Enquanto Luís deixava a tenda, a noite o envolvia em um manto silencioso. A brisa parecia carregar consigo os murmúrios da vila, como se a própria terra sussurrasse conselhos ancestrais, incentivando-o a refletir sobre o que acabara de aprender. Maria Lúcia o havia instruído mais do que ele podia prever; o toque dela e as palavras sobre sacralidade não saíam de sua mente. Para ele, tudo aquilo havia sido um choque: o ato em si e a visão espiritual que ela transmitira — uma visão que não se encaixava com o que ele sempre havia conhecido sobre fé.
Os passos de Luís eram lentos e ponderados. Em sua cabeça, uma batalha entre o senso de dever e as novas ideias fervilhava. Maria Lúcia o ensinara a ver o ritual como algo muito mais profundo, uma conexão que transcenderia o próprio desejo, um elo capaz de tocar a alma. Enquanto andava em direção à clareira, Luís visualizava o que estaria por vir e sentia, pela primeira vez, uma antecipação que ia além do medo.
Ao se aproximar do local, ele avistou os preparativos finais para o ritual: a fogueira que arderia no centro da cerimônia e os tambores que ecoavam à distância. Reconheceu, então, Flávia, de pé junto aos demais, sua figura linda e forte destacando-se na penumbra. Ela parecia concentrada, respirando fundo enquanto mantinha os olhos semicerrados, como se já estivesse imersa em uma espécie de transe. Ao redor, os homens da vila aguardavam em silêncio, suas presenças criando uma atmosfera tensa e carregada de expectativa.
Luís sabia que Flávia também havia passado por uma preparação especial. Ela não era apenas uma participante, mas uma peça-chave no ritual, uma "sacerdotisa", como Maria Lúcia a havia chamado. Seu papel ali era poderoso, e Luís sentia uma espécie de reverência que nunca experimentara antes. Ele entendeu, então, que não era apenas o corpo de Flávia que seria parte daquele rito, mas sua própria alma — e a dele também.
Antes de se unir aos outros, Luís fechou os olhos por um momento, lembrando-se das instruções que Maria Lúcia lhe dera. Respirou fundo, tentando liberar as últimas sombras de dúvida e preparou-se para o que agora encarava como uma jornada de respeito e descoberta.
Assim que a fogueira foi acesa, o calor e a luz preencheram o ambiente, dando início ao ritual
Ao iniciar o ritual Flávia respirava fundo, tentando controlar os batimentos acelerados do coração enquanto seu corpo respondia ao toque dos homens ao seu redor. Cada mão que a tocava despertava uma nova onda de sensações, uma mistura inebriante de calor, tensão e vulnerabilidade. Os tambores batiam ritmados, penetrando em seus ouvidos como um chamado à rendição completa. Ela sabia que aquilo era mais do que apenas um teste físico; era um desafio mental e espiritual.
O primeiro homem a tocar seu corpo, um negro de meia idade, ele deslizou os dedos pelos seus ombros, enquanto seus lábios sussurravam palavras em uma língua que ela não entendia, mas que pareciam ecoar profundamente dentro de sua mente. Flávia sentia o calor de sua respiração na pele, um toque suave que contrastava com a força bruta que ela sabia que ele possuía. Seus dedos eram firmes, e cada vez que ele a puxava para mais perto, ela sentia como se fosse tragada por uma onda invisível, uma corrente que a arrastava para um estado de total submissão.
A pele de Flávia formigava com cada novo toque. Ela podia sentir seus músculos se contraindo e relaxando involuntariamente, como se seu corpo estivesse respondendo por si só. Os dedos do negro desceram até suas costas, seguindo a curva da coluna, traçando um caminho lento e deliberado até alcançarem sua cintura. A cada passo, ela se sentia mais exposta, mais vulnerável. O calor que emanava da fogueira misturava-se com o calor interno que crescia dentro dela, criando uma tempestade de sensações.
