O passageiro da estação Piacenza
Avistei-o por volta das 07:00h na plataforma assim que o trem parou na estação naquele final de janeiro, em um dia bastante frio, de garoa fina e um vento inclemente que teimava em adentrar até os ossos. Estava absorto em pensamentos de que argumentos usar durante a defesa de um cliente corporativo em relação ao Fisco, o caso vinha me tirando o sono há duas semanas por não encontrar uma justificativa que faria o juiz refutar a acusação de sonegação. Porém, esqueci completamente o caso quando o vi se aproximar das portas que tinham acabado de abrir para o embarque dos passageiros. Era um garotão lindo, alto, corpo bem definido, cabelos que não chegavam a ser loiros devido ao tom acastanhado claro e que estavam em desalinho, embora isso o deixasse com uma aparência ainda mais jovem e um tanto quanto rebelde. Devia ter por volta de 20-21 anos, no máximo; trajava um jeans que se amoldava às coxas grossas e a uma bunda proeminente e carnuda como raras vezes se vê num homem; usava uma jaqueta e um cachecol de tricô que enrolara no pescoço deixando uma ponta pender para as costas e a outra para a frente. A pele do rosto era tão lisa e clara como a da bunda de um bebê, o contorno tinha linhas suaves embora sua ossatura fosse larga. Nele se destacava a boca de um formato muito sensual, realçada pelos lábios de um vermelho parecido ao que se pode observar através do reluzir cristalino de uma taça de Cabernet Sauvignon. Ele os devia ter coberto com um protetor labial devido ao frio, o que lhes acrescentava um aspecto úmido e sedutor. Um dos ouvidos estava preenchido por um earbud, desses que a rapaziada vinha usando ultimamente. Trazia no mesmo ombro uma grande pasta com alça para desenhos técnicos de couro e um tubo telescópico com a mesma finalidade.
Ele escolheu o mesmo vagão no qual eu me encontrava, para minha felicidade. Caminhou pelo corredor até as poltronas da fileira que eu ocupava, no outro extremo, também junto às janelas. Seus movimentos eram coordenados e suaves, como os de um gato. À medida que percorria o corredor, todos se viravam para ele atraídos pela beleza ímpar daquele rosto e do corpo escultural. As duas senhoras sentadas à minha frente espicharam as cabeças por sobre os assentos para acompanhar o deslocar gingado dele, até ele se acomodar na poltrona. Antes de se acomodar na poltrona, desviou ligeiramente o olhar na minha direção e com uma voz nítida e suave me dirigiu um – Buongiorno – que retribuí mais intensamente e com um sorriso meio abobalhado, apesar de eu achar que não.
Eu estava com os braços apoiados sobre a mesa à minha frente com o celular nas mãos, e até me esqueci o que estava fazendo ou querendo fazer para o estar segurando. O trem começou a se movimentar saindo lentamente da estação para algumas centenas de metros adiante, começar a acelerar até atingir 225 Km/h poucos minutos depois. Eu não queria parecer indiscreto, mas não conseguia tirar os olhos dele, como que hipnotizado por sua beleza. Garotões sempre me excitaram, embora quando mais jovem, tenha lutado para sublimar o tesão que sentia o que, de uns anos para cá, não reprimia mais. Ele percebeu que eu o observava com um interesse fora do comum, mas não se virou na minha direção, apenas seu olhar de soslaio me dava essa certeza, e manteve uma postura para parecer indiferente, embora fosse fácil deduzir que se sentia lisonjeado com meu olhar escrutinador. Essa atitude começou a me deixar de pau duro. Tive que me ajeitar no assento quando a ereção se tornou tão volumosa que ficava cerceada pela cueca comprimindo minha pica. Não foi o suficiente, pouco depois me vi obrigado a levar uma das mãos até ela e posicioná-la rente a minha coxa, pois já tinha saído pela abertura da cueca. Ele acompanhou tudo com o olhar atento, mas disfarçado, e pareceu gostar do que estava acontecendo comigo. Talvez estivesse até se rindo por dentro por eu estar naquela situação constrangedora. Resolvi assumir a ereção, seria menos embaraçoso do que tentar camuflar algo daquele tamanho, e abri ainda mais as pernas para que ele pudesse admirá-la, algo que instintivamente percebi que ele estava fazendo.
Fazia pouco mais de três meses que eu percorria o trajeto Bolonha-Milão duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, desde que meus dois sócios e eu resolvemos abrir outro escritório em Milão, dado o volume de clientes que nos procuravam naquela cidade. Eu nunca o tinha notado antes, talvez ele também tivesse começado a fazer o trajeto recentemente; pois uma coisa era certa, se ele pegasse o comboio regularmente sua figura sedutora não me teria passado batida. É um tanto vergonhoso um quarentão como eu admitir, mas eu não deixava nenhum rapagão nos moldes dele passar por mim sem que me sentisse instigado a abordá-lo com o intuito de meter minha rola no cuzinho deles.
Talvez esse comportamento ainda fosse reflexo dos meus tempos de faculdade quando enrabei um homem pela primeira vez, me levando a desfrutar um prazer jamais imaginado. Tratava-se do meu colega de quarto na universidade. Já nas primeiras semanas de convívio senti-me tremendamente atraído por seu corpo esguio, que tinha uma aparência frágil, quase feminina, mas que transbordava uma energia peculiar. Toda vez que o via em trajes íntimos ou totalmente nu sob a ducha, minha rola imediatamente despertava e não me dava sossego até eu bater uma punheta e esporrar aliviando os bagos. Certa feita criei coragem e sutilmente o abracei por trás enquanto ele se barbeava diante do espelho apenas com a toalha de banho enrolada na cintura. Ele não me rejeitou, deixou que eu amoldasse meu corpo às curvas do ele e esboçou um sorriso libidinoso. Ao mesmo tempo em que escanhoava o rosto para remover a barba rala e quase imperceptível, mesmo após uma semana sem a fazer, eu roçava a ereção em suas nádegas fazendo-o arfar mais intensamente à medida que o tesão se apoderava dele. Acabei empurrando minha caceta para dentro do cuzinho dele, e vi com uma satisfação exultante, a expressão de dor se formando na imagem refletida no espelho enquanto uns gemidos afloravam de sua boca. A sensação de posse foi algo indescritível, prazeroso; aquele corpo quente era todo meu, estava ali para me satisfazer e eu o fodi apossando-me de sua virgindade. Transei com ele durante os quatro anos de faculdade, e não tenho dúvida de que foi ele o maior responsável por eu ter me formado com bom desempenho e louvor, por ter me retido em seus braços em nosso quarto, entrelaçados e debruçados sobre os compêndios jurídicos, e recusando sistematicamente os convites dos meus amigos boêmios que se embriagavam em noitadas extravagantes. Uma parte deles nem chegou a se formar e, os que conseguiram, o fizeram com um desempenho pífio. Senti um enorme vazio quando nossas vidas tomaram rumos diferentes em regiões distintas do país. Contudo, desde então, nunca mais me esqueci dos prazeres que fizeram todas as fibras do meu corpo vibrarem quando meu pau estava atolado no cuzinho de outro homem.
