Me leva para casa 4

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4648 palavras
Data: 08/11/2024 00:30:12
Assuntos: Amigo, Beijo, Gay, Oral

Estou feliz, isso não é normal, tipo acordei com um sorriso petrificado no meu rosto, parece que nada pode estragar isso e é assustador, meus níveis de serotonina nunca estiveram tão altos assim, Guigo não deve está muito diferente, afinal acordei com uma mensagem de bom dia e olhe que acordo cedo e mesmo assim ele mandou antes de mim — sim eu queria ter sido o primeiro a mandar bom dia.

Aproveitei que acordei cedo e com disposição para fazer uma vitamina de banana reforçada com maçã e aveia, ainda frito um ovo para comer com pão, já que vou precisar de energia para caminhada que vou ter que fazer, está quase tudo pronto quando meu celular começa a vibrar, vejo o nome de minha mãe na tela então atendo.

— Oi mãe — digo.

— Eita que felicidade é essa logo pela manhã?

— Estou feliz só isso.

— Raylan, se eu souber que tem uma cunhã na minha casa com você? — Ela começa com sua desconfiança, mas nem isso vai estragar meu dia.

— Estou sozinho mãe, pode ligar pras vizinhas se quiser, já estou indo para faculdade beijo — digo já quase encerrando a ligação.

— Espera menino, você está bem, está precisando de algo? — Ela me pergunta.

— Estou bem, não estou precisando de nada não senhora — minto.

— Tá bom, olha vou enviar agora um dinheiro pra você, para comprar comida na faculdade.

— A senhora já me deu o dinheiro do mês — digo, pois sei que ela não tem esse dinheiro todo.

— Minha patroa me deu um extra porque cozinhei no aniversário de uma prima dela, vou te enviar aqui, mas olha lá juízo em garoto — minha mãe só gasta seu dinheiro com as contas de casa e comigo, as vezes até me sinto meio mal por isso, mas é impossível dialogar com ela sobre isso.

— Certo mãe, obrigado.

Encerro a ligação e vou para o quarto pega a mochila para sair, nesse meio tempo ela deposita um valor meio suspeito para mim, mas quero acreditar nela, pois minha mãe sabe o quanto ficaria puto com ela caso esse dinheiro venha de quem não quero nem um tipo de contato, poderia usar esse dinheiro para ir de ônibus hoje, mas ainda vou querer ter certeza antes de gastá-lo, então por hora deixo na conta e vou a pé para aula como de costume.

Acabei atrasando um pouco hoje, mas consegui chegar antes do professor, na sala Guigo já estava em seu lugar só que Tati estava marcando presença do lado dele, essa garota não vai desistir dele tão fácil assim, mas quem pode julgá-la, para minha sorte Ciço mudou de lugar e ainda tem um lugar sobrando perto dele, embora sentar perto do Daniel seja desagradavel, ainda é melhor do que ficar vendo a não namorada do Guigo se comportar como se fosse a namorada.

— Guardei seu lugar hoje — Ciço diz quando me sento do seu lado.

— Valeu — digo em agradecimento.

Sentar na frente tem suas vantagens, consigo prestar mais atenção na aula, e não fico me distraindo com Guigo, Giovanna está perto também, ela ficou toda animada por me ver mais concentrado na aula, imagino que seja um alívio para ela já que somos do mesmo grupo de estudos.

Depois de duas aulas estou completamente morto, esse negócio de prestar atenção na aula é mais cansativo do que pensei, definitivamente não nasci para ser nerd, Ciço que está estranhamente feliz hoje me chama para comer algo na cantina, aceito porque quero mesmo sair da sala e também porque sei que Daniel nunca aceita ir com a gente.

— Guilherme estamos indo comer alguma coisa quer vir — porra Ciço.

— Quero sim — de pronto ele levanta e vem com a gente, Tati ficou com uma cara de quem está esperando um convite, porém ninguém a chama.

