Eu amo meu marido #2 (Priscila)

Um conto erótico de Priscila
Categoria: Gay
Contém 5776 palavras
Data: 13/11/2024 19:34:40
Última revisão: 06/03/2025 11:27:15

2 (Priscila)

Eu amo meu marido.

Acordei ao lado de um passarinho de origami e sob ele um bilhete de meu marido. Dizia que eu não quis acordar por nada, haveria O amigo dele lá fora (pedia para eu ficar a vontade, ele era a segunda pessoa que mais amava no mundo), mandava eu comer (eu não havia almoçado), mandava eu ligar pra casa e dizer que dormi a tarde inteira e havia acabado de acordar.

Peguei o celular e me assustei eram quase oito, liguei pra casa e falei com minha mãe, ela disse que meu marido me fez falar enquanto dormia, eu resmunguei que queria dormir e chamei ele de chato, ela riu e disse que a gente gosta de brigar, eu brigo com o coitado até dormindo, rimos um pouco, pedi a benção e desliguei, era minha primeira noite longe de meus pais.

Me vesti e sai para tomar um banho, o cheiro que vinha da cozinha era maravilhoso, um cheiro de pão de queijo e café, inconfundível. Fiquei em choque, foi ver quem era O amigo dele e fiquei sem chão. Eles mal e mal se falavam.

O médico do plantão do sábado, era ele. Ele me sorriu, estava ali de short jeans, descalço, sem camisa, com seus óculos redondos de John Lennon, a barbinha rala, o cabelo de franja comprida e suas incontáveis tatuagens que eu nem desconfiava que ele tivesse, sorriu e perguntou se eu queria comer e tomar banho ou banho e comer. Banho.

Me levou até o banheiro, mostrou o sabonete líquido, xampu, sabonete íntimo, absorventes, cotonetes, toalha limpa pendurada no box esperando por mim. Depois de apontar tudo disse que eu poderia chavear a porta para ficar mais segura se quisesse. Saiu, fechei a porta e passei a chave, mas por instinto, deixei sem chave nas outras vezes. Demorei no banho e me perguntei em como eles se tornaram amigos.

Passei a mão no meu cuzinho e estava fechadinho novamente, mas respondia com dor à tentativa de invasão, uma dor ruim, uma dor que não queria toque nem argumentos, não queria, não deixava, não podia. Terminei o banho e coloquei um absorvente na calcinha que tinha de usar novamente, fiquei grata

Saí e me espantei com o amigo dele, enfim. Foi ele quem disse que a minha cara de espanto era hilária. Me disse que são amigos há mais de dez anos, disse que estava morando na rua, trabalhava como pedreiro com meu marido, mas foi ajudado, meu marido disse que eram irmãos e acabou que a dona da pensão aceitou mais um, aceitou fazer um preço menor, ele era novinho, havia saído de casa onde os irmãos se drogaram e se prostituíam, não queria o mesmo queria ter uma cozinha com sopa do dia anterior (eu estava tomando naquele momento), café e pão de queijo. Contou sobre a amizade com meu marido.

Nenhum dos dois gostava de falar sobre serem irmãos porque ambos vieram de famílias péssimas, mas eram isso, passei para os pães de queijo, eu gemia com o sabor e isso fez ele abrir um sorriso de orelha a orelha, ele falou que comentou que queria voltar a estudar e seu amigo o obrigou, passou na Federal, a outra opção era passar na Federal, então ficou na primeira opção que era mais fácil que a segunda, eu ri, ele era naturalmente falador e engraçado, descobri das trepadas que deram juntos, fodendo a mesma mulher ou tentando dar conta de cinco de uma vez, eu ria pra caramba, perguntei das namoradas de meu marido, ele disse que herdou três delas, a casada e as lésbicas casadas entre si, com os dois bolos que ele tinha, tava foda foder sem suporte técnico, eu disse que ele dava conta, mas me senti roubando algo importante do meu homem.

Ele deve ter percebido, disse que meu marido estava na melhor fase de sua vida desde que me viu há quase dois anos, que foi se despedindo disso aos poucos, não foi de uma vez, como se aproximar de mim. Ele comparou a deixar um lugar em direção a outro, a medida que ele se despedia de uma fase de sua vida, mais perto de mim ficava e eu era tudo o que ele sonhou.