Casei-me muito cedo, fruto da intemperança, de não conseguir manter a estrovenga dentro das calças. As garotas também não colaboravam muito, se atiravam em meus braços querendo que eu lhes preenchesse as vaginas; mesmo que algumas, depois de sentirem meu pau grosso alargar suas vulvas, reclamassem do estado em que as deixava. Confesso que nunca me preocupei com isso, desde a infância enfiaram na minha cabeça que para as mulheres era um privilégio ter as bocetas alargadas por um maschio, e assim norteei meus relacionamentos. Ela era tão jovem e inexperiente quanto eu, mal tinha passado dos dezoito e não controlava mais o fogo que lhe ardia na boceta quando via um homem. Já não era mais virgem quando meti a caceta na xana dela sem tomarmos nenhuma precaução, enquanto ela afirmava estar tomando anticoncepcionais. Três meses depois, ela estava grávida, chorosa, irritante, cheia de vontades e mal-estares. A atração inicial que sentimos um pelo outro foi sendo minada durante a gestação com suas reclamações, seu mau-humor e sua exigência para que oficializássemos nossa união. Eu não a amava, queria tão somente foder sua vagina e cu, que ela relutou bastante antes de me deixar meter dentro dele. Nesse ponto eu já não via a hora de me ver livre dela, mas acabei casando, pois essa era outra máxima que me foi incutida durante a vida, o homem deve ser responsável por suas ações e arcar com suas responsabilidades e consequências. Foi o que eu fiz, ninguém pode me acusar de ter sido omisso.
Obviamente aquilo não durou. Uma criança chorando 24 horas por dia, sete dias por semana acabou com nosso sonho de um casamento feliz. Eu nunca quis a criança, sugeri o aborto que ela peremptoriamente se negou a fazer, alegando questões religiosas, apesar de não ser nem um pouco religiosa ou mesmo afinada com o que se prega numa igreja. Foi uma desculpa para me amarrar junto dela, sustentá-la e lhe dar uma vida sem percalços, já que minha família tinha uma excelente condição financeira. Pouco mais de um ano depois de assinarmos a certidão de casamento, estávamos assinando a do divórcio, não nos suportávamos mais. Ela levou a criança para a casa dos pais, idosos e ambos debilitados por doenças crônicas, deixando-a aos cuidados e custas deles enquanto saía à caça de outro macho. Quando fui avisado do estado grave em que minha filha se encontrava, já era tarde para fazer qualquer coisa que pudesse salvar sua vida. Aos 24 anos eu estava divorciado e sem a minha filha e, principalmente, completamente desiludido com o casamento ou algo que se parecesse com um.
Passei a me relacionar superficialmente com as mulheres, procurava as que já fossem casadas ou aquelas que também não estavam nem um pouco a fim de viver sob o mesmo teto de um homem, atendendo suas demandas. Acontece que esse tipo de relacionamento costuma ser muito dispendioso do ponto de vista financeiro, ora por que elas querem que o homem assuma tudo, uma vez que já não está assumindo a relação, ora por que para que esses relacionamentos funcionem é preciso estar sempre inovando, sendo criativo, fazendo viagens para não caírem na rotina. Funcionou para mim durante uns bons anos, até também não me acrescentarem mais nada de novo. Pode não parecer, mas para um macho saciar a sua rola há um custo a se pagar e eu estava cansado disso.
Acabei conhecendo a minha atual parceira, Franchesca, uma mulher três anos mais velha, com a vida ganha e estabilizada pelo casamento anterior que a deixou financeiramente muito bem estabelecida e, portanto, sem nenhum desejo de dividir seus bens com outro homem. Para mim, já estabilizado profissional e financeiramente, foi uma ótima solução. Firmamos um acordo, despesas cotidianas com a manutenção da casa eram rateadas meio a meio, no mais cada um cuidava de seus interesses. Logicamente isso também não funcionou tão bem quanto eu esperava. Faltava paixão, faltava amor, era apenas um relacionamento cômodo para ambos. Ela tinha um homem para apresentar como marido nos eventos sociais e eu tinha uma mulher para apresentar como esposa para o que fosse preciso. Cerca de um ano depois, já dormíamos em quartos separados, ela alegando que eu roncava e me agitava muito na cama o que a impedia de dormir e eu cansado de ouvir suas lamúrias todas as noites, horário que ela deliberadamente elegeu para soltá-las. Não era uma mulher sem atrativos físicos, mas já tinha perdido o viço de anos melhores. A vulva, depois de parido o único filho, já tinha a mesma flacidez de um macarrão que cozinhou demais, nem mesmo a minha pica grossa, da qual muitas haviam reclamado de as machucar, sentia qualquer prazer no meio daquela carne frouxa. E foi assim que, repentinamente, me vi atraído novamente por garotões de feições suaves, corpos esguios, não afeminados, mas ávidos por conhecer todos os mistérios e possibilidades, que um homem maduro, pode lhes oferecer, sem que engravidem na primeira transa.