Mário e André nos acompanham também, pois diferente da Tati eles não ficaram esperando por um convite, e assim como nenhuma das meninas se manifestou de ir junto Tati foi obrigada a ficar na sala, Bia deve ter conversado com ela, já que ela está marcando muito colado, mesmo que Guigo não estivesse saindo comigo, ele se cansaria dela mais cedo ou mais tarde, assim como ele vai acabar cansando de mim.

— Tu vai comer o que Ray — Guigo me pergunta na frente dos outros.

— Ray? — Ciço repete o apelido em tom questionador.

— Odeio esse apelido então nem comece — digo e meus amigos começam a rir.

— Porque o Guilherme pode então? — Mário pergunta.

— Ele não pode — respondeu.

— Na verdade sou o único que pode, sinto muita galera, mas vocês não têm a mesma moral que eu — Guigo diz se achando o que só faz eles rirem ainda mais.

— Convencido, mas respondendo sua pergunta Guilherme — digo seu nome pausadamente — não vou comer nada.

— Pede aí alguma coisa para ti, eu pago — Ciço se oferece — afinal fui em quem te chamei.

— Vai pagar para gente também — André joga verde.

— Chamei vocês não, só o Raylan e o Guilherme — Ciço responde rindo.

— Sendo assim, vou aceitar — digo por fim.

Fico conversando besteiras com meus amigos até o quarto horário, só aí é que voltamos para aula — aula muito chata diga se de passagem — assim que nos viu Tati tratou de colar no Guigo de novo, ela está com uma baita cara feia pro nosso lado, provavelmente por termo passado uma aula inteira fora da sala.

Nem perdi muita coisa, o professor só leu slide a aula toda, depois da aula seguimos todos para o RU, estou com fome, não quis abusar da gentileza de Ciço então acabei pedindo só um salgado com o suco mesmo, as meninas nos acompanham também, tirando Daniel que está fazendo sua tradicional cara de bunda, todos estão se divertindo, porém por dentro estou meio que nem ele, Tati é muito sem noção.

Não sou ser tão hipócrita e dizer que não estou com ciúmes, não é esse o ponto, o ponto é que não posso gostar do Guigo, pois isso é errado, isso pode destruir uma família, nunca conseguiria dar um neto para minha mãe, fora o desgosto que ela sentiria por ter um filho assim, simplesmente não posso fazer isso, não depois do que ela teve que passar.

André mal se sentou na mesa com a gente com seu almoço e já começou a falar de uma garota com quem ele saiu ontem, depois é a vez de Mario se vangloriar dos seus feitos sobre a noite anterior, as meninas estão rindo e falando o quanto eles são babacas por falarem de suas conquistas.

— As meninas devem ter histórias diferentes para contar sobre vocês — Bia os provoca tirando sarro dos nossos amigos.

— Você fala da gente, mas defende esses dois garanhões ai — André diz apontando para mim e Guigo.

— Eles não ficaram se gabando, né André — Mari diz em nossa defesa.

— Nem precisaram, o chupão no pescoço falou por eles — Mário diz concordando com André.

— E quem garante que não foi eles mesmo que fizeram um no outro? — Quase engasgo com a comida ao ouvir Ka dizendo isso.

— Nada haver e se você quiser faço um em você aí a gente compara para ver se foi igual — digo provocando ela de volta.

— Não sei não Raylan, você parece desse que pouco faz, só fala.

— Ata, está falando besteira, no colégio eu peguei todas as minas da nossa turma, desde as mais vagabundas até as mais santas — digo propositalmente para irritar as meninas, as vezes posso ser bem magista.

— Deixa de mentir Raylan, você não pegava nem gripe na escola — Daniel que estava em silêncio até agora resolveu abrir a boca.

— Como é que é? — Esse filha da puta nem fala comigo e agora quer me gastar na frente do pessoal, quem esse merda pensa que é?

— Você não pegava nem metade do que você está falando aí Raylan, deixa de ser mentiroso — Ele diz todo confiante só por saber que Ciço vai defendê-lo.

— Agora pronto, até a mocinha da turma vai querer me gastar — todos riram menos Cícero e Guigo.

