A Rosa. Sou um homem cego, divorciado fazem muitos anos. Adoro romances fortuitos e rápidas aventuras amorosas. Residia em um condomínio no centro da cidade, em um apartamento quarto e sala no oitavo andar. No andar acima do meu, morava um casal jovem, com os quais não tinha contato algum. Ocorre que, as sextas-feiras, o marido parecia sair para beber com os amigos, deixando a sua esposa sozinha. A moça não gostava nada disso, e ficava praguejando na janela do apartamento. Eu com meu ouvido aguçado, não tendo outra coisa para escutar, ouvia seus impropérios contra o marido. Contudo, aos sábados, o marido resolvia compensar o trauma do dia anterior, e ela não se fazia de rogada, e dava um verdadeiro espetáculo sonoplastico para quem quisesse ou não ouvir. Juro que, a trilha sonora daquela moça fazendo amor era algo lindo demais. Sua voz aguda entrelaçada sonoramente com seus gemidos, eram um afrodisíaco natural, e eu ficava excitado. Um dia, bem no final da tarde, escuto alguém tocar a campainha, vou atender e escuto a inconfundível voz angelical de minha vizinha. /Boa tarde vizinho! O vento derrubou uma toalha na sua área de serviço. O senhor poderia pegar para mim por favor? Eu já de gracinha com ela, mas de maneira séria respondi que não… Mas que ela mesma poderia entrar para pegar. Ela meio desconfiada, disse que não entraria, que eu mesmo poderia pegá-la que era uma toalha verde. Aproveitei então para fazer meu drama particular, dizendo-lhe que infelizmente era uma pessoa cega, e não poderia diferenciar a toalha dela das minhas. Como normalmente ocorre, ela ficou surpresa, e se desarmou totalmente, entrando no meu apartamento. pediu licença mais uma vez, e foi até a área de serviço voltando em seguida com a toalha. Tentou mostrar-me, mas eu disse que não precisava. Ela me perguntou porque eu morava sozinho sendo uma pessoa cega. Então, continuando com o meu drama disse-lhe que há tempos havia me divorciado, e nunca mais tive outro relacionamento. Afirmando que já estava acostumado com a solidão. Notei que ela ficou sinceramente sentida, e disse-me que caso precisasse de ajuda poderia pedir a ela ou ao seu marido. Aproveitou ainda, para pedir desculpas pelo incomodo que eles porventura causassem por morar em cima do meu apartamento. Nesse momento, não aguentei, dei uma risada e disse-lhe: /Só fico preocupado nas sextas, porque sinto que você fica muito triste com seu marido, Mas no sábado tudo fica bem novamente né? Ela deu uma risadinha sem graça, ficou por um tempo em silêncio e em seguida disse-me que seu marido trabalhava com telemarketing, onde aviam muitas mulheres, e que nas sextas ele saía a contragosto dela para beber depois do trabalho. Complementou dizendo que ele era muito sem vergonha, e que já tinha encontrado ele com outra, que está pensando seriamente em separação. Diante do relato, sugeri que ela deveria pensar bem antes de tomar alguma atitude mais radical. Que poderia dar um susto no maridinho numa dessas sextas-feiras, chegando depois dele, arrumada e perfumada. Ela adorou a idéia, e deu muitas risadas e perguntou-me se tinha mais alguma sugestão. Disse-lhe que sim, que ela deveria ao invés de ficar esbravejando enraivada, que poderia fazer caridade dando carinho a algum cego solitário dessa cidade. Evidente que falei isso em tom de galhofa! Ela sentou no sofá gargalhando a ponto de se engasgar. Depois disse que era hora de ir, despedindo-se, e agradecendo pela toalha e pelos conselhos desinteressados. A vida seguiu sua rotina, e certo dia quando nem mais lembrava do ocorrido,escuto a campainha tocar por volta das nove horas, vou abrir a porta, e toda esbaforida a vizinha invade meu apartamento fechando a porta rapidamente. Seu suave perfume me invadiu primeiro, e em seguida ela me abraçou e disse-me que hoje queria fazer diferente. Fui pego de surpresa, mas nunca que perderia aquele presente do destino. Segurei seu corpo esguio pela cintura colocando-a de pé em cima do sofá, para que ficasse da minha altura, e sem perder tempo beijei sua boca, abraçando-a de corpo inteiro. Deslisei minhas mãos pelo seu corpo, e enfiei meu rosto entre seus pequenos e pontiagudos seios cobertos apenas por uma blusa fina. Levantei sua blusa, e procurei seus seios com a boca, chupando-os com tanta voracidade que ela chegou a me pedir calma, segurando minha cabeça. Depois deslisei meu rosto beijando sua barriga, beijei e aspirei seu ventre por cima do short colocando-a lentamente sentada sobre o sofá com suas pernas abertas. Pus seu short junto com a calcinha para o lado, descortinando aquela rosa perfumada com seus lábios abertos como pétalas, onde lambuzei meu rosto e enfiei minha língua o máximo que pude, buscando seu ponto de prazer. Ela pegou uma almofada sobre o sofá, cobriu seu rosto, e iniciou sua trilha sonora que tantas vezes escutei. Mas agora era diferente, porque era eu quem dava-lhe prazer. Seus gemidos foram ficando mais apressados, e ela entre sussurros pediu-me que colocasse o dedo, fiz o que me Pedia sem parar de movimentar minha língua. Foi quando ela explodiu num gozo,puxando-me pelos cabelos, esfregando seu sexo no meu rosto. Fiquei esperando ela voltar do gozo beijando seu ventre. Mas ao se recompor, ela pareceu agitada, num misto de assustada e arrependida, dizendo que seu marido poderia chegar, e que precisava ir imediatamente. arrumou-se como deu, beijou minha boca, saiu porta a fora e nunca mais a encontrei novamente.
Blind-bird