Como o cacete não me dava trégua, até melado já estava, deixei a discrição de lado e passei a encará-lo mais acintosamente. O safadinho continuava fingindo me ignorar, mas não desviava o rabo do olho da minha rola, aumentando meu tesão. Ao chegarmos à estação Milano Centrale me vi obrigado a vestir o sobretudo para esconder a ereção. Assim que cheguei ao escritório, passei rapidamente pela secretária e fui direto para o banheiro bater uma punheta em homenagem ao garotão, foi uma esporrada fenomenal que me aliviou daquele sufoco, mas não me deixou esquecer dele pelo restante do dia. Tinha que encontrá-lo novamente, tinha que dar um jeito de me aproximar dele, de fazer amizade, de meter o quanto antes meu cacete naquela bunda tesuda que parecia estar esperando por isso.
Dois dias depois, na quinta-feira, já acordei pensando no reencontro com o garotão. Embarquei no trem na estação central de Bolonha no mesmo horário, para não correr o risco de nos desencontrarmos. A estação Piacenza parecia não chegar nunca, a despeito dos mais de 200Km/h que a composição corria sobre os trilhos. Ao adentrar à estação, todos os meus sentidos estavam em alerta. Procurei-o com o olhar apurado ao longo da plataforma, nenhum vestígio dele por mais que procurasse entre as pessoas ali paradas. O trem partiu e não me dei por vencido, fui de vagão em vagão procurando por ele, mas não o encontrei. Sentei-me derrotado no primeiro assento vago que encontrei e me pus a conjecturar o que poderia ter acontecido. Talvez ele tivesse perdido o trem, talvez não seguisse todos os dias para Milão, talvez seus horários não compatibilizassem com o meu, talvez aquele dia do encontro foi uma exceção em seu modo de chegar à Milão, talvez tivesse ido de carro nesse dia, talvez algum colega tenha lhe dado uma carona, eram tantos os “talvezes” que acabei ficando mal humorado e desolado. Tinha planejado como abordá-lo, tinha ensaiado algumas frases para iniciar uma conversa, tinha depositado tanta esperança naquele reencontro que me vi subitamente frustrado por ter que apenas sonhar com seu lindo rosto e seu belo corpo que, provavelmente, jamais chegaria a tocar.
- O que foi Stefano, acordou com o pé esquerdo, sua mulher está se recusando a trepar? Você está insuportável hoje! – disse um dos meus sócios, pouco antes de entrarmos numa reunião com um cliente.
- Vaffanculo, Aldo! Está falando o quê, você fode menos a sua mulher do que eu! – respondi exasperado. Aquele garotão putinho tinha acabado com o meu dia não aparecendo na estação.
Na terça-feira da semana seguinte, lá estava ele novamente na plataforma da estação Piancenza; ao avistá-lo, foi como se um raio de sol fulgurante e quente adentrasse em meu peito. Ele entrou no trem dois vagões à frente do meu que estava excepcionalmente cheio naquela manhã. Comecei a fechar meu laptop e a juntar a papelada de um caso no qual estava trabalhando para me preparar para ir ao encalço dele. No entanto, antes de me levantar, ele apontou na entrada do vagão, observando atentamente cada um dos passageiros pelos quais ia passando. O safadinho estava à minha procura. Isso se confirmou quando chegou até mim e se acomodou na poltrona ao lado da minha. Pensei que meu coração fosse sair pela boca, e minha rola deu um pinote assim que o perfume dele chegou às minhas narinas.
- Buongiorno! – cumprimentou com sua voz melodiosa. Ou seria apenas eu a ouvi-la assim?
- Buongiorno! – devolvi, procurando controlar os impulsos, especialmente os que estavam atordoando minha pica.
Ele começou a puxar conversa. Depois de algumas observações corriqueiras sobre o clima, o fato de a estação estar lotada naquele dia e quase ter perdido a hora, começou a me fazer algumas perguntas sobre meu trabalho ao observar que eu estava às voltas com a papelada e o laptop. Respondi-as fixando meu olhar no dele, admirando aquele par de olhos expressivos que me analisavam com vivo interesse. Em seguida foi a minha vez de lhe fazer perguntas, as quais ele respondia com frases extensas e minuciosas. Algumas vezes ele lançou olhares para as minhas pernas procurando certamente pela ereção que o havia enfeitiçado no primeiro encontro. Arrependi-me de tê-la conseguido controlar sabendo que ele estava ávido para revê-la. Contudo, para não o deixar decepcionado, levei a mão duas ou três vezes entre as pernas e alisei meu pau para que ele soubesse das minhas intenções. Ele voltou a disfarçar o interesse, mas me sorria cada vez que me via manipulando a rola. Era certamente um veadinho que devia estar com o cuzinho piscando de tanto desejo. Cabia, portanto, a mim assegurar os próximos encontros e, para isso, propus-lhe um café no final daquela tarde quando saísse da faculdade no Best Cafè que ficava próximo ao escritório e facilmente acessível tanto para ele quanto para mim, antes de tomarmos o trem de volta para nossas casas. Ele prontamente aceitou, o que me deu a certeza de que esperava mais de mim. Em dado momento ele se identificou – Giuseppe – esperando o mesmo de mim.
- Stefano! – respondi.
Ele pegou meu celular que estava sobre a mesa e incluiu seu nome e número na agenda, com movimentos rápidos dos dedos, antes de devolvê-lo com um sorriso cativante. Tive vontade de agarrá-lo ali mesmo, arrancar-lhe as roupas e meter minha pica em seu cuzinho até ele gemer pedindo arrego. Se ainda não tinha me transformado num selvagem, estava a poucos passos disso para saciar meus instintos primais.
Foi mais um dia praticamente perdido no escritório. Não conseguia me concentrar em nada, fazia os mesmos pedidos para a secretária por mais de duas a três vezes, esquecendo-me de já os ter feito, troquei o nome de um cliente com quem estava discutindo seu caso por duas vezes, conferia as horas na tela do celular a intervalos curtos e ele parecia ter feito um complô contra mim, exibindo as horas com poucos minutos de diferença da última consulta. O tesudo do molecão não me saía da cabeça e, a debaixo, já tinha melado a cueca toda a ponto de me deixar constrangido achando que o cheiro dos meus fluidos podia estar sendo sentido à distância.