— Deixa o cara Raylan — Ciço pede numa boa, mas agora é tarde, estou cansado desse cara então continuo.

— Olha lá, Daniela arrumou outro macho para te defender — Ciço me encara, mas foda-se também esse cara tem que lembrar com quem está falando — tô falando na escola ele vivia correndo atrás do Ricardo, morria de ciúmes do cara era bizarro e meu amigo Ricardo por pena defendia esse trouxa.

Como sempre ele se vitimiza, sendo que foi ele quem começou, Daniel se levanta e sai quase correndo da mesa, está segurando o choro, mas foda se, se não aguenta não deveria ter começado, estava na minha ignorando ele esse tempo todo, mas ele tem sempre que ser o centro de tudo, sempre tem que ser sobre ele, palhaço.

Ciço me lança um último olhar de julgamento, pois claro que vai ficar do lado do pobre e indefeso Daniel e vai dele, nem ligo, meu sangue está fervendo de ódio, chego até a perder o apetite, já tinha muito tempo que não falava com esse cara, fiz o possível para me manter longe dele, mas cheguei no meu limite, tem coisa que não posso aturar.

Levanto da mesa também e saio, não tô nem aí pro o pessoal vai dizer, estou acostumado com as pessoas me criticando, me afasto da mesa sem olhar para trás, parte de mim quer muito que Guigo venha atrás de mim assim como Ciço fez com Daniel, mas isso não acontece, talvez ele já tenha se dado conta de que não sou o que ele esperava, mas diferente do Daniel vou ficar bem com isso, pois não preciso que cuidem de mim.

— Raylan? — Giovanna me chama quando me vê na saída da faculdade, penso em ignorar, mas não é justo tratar ela mal.

— Oi Giovanna — digo me esforçando para parecer melhor do que realmente estou.

— Você tá legal? Quer conversar?

— Não, estou bem valeu — digo.

— Olha desculpa, mas você realmente não parece bem.

A encaro por um tempo e acabado cedendo, aproveitamos a pracinha que tem na entrada da faculdade para sentar e conversar, não sei bem por onde começa então fico calado, Giovanna espera pacientemente até que eu esteja pronto para falar, ela é boa mesmo nesse negócio de ser ouvinte pele jeito, pois não me sinto pressionado nem nada, aproveito então essa paz de espírito que ela me trás para e acalamar.

— Estou cansado sabe — digo.

— Da faculdade?

— Não, da vida mesmo — ela me olha com solidariedade e me abraça.

— Melhor? — ela pergunta enquanto depois do abraço.

— Na verdade, sim, nossa você é boa — digo para descontrair.

— Eu sei, mas diz aí o que te deixou tão irritado mesmo — ela é mesmo boa de sacar as pessoas.

— O Daniel é um babaca e parece que só eu vejo isso.

— O que ele te fez?

— Ele nasceu — digo fazendo bico.

— Tá, pelo jeito você odeio mesmo o cara — ela diz rindo.

— Não odeio ele, só que porra ele fica se comportando como se fosse melhor que todo mundo, mas na hora de encarar as coisas ele se esconde atrás de algum trouxa que cai no papinho de garotinho indefesso dele — digo ainda irritado.

— Vocês se conhecem há muito tempo, né?

— Sim, desde muito novo que a gente sempre cai na mesma sala, até aqui na faculdade tive esse azar.

— Te incomodar o fato do Ciço ser tão amigo dele? — Olho para ela com um pouco de curiosidade.

— Não, não sinto ciúmes de ninguém, só me irrita porque ele já me fez quase perder meu melhor amigo uma vez, e agora parece que vai fazer isso de novo só que com o Ciço — é a primeira vez em que falo com alguém sobre essa minha mágoa.

— Você considera Ciço seu melhor amigo? — Ela é boa em fazer perguntas de analista.

— Ele é um cara legal, não diria que é meu melhor amigo, mas é um amigo próximo sim.

— Por que ele te fez perder seu melhor amigo?

