Meu nome é Mariana, psicóloga há mais de quinze anos. Ao longo da minha carreira, já tratei de diversas questões emocionais e psicológicas, mas a consulta que tive com Ana e Lucas, mãe e filho, foi uma das mais delicadas e desafiadoras que já enfrentei.
Eles chegaram ao meu consultório em uma tarde tranquila. Ana e Lucas pareciam nervosos, sentados lado a lado na sala de espera, trocando olhares apreensivos. Quando os convidei a entrar, percebi que algo muito sério estava pesando sobre eles.
— Boa tarde, Ana, Lucas. Em que posso ajudá-los hoje? — perguntei, tentando criar um ambiente acolhedor e seguro para que se sentissem à vontade para falar.
Ana respirou fundo, segurando a mão de Lucas, e começou a falar.
— Estamos aqui porque precisamos de ajuda para lidar com algo muito delicado. — Ela hesitou, claramente lutando para encontrar as palavras certas. — Há alguns anos, nossa relação mudou. Não somos apenas mãe e filho, estamos envolvidos sexualmente.
Era uma revelação pesada, mas mantive minha expressão neutra e acolhedora. Sabia que qualquer julgamento ou reação negativa poderia fechar as portas da comunicação.
— Obrigada por confiarem em mim para falar sobre isso. Gostaria de entender melhor como essa situação começou e como vocês estão se sentindo.
Lucas, que até então estava calado, decidiu falar.
— Começou quando eu estava no primeiro ano de faculdade. Eu estava passando por um momento difícil no curso e na vida pessoal. Minha mãe sempre foi meu apoio, e nesse período nos aproximamos ainda mais. O carinho e a dependência emocional acabaram virando em algo mais. Certa vez, eu cheguei em casa, presenciei uma briga dos meus pais, fui consolá-la e, e aconteceu.
Ana continuou, visivelmente emocionada.
— Eu também estava vulnerável. Meu casamento tinha acabado e me sentia sozinha. Lucas foi meu porto seguro. Quando percebemos, já estávamos envolvidos de uma forma que sabíamos ser errada, mas não conseguimos parar.
Fiz anotações enquanto eles falavam, tentando captar todos os detalhes importantes. Sabia que precisava lidar com isso com extrema sensibilidade.
— Compreendo que deve ter sido difícil tomar a decisão de vir aqui e falar sobre isso. Vamos trabalhar juntos para entender esses sentimentos e procurar caminhos para lidar com essa situação. O primeiro passo é criar um espaço seguro onde vocês possam expressar suas emoções sem medo de julgamento.
Eles assentiram, visivelmente aliviados por finalmente poderem compartilhar seu segredo.
— Quero que saibam que sentimentos complexos são comuns em situações como a de vocês. Meu papel é ajudar a explorar esses sentimentos e encontrar uma maneira de seguir em frente. — disse com firmeza, tentando passar segurança e compreensão.
A sessão continuou com Ana e Lucas compartilhando mais sobre como a relação evoluiu e os conflitos internos que enfrentaram. Eu os ajudei a entender a necessidade de estabelecer limites saudáveis e a importância de buscar apoio adicional.
Enquanto a sessão avançava, ficou claro que eles estavam dispostos a enfrentar os desafios. Sugeri um plano de tratamento que incluía sessões individuais e em conjunto, além de leituras e exercícios de reflexão.
Embora o caminho à frente fosse difícil, Ana e Lucas sentiram-se aliviados por terem dado o primeiro passo. Com meu apoio, começaram a trilhar um caminho em direção a uma vida mais equilibrada. Sabíamos que a jornada seria longa e complexa, mas também sabíamos que eles não estavam mais sozinhos.
Na primeira sessão individual com Lucas, ele entrou no meu consultório com um semblante ainda mais tenso. Sabia que essa era uma oportunidade para ele falar livremente, sem a presença da mãe, e eu precisava criar um ambiente seguro e sem julgamentos.
— Lucas, essa sessão é sua. Quero que se sinta à vontade para falar sobre o que quiser, sem medo de reprovação. Estou aqui para ouvir e ajudar — disse, tentando tranquilizá-lo.
Ele respirou fundo, mexendo nervosamente nas mãos.