Uma ligação de última hora, que eu quis recusar quando a secretária me comunicou, mas que acabei atendendo quando ela disse ser da Corte de Justiça e urgente, me reteve mais do que eu pretendia. Ia perder meu encontro com o tesudinho, ao consultar o relógio e constatar que estava 25 minutos atrasado. Saí em disparada rumo ao Best Café e só me tranquilizei quando o avistei sentado a uma mesa num canto discreto. Assim que me aproximei, ele se levantou dando dois passos na minha direção e me abraçando, enquanto sutilmente me dava um beijo entre o canto da boca e a borda do queixo. Foi o bastante para eu saber que teria o cuzinho dele naquele mesmo dia.
- Me desculpe o atraso, fiquei preso no escritório além do esperado. – me justifiquei com um sorriso. – Faz tempo que está a minha espera?
Ele negou, mentindo. As duas xícaras de café sobre a mesa o desmentiam e ele devia estar me esperando há mais de uma hora.
- Não tem importância! Estou feliz que tenha vindo. – afirmou.
Passamos mais uma hora ali conversando, num papo que já fluía bem descontraído e tinha inclusive adentrado em assuntos mais íntimos e delicados. No mesmo edifício do escritório, um andar imediatamente acima, havíamos montado um pequeno apartamento para quando se fizesse necessário passar uma ou duas noites sem termos que voltar para Bolonha gerando todo um desgaste físico e mental, devido a alguma audiência no tribunal logo pela manhã. Passei e encará-lo como uma garçonnière onde poderia enrabar aquela bundona como bem me aprouvesse. Levei o Giuseppe para lá. Ele nem questionou quando fiz o convite, apenas me acompanhou ciente do que ia rolar. Pedi que se pusesse à vontade e lhe ofereci uma bebida, uma vez que eu estava precisando de uma, forte o bastante para tirar aquela tensão que estava sobre meus ombros. Ele aceitou uma Coca-Cola. Enquanto eu tirava a latinha da geladeira, ele se despiu por inteiro. Assim que voltei à saleta meu cacete deu um pinote forte ante o corpo escultural que estava diante dos meus olhos. Ao mesmo tempo que tirava a latinha da minha mão, senti a outra se fechando na minha rola que pulsava frenética querendo sair da clausura. Agarrei a nuca dele e o trouxe para junto da minha boca, enfiando imediatamente a língua em sua boca, que ele abria devagar deixando-se penetrar pela minha voracidade. Enquanto isso, ele abriu minha braguilha e retirou lá de dentro o que o estava deixando com tesão. Desafivelei o cinto e abri o restante da calça franqueando-lhe meus genitais. Ele havia tomado uns goles do refrigerante gelado e foi se ajoelhando na minha frente enquanto eu afastava um pouco mais as pernas e conduzia seu rosto para dentro dos meus pelos pubianos. Soltei o ar entre os dentes quando sua boca gelada se fechou ao redor da chapeleta estufada. Ele tentava abocanhar toda a cabeçorra procurando uma maneira de ela caber em sua boca, tive que fazer uma ligeira pressão impulsionando-a através dos lábios. Ao sentir a primeira sugada, percebi que o pré-gozo começou a vazar e que ele o sorvia extasiado, deglutindo-o juntamente com sua saliva. Enfeie minhas mãos em seus cabelos sedosos e fodi sua boca como se fosse uma boceta, socando a pica na garganta dele. Ele se agarrava às minhas coxas e quando começava a lhe faltar o ar, socava-as sufocado até eu puxar o cacete um pouco para trás. Mal ele o soltava, investia novamente sobre ele lambendo a parte de baixo da chapeleta e deslizando a língua úmida sobre toda a extensão da verga. De quando em quando, ele me punhetava, sentindo o mastro encorpar na palma da mão, voltando depois a abocanhá-lo mamando com movimentos sensuais dos lábios e língua. Eu trotava o piso de tanto tesão, não tirava os olhos de sua boca trabalhando meu falo, deliciando-se com o pré-sêmen cada vez mais viscoso e abundante.
Não contente com o que tinha na boca, o Giuseppe não escondia o tesão que meu membro avantajado e minhas coxas grossas e peludas lhe incitavam. O cuzinho do molecão devia estar a lhe cobrar mais, pois ele ficava cada vez mais afoito, acariciando e massageando minhas bolas, afagando os pentelhos e o sacão, enquanto seu olhar fixado no meu suplicava pela penetração. Determinado a dar a primeira esporrada na boca dele, para que sentisse meu cheiro e o sabor da minha porra fazendo-o saber que seria seu macho e que ele deveria se submeter a meus caprichos e desejos, fui controlando o gozo toda vez que sentia a musculatura do saco querendo se contrair para expulsar o conteúdo. Ele ficava cada vez mais impaciente, já não conseguia mais mover o tarugo rijo que segurava na mão, e não via a hora de ele entrar em seu cu assanhado. Eu pincelava a jeba na cara dele ao pressentir que ia esporrar se aquela boca aveludada continuasse a me chupar, adiando assim o coito e deixando-o tão excitado que no momento em que o fosse penetrar, ele estivesse com tanto tesão que não se recusaria a ter as pregas rasgadas pelo meu cacete grosso. Consegui protelar o gozo por três vezes, na quarta, com uma chupada generosa daquela boca, não consegui mais me segurar e esporrei na garganta dele, obrigando-o a engolir meu esperma para não sufocar. Ele foi engolindo jato por jato sem nenhum pudor, deliciava-se com minha virilidade enquanto eu drenava a pressão acumulada no saco.
- Você é tão saboroso, Stefano! – exclamou, quando empurrei o restante da porra que havia ficado presa ao lábio inferior dele para dentro da boca.
- Isso foi para você identificar meu leite, para não se esquecer dos aromas e sabores do teu macho. – sentenciei, enquanto meu caralho ainda pulsava envolto pela mão macia dele.