— Bem, quando era mais novo cheguei a culpá-lo pelo que aconteceu com meu pai, e somando a prepotência dele e o fato em que ele sempre tinha que ser o centro das atenções comecei a fazer bullying com ele, sei que é errado, mas na época tinha tanta raiva dele que não conseguia evitar.

— Bem, pelo menos você sabe que estava errado — ela diz, sendo otimista.

— Só que na época não sabia, até ter chegado no ponto de levar um soco do meu melhor amigo.

— Foi depois disso que vocês se afastaram?

— Por um tempo sim, mas mesmo depois disso nós resolvemos, o problema foi que o pai do meu melhor amigo expulsou ele de casa por causa de uma mentira que a irmã do Daniel inventou.

— Nossa isso parece bem sério, mas o Daniel teve culpa nisso?

— Bem foi a irmã dele e não o vi procurar desmentir o que rolou.

— E que mentira foi essa? — Ela pergunta curiosa.

— Não sei, só depois de alguns anos foi que consegui falar com Rick, mas ele não quis falar muito sobre — respiro fundo e contínuo — Pois é, só que hoje eu meio que fiz de novo.

— Você brigou com Daniel? — Ela pergunta, mas sem tom de julgamento.

— Estava ignorando ele como tenho feito nos últimos anos, mas ele veio querer me gastar na frente de todo mundo, aí é demais para mim, não tenho esse sangue de barata não.

— Imagino que deve ser chato mesmo, mas olha brigar com ele não vai te ajudar em nada – Giovanna não me julga em momento algum, ela até parece mesmo entender meu lado.

— Eu não queria brigar, mas é que não consigo me controlar, ele ainda veio mexer comigo — já estou estressado com o tudo que está rolando com Guigo, quero ficar com ele mais não posso e lutar contra isso está sendo bem cansativo, mas isso não posso falar nem para Giovanna e nem para ninguém.

— Você disse que culpou ele pelo que aconteceu com seu pai, o que aconteceu?

— Não quero falar sobre isso — digo.

— Tudo bem, sem problemas, mas olha se você precisar conversar estou por aqui ok? — Ela diz com um sorriso gentil.

— Valeu, vou ficar de boas, só preciso me acalmar.

— Mas olha, acho que você vai ter que se acostumar com o Ciço e o Daniel.

— Como assim? — Pergunto.

— É que tá na cara que o Ciço gosta dele — ela diz com muita certeza.

— Sim como amigo — digo de forma inocente.

— Não, eu quero dizer que eles se gostam mesmo.

— Tá viajando, Ciço não é gay, o Daniel até acredito que seja, mas o Ciço, acho que não — não pode ser, Ciço não tem pinta de gay.

— Posso está enganada, mas minha leitura é essa, Ciço fica bobo perto dele e até a forma como eles se encaram deixa no ar a tensão sexual que rola entre eles — agora que ela falou Ciço tem ficado cada vez mais grudado nele mesmo, mas não pode ser, Rick também era assim e no final meu amigo só o gostava dele como amigo mesmo.

Depois da nossa conversa eu a acompanho até sua casa e depois vou caminhando para a minha, pego o celular para por uma música — até porque passar uma hora caminhando sem musica é foda — e vejo que tem três ligações perdidas do Guigo, junto com duas mensagens perguntando se estou bem e onde estou, mas não vou responder, e nem ligar de volta, ele que fique com a namoradinha dele.

Coloco uma música eletrônica pra tocar no talo, não quero ouvir nem meu pensamentos mais, a medida que vou chegando perto de casa minha coragem vai chegando ao limite, essas caminhadas estão acabando comigo real, acho até que deve ter perdido peso — se é que ainda tenho algo para perder — nem caminho mais, estou quase me arrastando feito um zumbi.

Quando finalmente chego em casa tomo um baita susto com Guigo sentado na minha calçada, não estava mesmo esperando por ele aqui em casa, meu coração dá uma leve acelerada, e logo me questiono o que ele está fazendo aqui, quando ele me vê se levanta e abre um sorriso tímido.

— O que faz aqui? — Pergunto.

