Toxico -4- Os Laços da Manipulação

Um conto erótico de Mrpr2
Categoria: Gay
Contém 2063 palavras
Data: 10/11/2024 15:43:51

Toxico -4- Os Laços da Manipulação

Era uma sexta-feira à noite, e eu tinha combinado de jantar com alguns amigos do hospital e fiz questão de não contar nada para meu namorado, mas ele era esperto e ao perceber eu me trocando após o banho já se despiu também vindo em minha direção se insinuando, sem alternativa tive que contar sobre o encontro e sem exitar Gilberto fez questão de estar presente. Até tentei em vão dissuadi- lo a ir, eu não queria que ele fosse devido as coisas que ele havia me dito que tinham acontecido no jantar em nosso apartamento, mas Gilberto não aceitou ficar de fora.

_ Não tem problema, né, amor? Eu vou com você, só para te dar apoio.

Disse Gilberto acariciando meu corpo, me beijando todo, não resistindo aquele cheiro maravilhoso fiz um delicioso boquete sorvendo toda sua porra. Satisfeito sexualmente, naquela época, achei que era apenas carinho, que ele queria estar junto. E eu… eu estava feliz de tê-lo ao meu lado.

No restaurante, ele estava encantador, como sempre. Sorria para todos, fazia piadas, e todos, a meu olhar, o adoravam. Enquanto eu conversava com meus amigos, ele já estava se enturmando, parecendo mais interessado no que as pessoas podiam fazer por ele do que realmente em conhecer alguém.

Após um tempo, percebi que ele não estava mais por perto. Fui ao banheiro, e, ao entrar, encontrei Gilberto em uma conversa animada com um dos meus amigos, Ricardo, que também era médico.

_ Você viu o Augusto? Ele está sempre tão ocupado dedicado com o trabalho, né?

Gilberto comentou, de maneira descontraída, como se aquilo fosse algo normal.

_ Sim, ele vive trabalhando, é impressionante como o cara é focado em dois hospitais, sinceramente às vezes invejo esta disposição dele.

Respondeu Ricardo.

Gilberto sorriu, e me lançou um olhar rápido, o tipo de olhar que só ele sabia dar.

_ É, ele é incrível. Mas eu só fico pensando… às vezes ele está tão no hospital que esquece da gente. Tipo, é um bom médico, mas também precisa saber se divertir, né?

Eu estranhei a forma como ele disse isso, mas não comentei. Acabamos voltando à mesa, e eu tentei relaxar, mas não consegui evitar a sensação de que algo estava fora do lugar.

Algumas semanas depois, as coisas começaram a mudar mais drasticamente. Em uma conversa no sofá de casa, Gilberto me olhou com aqueles olhos sedutores e falou, com sua voz doce:

_ Amor, você sabe que a vida de médico não é fácil, né? E você é tão bom nisso! Mas sabe o que mais? Você precisa ter uma aparência condizente com o seu cargo. Eu fico pensando… você já pensou em trocar o seu celular? Esse aí já está tão velho. As pessoas vão te olhar de forma diferente com um modelo novo, mais moderno, e aquele relógio que você tem… bem, você sabe, um presente para nós dois.

Eu franzi a testa.

_ Mas, Gilberto, eu gosto do meu celular e do meu relógio. Não é isso que vai me definir. Não é preciso.

Ele riu, como se fosse uma piada interna.

_ Amor, você sabe que tudo o que eu faço é para o seu bem, né? Eu só quero que você seja reconhecido por todos, que se destaque. A imagem é tudo, especialmente no seu meio.

_ Porque esta me dizendo isso agora?

Questiono meu namorado.

_ Você realmente é muito ingênuo amor!

Diz Gilberto me beijando com um sorriso nos lábios.

_ No restaurante você não percebeu seus “amigos” - Disse ele fazendo gesto de aspas para enfatizar que os achava falsos - Exibindo e comentando de seus Iphones de última geração o que podiam fazer e a forma como debocharam de aparelhos inferiores? Aquilo foi uma nítida indireta para você amor.

_ Você esta delirando Gilberto.

_ A é? E aquele comentário do Dr. Lucas sobre relíquias, claramente debochando de seu relogio velho.