- Quero que seja meu macho! Você é um tesão de homem! – devolveu ele, submisso e cativante.
Nem me dei conta do tempo que havia passado. Só constatei que passava das 20:00h quando minha mulher ligou para me comunicar uma trivialidade de um assunto caseiro sem importância. Despachei-a antes mesmo de ela entrar no assunto, alegando que estava deveras envolvido num caso complexo e que não voltaria para casa. Não me senti culpado pela mentira por mais de cinco minutos, pois o Giuseppe continuava me encarando pelado e sedutor me esperando para tê-lo em meus braços.
Propus que saíssemos para jantar numa trattoria que ficava ali perto, o que ele de pronto aceitou. Eu estava tão excitado com a presença dele e pela maneira como ele chupou minha pica que a comida não me apeteceu. Já ele, devia estar esfomeado e dava gosto ver como devorava a comida em seu prato.
- Não gostou do seu prato? – questionou, ao ver que eu ficava ciscando a comida com o garfo e o pensamento disperso.
- Não, não! A comida aqui é sempre muito boa. Estou sem apetite, só isso! – respondi.
- Devia se alimentar, pois pretendo fazer com que você gaste um bocado de energia nas próximas horas. – retrucou com um sorriso quase infantil e malicioso. Minha rola deu um pinote espontâneo.
- Não se preocupe, não vou te decepcionar! – respondi, cobrindo sua mão com a minha; o que o fez olhar a nossa volta para se certificar de que ninguém nos observava. Fiquei ainda mais excitado ao ver o medo de ser flagrado estampado em seus olhos. Entre o que seu corpo desejava e sua mente o aconselhava a não se expor, havia um enorme receio de que sua condição de homossexual fosse descoberta.
Dessa vez fui eu quem não perdeu tempo e, assim que entramos no apartamento, agarrei-o e beijei avidamente sua boca, enquanto o despia peça por peça, beijando cada porção do corpo que ficava exposta. Ele reagiu depressa, o pau dele enrijeceu bem como os biquinhos dos mamilos. Enquanto baixava sua cueca com as mãos espalmadas sobre as nádegas carnudas, lambi e puxei os biquinhos dos mamilos presos entre os meus dentes. Ele gemia promiscuo, rebolava a bunda nas minhas mãos e se contorcia no tesão crescente. Abri o rego dele e enfiei um dedo no cuzinho. Ele se estremeceu todo e soltou um gemido, surpreso com meu gesto afoito e devasso.
Safado como ele era, sabia que não podia mais ser virgem, embora a fendinha anal ainda estivesse bem apertada, indicando seu pouco uso ou, quando muito, por alguns adolescentes durante suas primeiras experiências sexuais. Elogiei a exiguidade do buraquinho enquanto fazia meu dedo rodopiar junto à entrada plissada pelas preguinhas. Ele acabou entregando o jogo revelando que tinha pouca experiência, e que estava um pouco temeroso com um cacete grosso como o meu passando pelas preguinhas.
- Vou ser bem cuidadoso e gentil, não se preocupe! Quero que sinta prazer e se entregue para mim. – afirmei, mirando-o bem nos olhos para incutir confiança.
- É a minha primeira vez com um homem! – exclamou. – Quero dizer, com um homem feito como você, um homem experiente. – confessou, confirmando minha suspeita.
- Posso saber quem foi o privilegiado a ser o primeiro em tudo? – perguntei, quando seu corpo todo já tremia em meus braços.
- Um colega do colégio! Foi o primeiro e o único até eu conhecer você! – respondeu ele.
- E o que te levou a se interessar por mim! Percebi como ficou deslumbrado naquela manhã em que nos vimos pela primeira vez, quando não tirou os olhos da minha ereção.
- Tenho um fetiche por homens maduros, pais de família, homens atraentes que já fizeram filhos, que sabem como exercer sua dominância. – revelou, sem pudor.
- Acha que sou um desses homens?
- Sim! – exclamou de pronto, antes de ter tempo de se questionar. – Por quê? Não é?
- Tirando o fato de não ser um pai de família, no restante você acertou.
- Eu pensei que fosse casado! A aliança! – exclamou, voltando o olhar para a minha mão.
- É mais simbólico do que real. Já fui oficialmente casado uma vez, mas agora tenho apenas um acordo com uma parceira que se sente mais segura com o que esta aliança simboliza. – esclareci, sem nem mesmo saber porque estava lhe dando essa explicação.
- E filhos?
- Também já tive uma, mas essa é uma história na qual tento não pensar. Tenho um enteado que está com mais ou menos a sua idade. – ao responder a mais essa pergunta, percebi que estava me abrindo além da conta. Eu mal o conhecia, não sabia nada a respeito de seu caráter. Minha única certeza era a de que queria foder aquela bunda roliça e aquele buraquinho que mastigava meu dedo enfiado nele.
Debrucei-o ali mesmo sobre o espaldar do sofá para parar com aquele inquérito e saciar o quanto antes o latejar incomodo que havia deixado meu cacete trincando. Posicionei-me ajoelhado atrás dele, apartei as bandas rijas da bunda, vislumbrando seu reguinho imaculadamente liso e o cuzinho rosado piscando no fundo dele. Mordisquei a pele arrepiada das nádegas aumentando a excitação dele que tentava controlar os gemidos e arfava com os lábios trêmulos a cada toque meu. Voltei a enfiar um dedo no cu dele, o que o fez soltar um gritinho contido. Porém, dessa vez, não me limitei às preguinhas, enfiei-o todo cu adentro, provocando um espasmo na musculatura anal dele que se travou ao redor do meu dedo. Circundei-o por dentro sentindo a elasticidade e consistência de seus esfíncteres. O Giuseppe gemia cada vez mais excitado e alto, o que só fazia aumentar meu tesão, já imaginando minha pica substituindo aquele dedo e deslizando para dentro daquele ninho quente e úmido. Troquei o indicador pelo polegar, mais grosso, para o preparar para o meu cacete. Ele se deixava bolinar livremente no cu, rebolava para aumentar a sensação prazerosa que meu dedo enfiado em seu rabo lhe provocava e, nesse devaneio, sussurrou o pedido com um acanhamento disfarçado.