Ficou super vermelho e disse que ouviu o finalzinho, mas precisava pegar a carteira que havia esquecido em casa, foi flagrado quando meu marido saia do quarto em direção ao banheiro, se abraçaram e meu marido chorou dizendo que eu era mais do que ele esperava, mais do que sonhara, mais que perfeita. Eu chorei, sei lá, não esperava que tudo o que fosse dito fosse real.

Ainda não conversamos sobre planos para o futuro, filhos ou não, viajar ou juntar para um lugar só nosso. Falei sobre isso, ele falou que a gente tinha planos parecidos, que éramos muito próximos no jeito de pensar e sentir ou meu marido não teria insistido tanto por tanto tempo, eu disse que uma de nossas bases era a amizade, ele concordou. Falamos de mim, dele, de meu marido, da inveja que ele sente pelo carinho que meu marido tem por meus pais, gargalhei de verdade. Ficamos falando, limpado a cozinha, de repente meu marido estava abrindo a porta, junto com ele outro homem, o terceiro morador, não gostei dele, era mais novo, uns vinte talvez, irmão mais novo do médico, agora também meu amigo, estudava computação, pelo que ouvi depois era boa gente, só que em outra frequência.

Jantaram enquanto nosso amigo falava que ia dormir, sábado são vinte e quatro horas de plantão. O rapaz disse antes dele sair que arrumou um emprego, ia assumir em umas semanas, assim que chegassem as férias, em outro estado, eles se abraçaram e depois meu marido se uniu aos dois disse que seria ótimo ele ir embora e ficar limpo, talvez para sempre careta, o rapaz concordou e me olhou com vergonha, baixei os olhos.

Arrumei as poucas coisas na cozinha enquanto meu marido tomava banho, conheci o mapa geral do mundo dele. Ele me buscou e fomos para o quarto, as malas dele no chão, fiquei nua e fui me deitar. Ele estava tão ou mais cansado que eu, me colocou de ladinho e ficou de conchinha, falou que nosso amigo (Dr. Jarbas) estava com medo de eu não gostar dele e eles se afastarem, eu disse que preferia perder um braço a dar esse custo ao coração do meu amor. O pau dele reagiu na hora e eu me acendi, digo no rabo, de ladinho, gel, o dedo dele entrou fácil, fiquei cismada, eu não consegui e meu marido... ele disse rindo baixinho no meu ouvido que eu ia me acostumar, eu pedi para ele me encher de leite novamente, mas eu queria leite na boca.

Ele cuspiu na mão e passou na cabecinha apontou e retirou apontou para frente eu queria muito, ele também, mas ele recuou, não por medo algum, por estratégia, pegou o gel e lubrificou bem, entrou rápido e fácil, doeu sim, mas eu engoli o choro e matei as lágrimas, ficamos nos movendo como se fossemos serpentes, a cobra dele de tocaia dentro de meu buraco, ele não falava nada, eu também não, não era necessário, poderia ser falso, o momento não era de amor, era de cansaço, de tesão e de cumplicidade, o dedo dele sentia meu cabaço, forçava de leve, ele tirava minha mão de meu grelinho e dava tapinhas na minha boceta, eu engolia os gemidinhos e os gritinhos também, havia outros homens em casa.

Ele se levanta rápido e eu demoro dois segundos para entender, encho minha boca com sua rola e ele começa a grunhir soltando todo o seu néctar em mim, sinto as nuances do sabor, ele espera eu terminar de apreciar antes de me beijar, se estende de braços abertos onde me enovelo e durmo brincando com o peito firme dele.

Acordei com um despertador às cinco e meia, fila para o banheiro, o moreno, o mais novo dos três, o que eu antipatizei de cara e que morri de chorar quando foi embora, o que eu chamei de cunhando antes do outro (Aluízio), o que ouviu dos outros dois que era amado, pois bem, naquela época eu o chamava dentro de minha cabeça de chatinho, ele era, ele é ainda e sempre será, ele disse que a prioridade era para o doutor da casa, o irmão dele manda ele tomar no cu, meu marido revira os olhos, o chatinho diz que devemos voltar pra cama, que o doutor ligou para nossa chefe e informou que nós dois não iríamos nos próximos dois plantões, eram os presentes de casamento deles, os irmãos começam a se ofender mutuamente e eu que ainda não conhecia metade dos palavrões que se administravam.

