– Você tá bem, amor? – perguntou Kadu, me puxando para um abraço, ao notar que eu estava distante. Senti o calor dele ao meu redor, mas era como se algo me prendesse a um peso que eu não conseguia dividir.
– Estou sim – menti, tentando soar tranquilo. – Só tô com muita coisa na cabeça, sabe? Esses trabalhos, o fim do bimestre... isso tá me matando.
Ele franziu o cenho, mas acenou, parecendo aceitar. – Entendi... Que tal a gente ir lá pra casa hoje? Passar um tempo só nós dois?
Senti um aperto no peito, mas forcei um sorriso. – Ah, amor, eu combinei com a minha mãe de ajudar ela hoje. – Outra mentira. Tantas que eu já estava me perdendo. – Mas juro que amanhã a gente passa a sexta inteira juntos, tá?
Kadu suspirou, aceitando minha resposta, e logo se distraiu quando Greg o chamou para conversar sobre futebol. Era como se ele quisesse me dar espaço, talvez respeitando a minha aparente preocupação. Mas isso só fazia o peso aumentar, e a verdade se esconder mais fundo.
Olhei para o lado e vi Giovanna, que parecia ainda mais inquieta que o normal. Estava estranha, quase ansiosa demais. Ela não parava de balançar uma das pernas, como se quisesse dizer algo, mas não conseguisse decidir se devia falar ou guardar o que sentia. Seus olhos estavam fixos em mim, mas desviavam rapidamente sempre que eu a encarava.
– Amiga – murmurei, tocando sua mão levemente. – Tá tudo bem? Você tá bem mesmo?
Ela hesitou antes de responder, sua voz saindo baixa e tensa. – Tô, só um pouco ansiosa... Acho que é por causa das provas também.
Eu arqueei uma sobrancelha, sem acreditar muito. – Giovanna, sério? Desde quando você se importa com prova? Isso não parece você.
Ela mordeu os lábios, e pude ver seu desconforto, o que só aumentou minha preocupação. – Ai, Yago, por favor, não se mete nos meus sentimentos, tá? – A voz dela saiu um pouco mais ríspida do que eu esperava.
Eu recuei um pouco, surpreso. – Desculpa, Gio... Eu só queria entender. Se precisar, tô aqui.
Ela me olhou com os olhos cheios de algo que eu não conseguia decifrar, mas seu rosto estava rígido. – Não precisa se preocupar comigo, tá bom? – E olhou rapidamente para Kadu, antes de voltar o olhar para mim. Parecia que tinha algo entalado, algo que não queria deixar escapar.
Kadu, que estava de volta à conversa, notou o tom de voz entre nós dois e franziu o cenho. – Tá tudo certo por aqui?
Giovanna virou o rosto na direção dele, mas não parecia disposta a responder. Eu tentei abafar a tensão, mesmo sem entender o que estava acontecendo.
Kadu olhou para Giovanna com uma expressão de desconfiança. Ele sempre soube que ela tinha um gênio forte, mas essa atitude dela me pegou de surpresa. Ao invés de responder, ela apenas bufou, cruzando os braços como se a nossa conversa fosse insignificante.
– O que foi, Giovanna? – Kadu perguntou, um pouco mais sério, notando a tensão no ar.
Ela ergueu o olhar, claramente incomodada. – Nada, Kadu. Eu só não tô no clima pra ser interrogada, tá? O Yago faz um drama por qualquer coisa e você vem correndo pra defender ele...
Fiquei sem reação por um segundo, e Kadu deu um passo à frente, os olhos arregalados. – Drama? Ele só tava preocupado com você! – Sua voz saiu mais alta do que o normal, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam por perto.
– Preocupado? Ele nem me conhece direito! – rebateu Giovanna, jogando as mãos ao lado do corpo com frustração. – Você acha mesmo que eu preciso de preocupação agora? Ele mal chegou e já quer saber de tudo, o que tá rolando?
