3. O Plano
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Bruno acorda um pouco tarde e logo descia em direção ao jardim para encontrar o pessoal. Ali estavam deitadas na beira da piscina (mas não em trajes de banho, pois a piscina estava vazia), Vick e Karen. De onde estava, parado na porta, ele podia ver à meia distância ambas conversando e rindo bastante. Karen estava de costas e Vick estava de frente para ela.
Bruno tomava seu café ali, gole a gole, lentamente, sem ser percebido, apenas admirando a bunda, as coxas e as pernas tão bem feitas da irmã, que usava um shortinho curto, com estampa do exército.
Bruno não se incomodava nem um pouco em olhar assim para Karen, afinal, naquele corpinho ele já tinha navegado muitas vezes, embora muitos anos atrás. Apesar de ter interrompido tudo o que tinha com a irmã quando noivou com Monique, as memórias nunca sumiam.
Em relação à filha, porém, Bruno preferia desviar o olhar. Ainda que ela agora tivesse um corpinho realmente chamativo, não se permitia olhar para ela dessa forma. Mas era tentador. Ficar esses anos preso sem ver a filha causara esse efeito. Na época, Vick era apenas sua filhinha bonitinha, mas agora era uma baita de uma gostosa, e ele definitivamente não queria pensar muito nisso.
A bem da verdade, Bruno estava até um pouco incomodado com a filha. Desde que voltou pra casa, a relação com ela tinha se recuperado plenamente, pois Vick era muito dócil e fácil de lidar. E muito carinhosa também. E esse era o problema. A filha ficava a cada dia mais meiga e mais amiga dele, de modo que agora já era uma situação um pouco constrangedora.
Vick parecia não ver maldade em certas coisas que as mocinhas da idade dela já deveriam evitar. Sentar no colo do pai, abraçar demais, beijar o rosto… Coisas assim estavam acontecendo mais do que deviam, e, apesar de Monique ainda não ter percebido o excesso (ou apenas preferiu não intervir por enquanto), Bruno sabia que isso não podia continuar.
Ele continua bebendo seu café, olhando as duas, quando de repente Vick o vê.
- Pai! O que está fazendo aí?
- Tomando café e ouvindo as fofocas de vocês duas.
- Hahaha, até parece! A gente nem está fofocando! - diz Vick, sorrindo
Bruno se aproxima das duas e senta ao lado delas, que se deitam.
- Cadê sua mãe? - ele pergunta.
- Ela foi num chá de bebê de uma amiga. Avisou que vai demorar.
- Ah, é… Eu tinha até esquecido. E como você está, Karen, dormiu bem?
- Dormi sim, maninho.
Eles conversam um pouco sobre trivialidades, o clima estava bem leve e a interação entre eles era total.
- Vick, você não disse que tinha uma aula on-line hoje?
- Sim, pai, eu tô logada na sala! rs
- Nossa, grande aula, hein? - provoca o pai.
- Hahaha, é, mas agora eu tenho que ir mesmo, senão fico com falta! rs.
Vick se levanta e vai para dentro, deixando os irmãos à sós, na beira da piscina vazia.
Alguns segundos em silêncio.
- Quando você vai encher essa piscina, hein? - pergunta a irmã, resmungando e quebrando o silêncio.
- Amanhã já arrumo a bomba.
- Sim, tá um calor... Ninguém merece rs
- É bom ter você por aqui, Karen.
- Eu sei que você me ama, feioso, rs
- Eu sempre disse que você deveria deixar esse cabelo crescer, viu como ficou lindo?
- Quem vê pensa que eu tinha cabelo curtinho! rs
- Era curto, ué
- Era nos ombros, maninho! rs
- Pois é, isso é curto, rs.
- Eu também estou feliz por você estar aqui. Sentimos muito sua falta, Bruno.
- …
Um minuto se passa e ninguém fala mais nada, ficam ali apenas tomando o sol gostoso da manhã. O café de Bruno já tinha terminado fazia tempo, mas ele levava a xícara à boca mesmo assim.
- Esse café não acaba? - ela brinca
- Acabou agora - ele mente
- O que foi, Bruno? - ela pergunta, mudando de posição e ficando de pernas cruzadas na frente dele. Os seios sem sutiã na blusinha, bem livres.
- Nada
Depois de um tempo eles voltam a conversar, e conversam mais meia hora, sobre a infância, sobre a adolescência, sobre os pais, etc.
- Mana…
- Hum?
- Eu vou te perguntar algo, mas vou pedir honestidade.
- Maninho, eu já pisei na bola com você?
- Não.
- Pode falar, eu já vacilei com você?
- Não, você sempre foi a melhor irmã.
- Então pronto.
- A Monique me fez jurar não comentar sobre isso com você… Então ela não pode saber que te perguntei
- Ok
- Você já sabe o que vou te perguntar, né?