Meu marido morria de vergonha, Aluízio bateu na porta, entrou em seguida e disse que o café estava pronto, não ia bater mas ouviu nossa conversa de como planejar essa folga, ele se esticou e disse que podia desaparecer em meia hora e voltar às dez da noite, eu disse que ele não precisava fazer isso, ele diz que eu faço um barulhão enorme na cama, ele disse que não queria ser intrometido ouvindo nosso sexo: Morri de vergonha, meu marido gargalhou e disse que ele foi invasivo, ele fica vermelho se atrapalha para pedir desculpas e sai com pressa.

O chatinho tinha algum nível de autismo, sofreu um monte de abuso moral em casa antes de pedir arrego ao irmão há uns seis anos antes disso. Eu não fazia ideia e minhas impressões capacitistas ficaram dando piruetas na minha cabeça. Tomamos café, meu marido disse que Aluízio queria o carro do doutor e ficou sem jeito de pedir, o cara o olhou e soltou um suspiro pelas narinas, disse para prestar atenção nos que desobedecem as regras de trânsito, pergunta se era ele quem ia levá-lo ao trabalho, meu marido diz que nós o levaríamos, os três, o carro só ia ser usado a tarde, junta as duas mãos e baixa os polegares, passa a língua no vão formado como se fosse sexo oral numa xoxota, peço educação revirando os olhos, baixaria, os três voltam a brigar.

Depois de deixar Jarbas, meu marido diz que meus pais são pobres e velhos e doentes, sentem-se abandonados pelos filhos e que me tirar de casa era adiantar suas mortes. Diz que se Aluízio saísse de casa agora corria risco de não terminar a faculdade, de terminar de qualquer forma, nas coxas, o certo era adiar essa saída até a faculdade acabar em um ano e meio.

E disse que Jarbas ficou bem acabado em saber que ia ficar sem os seus dois melhores amigos ao mesmo tempo; Aluízio diz pra mim que os três se viam como irmãos, mais odiavam a palavra e isso era a segunda coisa em que concordavam, a primeira era que trepar com mulher era bom demais. Aí eu gargalhei. Chegamos em casa e meu marido o apresentou aos meus pais, disse que o irmão do meio viria no dia seguinte depois do plantão, cansado e meio que sem opção, sequestrado, odeiam família, os três, os três precisava de uma referência boa de pai e mãe como eu tinha. E chorou.

Porra, eu amo meu marido.

Na manhã daquele sábado compramos outra cama de solteiro para meu outro cunhado, uma de casal para nós dois, foi faxina nos quartos, bagulhos e tralhas jogados no lixo, móveis sendo montados, terminamos exaustos às oito da noite.

Meu pai dizia que era a lua de mel mais mau feita do mundo, me chamava de tapada, devia estar exigindo meus direitos de esposa, eu só sorria grata, minha bunda doía como tudo, havia ficado viciada em levar puxões de cabelo, ser insultada, cuspidas na minha boca, tapas na bunda, nos peitos e na cara, minhas tetas estavam sensíveis e doloridas, meu cu era só uma lembrança do que havia sido antes, eu estava adorando essa folga, adorando perceber que depois da novidade iria durar, que talvez ele não dissesse que foi um erro, pedir desculpas e desaparecer. Eu não suportaria.

Passamos no apartamento dos meninos com meus pais, jantamos lá, pegaram roupas para Jarbas e meus pais agora tinham noção de onde eu estaria quando meu marido precisasse passar uns dias com os meninos.

Aluízio olhava para os meus pais e ficava estarrecido com a quantidade de amor que havia entre nós, um amor austero, às vezes áspero, mas que quando era necessário era tanto que um mar não poderia esconder, era um amor do tamanho que tem o céu, e eu ainda não sabia, só vim saber disso depois.

Jantamos, arrumamos tudo e voltamos para casa. Banho e conversa jogada fora com Aluízio e meus pais, fomos para o quarto que não era mais meu, era nosso.