Kadu respirou fundo, tentando manter a calma, mas eu conseguia ver que ele estava irritado. Ele olhou para ela, com o semblante sério, antes de responder. – O Yago é meu namorado, Giovanna. E ele se importa com você porque é assim que ele é, tá? Se ele quis te perguntar algo, foi porque ele te considera! E você devia, pelo menos, ser um pouco mais grata por isso, ao invés de fazer esse show.
Ela riu, sem humor, e desviou o olhar. – Eu só acho que ele se mete demais. Vocês mal estão juntos e você já age como se ele fosse a única pessoa na sua vida!
Aquelas palavras foram como um tapa. Eu não queria causar um distanciamento entre eles, e me senti um pouco desconfortável. – Gente, não precisa ser assim… Giovanna, desculpa se eu te incomodei, sério, eu não quis…
– Yago, fica fora dessa – Kadu me interrompeu, com uma mão levantada, sem tirar os olhos de Giovanna. – Giovanna, eu já te disse isso antes: você tem que respeitar meu relacionamento. Eu gosto do Yago, e não vou ficar ouvindo você falar dele assim. Ele se preocupou com você, não fez nada de errado.
Giovanna apertou os lábios e lançou um olhar desafiador para Kadu. – Claro que você gosta, né? Ele é tudo pra você agora… E eu? Desde que ele chegou, parece que eu deixei de ser a sua prioridade.
Kadu balançou a cabeça, incrédulo. – Isso é uma bobagem, Giovanna. Você é minha irmã, eu te amo, mas o Yago é meu namorado. Eu posso gostar de vocês dois, entende? Ninguém tá competindo aqui. Não precisa fazer isso ser mais difícil.
Giovanna parecia magoada, mas também estava com uma raiva velada, como se estivesse segurando algo há muito tempo. – Ah, claro… Eu é que sou a errada então? Tudo bem, Kadu. Se é assim, boa sorte.
Ela virou as costas, caminhando rapidamente para longe de nós, sem olhar para trás. Kadu suspirou, visivelmente abalado, enquanto a assistia partir. Eu coloquei a mão no ombro dele, tentando aliviar um pouco a tensão.
– Desculpa… Não queria causar essa briga.
Ele balançou a cabeça, ainda olhando para o ponto onde Giovanna tinha desaparecido. – Não é sua culpa, Yago. Ela precisa entender que não é fácil pra mim também, equilibrar tudo. Mas… ela vai entender, eventualmente.
Nós nos entreolhamos em silêncio, cada um absorvendo o que acabara de acontecer. Eu só esperava que Giovanna realmente entendesse, porque eu não queria ser a razão de uma rixa entre eles. Mas, ao mesmo tempo, a sensação de ter o apoio de Kadu me deu um alívio. Eu sabia que ele me amava, e isso bastava naquele momento, mesmo que eu não merecesse.
O restante do dia passou se arrastando, ou talvez fosse apenas minha ansiedade em encontrar com Bia. Cada minuto parecia eterno, enquanto eu tentava manter minha mente ocupada, mas o pensamento daquele encontro persistia. Finalmente, quando as aulas terminaram, despistei Kadu, inventando uma desculpa qualquer, e fui ao local combinado.
O ambiente era um restaurante elegante e discreto, com mesas bem distribuídas em um canto mais afastado, onde a luz era mais suave, quase acolhedora, mas com um ar de segredos pesados. Bia estava sentada em uma dessas mesas, com uma taça de vinho na mão, os dedos longos e bem cuidados tocando o vidro como se fosse parte de um ritual. A expressão em seu rosto era séria, fria, o tipo de olhar que fazia qualquer um hesitar em se aproximar.
Assim que me viu, ela levantou os olhos e fez um breve sinal, me indicando para sentar.
– Quer beber algo? Eu pago – disse ela, com uma calma calculada, como se soubesse mais do que deixava transparecer.
– Não precisa – falei, tentando manter uma postura firme, embora por dentro eu sentisse um certo desconforto em estar ali.