- Sei.
- É verdade?
- …
- É verdade, Karen? Você dormiu com a Monique?
- É sim.
- … Só isso? Apenas "é sim"?
- Você me deu liberdade pra isso, Bruno, você lembra muito bem. Ou talvez você tenha esquecido, mas acho difícil.
- Eu sei - ele pausa e respira fundo - Mas não achei que você fosse levar a sério, ainda mais depois de tantos anos. Na verdade, só agora me lembro disso. Caralho, então você lembrou e...
- A gente não tinha nada na cabeça, não é mesmo? Quando você começou a namorar a Monique, continuou me comendo todo dia, e até mais do que antes! rs
- kkk Eu sei, eu sei, naquela época eu estava com muito tesão. Mas é que eu não sabia que ia virar algo sério com a Monique, sabe? Aí nós noivamos e... Mas porra, Karen, nós já tivemos essa conversa um milhão de vezes, rs.
- Eu sei. Mas você lembra do que estou falando, certo?
- Lembro, lembro sim, mas sinceramente, sempre achei que fossem apenas coisas que a gente dizia para apimentar o sexo, sei lá.
Karen olha bem fixamente nos olhos de Bruno e o surpreende:
- “Como mesmo, sua safada! Como você agora de manhã, e depois como a Monique à noite!” - diz Karen, imitando a voz ofegante do irmão, de vários anos atrás.
- Para com isso, kkk
- “Isso se eu não comer vocês duas juntas!” - ela continuava a imitação
- Hahaha, você é uma péssima imitadora, maninha
- “Você chupando a buceta dela, Karen, imagina, puta que pariu… E ela chupando a minha rola” - ela prosseguia na péssima imitação
Bruno não resiste, ri e entra no jogo, imitando a voz da irmã, de vários anos atrás:
- “Você tem certeza, maninho? Você sabe que eu daria um jeito de pegar minha cunhada, se você quisesse! rsrs”
- kkkkkk, Essa NUNCA que é a minha voz! Kkk
- kkkk, Mas a fala é sua! - Bruno retruca
- Sim… Ainda bem que você se lembra. Várias vezes você disse que adoraria ver isso, então…
- … Karen, eu não estou chateado, sério. Por acaso eu consigo ficar chateado com você? rs. Mas, sinceramente, achei que você nem lembrasse mais disso, e na verdade eu nem falava à sério, era só putaria pra gente foder gostoso, sei lá... Você sabe que a gente adorava falar merda, rs
- Sim, eu sempre soube disso, não sou boba. Mas quando você ficou preso… eu me aproximei da Monique e aos poucos tive essa ideia, sabe? E… como havia essa “autorização” sua, achei que você fosse gostar da surpresa. Eu conheço o irmão que tenho.
- Autorização? Hahaha
- Ué, você podia até falar sem intenção de fazer, mas tesão nisso você tinha sim, senão não falava, oras. A "autorização" que eu digo é saber que você não acharia uma coisa horrível, e que até sentiria tesão. Se eu não soubesse que você ia adorar, não teria feito.
- Ok, é claro que isso me deu um tesão da porra. Mas o foda é que agora tenho uma filha, Karen. Aquela época... Aquela era outra época, mana.
- Hum… e o que é que tem?
- Você sabe que não é simples... Bom, mas então você fez isso só por mim? Não foi por você também? Não estava de fato curtindo a Monique?
- É claro que eu estava, rs. Não enganei ela, não. Eu sempre achei ela um tesão.
- Tá, mas e em relação à Vick?
- Acho ela um tesão, também
- Não, caralho, tá doida? Kkk. Não é isso que tô perguntando. Você tá de olho na minha filha, é? Karen, se liga, não quero qu…
- Relaxa, só falei o óbvio, você sabe que ela está lindíssimaO que eu perguntei foi em relação ao fato de ela ter descoberto tudo. A Monique me contou.
- Bom, a Vick… Maninho, o sol tá ficando forte! - ela se levanta e começa ir em direção à casa.
- Ei! Volta aqui! - ele observa se alguém mais estava por perto para poder dizer - Sua bunduda, volte aqui!
Karen olha para trás sorrindo, mas sem deixar de caminhar, e entra de volta na casa.
“Caralho, essa Karen é foda… O que ela tá querendo, afinal de contas?"
Bruno não resiste e vai atrás da irmã, que agora estava sentada na cama em seu quarto. Bruno entra e senta na cama.
- Me diz o que você ia falar sobre a Vick, Karen
- Nada, esquece, você não vai receber bem rs
- Não senhora! Agora diz!
- Ok… A garota paga pau pra você, rs
- … É compreensível, sou a figura masculina que estava ausente, agora cheguei e…
- Para, para! rs. Ela tá um doce com você, não se faça de bobo!