Ele disse que sentia muito, mas eu ia ter de me contentar com uma chupadinha. Chupadinha é o cacete, ele me fez um oral... eu gritava dentro de casa, chamava ele de desgraçado, de gostoso e pedia para ele chupar mais minha boceta, gozei, segurei pelo tempo que pude e não aguentei, gozei, enchi a cara dele com o que eu achei que era xixi, mas não era, juro que eu não tinha nada na bexiga, tinha outro cheiro, esguichei na cara dele e ele com a boca aberta, voltou a me chupar, estava tudo hipersensível, ele mordeu ao redor, chupava os pequenos lábios como quem poderia arrancar pedacinhos, masturbou-me, disse que seria ainda melhor quando um ou dois dedos dele pudessem entrar lá dentro, passou a exigir que eu lambesse seu rosto e sentisse o gosto do orgasmo de uma puta, gosto de ejaculação de fêmea, meu gosto, eu estava tendo um prazer surreal em fazer minha língua percorrer o rosto dele, cada linha de sua beleza, ele massageava meu sexo, o dedo dele entrava e saia de meu cu.

Meu cu parecia revoltado contra mim, mas para ele não tinha obstáculo ou dor, meu corpo se arregaçava para meu marido, ele começa a massagear e diz que quando eu quisesse gozar podia ficar a vontade, senti o calor no espírito, um frio morno na pele algo inexplicável que me fazia suar e arrepiar ao mesmo tempo, ele diz que acordei a casa inteira, ele diz para eu segurar a voz, ele manda eu segurar a vontade, minhas mãos agarravam com angustia o lençol, não sei a cara que eu fazia, mas o sadismo dele era palpável como as paredes do quarto, ele ordena no momento em que eu não podia mais segurar, ou talvez por ele ter ordenado não fosse mais possível segurar o orgasmo, o jato que se projetou para fora da cama, e o sorriso dele morto de suor e cansaço, pau duro sem gozar, eu queria fazer algo a respeito, mas acordei às seis da manhã, ele se vestindo para ir buscar o doutor, me beijou e mandou eu descansar.

Ele voltou brigando, os três, ele mandou eu me cobrir e quando coloquei o lençol ao redor dos seios os outros dois entraram, o chatinho não queria mais o emprego, o doutor dizia que era culpa de meu marido e meu marido dizia que não mandava em ninguém. Gritei por minha mãe, ela bateu nas costas dos três, eu estava nua. Agradeci, ela sentou na cama e perguntou como eu estava, disse que eu gritei como uma mulher da zona (puteiro), lembramos nós duas de minha mãe biológica e morremos de vergonha, ela pediu desculpas, bateu na boca, foi a primeira vez que a vi chorando, a gente se abraçou, ela disse que meu pai comentou que nem toda quenga, nem todo bordel... e depois gargalhamos, ela disse que tinha muitas perguntas, estávamos a quinze minutos do culto.

Chegamos atrasados mas fomos, os seis; oramos, louvamos e demos graças, eu entreguei novamente meus pensamentos, meu corpo e minha alma ao Criador, entreguei meu marido e meus cunhados pela primeira vez, chorei na entrega e louvei, e senti a chuva que só se sente na alma. Eu não precisava de mais.

Almoçamos, Jarbas disse que era uma experiência mística (isso foi uma ofensa para meus pais), ele disse que voltaria, ficou em casa dormindo a tarde, minha mãe e eu na cozinha, ela não permite homens nesse lugar, me pergunta como é uma... morremos de vergonha, mas eu explico como foi ser chupada por meu marido.