— Você não me respondeu.

— Você não deveria está com sua namorada? — Sei que não devia estar bravo, mas não consigo não ficar.

— Não tenho namorada e a pessoa que eu quero não quer me assumir — ele diz enquanto olha nos meus olhos.

— Não vou ter essa conversa com você agora, Guigo — digo puxando minha chave do bolso.

— Quer que eu vá embora então? — Ele pergunta, mas não com tom de provocação.

— Não, pode entrar — digo abrindo o portão e deixando um espaço para ele passar.

Ele parece mesmo preocupado comigo, isso só complica mais as coisas, pois estava mesmo querendo encontrar com ele, porém nunca pensei que pudesse simplesmente aparecer na minha porta, ofereço água para ele, porque é só o que tem e também é minha rotina chegar morto da faculdade e tomar dois litros de água — na minha cabeça isso me ajuda a prevenir um câncer de pele.

— Então o que foi aquilo? — Sei exatamente o que ele quer saber.

— Daniel me tira do sério.

— Beleza, mas você não acha que foi meio duro com ele? — Só o que me faltava era ter o Guigo defendendo o Daniel agora.

— Olha se foi para isso que você veio melhor ir embora — digo meio sem paciência.

— Calma, não estou dizendo que o que ele fez foi certo, mas você não pareceu legal depois de falar aquilo.

— Olha Guigo, estou cansado de ser sempre o errado, eu sou um cara merda, machista e homofobico tá legal, esse sou eu, parabéns agora você me conhece de verdade — digo me esforçando para segurar as lágrimas.

— Não — ele diz em um tom bastante sério.

— Não o que?

— Você não é assim, esse não é o Raylan — fico estático e ele se aproxima de mim e me abraça — você está machucado e eu posso entender isso, mas nunca mais repita isso de si mesmo, entendeu?

— Por que você está aqui? — Mesmo dizendo isso, meus braços o envolvem para que ele não vá embora.

— Estou aqui porque queria te ver e fiquei preocupado contigo — Guigo encosta seus lábios nos meus.

— Valeu.

— Você voltou a pé para casa? — Ele pergunta.

— Sim.

— Ray — é estranho ver alguém além da mãe brigando comigo.

— Te falei, tenho que poupar grana.

— Qual seu pix? — Guigo tira o celular do bolso abrindo no aplicativo do banco.

— Não vou aceitar seu dinheiro — me apresso em dizer.

— Vai sim, onde já se viu ficar indo a pé para faculdade, ou você me passa seu pix ou me vê aí sua carteira de estudante para fazer a recarga das suas passagens até o fim do mês.

— Nem pensar, Guigo não quero seu dinheiro, você não é nada meu para fazer isso — digo.

— Olha Ray, não vou ficar esperando você pegar uma insolação ou coisa pior, deixa de ser orgulhoso macho, já não bastar ter que praticamente te obrigar a aceitar um lanche na faculdade — ele parece irritado comigo.

— O que uma coisa tem haver com a outra?

— É que quando sou eu você nunca quer aceitar, agora quando o Ciço te ofereceu um lanche hoje você aceitou quase que na hora — posso está enganado, mas acho que Guigo está com ciúmes.

— Você já pagou lanche para mim — esse é meu melhor argumento.

— Depois de quase te obrigar a comer.

— Desculpe, não quis te chatear com isso, na verdade nem pensei muito sobre isso — digo achando fofo ele ter ficado com ciúmes.

— Vou desculpar depois que você deixar de ser orgulhoso e me dar sua carteira de estudante.

Puxo ele e o beijo, essa é a melhor ideia que se passa pela minha cabeça, para mudar de assunto, Guigo me abraça sem se importar com meu corpo totalmente suado por conta da caminhada, ele retribui meus beijos de uma forma muito deliciosa, sua boca é macia e seu beijo é doce, a forma como ele me segura no seu abraço me aquece o peito, parece que temos um encaixe, meus corpo e o dele se completam durante nosso beijo.