- Karen… A Vick é minha filha, se liga…
Karen olha fixamente de novo:
- “Eu vou comer você e a Monique, e engravidar as duas, pra depois foder quatro!” - ela recita com a voz dele, de anos atrás.
- Porra, você lembra de tudo o que é merda, hein? Não... Não repita isso, Karen, isso é loucura, já falei que a gente era…
- A gente tinha tesão, Bruno! Eu ainda tenho… Não sei você.
- Não, não quero esses papos, pelo menos com relação a minha filha, se liga.
- Bruno, querido Bruno. Se isso for verdade, olha pra mim sem dar risada.
- Para com essa porra, eu não vou olhar nada.
- Bruno, eu te conheço, não adianta, você deve estar até de pinto duro. Olha pra mim.
- Não vou olhar porra nenhuma - e ameaça sair, mas Karen segura o braço dele.
- Bruno, eu estou pedindo pra você olhar!
Bruno detestava negar algo à irmã quando ela usava esse tom, que ela só usava muito raramente, só quando algo era realmente importante. Era difícil negar, porque ela, por sua vez, fazia tudo por ele, tudo mesmo, e ela sempre foi assim. Era uma irmã rara nesse mundo.
- Ai, caralho, eu vou olhar, mas não vou rir, porque estou falando sério.
- Ok
Eles se olham. Olhos fixos um no outro.
- KKKKKKKKKKKKKKKKKK - Bruno começa a rir - Não valeu, você fez palhaçada!
- Não fiz nada! Eu estava séria!
- Ok, mas não valeu dessa vez, a verdadeira é agora!
- Ok, então, não ria e me prove que não está percebendo certas coisas…
- Que coisas?
- Ah, Bruno… Sua filha tá doidinha por você… Ela tá confusa, claro, eu concordo… Mas é óbvio que ela tá com paixonite. E no fundo você sabe disso.
- Eu não percebi porra nenhuma, não viaja. Cara, olha o que você está falando, imagina se a Monique escuta algo assim, Karen! Para com isso...
Eles se olham, olhos nos olhos. Sérios.
- KKKKKKKKKK
- Tá vendo? Você é um safado, não consegue negar. Você acha sua filha um tesão.
- Para com essa porra, Karen, isso não prova nada, você está louca, é?
- Ok, então, rs. Eu não te conheço, então, né?
- … Vamos mudar de assunto. Você está muito bonita, sério.
- Você sabe que quando quiser dessa beleza é só bater na porta.
- É, eu estava pensando nisso.
- Quer uma chupeta?
- Não, a Monique pode chegar a qualquer momento
- A Monique fodeu comigo, Bruno, para de ser bobo!
- Sim, mas eu estava preso, e ela se arrependeu e...
- Ontem ela me beijou na cozinha
- Ah, vá se foder, você está mentindo!
- Eu vou te perguntar só uma vez. Só uma! Eu já menti pra você?
Bruno sabia que a irmã não mentia para ele. Era foda isso, mas ela realmente não mentia pra ele.
- Ok, por que ela te beijou?
- Eu pedi. Mas se você quiser, não peço mais
- Porra…
- Devo parar?
- Kkkk
- Devo parar, Bruno?
- Eu não ligo se vocês estão tendo algo, apenas isso.
- Você não está com o pau duro?
- O que você está pretendendo, Karen?
- Só vou dizer se admitir que acha sua filha gostosaTsc!... Ela é, ok. Agora me diga o que está acontecendo
- Ok. A questão é a seguinte: se você quiser... Veja bem, SE você quiser… Se não quiser, deixo pra lá..
- Tá, fala logo
- Se você quiser, consigo convencer a Monique para um sexo à três. Eu queria fazer isso pra você. Mas também queria muito, essa é a verdade.
- Ela nunca ia participar de algo assim, Karen. Nunca.
- Você achava, até dias atrás, que ela seria capaz de chupar uma buceta?
- ... Não
- Você tem noção do quanto fiz ela ficar safada na cama?
- Não é o estilo dela, ela é bem tranquila no sexo…
- Com você, talvez. Mas comigo ela virou uma puta.
- … Sério?
- Você não é ruim de cama, maninho, nunca foi, fique tranquilo. Talvez seja uma questão de química entre você e ela, algo que esteja faltando, sei lá. Mas comigo ela virou uma cadela no cio.
- Hum...
- E ela chupa muito bem… Parece que está chupando manga, se lambuza toda
- Ok, entendi seu ponto.