Ela, no entanto, ignorou minha resposta e fez um sinal para o garçom, que logo se aproximou, servindo-se com uma postura impecável. Bia olhou para ele com um ar de autoridade, como se aquele pedido fosse uma ordem, e não uma simples solicitação.
– Pode trazer dois carpaccios e um mojito para o meu convidado – disse ela, sem tirar os olhos do garçom, mas com um tom que deixava claro que ela não aceitava um “não” como resposta.
Revirei os olhos e tentei insistir: – Disse que não queria beber.
Bia inclinou-se para frente, segurando minha atenção com um olhar firme e determinado. – Mas você vai precisar – ela respondeu, cada palavra dita com uma seriedade que me fez engolir em seco.
O clima ao redor parecia ter mudado. Eu sentia uma tensão crescente, uma inquietação que me fazia querer levantar e sair correndo, mas sabia que precisava ouvir o que ela tinha a dizer. Tomei um fôlego, tentando reunir coragem para enfrentar o assunto, embora o estômago já estivesse embrulhado de ansiedade e um leve medo que eu tentava esconder.
– Então para de enrolar e me conta logo o que você sabe do Marc – falei, deixando escapar um tom irritado, como se isso pudesse mascarar a inquietação que eu sentia por dentro.
Bia ficou em silêncio por um momento, seus olhos avaliando cada detalhe do meu rosto, como se estivesse decidindo por onde começar.
Bia ergueu a sobrancelha com um sorriso enigmático, como se estivesse gostando do meu incômodo. Ela deslizou os dedos pela borda da taça de vinho, os olhos fixos em mim, avaliando cada movimento, como se estivesse decidindo o quanto deveria revelar. O ambiente ao nosso redor era silencioso, quase sombrio, iluminado apenas por algumas lâmpadas amareladas que pendiam do teto, dando à cena um ar tenso e intimidador.
– Calma, garoto – disse ela, com um tom seco. – Eu sei que você quer respostas, mas tudo a seu tempo. Coisas assim precisam ser tratadas com calma e inteligência. Eu estive observando você e Marc, sabia?
Minha garganta secou. Aquela conversa estava me deixando desconfortável, e ela parecia ter total controle sobre a situação. – Observando? – perguntei, tentando não deixar o nervosismo transparecer.
Ela deu um gole lento no vinho, deixando que o silêncio me torturasse. – Sim, Yago. Não é de hoje que eu percebo o que está acontecendo entre você e o pai do Kadu. E, sinceramente, eu não esperava isso de você... mas, ao mesmo tempo, não me surpreende. Marc tem um... talento para manipular as pessoas.
A menção de "manipulação" fez meu estômago revirar. Me remexi na cadeira, sentindo uma onda de culpa e raiva se misturarem. Eu não estava orgulhoso de nada daquilo, e ouvir de Bia que ela sabia de tudo tornava a situação ainda mais pesada.
– Escuta, Bia – comecei, com a voz mais firme do que esperava. – Se você está aqui só pra jogar na minha cara o que eu já sei que é errado, não precisa se preocupar. Eu já carrego essa culpa comigo todos os dias.
Bia riu, uma risada fria e seca, que não combinava com o olhar penetrante que me direcionava. – Yago, você acha que eu me importo com a sua culpa? Você acha que eu tô aqui pra julgar você? Não, querido... Eu estou aqui porque quero que você me ajude a acabar com Marc. Ele já fez isso antes.
Minhas sobrancelhas se franziram automaticamente. Aquilo era novo. – Fez isso antes? O que você quer dizer com isso?
Ela se inclinou um pouco mais sobre a mesa, como se estivesse compartilhando um segredo sombrio e perigoso. – Marc sempre foi... problemático, desde que o conheci. Kadu não faz ideia de quem o pai realmente é. E quando eu digo que ele já fez isso antes, estou falando de manipulação, mentiras, traições. Ele já destruiu vidas, Yago. A questão é: você vai querer fazer parte disso ou vai ajudar a acabar com isso?