- Me fode, Stefano! Fode meu cu, Stefano! Não estou aguentando mais, me fode!
Eu me posicionei atrás dele, segurei-o pelas ancas, apontei a cabeça da rola sobre o cuzinho e comecei a forçar. Ele segurou a respiração, comprovando que sabia que na continuidade ia sentir dor ao ter as pregas rasgadas. Apreensivo, seu corpo tremia em minhas mãos e eu acariciei seus flancos para acalmá-lo. Minha caceta não parava de minar pré-gozo, eu a movia sobre o cuzinho para lubrificá-lo e continuava forçando ao mesmo tempo, o que fazia parte do fluido viscoso escorrer para dentro da fendinha. Dei um impulso abrupto e firme contra as preguinhas que se abriram permitindo que a chapeleta deslizasse para dentro do cuzinho. O Giuseppe gritou, ficou tão agitado querendo escapar que precisei contê-lo com mais força e lançando o peso do meu corpo sobre o dele. Deixei-o arfar desesperado até seu ânus se acostumar com meu cacete, ele não tinha como escapulir, estava completamente dominado e eu esperava pela rendição. Provavelmente não foi nem ele que resistia conscientemente, mas seu instinto de preservação que relutava em permitir a passagem da minha tora de carne que o arregaçaria todo.
- Abre o cuzinho, abre, Giuseppe! Abre o cuzinho para o teu macho! Vou enfiar devagar, prometo, mas você precisa abrir esse cuzinho para eu não te machucar. – balbuciei em êxtase junto ao cangote arrepiado dele.
- Está doendo! – balbuciou agoniado
- Eu sei, é por isso que você precisava relaxar os músculos e abrir esse cuzinho, ou vai sentir muita dor e vou acabar te machucando mais do que o normal. – afirmei. Aquele medo, a inexperiência, o fato de se encontrar completamente dominado me deixava cada vez com mais tesão para foder aquele rabo.
- Estou com medo! Você deve achar que sou alguma espécie de babaca que primeiro provoca um homem e depois, quando ele quer me foder, eu fico todo assustado. – sentenciou ele, percebendo que não tinha escapatória; tinha ajoelhado, agora precisava rezar.
- Eu só acho que você é um garotão lindo, muito tesudo e gostoso, e que vai gostar muito quando eu estiver com a minha pica toda entalada no seu cu. Só se entregue, eu cuido de todo o resto. – devolvi.
Ele lutava consigo mesmo para relaxar, mas avançava pouco. Resolvi não esperar mais, meu pau já começava a doer, minhas bolas estavam tão cheias que se tornavam mais sensíveis a cada minuto que passava. Meti, meti forte para sobrepujar a resistência dos esfíncteres contraídos. Ele gritou alto e se estremeceu todo, enquanto minha rola deslizava fundo arregaçando tudo que encontrava pela frente. Parei de me empurrar para dentro dele quando senti o saco batendo contra o reguinho dele. Ele gania feito uma cadelinha, até o timbre da voz afinou, extraindo um som agudo. Antes de começar a bombar, deixei-o sentir o tamanho, calibre e intrepidez da minha verga que pulsava forte no rabo dele. De repente, ele começou a se entregar, procurou dominar o medo e empinou a bunda contra minha virilha, encaixando-a nos meus pentelhos. Comecei a puxar a caceta lentamente para fora, parando ao sentir que só a cabeçorra continuava presa pela saliência. O cuzinho dele se fechou ao redor da minha pica tentando retê-la com um espasmo. Voltei a empurrar tudo para dentro do cu dele, ele gemeu, mas já não resistia tanto. Bombei o rabo dele por uns 10 minutos, socando com cuidado, porém bem fundo. Ele gemia e pela maneira licenciosa como o fazia dava para perceber que estava sentindo prazer.
- Está gostando não é seu veadinho tesudo do cacete? Fala para o teu macho que está gostando de levar pica nesse cuzinho da porra, fala!
- Ai meu cu, Stefano! Meu cuzinho!
- O que tem o seu cuzinho, Giuseppe? Está com tesão no cu? Fala onde está o seu tesão, fala. – instiguei, fodendo o buraquinho estreito com as minhas estocadas potentes.
Ele nem teve tempo de responder, subitamente estava gozando e o pintinho bem formado dele lançava os jatos de porra para todo lado. Ensandeci quando o vi gozando com a minha rola enfiada no cu dele e, com a onda de luxúria que percorria minha pelve em direção ao saco que batia cadenciadamente no reguinho dele. Dei duas socadas bem fundas, meu ventre retesado estremeceu e jorrei dentro dele deixando que a cada pulsar os jatos de sêmen lavassem o cuzinho arreganhado dele, ao mesmo tempo em que liberava um urro que brotou do fundo do meu peito. Esporrei tanto que após os últimos dois jatos, o esperma cremoso vazou do rabo dele e escorreu por suas coxas. Deixei-me cair sobre ele, apertei-o com força contra meu tórax e beijei seu ombro. Ambos estávamos com a respiração acelerada. Permaneci com a pica engatada nele, esperando-a amolecer um pouco antes de a sacar do cuzinho lanhado. Ele permanecia submisso debaixo de mim, a musculatura anal mastigava minha rola retardando a flacidez. Suas mãos deslizavam carinhosas sobre os meus braços que continuavam a segurá-lo junto ao meu tronco, o que me fez acreditar que estava gostando daquele contato tão íntimo.
Fazia tempo que eu não acordava tão feliz e realizado. Ao abrir os olhos, o Giuseppe estava com a cabeça próxima ao meu ombro e um braço sobre meu peito. O cheiro levemente adocicado de sua pele pairava no ar, ele dormia como uma criança sem preocupações, seguro e relaxado. O relógio da cabeceira já indicava que eu devia estar no escritório aquela hora, mas relutei em acordá-lo para não quebrar a magia daquele momento.
