Sendo livre! - Cap. 11 - Batizando meu nome com tesão.
Crossdresser, Gay, Bissexual, Trans
– Obrigado, disse bem baixinho, envergonhado pela situação ainda.
– Ei, disse Vanessa, tem algo que esquecemos.
– Ai meu Deus diga filha , disse minha tia, o que esquecemos, ai fala logo guria.
– Temos que dar um nome para ela, e um nome para mim. Esse negócio de usar nossos nomes trocados, não vai rolar, vai dar confusão e se o Vicente vai responder vão perceber que ele virou um travesti, fica ainda pior.
– Não, iremos apenas trocar nossas identidades ?? Eu disse.
– Não, melhor vocês assumirem outra identidade. Concordou a Noiva, e nossas mães. Vou apresentar vocês como amigos da Faculdade, então Vicente e Vanessa não puderam vir, devido as provas e a greve da Federal em Curitiba.
– Tá eu me chamo Alexandre, Alex, para os íntimos. Disse Vanessa engrossando a voz e fazendo todos caírem na gargalhada e me olharem aguardando minha fala.
– Eu pensei Vicky, disse fazendo uma voz um pouco mais fina.
– Não, fica muito parecido com Vicente, tem outro, minha FILHA, disse minha mãe que agora pela minha aparência e voz, fez eu entender que já teria que ser menina pelos próximos dias.
– Não sei, Alex, tem alguma preferência? Disse piscando para Vanessa que sorriu olhando para mim.
– Olha, dado a coragem dela, Valentine seria um nome bem adequado.
– Então, vamos de Alexsander e Valentine e assim ambos ficam com nomes de realeza, pode ser filha, disse minha tia.
– Ótimo, disse eu e a prima juntos.
Algo em mim, assumiu já aceitar. Era como se todos meus desejos escondidos estivessem sendo realizados, e eu não sabia negar que estava adorando ser menina.
– Bom, chega de mimimi, eu quero ver que roupas servem em Valentine, Titias, me ajudem aqui, e tem uma bolsa ali menorzinha, que tem algumas camisas e roupas masculinas do papai, que vão te servir Alexsander.
Alexander fez uma cara brava, afinal ela iria usar roupas usadas e eu ao contrário, a maioria das roupas de minha prima tinha 1 ou 2 usos dado a qualidade, limpeza e perfume das roupas, confesso que o cheiro de minha prima nas roupas me deixou excitado, no que isso ficou demonstrado, minha mãe falou.
– Bom, Alex, vai lá no banheiro, com a fita dar um jeito em sua namorada, e não me faça cara de santa na frente de sua mãe, que depois conversaremos sobre isso nós quatro.
Sem nem pensar, eu e Alex fomos pro banheiro, eu já fui brigar com ela sobre o que ela falou e aí ela abriu o jogo com minha mãe, dizendo que a gente estava ficando juntos, como namorados em Curitiba, que fazia 1 mês que estávamos namorando, que ela iria falar disso depois com nós dois, mas o foco era o casamento de nossa prima.
Bom com o celular revimos por 2 vezes o vídeo, Alex abriu a porta e pediu gelo do frigobar, minha prima alcançou e logo em seguida fechou a porta, uns 10 minutos e sai, suando mas andando naturalmente, na verdade minha prima teve que pagar um boquete, pois meu pau estava duríssimo.
Minha mãe ao sairmos olhou para Alex e apenas apontou discretamente, sem ninguém perceber, com algo no queixo de Alex, que fez ela limpar, mas não tinha nada, apenas mamãe riu sarcasticamente de minha prima que percebeu ter caído num golpe, acabara de confessar que havia me chupado no WC.
Aí eu experimentei umas 17 roupas, entre vestidos, saias, minissaias, um shorts, outras camisetinhas, mais vestidos e até um babydoll, que na verdade era da noiva mas acabou vindo um número maior ela iria dar para Vanessa, mas na situação, pra me zoarem deram para mim.
Fiquei pronta, estava com um conjunto de blazer, camiseta voal e uma saia na altura dos joelhos, meia calça preta com cinta liga. Alex vestindo uma calça de Viscose, camisa marrom clara e um blazer, num sapato mais esportivo.
Me encheram de pulseiras, colar, gargantilha, anéis, mas ao mexerem nas orelhas, outro problema, não tinham brincos de pressão, ai minha tia pegou um alfinete, higienizou e ela mesmo com o gelo fez dois furos em cada orelha.
Colocaram um pingente no furo de baixo e um estilo argolinha apenas para marcar o furo de cima.
Agora estava completo, eu me olhando no espelho realmente havia deixado Vicente no armário, quem saiu foi Valentine, me senti bem, um sentimento antigo se apoderou de mim, pois me soltei, não virei um viado, na verdade virei uma jovem de 25 anos, com aquela maquiagem e tudo embora tivesse apenas 20, fizeram um mini curso de postura e eu passei ,afinal eu já treinava, escondido, eu já me desejava assim, digamos que foi muito natural minha passagem, em certo momento, mamãe me puxou mais para perto e disse.
– Espero que aproveite, uma chance que destas, poucos meninos tem e sim, eu sempre soube que você não gosta de meninas, me espanta essa relação com sua prima.
E voltando-se para todos, disse:
– Bom, para o bem de Valentine e Alex, vamos de agora em diante usar estes nomes, assim evitarmos contratempos, quem descobrir descobriu e pedirei sigilo, quem não descobrir que coma gata por lebre.
Eu empalideci, me deu um ruim e um pouco tonto e perturbado ainda pelo que ela sussurrou, me segurei nela, minha mãe então falou:
– Nossa, acho que foi muito para Valentine, pessoal, vamos nos ajeitar pro coquetel, Alex, fica com ela, logo eu retorno. Vamos conversar com Tobias e o pai de vocês, sobre os nomes, demais detalhes manteremos segredo entre nós cinco.
A Noiva e todos saíram, meu primo ia entrar, mas minha tia falou.
– Depois você conversa com eles, bem depois, arrume-se pro coquetel, descemos em 15 minutos, mas antes vamos explicar o que você deverá fazer daqui em diante.
Pelo que entendi, explicaram os nomes, e que ninguém poderia desconfiar.
Bom, minha prima Vanessa, agora Alex, ficou apenas me elogiando, me fazendo algumas perguntas sobre o que eu estava sentindo, deu mais outras dicas de postura e fala, ajeitamos minha voz, depois de algumas perguntas bem aleatórias me indagou.
– Valentine, me esclareça algo, como você aceitou tão rápida e tranquilamente tudo isso, achei que preferia nem ir pro casamento do que ter esta transformação?
– Não sei, realmente não sei, me pareceu natural aceitar, afinal não iria prejudicar as duas primas que mais amo.
– Humm, e me conte uma coisa, tá preparado para o assédio dos homens? Como imagina se defender, não ficarei todo tempo ao seu lado, eu também vou querer curtir esse momento piazão.
– Assédio, ninguém irá tentar nada, não estamos na balada, estamos indo para um coquetel e um casamento, com pouco menos da metade das pessoas conhecidas e que reconheceram a gente dá pra contar nos dedos da mão, acho que isso que está me deixando tranquila.
– Isso não responde a pergunta, você vai entrar no personagem ou apenas cumprir as atividades impostas?
– Não sei, você como minha namorada, o que me diz pra fazer?