Digo que minha mãe não podia saber, mas eu queria contar uma coisa a uma amiga que não fosse falar de minhas coisas a mais ninguém, ela enxuga as mãos na saia e me arrasta para o fundo do quintal, digo que ele me fez chupar o pau dele dentro do carro, depois da briga que nos fez casar, ela cobre a boca com as duas mãos, cospe no chão enojada, eu fiquei magoada e ela não percebeu, depois pergunta do gosto, eu digo que é como ter o homem todo dentro de minha boca, ela cospe novamente e depois percebe, se desculpa, fala sobre a novidade que era falar sobre isso com outra pessoa, era sua primeira conversa sobre sexo. Diz que o pai não era mais homem. Duvidei disse que ele podia não ser potente, homem ele ia morrer sendo, e certas coisas ele podia fazer, ela não era um molambo como [nome de três velhas fofoqueiras e fuxiqueiras de nossa rua], ela riu jogando a cabeça pra trás, falei das chupadas em meus peitos, de como meu marido fica doido quando encosta neles, ela disse que isso o velho gostava ela que não tinha paciência, mandei ela pedir, implorar, rastejar, homem gosta de pensar que é importante.

Minha mãe fala de meu ex noivo, fazia uns meses, ano e meio mais ou menos, era pai, ela diz que a mulher dele foi embora com ciúmes dos olhos dele em mim, eu disse que eu era a mais baixa das putas, mas era puta de um homem só, que todos os outros pra mim não tinham sangue nas veias, eram feitos de barro, e alguns de merda, não era o caso de meu ex, gostava dele, podia ter uma vida muito boa com ele, era certo de ter uma vida boa, sem problemas, mas era uma vida de vento, sem sabor, sem felicidade, vida sem vida. A velha estava danada pra chorar, falei no seu ouvido que ela ia segurar o pinto do pai e ela me deu uns tapas fortes, depois me abraçou e disse que ia brigar com Deus por nunca ter agradecido a mulher que me deu para ela criar, ela disse ter sete filhos, seis da barriga e uma que ela amava mais que aos outros, porque eu era a que mais amava ela. Então a gente ficou assim até a noite cair, revelando coisas que nunca dissemos.

Estavam os quatro tomando cerveja e assistindo futebol, sentei ao lado de meu marido, minha mãe fez o mesmo, meu pai diz que acabou a cerveja, minha mãe que havia acabado de sentar do lado dele se levantou pra comprar mais, Jarbas disse que ia ajudar ela a trazer.

Meu marido disse todo sem jeito que minha mãe estava sentando ao lado dele a espera de um carinho, meu pai sorriu com desdém, eu não queria ter aquela conversa, mas ele perguntou sobre o que conversamos no fundo do quintal, eu morri de vergonha, sou tímida, muito, morri de vergonha, uma coisa sou eu e meu marido a sós, outra é falar sobre isso com meu pai.

Ele é inteligente e perguntou novamente, disse que ela já voltava, o mercadinho era perto, falei que ela sentia saudade de ter intimidades com ele, de ser beijada, que antes ela escondia seus seios e agora ela... tampei a boca com as duas mãos, eu não tinha o direito de a expor. Meu marido disse que nada foi dito naquela sala, o chatinho disse que podíamos disfarçar, ela entra e pergunta o que queríamos disfarçar, ele diz que eu gritava como se meu marido me matasse com um machado, o doutor diz que não sabia que machado era o mesmo que piroca, minha mãe riu, meu pai ficou abismado, como ela podia rir com dois boca sujas, o segundo tempo recomeça, vejo a mão boba de meu marido em minhas coxas e eu olho para meu pai, ele observa e morto de medo resolve tocar minha mãe, ela fica tensa de medo, levanta, vai a cozinha, disfarça procurando azeitonas, falo que ele está fazendo a parte dele, a velha se ajeita, ajeita os peitos no sutiã.

Voltamos à sala, eu coloco o braço de meu marido em meus ombros e imediatamente ele desce o braço e segura meu peito por cima da camisa. Meu pai fica indignado, pede compostura na frente de meus cunhados. Aluízio disse que todo mundo ali sabe que somos casados e fazemos sexo, era impossível ignorar, que era difícil estar em casa ou próximo e evitar faíscas, ou o fogo morre. Meu pai sente muita vergonha, diz que a casa é dele, paramos. Ele pede desculpas à minha mãe e diz que antes de serem pai e mãe ela sentava no colo dele, disse que casou com ela porque ela tinha sangue quente e pergunta se ela queria sentar no colo dele como antigamente.