_ Meu relógio não é velho, é de fato uma relíquia, foi do meu bisavô e sim talvez precise de umas correias novas, talvez uma restauração para tirar esses arranhões, mas tudo isso é sinal de que ele tem história. É uma herança que guardo com muito carinho. Quando nasci meu bisavô já havia falecido, mas lembro do meu avô me contar histórias usando ele, eu ficava horas ouvindo ele, sentado em seu colo.

Explico a Gilberto.

_ Eu sei disso, meu amor, e sabe que eu amo esse seu lado sentimental, apegado a família, tradicional e simples, mas sabe qual a imagem que você passa para eles? De um jovem antiquado criado por vô. Arcaico e pode ter certeza que a forma como o Dr. Lucas disse “relíquia” ele não quis dizer preciosidade não viu?

Disse Gilberto deitado sobre meu corpo acariciando os pelos do meu peito.

_ Sério que é isso que você acha que pensam sobre mim, amor?

_ Não tenho dúvidas e te falo mais a forma como eles olhavam para mim, para minhas roupas pareciam que estavam olhando para um mendigo. olha se eu não estivesse ali para apoiar você e manter sua imagem de médico respeitável, que já é complicado por sermos homosexuais e você sabe preconceito que é isso, eu tinha feito um escândalo ali e se eu tivesse dinheiro eu compraria o relógio mais caro como o do Dr Rogerio que ficava balançando aquele relógio na cara da gente.

_ Ele realmente tem essa mania, achei até que era uma espécie de tique, mania, sei la.

_Bobo, aquilo é para te fazer se sentir inferior.

E, mesmo contra a minha vontade, acabei comprando o celular e o relógio de marca. Tudo por "nós", tudo para "melhorar" minha imagem. Gilberto tinha a habilidade de me convencer de que qualquer coisa que eu fizesse era para meu próprio bem, e eu… eu queria que ele estivesse feliz.

No shopping Gilberto parecia uma criança em uma loja de doces escolhendo as roupas, eu pensei que ele iria escolher apenas uma ou outra peça, mas ele foi escolhendo e escolhendo roupas para ele e se exibindo para mim e como dizer não se ele ficava mais lindo com uma peça de roupa que a outra no fim praticamente renovamos o guarda roupa dele que confesso a maioria eram com peças rasgadas ou bem poidas realmente. Ele também me ajudou a escolher algumas peças para mim sempre me elogiando e ao chegar em nosso apartamento Gilberto me empurrou no sofa se despindo ali mesmo no meio da sala.

_ Estou tão feliz amor, sou o homem mais feliz desse mundo e agora vou te agradecer como nunca você se quer já sonhou.

_ Eu é quem sou o homem mais feliz do mundo, você faz isso todos os dias, deixa meu mundo mais colorido.

Totalmente nu Gilberto subiu em mim no sofá beijando intensamente minha boca, chupando minha língua, beijando meu pescoço, arrancou minha camisa, chupou e mordeu em meus mamilos intensamente como nunca tinha feito antes. Gilberto estava selvagem aquela tarde. De pé no sofá socava seu cacete em minha boca como se a estivesse fodendo, eu sentia seu membro em minha garganta, voltou me beijou, se ajoelhou no tapete da sala entre minhas pernas me livrou de minhas calças e cueca e me chupou também de forma intensa e quase me fazendo gozar, parou no último instante pressionando em seu períneo até a vontade do gozo passar. pediu para eu ficar de quatro no sofá e me penetrou cadenciadamente e foi acelerando intensificando as estocadas o suor descia por meu corpo, nosso cheiro se misturava dentro daquele apartamento assim como nossos gemidos até ele explodir dentro de mim em um gozo farto o que me fez gozar também sujando todo o sofá com meu esperma.

Com o tempo, as coisas começaram a piorar. Gilberto me incentivou a sair mais, beber mais, fumar. "É só um cigarro, amor, não faz mal. E um drinkzinho não vai prejudicar ninguém", dizia ele, sempre com aquele sorriso de quem sabe o que está fazendo.

Eu, que antes nunca tinha sequer experimentado um cigarro, comecei a fumar. E a bebida, que antes era apenas em ocasiões especiais, virou uma rotina. Ao mesmo tempo, os erros no hospital começaram a aparecer. Eu estava mais distraído, mais cansado, e os atrasos se tornaram mais frequentes.

Um dia, depois de um plantão longo, eu cheguei em casa e encontrei Gilberto já esperando por mim. Ele estava com aquele olhar carinhoso, mas, ao mesmo tempo, havia algo estranho no ar.

