– Vou te avaliar com cinco estrelas, Bruna, te vejo…
– Valeu, Matias. Tchau – disse enquanto batia a porta do carro daquele imbecil, o quinto do dia. Bem puta, né?! Vou contar como parei nessa merda toda.
Eu sou Bruna Garcia, como esse tal de Matias já falou. Moro em uma cidade grande, mas sou do interiorzão, onde judas perdeu as meias. Vim pra cá na esperança de conseguir estudar, meu sonho era veterinária. Consegui uma vaga com o Prouni numa faculdade particular, mas não achei que teria que vender o cu pra me sustentar nessa cidade do caralho. Acontece que, há uns dois meses, perdi meu emprego na padaria perto de casa e com isso fiquei dura, durinha, sem uma vara pra dar numa cachorra. Até que…
– Tem um aplicativo, Bru, que tá pagando pra geral.
– Não é tigrinho não, né? Um saco jogar naquele porra.
– Não é, não – disse meu amigo Gabriel, rindo. – Só é meio estranho, mas do jeito que tu tá, não vai ligar. Vê aí o link.
Entrei e entendi o que ele disse; não era “meio estranho”, era estranho pra caralho! Mas pra não passar fome, a gente topa de tudo! Até um aplicativo chamado Cupid.com. Quando vi, quis logo xingar o Gab. Aquele resto de estrume queria me desencalhar? Mas quando comecei a criar minha conta, passei a entender. O aplicativo pagava generosamente se você saísse com pessoas e elas te avaliassem bem. Com 5 estrelas você recebia até 700 pilas. Achei bom pra cacete.
Na primeira noite, fiquei só tentando entender como funcionava o app, comecei a ver uns vídeos de uma gata chamada Evy e suas amigas, falando de como era trabalhar pra o Cupid.com, nada tão fora do comum pra nossa geração. De repente, chegou a notificação, em vermelho: “Cláudio quer te namorar”. Curiosa, cliquei. Era atraente, estava sem camisa na foto do perfil, desci a tela e… tinha tipo umas sete fotos da pica dele, de todos os ângulos imagináveis. Achei paia, mas quando já estava saindo do perfil, ele mandou uma mensagem: “Vamos lá, gatinha, te dou 5 estrelas :)”.
Resolvi alimentar a conversa, a ver onde daria aquela patifaria toda: “Por que faria isso?” “Porque sou bonzinho ;)” – foi a resposta. Meio impaciente, tentei dispensar: “Um fofo, mas não! Valeu...” Cláudio insistiu: “Vai por mim, você não vai se arrepender. Não sabe como o app funciona, não?” – provocou. “Estou sabendo… entrei hoje...” – reagi, ressabiada. Ele aproveitou meu vacilo e juntou: “Vou te explicar, pessoalmente...” E enviou a localização. Cinco minutos daqui.
Hesitei um pouco, mas fui. Tudo pela grana, né? Cláudio era alto, mas não tanto ao ponto de parecer absurdo. Ele explicou que já estava no aplicativo desde 2022, ou seja, desde que fora lançado. No início achara tudo aquilo uma palhaçada também, mas ajudou pra cacete: como ele é bi, ganhava estrela de todo lado; em pouco tempo, estabelecido num trampo sério, ele virou usuário do Cupid.com.
Se eu quisesse mesmo fazer isso comigo, tinha que seguir umas regras. Básicas, segundo ele: sair com as pessoas que me solicitarem, transar com elas (fazer bem feito era uma obrigação), receber as 5 estrelas e esperar a grana cair. Parecia simples mesmo. E era! Nada fiz com Cláudio, mas ele me avaliou com as 5. Um querido. Ele também me aconselhou a postar umas fotos no meu perfil, de preferência bem sacanas.
Chegando em casa, tirei minhas fotos, com uma calcinha de renda preta, na frente do espelho, postei e esperei. Sentia-me na antessala de um prostíbulo, mas... que se fodesse! Eu precisava de grana! Esperei dias até receber outra notificação: “Gustavo quer te namorar”. Segui as dicas do meu conselheiro de foda: fui, transei, recebi as 5. “Marcos quer te namorar”. Fui, transei, recebi. “Tito quer te namorar”. Fui, transei, recebi. “Roberto…”. Fui, transei, recebi. “Fred…”. Fui, transei, recebi. “WalterSó…”. Fui, transei, recebi… “João...” – esse era trans. Mas fui, transei, recebi.
Foi um mês longo, mas calculando bem, não estou mais tão na merda – ao menos em relação a dinheiro. Aproveitei o lucro e dei um descanso à buceta sofredora de guerra. Fui rejeitando as solicitações e tocando a vida. Mas, de onde se tira sem se colocar, acaba secando, hoje tive que retornar aos trabalhos. Saí com Maicon, Diego, Beto, Jorginho e Matias. Depois que me despedi do último, subi pra o meu apartamento e tomei um belo banho premium: ninguém merece ficar cheirando a mistura de tantos paus alheios.
Quando acabei de passar meu hidratante corporal, ficando tão gostosa que até eu me pegava, de boas, o celular vibrou na penteadeira: “Yuri Pablo quer te namorar”. Onde diabos eu ouvira esse nome? Abri o perfil e ele era lindérrimo! Maxilar definido, barba desenhada, moreno de corpo sarado, uma delícia! A conversa rolou rápido. Duas horas depois, eu estava perfumada, vestido preto com decote provocante e corte elegante, salto alto e maquiagem leve, esperando-o. Úmida antes mesmo de vê-lo, minha buceta vibrou revigorada, pronta para a sexta vara do dia. Seu perfume amadeirado punha-me em frenesi, contendo-me para não pular-lhe em cima ali mesmo.