Flávia fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar apenas em seu corpo, desligando a mente das implicações do que estava acontecendo. Mas era impossível. Sua mente corria, tentando processar a sensação de múltiplas mãos tocando-a ao mesmo tempo. Enquanto o negro a segurava pela cintura, outros dois homens, se aproximavam. de um lado, se posicionava atrás dela, seus dedos fortes a segurando pelos quadris, enquanto outro, do outro lado, mantinha suas mãos firmes nos seus braços, puxando-a para frente.
Flávia sentia o corpo inteiro sendo envolvido. O toque simultâneo de três homens era avassalador, como se cada centímetro de sua pele estivesse sendo reivindicado ao mesmo tempo. As mãos de um deles deslizaram por suas coxas, apertando levemente a carne firme. O toque era intenso, quase possessivo. Ela podia sentir o peso dos corpos masculinos ao redor dela, a respiração pesada deles se misturando com a dela. Sua mente girava, confusa entre o desejo crescente e o medo de se entregar completamente.
Cada toque era como um choque de energia. Ela sentia sua pele arder onde as mãos dos homens a percorriam, os dedos explorando cada curva, cada contorno de seu corpo com uma intensidade quase ritualística. Seus seios foram os próximos a serem tocados. Um deles com uma lentidão calculada, deslizou as mãos até ali, seus dedos envolvendo seus mamilos com uma firmeza que a fez ofegar. O corpo de Flávia arqueou instintivamente, sua cabeça caindo para trás enquanto a onda de sensações tomava conta dela.
Seu ventre estava em chamas. Aquele era o centro de tudo, o lugar onde as sensações se acumulavam, se intensificavam, até parecerem explodir. O calor ali era quase insuportável, irradiando para baixo, para suas pernas, para sua vagina Flávia podia sentir o fluxo de sangue pulsando fortemente naquela região, um pulsar que respondia ao toque de cada homem, como se seu corpo estivesse em completa sintonia com os movimentos deles. O desejo crescia, se espalhando como uma corrente elétrica que a deixava tensa e trêmula.
Flávia tentou encontrar um ponto de foco, algo que pudesse manter sua mente ancorada em meio ao turbilhão de sensações, mas tudo o que ela conseguia sentir era o desejo consumindo cada parte de seu corpo. Sua mente lutava, tentando manter algum controle, mas seu corpo já havia cedido há muito tempo. Os lábios de um dos homens se aproximaram de seu pescoço, beijando-a com uma suavidade que contrastava com a firmeza dos toques nos outros lugares. O contraste entre o suave e o intenso, entre o controle e a rendição, a fez gemer baixinho.
Ela sentia uma pressão crescente em seu ventre, um desejo tão profundo que parecia arrancar seu fôlego. Era como se uma tempestade estivesse prestes a explodir dentro dela, uma energia que ela não sabia como controlar. Os homens se moviam ao seu redor, trocando de posição, suas mãos nunca a deixando. Agora, eram dois ao mesmo tempo que a tocavam, suas mãos explorando seu órgão genital com uma precisão e delicadeza inesperadas. Os dedos que a tocavam ali eram experientes, conheciam cada ponto que faria seu corpo reagir.
Flávia sentiu suas pernas fraquejarem. O prazer era tão intenso que ela mal conseguia se manter em pé. As mãos que a seguravam eram a única coisa que a mantinha ereta. Ela se entregava completamente ao momento, seu corpo respondendo aos toques de uma forma que ela nunca havia experimentado antes. Seus quadris se moviam involuntariamente, buscando mais, pedindo mais. Ela já não era mais a mulher que havia entrado no círculo da vila; agora era uma extensão daquele ritual, uma parte viva e pulsante do ciclo de prazer e poder.
Sua mente girava, e a única coisa que ela podia fazer era se render. Os homens ao seu redor estavam imersos no ritual, e ela sabia que isso ainda estava longe de acabar. Flávia sentiu o corpo inteiro se acender, como se o próprio ar estivesse carregado de eletricidade. Ela sabia que estava sendo levada ao limite, que aquela era uma experiência que mudaria tudo.