- Eu consigo, maninho. Só preciso que, no tempo certo, você finja descobrir que estamos nos pegando. E quando for o caso, não diga nada por flagra. Quando estiver a sós com ela, apenas diga que "tudo bem", que não liga muito. Não se importe. Apenas isso. Não tente tirar casquinha, não diga “Oba, quero participar aí no meio”, não diga que essa é sua fantasia. Não assuste ela. Apenas diga que está tudo bem, que não a condena, que não vai considerar como a traição, e que, desde que seja só comigo, não vai interferir. E não se intrometa, não pergunte nada a ela. Deixe ela confortável e segura, nos dê privacidade. Está claro?
- Sim, está. Eu sei onde você quer chegar.
- Ah, é?
- Sim. Quando ela descobrir que eu também estou fodendo você, não vai poder dizer nada, e vai ter a tendência de aceitar também. Pelo menos na teoria, né? E se tudo sair conforme está imaginando, sexo entre nós três será uma consequência natural. É aí que você quer chegar, não é?
- Não. Você pensa muito pequeno... Eu quero é que, depois de estarmos nós três juntos, o romancezinho da Vick por você fique cada vez mais evidente, e quando a Monique começar a reparar, eu estarei lá dizendo a ela que isso é apenas coisa da idade dela, que é melhor do que gostar de um cara qualquer da rua… Direi que na idade dela é normal esse tipo de desejo… que é só uma fase, e que não vale a pena fazer tempestade em copo d'água.
- Isso não bastará, a Monique nunca permitiria algo assim com a Vick
- Bruno, a essa altura a Vick já saberá de tudo o que acontece entre eu, você e a Monique. Que moral a Monique vai ter pra falar alguma coisa? A Vick viu ela chupando minha buceta na sala! E além disso, a essa altura meu namoro com a Monique estará normalizado na casa. Quando eu e a Monique já trocarmos beijinhos no meio da sala, sem esconder mais de ninguém, que moral ela terá para dizer à Vick que é errado dar uns beijinhos no pai?
- Na teoria faz sentido, mas na prática...
- A Vick, quando viu a mãe me chupando, reagiu como uma lady, sabia? Simplesmente achou “de boa”. Então quando estivermos eu, você e a Monique num relacionamento, a Vick saberá de tudo, será um assunto aberto entre nós. Até porque, não sei se você percebeu, mas a Vick adorou o período em que fiquei aqui com ela e a Monique. Ela foi a que mais sofreu quando fui embora. Então ela vai adorar saber que a mãe está comigo novamente, pode ter certeza, rs
- Mas não sei se quero envolver a Vick nisso tudo. Se fosse só eu, a Monique e você... Uau, funcionaria bem. Mas com a Vick eu não qu...
- Ah, você quer, eu te conheço! rs
- Tá bom, eu quero, no sentido de desejo, mas... Eu não quero querer, entende?
- Haha. Entendo sim. Mas sua filha quer…
- Ela não quer, é viagem da sua cabeça.
- Ela já falou pra mim, Bruno
- O que ela falou?
- Que te acha gostoso
- Isso é diferente de... querer dar pra mim
- Ela falou que gostaria de fazer o que a gente fazia naquela época em que tínhamos a idade dela rs.
- Mas que porra é essa, você contou pra ela???
- Pelo incrível que pareça, não.
- Quem contou?
- Longa história.
- Mas eu quero saber! Caralho, minha filha sabe que eu te comia? Puta que pariu, que merda.
- A Monique, bem antes de você ser preso, certo dia passou essa história a limpo comigo. Não foi uma discussão, ela apenas disse que entendia tudo, que não tinha nada contra mim, e que eram águas passadas. Ela nunca te contou sobre essa nossa conversa?
- Não.
- Certo. Foi uma conversa muito produtiva. Só que eu, burra, esqueci de apagar a conversa e minha filha leu tudo.
- Porra, essa Leona também, hein? E depois?
- Bom, a Leona foi logo contar à Vick.
- Puta merda… Então, a minha filha, a minha mulher e a minha sobrinha… todas sabem que a gente transava???
- Sim, e a Vick super admira o que nós tínhamos, Bruno, e admira o que eu tenho agora com a Monique.
- Olha… Eu estou muito confuso. Não vou negar que essa porra é excitante pra caralho, mas esse negócio de planejar parece muito maquiavélico… Vamos deixar rolar, ok? Eu apenas não vou interferir em nada. Isso posso prometer. Mas eu não vou te ajudar, só vou seguir o fluxo. Se isso der merda, vou dizer que não tenho nada a ver com isso. Tente o que quiser com a Monique. Não ligo. E, vamos ver o que acontece. Ok?
- Vai comer a sua filha quando chegar a hora? Promete?Responda, preciso sentir segurançaSe por um absurdo cósmico, QUE NÃO VAI ACONTECER, a Monique chegar em mim e dizer “Amor, pode comer sua filha, não vou ficar brava”, então é lógico que eu... vou... comer ela. Ok? Mas isso NUNCA vai acontecer, Karen.
- Ok. Então aguarde.