Ele foi acordando aos poucos, devia estar estranhando onde estava à medida que seus olhos se abriam e ele sentia meu calor e os pelos do meu peito resvalando em seu braço. Quando se cientificou de onde estava e com quem, e do que tinha acontecido antes de adormecer, começou a deslizar a mão para dentro da minha virilha e a fechou ao redor da minha ereção matinal.
- Buongiorno, Stefano! – exclamou sorrindo
- Buongiorno, ragazzo mio! – devolvi, antes de ele rolar para cima de mim e eu fechar minha mão amassando a nádega dele.
- Que horas são? – perguntou assustado quando ficou completamente desperto.
- Oito e trinta e cinco! – respondi. – Eu já devia estar no escritório há mais de meia hora. – emendei
- E eu já perdi a primeira aula na faculdade! Preciso correr! – afirmou afobado, saltando da cama e correndo nu em direção ao banheiro.
Contemplei seu corpo esguio por trás, a linha fechada que dividia o bundão roliço em dois, as coxas grossas e lisinhas, os ombros fortes, e tive um déjà vu da noite anterior quando leitava fartamente aquele rabo. Inspirei fundo, uma deliciosa sensação de realização se apossou de mim. Acariciei meu pau e minhas bolas, satisfeito com o desempenho e o prazer que me proporcionaram, uma exultante sensação de virilidade se instalou em meu peito. Comecei a planejar nosso próximo encontro, eu ia foder o rabo daquele garotão até não querer mais.
- Quando nos vemos de novo? – perguntou, ao regressar do banho e adiantando-se à minha sugestão, o que só comprovava que tinha gostado da experiência.
- Semana que vem, na terça-feira, no mesmo horário no café? – sugeri.
- Só semana que vem? – questionou frustrado. – Vou ter que me contentar até lá, se não tiver outro jeito.
- Ando assoberbado de trabalho, porém se surgir uma oportunidade eu te ligo avisando, combinado? – propus. – E como você está? Deixa eu dar uma olhada nesse cuzinho antes de você se vestir.
- Estou bem! Com saudades de você, mas bem! – devolveu, enquanto eu segurava as bandas da bunda abertas e examinava o cuzinho inchado e com as preguinhas eritematosas fazendo beicinho. Logo após o coito eu havia limpado a porra que vazou com um lenço umedecido e constatado um pouco de sangue brotando das pregas rompidas.
- Tem certeza? Está tudo bem, mesmo?
- Estou tão feliz, Stefano! Estou ótimo, juro! – devolveu, acariciando meu rosto que, por sinal, precisava ser barbeando antes de eu seguir para o trabalho. – Preciso correr, estou muito atrasado! – emendou. Dei um tapa na bunda dele antes de ele vestir a cueca e me espreguicei na cama feito um urso voltando da hibernação.
Nossos encontros passaram a ser frequentes e eu me sentia como um adolescente tendo suas primeiras experiências sexuais. Tinha ereções espontâneas com um leve roçar da cueca na glande, o que me fez passar por algumas situações constrangedoras. Meu humor andava nas alturas e começou a despertar a atenção de todos a minha volta. A primeira a reparar no meu súbito estado de espírito jovial foi a Franchesca, uma vez que já não me mostrava mais tão apático com seus comentários. Depois foram os colegas do escritório que me questionaram quanto ao fato de eu não me mostrar mais tão irritadiço quando algum dos casos judiciais não corria como esperado. E por fim, minha secretária, essa mais esperta, logo desconfiou de algum caso amoroso, uma vez que eu a instruíra a deixar algumas lacunas vazias na minha agenda sem especificar do que se tratava e, da minha preocupação com a aparência, ao questioná-la ora se o nó da gravata estava bem assentado, ora se não estaria na hora de cortar o cabelo e ora se a camisa que escolhi combinava com o terno. Ela me dava as sugestões e, ao mesmo tempo, com uma risadinha me perguntava o que estava aprontando me lembrando que eu era um homem casado e que deveria ter juízo.
- Tenho mais juízo do que deveria! Meta-se com a sua vida e me deixe viver a minha! – retrucava eu ao me sentir como um moleque sendo advertido pela mãe. Ela apenas ria, estava acostumada a ouvir respostas enviesadas quando extrapolava de suas funções. No fundo, ela sabia que eu estava tendo um caso, mas tenho certeza que jamais imaginava se tratar de um garotão que tinha idade para ser meu filho. Eu estava feliz e realizado, e era isso que importava.
Minha família era proprietária, há décadas, de uma casa de veraneio em Comacchio próxima as margens das lagoas do estuário do Rio Pó. Quase ninguém a usava por não haver atrativos badalados nas redondezas e ficar isolada num terreno que havia sido arrendado para um agricultor da região. De repente, ela me pareceu o local ideal para eu passar uns dias na companhia do Giuseppe, e onde não ficaríamos sujeitos a olhares curiosos enquanto usufruíamos da companhia um do outro e do sexo sem testemunhas. Ele topou na hora, mal eu tinha feito o convite e como estávamos no início do verão numa pausa em suas aulas da faculdade, eu me apressei a me livrar de todos os compromissos para passar uma semana ao lado dele para dar vazão à tara de foder seu cuzinho.
Avesso a mentiras, fiz uma exceção para justificar minha ausência durante esse período, dizendo a Franchesca que precisava tratar de um assunto relativo à propriedade. Ela nunca gostou do lugar e isso me deixaria mais seguro quanto a ela não querer me acompanhar. E lá fui eu, depois de buscar o Giuseppe na estação de Bolonha, para uma semana de orgias.
Ele estava tão entusiasmado quanto eu, me confessando que nunca tinha ficado com outro homem nessa condição, isolado e disponível por toda uma semana. O tesão dele era tanto que já durante a viagem, enquanto eu dirigia pelas estradas rurais sinuosas, ele abriu minha braguilha, começou a brincar com meu cacete e o mamou até eu leitar em sua boca. Só de olhar para aquele par de olhos eu ficava maluco de tanto tesão.