Meu coração batia rápido, e minha mente estava dividida entre me afastar e ouvir o que mais ela tinha a dizer. – E por que eu acreditaria em você? Como sei que você não tem alguma intenção de prejudicar o Kadu ou... ou eu mesmo?
Ela soltou a taça de vinho na mesa, um pouco irritada, e me olhou nos olhos. – Porque eu sou a mãe dele, Yago. Se tem uma pessoa nesse mundo que quer proteger o Kadu, sou eu. Eu só estou te mostrando que você tem uma escolha. Marc não vai desistir de você tão facilmente, e, acredite, ele não se importa nem um pouco com o que isso vai fazer com o Kadu.
O garçom chegou com o carpaccio e o mojito, mas eu estava tão absorvido na conversa que nem percebi. Bia esperou o garçom se afastar antes de continuar.
– Você pode me ajudar a acabar com ele, Yago – disse ela em um tom firme. – Posso reunir provas. Posso fazer com que ele vá pra cadeia, onde merece estar.
Respirei fundo, tentando processar tudo o que ela tinha acabado de dizer. Ela sabia de tudo, de cada detalhe, e estava me oferecendo uma saída, uma chance de talvez redimir todas as mentiras e traições. Mas... isso significava trair Marc.
– Bia, eu... – hesitei, sentindo o peso daquela decisão se alojar no peito. – Não é tão simples assim. Você não entende...
Ela me interrompeu, balançando a cabeça impaciente. – Ah, eu entendo muito bem. Marc é manipulador. Ele é perigoso. E se você continuar nessa relação, vai acabar da mesma forma que outras pessoas antes de você. Ele destrói vidas, Yago, e depois joga as pessoas fora como se fossem nada.
Eu engoli em seco, desviando o olhar para a bebida que estava à minha frente. Tudo parecia rodar. A ideia de trair Marc, de ajudar Bia a colocá-lo atrás das grades, era tentadora, mas ao mesmo tempo assustadora.
– Você disse que o Marc já havia feito isso antes – perguntei, tentando manter a voz firme, mas sentindo um arrepio ao pensar nas implicações. – O que quis dizer? Ele já ficou com algum amigo do Kadu?
Bia suspirou, desviando o olhar como se revivesse uma memória incômoda. Ela tomou um longo gole do vinho antes de continuar, escolhendo as palavras como quem manuseia algo delicado.
– Ano passado, eu peguei ele na cama com um ex-namorada do Kadu – ela confessou, a voz carregada de frustração e uma mágoa mal disfarçada. – Marc tem uma... obsessão por tudo que é do nosso filho.
Ao ouvir isso, senti o chão tremer sob mim, como se todo o meu mundo estivesse desmoronando. O coração acelerou, e meu estômago se revirou com uma mistura de nojo e incredulidade. Aquela revelação trazia um peso insuportável, a imagem de Marc manipulando e usando as pessoas próximas de Kadu só para satisfazer um desejo doentio.
Bia, do outro lado da mesa, manteve o olhar fixo em mim, tentando avaliar minha reação. Seus olhos brilhavam de determinação, como se ela esperasse que, a partir desse ponto, eu compreendesse a gravidade do que ela estava contando.
O ambiente ao redor parecia se fechar, o som das conversas e risadas distantes era abafado pelo peso da revelação que pairava entre nós. Eu mal conseguia respirar, e cada detalhe daquele restaurante — o cheiro do vinho, a música suave de fundo, o farfalhar discreto das toalhas de mesa — parecia aumentar minha claustrofobia, prendendo-me ali.
– Por que você não fez nada? – perguntei, a voz saindo mais tensa do que eu queria. – Como deixou isso acontecer com o Kadu?
Bia abaixou a taça com firmeza, seus olhos cintilando com uma mistura de culpa e raiva.