_ Amor, você não parece bem… o que aconteceu hoje?

Gilberto me perguntou, como se estivesse genuinamente preocupado.

_ Estou exausto, Gilberto. Acho que não estou conseguindo me concentrar tanto quanto antes. Estive cometendo alguns erros…

Meu namorado me interrompeu me abraçou forte, me beijou e disse:

_ Sabe o que eu acho? Você está sobrecarregado. Você precisa de mais apoio, de mais distração. Vamos dar um tempo para você, ok? Vamos sair para relaxar.

Eu aceitei, como sempre, e a noite foi marcada por mais uma rodada de drinks, mais uma conversa em que eu me sentia inferior, mais uma sugestão de como "melhorar" minha vida. _ Você tem tudo para ser o melhor, Augusto e mesmo que aqueles sangue sugas invejosos não o valorize eu sei disso e estou aqui com você. Só precisa acreditar em mim.

E eu acreditava. Cada vez mais.

No trabalho, as coisas começaram a desmoronar. A primeira vez que cometi um erro sério, eu estava com uma ressaca do caramba. Eu, que sempre fui tão rigoroso, tão responsável, acabei confundindo o diagnóstico de um paciente, e o erro quase custou a vida dele. Eu fiquei em pânico, mas, ao invés de contar para alguém,Liguei para meu namorado:

_ Não fala nada, amor. Vai passar. Era isso que eles queriam, uma desculpa para te tirar dai, eles te sobrecarregam e depois vão te culpar, mas você sabe que não foi sua culpa. Não deixe ninguém perceber que você está fraco, eu estou aqui para te apoiar.

A cada pequeno erro, a cada atraso em meu trabalho, Gilberto estava ali, com um sorriso consolador, dizendo que tudo bem, que eu precisava me "descontrair", que não tinha nada a ver com o meu desempenho, mas com a pressão. E, em vez de melhorar, eu só me afundava mais e mais em uma espiral de procrastinação, álcool e cigarro.

Ele sempre me dizia o que eu queria ouvir, me convencendo de que ele era a única pessoa que realmente me amava, que se importava comigo. E, quando eu queria parar, ele estava lá com uma nova justificativa para continuar. "A vida é curta, Augusto. Não vale a pena se preocupar tanto. Você trabalha tanto, precisa se dar um descanso."

E assim, eu fui me distanciando das pessoas ao meu redor. Meu trabalho se tornou uma carga insuportável, os erros se multiplicaram. Eu não tinha mais forças para ir à academia, nem para me alimentar direito. Tudo porque eu estava cada vez mais dependente de Gilberto, cada vez mais envolvido na sua rede de manipulação.

Hoje, olhando para o espelho, vejo o quanto mudei. Não sou mais o mesmo Augusto que começou a faculdade, cheio de sonhos, esperançoso e motivado. Meus amigos, que tentaram me alertar, se afastaram, e eu, agora, já não sei mais como recuperar minha vida. O que mais me dói é que, apesar de tudo, ainda estou preso nessa relação, achando que, no fundo, Gilberto me ama de alguma forma.

Naquela noite, Gilberto também me pediu algo mais.

_ Amor, você pode me ajudar com um presente? Eu vi uma viagem incrível para Paris, seria incrível se nós pudéssemos ir. Eu só não posso bancar tudo sozinho…

Eu sabia que ele não tinha dinheiro, mas, mais uma vez, cedi. Depois de tudo o que ele me dizia, eu acreditava que era o melhor para nós, afinal eu já estava a três anos trabalhando em dois hospitais eu estava exausto, tinha parado de me exercitar na academia, bebendo e fumando cada dia mais, minha alimentação desregrada me fazia engordar, mas estranhamente Augusto parecia o mesmo, ou melhor cada dia mais bonito, ja não tinha mais o corpo magro como eu o conheci, estava todo sarado enquanto meu corpo há algum tempo já sem definição apenas inchado e cada vez mais flácido.

Continua…

Autor: Mrpr2

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive mrpr a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Gente, que ranço, espero muito que Augusto consiga sair dessa, nunca é tarde demais para perceber que isso não é amor

0 0
Foto de perfil genérica

o Gilberto merece voltar paras as ruas sem nada.

0 0
Este comentário não está disponível