Ela diz que ela era uma velha, meu marido diz que meu sogro já era um vovô e isso ia fazer ele se sentir um garanhão, ele manda eu sentar no colo dele e tomar um gole de cerveja, nunca nem havia sentido o gosto, achei amargo, ele perguntou em meu ouvido se era amarga como seu leite, e eu virei dois goles para sentir o gosto, disse no ouvido dele que faltava sal, ele gargalhou e me beijou, passou as mãos nas minhas coxas e me beijou, eu disse que o amava, ele disse que sabia, queria saber se ele me fazia feliz, eu o beijei como se fosse a última, muito, sentia toda a felicidade do mundo, meus cunhados gritaram gol, não havia gol, gol foi meu marido que fez.

Meu pai disse que ia para o quarto tentar fazer a mulher fazer barulho, minha mãe ficou morta, colocava a mão na boca para esconder o sorriso. Jarbas disse que precisava falar com meu pai. Minha mãe seguiu para o quarto só, meu amigo deu a meu pai um comprimido, mandou ele engolir e disse que no dia seguinte iriam conversar.

Meu marido se despediu de meu pai chamando ele de garanhão, meu pai levantou o dedo do meio e foi embora com um sorrisinho na cara. Ele estava feliz, raro ver isso nos meus pais.

Porra, eu amo meu marido, e ele me deu dois cunhados maravilhosos.

Jantamos as sobras do almoço, saímos para um sorvete. Perguntei se já rolou de algum dos três transar com uma mulher que o outro já havia... o doutor pergunta quem estava fodendo o casal lésbico e a casada, o caçula diz que acha uma injustiça não ter recebido nada do espólio, diz que come tudo pelas beiras, ia começar outra discussão, pergunto a Aluízio se ele os amava, ele disse que os dois mais velhos tinham muito mais experiências juntos, sofreram coisas parecidas juntos, eram mais unidos, não era o caso de não receber amor, recebia, muito, bastante, mais que merecia, mas era menos que o que os outros tinham um pelo outro. Meu marido disse que não ia rolar um boquete de indenização, antes de Aluízio protestar o telefone do doutor tocou.

Atendeu, era a casada, disse a ela que estava cuidando do irmão que estava se sentindo preterido, escanteado; ele diz que se pudesse levar o maninho pra plantar chifres maiores no corno seria melhor, a gente estava voltando depois da sorveteria, sentados num banco de praça, nada em nós chamava a atenção. A mulher na linha fala algo, meu marido entrega as chaves do carro e diz para usarem preservativo, a mulher era doída.

Pergunto se seriam três com a adultera se não fosse por mim, ele diz que não sente falta disso, pensei comigo, não sentia falta ainda. Ele diz que era um jeito leviano de falar adultera, eu digo que estavam chamando o marido de corno, ele fala que ele casou por conta da sociedade, era um gay passivo que se apaixonava fácil para perder rios de dinheiro com o próximo que o iria humilhar e se desfazer dele por ele ser velho, gordo, ele ficava na pior e batia nela, ela ficava péssima e o fazia de corno com caras mais jovens que ela, que ele, ele diz que ela o ama de verdade, não consegue se imaginar longe dele, ele também do jeito dele, ele nunca conseguiu se assumir, era complicado dizer quem sofre mais, certamente ela, era injusto colocar o nome de adultera, meu marido me pergunta se não era ele e seus comparsas os adúlteros. Certamente.

Ficamos meio tristes com esse assunto. Duas garotas, nem idade para isso tinham, chegam até mim e me pedem para ser apresentadas ao novinho, pergunto as idades, eu já sabia, meu marido manda voltarem em um ano, elas perguntam se ele estava namorando, não, em um ano podia estar, então não era pra ser. De repente ao redor de nós havia umas sete ou oito meninas de até a minha idade loucas pra casar, perguntavam o trabalho, a idade, se estavam namorando, meu marido se divertia, ele falava que estava no último ano de faculdade, estava para pegar o diploma no próximo novembro ou dezembro. Disse que era seu ano de investimento no futuro, pergunta quem estava fazendo isso, porque para passar um tempo se divertindo todas eram lindas o bastante, podia apresentar todas e depois da novidade era tchau pra todas elas, namoro era para o futuro, qual delas estava se preparando para o futuro. Era só pra ficar mal falada, periferia era como interior, ficava mal falada mesmo. Surgiu uma e eu a conhecia, era manicure, disse que estava fazendo curso para ser cabeleireira, na verdade já fazia isso, mas era bem amadora, estava sendo bem custoso separar a grana para o curso, mas ia melhorar de vida.