Foram dias de muito calor, ele não vestia nada além de uma cueca ou, ocasionalmente, apenas uma camiseta que lhe chegava até a metade da bunda, deixando à mostra parte do rego e as nádegas roliças. Minha pica vivia em estado priápico com aquela visão estonteante, o que divertia o safado que, propositalmente, me atiçava esfregando a bunda no meu short até eu o abraçar pela cintura, encurralar contra alguma coisa que o impedisse de fugir e meter minha rola no cuzinho apertado dele. O safado soltava um gemido lascivo, pronunciava sensualmente meu nome e arrebitava a bunda para eu enfiar a pica até o talo naquele rabão quente. O Giuseppe franqueava o pescoço para que eu o chupasse ou mordesse, sempre gemendo e rebolando com meu pau entalado no cuzinho. Virava-se provocadoramente para mim e colava sua boca à minha, deixando-se devassar pela minha língua sequiosa. Eu amassava os peitinhos dele, cujos mamilos bem saltados ficavam rijos com o toque devasso das minhas mãos.
- Vai acabar me matando desse jeito, seu putinho tesudo! – ronronava eu na orelha dele, enquanto o fodia com força.
- Ai Stefano, seu macho bruto! Assim você estoura meu cuzinho! – exclamava ele em sussurros bem aviadados, o que só fazia quando estávamos a sós só para me atiçar ainda mais.
Com o passar dos dias, até a cabeça da minha rola estava começando a ficar sensível de tanto que eu metia no cu estreito dele. Havia momentos em que chegava a perder o folego de tanto meter, o que só comprovava que a idade começava a pesar. Quanto mais eu metia no cuzinho dele, mais guloso ele ficava, me obrigando a admitir que já não estava mais dando conta. O putinho do Giuseppe me lançava sorrisos provocantes e me chamava de velhinho gostoso, eu queria esganá-lo e voltava a enfiar o caralho no rabo dele fodendo-o sem dó nem piedade.
- Velhinho, é seu safado? Eu vou te mostrar do que esse velhinho ainda é capaz! – exclamava, enquanto socava fundo no cu dele.
- Ai meu cuzinho! Mio nonno birichino com il cazzo grosso mi sta scopando il culo! – gemia ele feito uma cadelinha.
Foram os meus melhores dias depois de muitos anos, eu parecia ter rejuvenescido uma década quando voltei a rotina depois daquela semana de luxúria desmedida. Os questionamentos continuaram, todos queriam saber o que estava se passando comigo, de onde vinha toda aquela euforia, aquele entusiasmo pelo trabalho, aqueles sorrisos esboçados enquanto eu parecia estar divagando. Infelizmente, eu não podia compartilhar minha alegria com ninguém, ou só ouviria censuras.
Por quase três anos vivi esse sonho proibido, embora fosse atormentado de vez em quando por pensamentos que me levavam a crer que aquilo teria um fim, mais cedo ou mais tarde. E isso se materializou no dia em fiquei sem resposta a uma mensagem que havia enviado ao Giuseppe marcando um encontro na garçonnière de Milão. Passei o dia esperando pela resposta que acabou não vindo. No dia seguinte, reforcei o convite, mas só obtive o silêncio da parte dele. Estaria doente? Perdera o celular? Estava tão ocupado que não podia digitar uma mísera resposta? Tinha se enfadado de mim? Teria conhecido outro macho? As perguntas se sucediam numa avalanche desesperadora. Simultaneamente, ele nunca mais pareceu na Estação Piacenza, o que só aumentava minha angústia. Depois de dois meses procurando por ele com as poucas informações que tinha a seu respeito, comecei a acreditar que o havia perdido para sempre. Deixando todos os escrúpulos e indiscrições de lado, fui até Bovisa, procurar por ele até no Campus Durando do Politécnico, onde me informaram que ele havia concluído o curso de arquitetura. Com um suborno para a secretária que me atendeu, consegui seu endereço em Piacenza e, mais uma vez e, inadvertidamente, me arrisquei a procurá-lo. Foi o pai dele que me recebeu, devíamos ter a mesma idade e, repentinamente, me senti ridículo correndo atrás de um garotão no qual tinha enfiado inúmeras e prazerosas vezes minha rola desajuizada.
- O Giuseppe se mudou com o namorado para Barcelona. – disse o pai, numa naturalidade desconcertante. – O senhor o conhecia de onde? – perguntou curioso. Por instantes fiquei sem saber o que responder, até inventar uma desculpa qualquer e partir.
Levei alguns dias para absorver que tinha levado um pé na bunda de um garotão, e me senti ridículo por ter corrido atrás dele apenas para saciar a tara do meu cacete. Nós homens somos assim, diante de uma boceta ou de um cu perdemos a razão e nos deixamos guiar apenas por aquela necessidade primitiva de copular, o que nos torna alvos fáceis de serem manipulados a bel prazer, como se fossemos incapazes de racionar. Cheguei a sentir raiva do Giuseppe por ter me feito de otário durante tanto tempo, sabendo que era a minha cabeça de baixo que comandava o nosso relacionamento. Isso antes de concluir que a culpa disso ter acontecido era tão somente minha que, na verdade, usei o cuzinho e as carícias dele para suprir minha carência sexual e afetiva. Nunca senti por ele mais do que puro tesão, meu único objetivo era foder aquele cuzinho apertado e quente, sem nenhum outro compromisso além desse. Essa é outra característica típica dos homens, retribuir pouco frente ao que recebemos nos relacionamentos.
Quase um ano depois de o Giuseppe ter desaparecido sem nenhuma explicação, e quando eu já havia retomado a minha antiga rotina, voltei a avistá-lo numa manhã na plataforma da Estação Piacenza. Ele estava desacompanhado, o semblante tinha algo de triste e derrotado. Como eu estava no acento junto a janela, ele acabou me vendo e ficou sem reação. Por uma fração de segundo sua expressão parecia arrependida de haver me deixado, mas isso também pode ter sido motivado pelo fato de eu pensar dessa maneira. Ele continuou ali parado enquanto os passageiros saíam e entravam no trem passando por ele. O trem se pôs em movimento e deixou a estação sem ele ter embarcado. Foi a última vez que nos vimos.