Tiro sua camisa social de botões com pressa e acaba quebrando alguns botões no processo, ele nem parece ligar, ele me ajuda a tirar minha camisa também, seu peito branquinho e liso é muito lindo, seu membro rígido marcando na calça me despertam um desejo avassalador, nunca tive vontade de chupar um cara antes, mas com ele esse desejo é maior que tudo e não posso mais esperar, me ajoelho em sua frente e abaixando sua calça no processo.

Seu pau é rosado e cheio de veias, ele tem um membro bonito assim como ele, ontem cheguem bem perto, mas agora estou com ele a centímetros de minha boca, mesmo com um certo receito seguro com firmeza e cuidado para não machucar e vou pondo na boca, me esforço para fazer como ele fez comigo e acho que não estou indo tão mal já que Guigo está gemendo e segurando meu cabelo — mas sem forçar seu pau para dentro da minha boca.

Ele se senta no sofá enquanto me ponho de joelhos entre suas pernas, ele tem um gosto diferente, seu pré gozo é salgado, mas de uma forma boa, Guigo também é bem cheiroso, o cara é todo limpinho e isso me dá até mais tesão, embora não consiga colocar tudo na boca, me esforço para não pegar no dente e também para usar bastante a língua, já que percebi que ele gosta quando faço isso.

— Nunca chupei um pau antes — digo olhando em seus olhos.

— Você está indo muito bem pela primeira vez — ele diz com um sorriso safado.

Quero muito saber qual o gosto de gozo, mas não me sinto preparado ainda para deixar que ele goze na minha boca, pelo menos Guigo tem essa noção e me me avisa quando está prestes a ejacular, bem posso não está pronto para provar, mas me pego desejando ser ousado, ele tenta me afastar quando seu gozo vem, porém o masturmos bem proximo do meu rosto e deixo que seu prazer se derrame por todo sobre ele, Guigo se contorce de prazer, acho que ele curtiu, já que gozou bastante.

— Sua vez — ele diz me puxando para um beijo intenso sem nem se importar pelo meu rosto está todo melado.

Pego minha camisa para limpar meu rosto enquanto Guigo troca de lugar comigo e se começa a me chupar com a maestria que só ele tem, estou sentindo tanto tesão que não demora quase nada para encher a boca dele com meu gozo e diferente de mim ele toma todo meu prazer sem reclamar e ainda continua me chupando até que meu pau amoleça em sua boca, isso me causa vários arrepios de tesão.

— Puta que pariu isso foi bom para cacete — digo quando ele senta ao meu lado no sofá.

— Você curtiu me mamar? — Ele parece mais preocupado do que safado, acho fofo.

— Curti sim, bastante, vou querer fazer isso de novo — confesso.

— Eu vou curtir muito, talvez possamos fazer os dois ao mesmo tempo — gosto da forma como ele pensa.

— Eu vou curtir isso — digo já me deitando sobre ele para poder beijar sua boca enquanto roço meu membro no dele.

Nossos movimentos nos deixam excitados sem muita demora, então logo colocamos em prática nossa ideia, só que seu meu agora tem um gosto ainda mais interessante, chupar ele agora a pouco foi ótimo, mas fazer isso enquanto faço um meia nove com ele é indescritível, estamos no chão pois tem mais espaço do que no sofa, ambos deitados de lado com o pau um do outro na boca, só de pensar no que estamos fazendo fico todo arrepiado.

Como dos dois já gozaram dessa vez nossa troca de oral dura mais tempo e até consigo ir um pouco mais fundo, chegando ao ponto de deixar ele foder minha boca devagarzinho, Guigo me chupa enquanto usa sua mão para massagear minhas bolas, então faço o mesmo que ele, tudo que ele vai fazendo vou fazendo igual.

Depois de um tempo minha curiosidade e libido vencem o medo, então quando ele anuncia que vai gozar deixo que ele faça isso dentro da minha boca, um líquido salgado e viscoso enche minha boca com rapidez, a princípio é muito estranho engolir aquilo uma parte até escapa da minha boca, mas ele parece tão feliz fazendo isso que me esforço um pouco para beber o maximo que consigo — até que também não é ruim, porém é um pouco esquisito, talvez com a pratica acabe me acostumando.

