e Sandra ficamos ali por mais alguns minutos, sem pressa de partir, apenas observando o mar e respirando o ar fresco que a noite trazia.
Ela estava deitada na areia, com a cabeça apoiada em meus ombros, e eu podia sentir a leveza do momento. Havíamos explorado aquele pedaço de praia, mas o que realmente nos unia agora era a tranquilidade que ambos compartilhávamos, a sensação de que o dia tinha sido mais do que apenas diversão — tinha sido uma experiência, algo que ficaria marcado na memória de ambos.
Por fim, Sandra se levantou e me estendeu a mão, um sorriso nos lábios, um sorriso que eu sabia ser genuíno, sem pressa, sem qualquer expectativa. Apenas o prazer de estar ali, naquele instante, comigo.
— Vamos? — Ela perguntou, a voz suave, mas com um tom de cumplicidade.
Assenti, pegando as chaves do jipe e caminhando até o veículo. O jipe, seu jipe, estava estacionado um pouco mais acima, perto do estacionamento mais vazio. Ela me guiaria, eu sabia, e estava curioso para ver para onde ela me levaria.
Subimos no jipe e, com o motor ronco, começamos a seguir pela estrada que levava ao apartamento onde eu ficaria hospedado. O barulho das rodas sobre o asfalto misturava-se com a música suave que tocava no rádio, um clima perfeito para o momento.
Sandra olhou para mim, com um sorriso travesso no rosto.
— Eu pensei que você fosse ficar mais tempo, aproveitar mais... — disse ela, a voz melosa, mas com uma risada suave.
Eu a olhei de volta, um sorriso discreto nos meus lábios.
— Eu aproveitei o suficiente para saber que você é uma ótima companhia, Sandra. Mas quem sabe o que o resto dos dias pode nos trazer? — Respondi, com uma leveza no tom, mas também com um toque de mistério.
Ela inclinou a cabeça, como se tivesse gostado da resposta, e me olhou de novo, mais intensamente agora.
— O que você quer dizer com isso? — Ela perguntou, a curiosidade evidente em sua voz.
Eu sabia que ela estava interessada, e estava gostando da forma como nossa conversa tomava novos rumos. O clima de romance e mistério ainda pairava sobre nós, sem pressa, sem qualquer tipo de cobrança. Apenas a promessa de mais momentos juntos, que eu sabia que seriam bons.
— Quero dizer que, apesar de tudo o que já fizemos hoje, ainda tem muito mais para explorar. Eu gosto de deixar as coisas no ar, sem pressa de definí-las. Mas quem sabe o que o amanhã nos reserva? — Eu disse, mais pensativo agora.
Sandra sorriu novamente, e seus olhos brilharam com um toque de malícia.
— Eu gosto do jeito que você pensa, Mauro. — Ela disse, com a voz mais baixa, mais envolvente. — Eu também não sou de correr com as coisas. Prefiro deixar que as coisas aconteçam naturalmente, sem pressa, sem forçar nada.
Aquelas palavras me deixaram com uma sensação de satisfação. A resposta de Sandra era exatamente o que eu queria ouvir. Não era algo simples ou superficial. Era algo genuíno, que se conectava com o que estávamos vivendo.
Eu olhei para ela, e por um momento fiquei em silêncio, apenas curtindo a companhia dela enquanto a estrada se estendia diante de nós. Era como se o mundo tivesse diminuído, ficado mais lento, mais tranquilo, apenas com a nossa presença, aquele espaço entre nós e o resto do mundo. A música no rádio se tornou um pano de fundo para o som das nossas conversas, para o som do nosso momento juntos.
— Eu posso te mostrar outros lugares aqui em Floripa. — Ela disse, quebrando o silêncio, mas com um tom leve. — Sei que tem umas praias mais escondidas, trilhas... coisas que a maioria das pessoas não conhece. O que acha?
Ela virou a cabeça para me olhar, com os olhos brilhando de animação.
— Eu adoraria! Adoro esse tipo de coisa. E, quem sabe, a gente pode até se perder por aí... — Disse, com um sorriso provocador.
Sandra riu baixo, gostando da ideia. Já eu, gostava ainda mais do fato de que ambos já começávamos a planejar novas aventuras, a nos conectar de uma maneira mais profunda, mais verdadeira.
— Se você estiver disposta a se perder, eu vou te acompanhar. — Ela disse, sorrindo. — Mas lembre-se, eu sou bom em encontrar o caminho de volta.
Ela sorriu, e senti um calor crescente no ar, algo entre nós que ainda não tinha se dissipado. Eu sabia que ainda havia muito por vir, e esse pensamento só me fazia querer aproveitar mais cada momento com ela.
A estrada continuava tranquila, e, enquanto a cidade se aproximava ao longe, eu sabia que aquele não seria o nosso último dia juntos. O que quer que acontecesse nos próximos dias, eu estava disposto a viver.
Sandra, com um olhar pensativo, quebrou o silêncio novamente.
— Tem um restaurante que eu gosto muito aqui, perto do centro. Se você estiver com fome mais tarde, podemos passar lá. O ambiente é ótimo, tem um clima bem tranquilo e a comida... é maravilhosa. — Ela disse, com um sorriso de quem sabia que estava oferecendo algo especial. — Vai ser uma ótima pedida depois de todo esse sol.
Eu a olhei, considerando a ideia.
— Parece ótimo. Onde fica? — Perguntei, interessado.
Ela me deu as direções enquanto continuávamos o caminho, já vislumbrando o final do dia, mas com a promessa de mais momentos agradáveis à frente. Eu sabia que havia muito mais para descobrir em Floripa, e que, com Sandra ao meu lado, cada dia seria uma nova surpresa.
— Quando chegarmos, eu te conto mais sobre o lugar. Vai ser uma experiência... — Ela completou com um sorriso misterioso, como se estivesse apenas começando a me mostrar o que Floripa tinha a oferecer.
Eu sorri de volta, sabendo que ela era uma excelente guia, não apenas de lugares, mas também das surpresas que poderiam surgir entre nós. O que quer que viesse a seguir, eu sabia que seria bom.
Continua…
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