Flávia mal conseguia se concentrar em seus pensamentos. Seu corpo, que antes estava tenso e relutante, agora parecia ter sido tomado por um torpor intenso, uma espécie de rendição total às sensações que a dominavam. As mãos que a seguravam, os corpos que a cercavam, todos agiam em um ritmo coordenado, enquanto os gemidos e o som abafado dos tambores ecoavam pelo espaço. Era como se a selva inteira tivesse parado para assistir ao ritual, imersa naquela atmosfera primitiva e erótica.
Um dos homens estava agora enfiava seu pau dentro dela, movendo-se com uma firmeza que a fazia soltar pequenos gritos involuntários de prazer. O membro dele a preenchia completamente, e a cada investida, ela sentia seu corpo tremer, como se seu controle estivesse se desfazendo. Ele era intenso, suas mãos seguravam firmemente seus quadris, guiando o ritmo de suas investidas. Flávia sentia uma pressão crescente no ventre, o calor subindo pelas costas, enquanto seu corpo se adaptava ao tamanho e à força dele.
Enquanto isso, outro homem havia se posicionado à frente dela, suas mãos firmes em seus cabelos, guiando sua cabeça para baixo. Flávia abriu a boca, sentindo o gosto salgado do membro que a preenchia por completo. Ele entrava e saía de sua boca com um ritmo constante, suas mãos pressionando sua nuca para garantir que ela não fugisse daquele contato. Cada movimento da boca de Flávia era uma luta entre o desconforto e a aceitação, enquanto ela sentia o homem dentro de sua garganta, forçando-a a se concentrar em cada respiração.
As duas penetrações simultâneas faziam sua mente girar, e Flávia já não sabia mais como processar a mistura de dor e prazer que crescia dentro dela. Seu corpo se tornava um campo de batalha onde as sensações se sobrepunham e se misturavam. Sua boca estava completamente preenchida, assim como seu sexo, e ela podia sentir o calor dos homens a envolvendo por todos os lados. Era uma experiência avassaladora, algo que ela nunca poderia ter imaginado.
Enquanto os dois homens continuavam a se mover dentro dela, Flávia ouviu o som de passos se aproximando. O décimo homem havia chegado. A figura alta e imponente de Reyam apareceu, seus olhos fixos nela com uma intensidade quase animalesca. Ele observava a cena com uma calma que contrastava com o frenesi ao seu redor. Os outros homens abriram espaço para que ele se aproximasse, reverentes, sabendo que o líder tinha um papel essencial naquele ritual.
Reyam se aproximou, analisando o corpo de Flávia como se estivesse estudando cada detalhe, cada reação que ela demonstrava. Seus olhos viajaram pela cena – o homem em sua boca, o outro dentro de seu sexo – e ele percebeu que ainda havia um lugar onde ninguém a estava tocando. Um sorriso ligeiramente curvado apareceu em seus lábios enquanto ele se movia para a parte de trás de Flávia, observando cada movimento que os outros faziam enquanto ela se contorcia entre eles.
— Ainda há um lugar — disse ele com uma voz baixa e grave, que fez o corpo de Flávia se arrepiar.
Sem hesitar, Reyam se posicionou atrás dela. Suas mãos, firmes e possessivas, seguraram suas nádegas, abrindo espaço para ele. Flávia sentiu o toque quente de seus dedos, e seu corpo reagiu instantaneamente, como se já soubesse o que estava por vir. O coração de Flávia disparou, e sua mente se encheu de uma confusão de pensamentos. Ela sentia medo, mas também um desejo avassalador. Seu corpo, cansado e trêmulo, se preparava para receber o que estava por vir.