Uma outra disse que ela não ia deixar de ser pobre de toda forma, meu marido disse que o loirinho tatuado foi servente de pedreiro, sabe disso porque ele era o pedreiro, comiam pão com mortadela todas as noites, odeiam mortadela, odeiam pão francês. Era médico, três empregos, porque não podia apresentar a manicure ao ex-ajudante de obra, eles se orgulhavam muito da trajetória deles, meus olhos se encheram de lágrimas, ahhh, sou boba.

A manicure me deu seu nome, Cássia, eu disse que lembrava dela na escola a noite, a gente fez os mesmos anos em séries diferentes, ela era de minha altura, mais quadril, mais peito, mais escura, perguntei se ela era da umbanda, ela diz que sim, um monte de meninas faz um xi, como se eu tivesse autoridade para discriminar alguém, pergunto se um dia ela podia ir lá em casa e explicar como eram seus deuses, como eram as magias, ela disse que era assim, uma evangélica chama uma filha de Oxum pra conversar, isso é um milagre pra mim e um feitiço de sua mãe pra ela, eu nunca faria isso antes de meu marido, sou a mulher que dá o cu gritando, ora no templo e conversa com uma politeísta na praça, eu era a mesma, mas estava aumentando por dentro, só isso.

Voltamos pra casa com um telefonezinho só, meu marido ria quando olhava pra mim, era umas oito, ele e eu dormimos cedo, entramos jantamos com meus pais que na sequência foram dormir. Perguntei o que tanto ele via de engraçado em mim.

Ele perguntou se eu já havia pensado em abrir o relacionamento, nunca dá certo depois de um tempo, mas construindo desde a base a poligamia podia ser uma coisa boa. Ele diz que uma vez o doutor e ele tentaram se beijar e chupar o pau um do outro, não rolou, não sentiam atração foi muito ruim, parecendo violência contra eles mesmos, Aluízio disse que numa festa deixou um cara o beijar e passar a mão na bunda dele e depois disso surtou, quis partir pra porrada, mas segurou a onda se cumprimentaram quando ele se desculpou, não rolava. Ele pergunta se eu pensei em chupar a buceta da manicure enquanto ele me comia. Eu disse que ele estava maluco, ele sorriu.

Abriu o chuveiro e disse que eu não devia me precipitar em dizer nada, de um lado eu não tinha aberto para mim a possibilidade de sentir outra mulher comigo, por outro lado eu também não perguntei como ele ia se sentir em estarmos a três com outro homem. Ele me puxou para o chuveiro, ele diz que eu estava batendo punheta pra ele sem nem perceber, verdade, morri de vergonha novamente, cobri o rosto, ele disse que eu tinha de perder essa mania de me ver pequena sem o direito de poder segurar a rola do marido quando quiser, sem direito de dizer que se sentiu bem em estar rodeada por bocetinhas se oferecendo para nós dois, eu disse que era para os meninos, ele disse um cacete que era, esperaram eles saírem para se aproximarem falando as suas vantagens, mostrando as tetinhas em roupas que mal escondiam os mamilos, ele fecha o chuveiro, estávamos molhados.

Eu disse que era estranho falar sobre isso. Ele fala que eu ainda era virgem, a vizinhança deve falar de como eu sou boa de cama, como ele é sortudo, diz que estou louca para dar a bunda para ele, esfregando a traseira na sua coxa, empinando o rabo, falando pra minha mãe se oferecer novamente ao marido, mas eu ainda era virgem, ia oferecer o cabaço no dia seguinte, as coisas aconteceram mais rápido do que ele imaginava, mas ele não estava achando que estava indo rápido demais, pegou minhas tetas e as apertou, disse que eu sabia o prazer que era ter os peitos assim oprimidos, mas não sabia o que era apertar os peitinhos de uma outra menina como eu, o que era segurar um caralho em cada mão, eu não sabia.