No caminho até o motel, conversamos sobre assuntos que sequer me lembro quais foram: só queria dar pra aquele gostoso. Enquanto ele falava sobre o seu trabalho, jogador profissional de basquete, dei uma boa analisada: as pernas fortes marcavam a calça de alfaiataria bege, acima delas um pau que já anunciava sua excitação, a blusa de linho preta dava-lhe um ar digno de um deus grego, com peitoral marcantemente elegante. Um adesivo no painel do carro me informou onde ouvira seu nome – era o cestinha mais famoso da equipe estadual de basquete, cotado mesmo para a seleção.
– Chegamos, princesa – sua voz aveludada e forte libertou-me do transe.
– Ah! Foi tão rápido… – murmurei, por não ter absolutamente nada mais inteligente a falar.
Fui interrompida pelo seu hálito geladinho próximo à minha boca. Foi o melhor de todos os beijos do dia. Seu olhar bem no fundo dos meus olhos acendeu em mim a alma felina; segui meus instintos e voltei a beija-lo com paciência, saboreando-o com minucioso prazer. Minha calcinha derretia-se em desejo, enquanto entrávamos no quarto entre bolinações e amassos. Ele tirou minha roupa devagar, apreciando cada detalhe, e ao me ter completamente nua diante de si, disse, em meio a um suspiro:
– Você é tão gostosa, princesa!
Frase boba e corriqueira, bem sei, mas, excitada como eu estava, soou como um pré-orgasmo. Ele pegou minha mão e colocou por cima da calça, seu pau pulsava: “Sente como eu te quero, Bruna…” Levei sua mão a meu púbis, largando-a à própria sorte; seus dedos começaram a passear por entre meus lábios vaginais enquanto ele beijava levemente minha boca. Logo seus dedos estavam dentro de mim tanto quanto sua língua na minha boca, e a cada movimento minha buceta encharcava mais. Ele aumentou a velocidade conforme meus gemidos ficavam mais intensos. Explodi em gozo desesperado, ansiando por mais.
Incansável, o guiei até a cama. Ele sentou, eu me ajoelhei à sua frente e tirei sua rola para fora da cueca, brilhava. Aquela haste rija me fez salivar, mas sem pressa alguma, saboreei com olhos. Só depois de Yuri estar se contorcendo de urgência, coloquei a cabeça do seu pau na boca, suguei, sentindo o gostinho amargo. Gemi-gememos em plena satisfação, e investi em sua total deglutição. Ao se retirar suavemente de minha boca, o mastro vinha babando em toda sua extensão, dos testículos até a glande. Ele gemeu profundamente, contorcendo-se novamente.
Em um suave solavanco, fui parar no seu colo. Coisa mais linda, aquele homem! Fui por cima de seu pau hirto, encaixei-o na minha entrada e fui descendo lentamente, sentindo-o me preencher centímetro a centímetro. Comecei a rebolar o mais lentamente que pude, queria aproveitar aquela transa como não tinha aproveitado nenhuma das anteriores – que já se perdiam na distância do meu esquecimento. Com as mãos dele em meus quadris, cavalguei cada vez mais rápido e a intensidade com que aquele cacete me macetava passou a misturar todos os meus sentidos.
O calor intenso que inundou meu colo e o arrocho da minha xoxota encharcada em volta dele são as últimas coisas que lembro de ter sentido. Eu gozava como a cadela mais escrota, escrachada no pau do seu macho... Após involuntários e bruscos movimentos, caí exausta, olhos fechados, seios arfando. Estranhei o silêncio depois que nossas arfadas e gemidos cessaram, mas me mantive de olhos fechados, buscando guardar cada sensação que acabara de viver naquela cama.
Algum tempo depois, senti calafrios: mais uma vez, Yuri estava me bolinando. Agora passava os dedos suavemente, passeando pelas minhas costas e pela minha bunda. O fresco tinha o dom de me levar à loucura. Ele notou minhas reações aos estímulos e ouvi seu risinho safado de canto de boca. Levantou meus cabelos, beijou minha nuca e desceu a língua por toda minha coluna até chegar diante do meu cu, que circundou várias vezes, molhando suas beiras e a língua se fez rígida ao entrar; na dianteira, minha xoxotinha recebia o carinho firme e delicado de seus dedos; em seguida, o polegar adentrou em meu cu, ao mesmo tempo que minha buceta se escancarava a seus outros dedos. Eu me contorcia toda, sentindo que outra onda de tesão iria me nocautear antes mesmo que ele me comesse.
Yuri tinha um talento excepcional em saber quando meter a pica, pois antes mesmo que eu pedisse, ele já estava encaixando aquela cabeça gostosa no lugar do polegar. Meu rabo arreganhou-se e recebeu a vara freneticamente, enquanto seus dedos, mais uma vez, me faziam gozar, e ele próprio explodia em mim.
Foi a noite de sexo mais louca da minha vida. Entre os gemidos indefinidos, explodimos em gozo várias vezes. Nossos corpos pareciam insaciáveis. Depois de uma boa ducha, com direito a mais uma trepada sob a água, ele me levou de volta pra casa. Não conversamos muito, estávamos exaustos. Minha cama me sequestrou e dormi pesadamente, ainda sentindo os toques de Yuri em minha pele.
De manhã cedinho…
– Aquele filho da puta me deu só 1 estrela?!