Reyam se inclinou, aproximando-se mais e mais, até que Flávia sentiu a ponta de seu membro pressionar a entrada de seu ânus. Ela arfou, uma mistura de surpresa e desconforto, enquanto ele a penetrava lentamente. A dor inicial a fez gemer de forma aguda, mas Reyam foi paciente, movendo-se com uma lentidão calculada, dando a ela tempo para se ajustar. Flávia sentia como se estivesse sendo tomada por completo, cada cavidade de seu corpo agora preenchida por um homem diferente, todos se movendo em um ritmo coordenado que a deixava à beira do delírio.
Ela estava no limite de suas forças, e a intensidade de ter três homens dentro de si ao mesmo tempo a fez perder qualquer resquício de controle. O homem em sua boca empurrava fundo, quase a impedindo de respirar, enquanto o homem dentro de sua boceta aumentava o ritmo de suas investidas, cada vez mais rápidas e mais fortes. Reyam, atrás dela, movia-se de forma lenta, porém firme, penetrando-a mais fundo a cada investida.
Flávia delirava. Seu corpo não sabia mais como reagir, e tudo o que ela podia fazer era se entregar completamente ao momento. Os sons de sua respiração ofegante, os gemidos dos homens, e o som dos tambores ao longe formavam uma sinfonia de prazer bruto e primitivo. Ela estava sendo levada ao limite, e cada movimento dos homens dentro dela a fazia sentir como se estivesse à beira de um abismo, pronta para cair a qualquer momento.
Luís, que assistia tudo à distância, estava paralisado, incapaz de compreender o que estava acontecendo. Ele observava com espanto o corpo de sua esposa, aquela mulher que ele sempre conhecera como religiosa e contida, agora entregue de forma total e absoluta àquele ritual brutal. Ele não conseguia acreditar no que via – como Flávia, sua esposa, suportava membros tão grandes e poderosos em todas as suas cavidades? O rosto dela, distorcido de prazer e dor, parecia pertencer a outra pessoa. Era como se a Flávia que ele conhecia tivesse desaparecido, e uma nova mulher estivesse surgindo ali, no meio daquela cerimônia.
Reyam, que havia notado o olhar de Luís, lançou um sorriso frio na direção dele, como se soubesse exatamente o que se passava em sua mente. Para Reyam, aquele era o propósito final do ritual: quebrar as barreiras, destruir as limitações da mente e do corpo de Flávia, transformando-a em algo novo, algo pertencente àquela tribo, àquela selva.
Cada homem dentro dela acelerava seus movimentos, e o corpo de Flávia reagia como uma máquina perfeita, suas pernas tremendo, seu ventre pulsando, sua boca ainda engolindo o membro à sua frente. Ela não era mais capaz de controlar os sons que saíam de sua garganta – gemidos, arfadas, gritos – tudo se misturava em uma melodia de êxtase, uma sinfonia que ecoava pela vila. Ela estava sendo levada além de seus limites, e, naquele momento, já não havia mais volta.
Flávia estava encostada em um tronco grosso e nodoso, seus músculos ainda pulsando com a exaustão do ritual. Cada respiração era pesada, suas pernas tremiam de cansaço, e sua mente estava em um estado de torpor, como se estivesse entre o mundo dos vivos e um reino de sensações desconhecidas. Ela sentia o suor escorrer pelo rosto, misturado às lágrimas que escaparam sem que ela sequer percebesse durante o clímax brutal. Seu corpo, ainda dolorido de cada cavidade preenchida, parecia um campo devastado por uma batalha. A fogueira ardia ao longe, e o calor das brasas aumentava a sensação de calor que já dominava seu corpo.
Mas, mesmo naquele estado de quase delírio, Flávia não conseguia deixar de olhar para o centro da clareira, onde outro ritual começava a se desenrolar. Agora, era a vez de Luís.
Ele estava parado, hesitante, no centro do círculo, seus olhos grandes e arregalados de espanto e confusão. Luís não sabia exatamente o que esperar. Ele tinha testemunhado tudo o que Flávia havia passado, seu corpo sendo tomado por dez homens, mas jamais imaginara que seria sua vez de ser parte daquele ritual. E agora, diante dele, estavam Nala e Aline, as duas mulheres escolhidas para ele.