Eu disse que era pecado, ele perguntou quantas mulheres tinha Salomão e o que elas faziam noites e noites sem serem escolhidas por ele, perguntou quem era Jonathas para o rei Davi, perguntou por que fazer o desejo se não pudesse ser consumado sem prejuízo a ninguém, fazendo as pessoas felizes. Por fim ele disse que fantasiar eu podia, mesmo que não quisesse fazer. Eu disse que fantasias são a sala de espera da realização. Ele me beija, pergunto se ele estava triste por não ter ido com os meninos foder a casada. Ele disse que estava triste por não ver Aluízio comendo a boceta, e o doutor e ele alternando entre boca e bunda; boca, bunda e boceta, bbb, e eu nua me masturbando enquanto a outra era preenchida em todos os buracos, eu colocando aquele brinquedo insuficiente, eu estava quase gozando, masturbando ele e eu tendo os peitos fustigados e ouvindo esse tipo de baixaria ao pé do ouvido. Eu precisava dar, ele abre o chuveiro de vez e me dá um banho de água fria, eu estava ainda mais precisada do gozo com o prazer interrompido, terminamos o banho, cama, ele usa os travesseiros como apoio, nu sentado de pernas abertas apoiado no espaldar de nossa cama nova comprada em dez vezes, presente de meu pai.

Ele diz que não vai fazer nada, nem se mover, era meu homem-objeto, gosto de ouvir isso, fico nua e meu corpo nu faz o caralho dele dar pulinhos para endurecer, eu o beijo, ele me toca, digo para ele não me tocar, ele desobedece, dou um tapa nele como os muitos que tenho levado, ele me sorri, porra, fico puta, quero enfiar a mão nele e comer esse macho com meu rabo, pego ele pelos cabelos, naquela época ele tinha, faço ele chupar minha boceta, ponho ele de quatro, chupo o cuzinho dele, os ovos, demoro muito ali, ele implora por um boquete, bato na sua bunda e exijo que ele rebole enquanto fodo seu rabo com a língua. Penso na manicure e no chatinho, agora, anos depois penso por que o chatinho e não o doutor?, mas pensei no chatinho e seu corpo magrelo sedentário, penso nele entrando em minha boceta, sinto os fluidos dela escorrendo para fora de mim, devia estar uma delícia.

Beijo meu marido, bato nele e seguro ele pela garganta, ele acompanha minha fantasia e se leva pela minha condução, “eu o jogo de barriga pra cima”, fazemos um meia nove, mando ele ficar quieto, abro a boca dele com os dedos e cuspo dentro ele chupa o fio que mantém minha boca e a dele como se fossemos aranhas, minha boceta esfregando-se na dela, duas bocetas unidas, se beijando, meu grelo brincando de espadachim com o dela, eu estava enlouquecendo, metia a piroca dele em minha boca e babei, babei pra caralho, depois fui sentando naquela coisa e entrou tranquilo sem dor, sem drama, sem frescura, só o prazer, disse para ele não se mexer, ele colocou as mãos nas minhas coxas, deixei.

Ele ia falar e eu disse que estava pensando, ele ficou puto, segurei a boca dele e ele aí sim ficou pistola, eu ria por dentro com meus pequenos prazeres permitidos, eu disse que era para ele ficar calado, o pau dele era muito parecido com o de meu marido, mas não tinha sei lá a mesma pegada de macho, esse era meio sem sal, parecia cerveja, ele ri, pega em meu pescoço e me traz de volta pra sua boca, ele me beija e pergunta se sua putinha sentiu falta do macho dela, a gente se beija, falo que meu cu estava da largura que ele queria, pronto pra ser comido sempre que meu marido quisesse. Ele me beija e diz que essa noite era na minha velocidade, digo que não estava mais aguentando, tinha de dar a boceta, ele diz que ia acabar sem ter forças nem pra sair da cama, eu pergunto como ele ia dar conta de mim e da manicure, ele acelera, mando ele ficar tranquilo, minha velocidade, minha noite, minhas fantasias. Ele diz que quando eu quisesse que ele fizesse era só avisar ia tentar segurar até eu pedir pra encher meu rabinho ou minha boquinha com porra.

Porra, eu amo meu marido.

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