Depois foi minha vez de despejar meu prazer em sua boca pela segunda vez, Guigo deve algum fetiche com isso, pois sua cara de satisfação faz valer a pena essa experiência maluca que tivemos, fico feliz de está fazendo essas coisas com ele, tipo além de está sendo muito paciente comigo, acho que se fosse com outro cara não teria rolado nem um beijo direito, pelo menos é o que gosto de pensar, já que não sou gay, só tenho uma leve queda pelo meu amigo.

Ele vai tomar um banho primeiro enquanto limpo a bagunça que fizemos na sala, não quero correr o risco de minha descobrir, mesmo sem está em casa as vizinhas são hiper fofoqueiras, depois que ele toma seu banho vou me banhar também para ficar limpinho e cheiroso para ele, Guigo é um cara muito precavido ele anda com uma dessas necessaire na bolsa com pasta de dente, escova, desodorante e essas coisas que gente que se cuida tem.

Quando acabei meu banho encontro ele no quarto só de cueca — que visão linda, ele está usando uma cueca branca dessas normais — só que em suas mãos ele tem seu celular e minha carteira de estudante, na hora fico meio puto com ele por ter mexido nas minhas coisas, mas no fundo sei que no lugar dele provavelmente teria feito o mesmo, sei que posso ser bem chato e orgulhoso às vezes e isso por que vi o tanto que minha mãe sofreu para me criar depois que o desgraçado nos deixou, não quero depender de ninguém e muito menos dar despesas para outra pessoa.

— O que está fazendo? — Pergunto com a voz cansada.

— Ray, por favor, não me faz ficar preocupado com você todo dia com você, por favor.

— Você não tem que fazer isso — digo — não sou sua responsabilidade.

— Não faço isso por que me sinto obrigado e nem nada disso, estou fazendo isso por mim também, não consigo nem pensar direito desde ontem, depois que você me falou que estava indo mesmo a pé.

— Tá mais vou te pagar de volta.

— Depois do que a gente fez tá mais que pago — ele diz rindo e me puxando para um abraço.

— Guigo, não sou garoto de programa — digo o repreendendo de brincadeira.

— Claro que não, se fosse minha vida seria mais fácil, nunca vi uma pessoa tão difícil de agradar que nem você — ele diz rindo — deixa eu te mimar.

— Não ache que vou aceitar namorado com você por causa disso e nem vou querer ser bancado — digo sorrindo com o resto do meu orgulho.

— Olha eu quero te bancar, mas você tem razão, não tenho essa grana toda, mas posso pagar suas passagens esse mês e quando você não tiver, afinal é uma emergência.

— Ok você venceu — finalmente me dou por vencido.

— Mas não quero que faça isso pelas minhas costas de novo tudo bem?

— Justo, desculpe de novo por isso.

— Só vou desculpar porque você é lindo.

— Agora tem outra coisa: você realmente pegou aquele tanto de menina que você falou mais cedo — estou gostando desse lado mais ciumento fofo dele.

— Não vou desmentir e nem confirmar, isso fica com seu castigo por ter mexido nas minhas coisas — digo me divertindo com a cara de pidão que ele me faz.

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Comentários

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Adoro me perder nos pensamentos dos seus personagens, Rafa! Essa negação aí do Ray, será que passa? Curioso pra saber o que será dos dois depois do ponto em que Me Leve para a Praia parou

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Cada vez me envolvendo mais com esses dois. Claro que fica a expectativa de ver, em breve, a história do Ricardo. Será que teremos????

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Três estrelinhas, depois leio os anteriores, eu fiquei meio chocado com o machismo que é capaz e mesmo a homofobia, mas percebo que no fundo o coração está no lugar certo é só uma carapaça dura de mais... ;)

Estrelinhas e notas... Quero ver como esssa história vai seguir porque parece fofo, vou ler os anteriores também e comento conforme for lendo.

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