– Porque, naquela época, eu ainda acreditava que poderia controlá-lo, fazer com que ele parasse – disse ela, quase num sussurro, enquanto olhava para baixo. – Mas agora eu vejo que estava errada. Ele sempre escapava, manipulava... até que percebi que precisava de alguém de dentro para acabar com isso.
A intensidade das palavras dela fazia minha cabeça girar. Sabia que estava me envolvendo em algo perigoso, mas a ideia de confrontar Marc e expor tudo parecia um abismo ainda mais profundo.
O olhar de Bia ficou mais pesado, uma sombra passou por seu rosto enquanto ela observava o líquido vermelho na taça, girando-o com a mão trêmula. Ela respirou fundo, como se as palavras que estavam por vir fossem difíceis até de pronunciar.
– Aquela menina... – começou ela, a voz abafada e fria. – Ela simplesmente sumiu. Ninguém nunca mais ouviu falar dela. A família acredita que ela saiu para uma festa e nunca voltou. Mas eu sei que não foi assim.
Um calafrio subiu por minha espinha, enquanto as implicações do que ela dizia tomavam forma na minha mente. Cada palavra soava mais pesada que a anterior, como se ela estivesse me arrastando para um abismo que eu mal tinha imaginado existir.
– Como assim "sumiu"? – murmurei, quase sem acreditar no que ela dizia, tentando organizar os pensamentos. – Você acha que Marc...?
Bia assentiu lentamente, os olhos fixos nos meus, transmitindo uma certeza fria e sombria.
– Tenho certeza que Marc teve algo a ver com o desaparecimento dela. A família foi convencida por uma história de que ele simplesmente saiu para uma festa e nunca voltou. Eles sofreram, procuraram, e a polícia investigou, mas tudo acabou sem solução. O caso esfriou. – Ela fez uma pausa, o rosto visivelmente contorcido por uma mistura de culpa e raiva. – Mas eu... eu sei que isso não foi um simples sumiço. Marc tem suas maneiras de se livrar das pessoas que se tornam inconvenientes para ele.
Meu estômago revirou com a revelação, e eu precisei de alguns segundos para absorver o que ela estava dizendo. Era como se de repente eu estivesse em um filme de suspense, só que cada detalhe, cada revelação, me deixava mais consciente de que tudo aquilo era terrivelmente real.
– Você tem provas? Alguma coisa? – perguntei, a voz saindo quase como um sussurro. Parte de mim queria que ela estivesse errada, que fosse apenas uma suspeita infundada.
– Não, mas eu tenho certeza – ela respondeu firme, com uma frieza que me fez perceber o quanto essa desconfiança vinha a corroendo há tempos. – Vivi com Marc tempo suficiente para entender o que ele é capaz de fazer. Eu conheço cada gesto, cada mentira.
Ela se inclinou para frente, me encarando de forma quase desesperada.
– E é por isso que eu preciso da sua ajuda, Yago. Ele tem que parar, antes que alguém mais acabe como aquele menino.
O peso da proposta dela me atingiu em cheio. A ideia de fazer algo contra Marc parecia impossível, mas o medo de que Bia estivesse certa sobre ele era mais sufocante ainda. Eu mal conseguia respirar, e o ar ao nosso redor parecia denso, carregado com o segredo que ela acabara de compartilhar.
– Mas... o que eu posso fazer? – perguntei, o coração martelando no peito. – Você quer que eu... que eu ajude você a...
– Sim, Yago – interrompeu ela, a voz carregada de determinação e tristeza. – Se você continuar se encontrando com Marc, poderá conseguir provas, ou ao menos informações que mostrem o tipo de pessoa que ele realmente é. Eu sei que isso é pedir muito, mas precisamos colocar um fim nisso.
A raiva e o desespero em seus olhos deixaram claro que ela já tinha planejado esse momento, talvez por muito tempo.
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Galera, estou sentindo falta dos comentários! Isso é o que moti a não escritores! ♥️