— Dra. Mariana, acho que preciso começar do início, para que você entenda. A primeira vez que aconteceu... foi confuso.
Assenti, incentivando-o a continuar.
— Eu estava no primeiro ano da faculdade. Meus pais tinham acabado de se separar e eu sentia um vazio enorme. Minha mãe estava desolada, e eu queria protegê-la de alguma forma. — Lucas parou, olhando para o chão, lutando para encontrar as palavras. — Numa noite, depois de uma briga feia entre meus pais, minha mãe estava chorando na cozinha. Eu fui até ela, tentando consolar. Acabamos nos abraçando por um longo tempo, e esse abraço... virou algo mais.
Eu mantive minha expressão neutra, sabendo que ele precisava sentir que podia continuar sem medo.
— Eu a beijei, doutora. E ela não me afastou. Acho que ambos estávamos tão carentes, tão desesperados por conforto, que cruzamos uma linha sem perceber. Acabamos indo para o quarto. Foi a primeira vez que tivemos uma relação sexual.
Ele parou novamente, visivelmente abalado. Dei-lhe um momento para recuperar o fôlego antes de continuar.
— Naquela noite, não dissemos nada um ao outro. Foi como se estivéssemos em um transe. No dia seguinte, fingimos que nada havia acontecido, mas algo havia mudado entre nós. Eu me sentia culpado e confuso, mas também... ligado a ela de uma forma que nunca havia sentido antes.
Lucas olhou para mim, esperando minha reação. Mantive minha voz suave e acolhedora.
— Lucas, agradeço por compartilhar isso comigo. Deve ter sido muito difícil para você. O que aconteceu naquela noite foi resultado de uma situação emocionalmente carregada e complexa. Vamos trabalhar juntos para entender esses sentimentos e encontrar uma maneira de lidar com eles de forma saudável.
Ele assentiu, parecendo aliviado por finalmente ter falado sobre aquele momento.
Depois de ouvir sua história e os detalhes sobre como a relação carnal com Ana começou, decidi explorar um pouco mais a profundidade de seus sentimentos e percepções. Uma maneira de fazer isso seria pedir que ele descrevesse fisicamente a mãe, Ana. Essa descrição poderia revelar aspectos importantes sobre sua fixação emocional e sexual.
— Lucas, quero que você descreva fisicamente sua mãe para mim. Como você a vê? — perguntei, observando atentamente suas reações.
Ele pareceu surpreso com a pergunta, mas depois de um momento de hesitação, começou a falar.
— Minha mãe... Ana... Ela tem cerca de 1,65m de altura, cabelo castanho claro, um pouco ondulado, que cai até os ombros. Seus olhos são verdes, muito bonitos. Eu sempre me senti acolhido com o sorriso dela, mas ultimamente, parece um pouco triste, sabe? Ela cuida bem de si mesma, sempre se veste bem, mesmo em casa. Tem uma pele clara e macia, e...
Lucas fez uma pausa, parecendo desconfortável com o nível de detalhe que estava prestes a compartilhar. Mantive minha expressão neutra e encorajadora.
— Continue, Lucas. É importante que você expresse tudo o que sente e pensa.
Ele respirou fundo e prosseguiu.
— Eu sempre a achei muito bonita. Acho que a forma como ela se move, como ela se porta... tudo nela me atrai. Quando era mais novo, eu via nela a mulher perfeita, alguém que eu queria proteger e cuidar. E quando começamos a nos envolver, esses sentimentos de proteção e admiração se transformaram em algo mais intenso, mais, sei lá, selvagem, eu acho.
Observei atentamente suas palavras e a forma como ele falava sobre Ana. A descrição de Lucas não era apenas física; ela estava carregada de admiração e carinho, mas também de uma intensa atração emocional e sexual. Isso me ajudava a entender melhor a complexidade de seus sentimentos.
— Lucas, gostaria de fazer outra pergunta importante. Quando você olha para o corpo da sua mãe, o que sente? — perguntei, observando atentamente suas reações.
Ele pareceu um pouco desconfortável, mas sabia que este era um espaço seguro para expressar seus sentimentos sem julgamento.
— Doutora, quando olho para o corpo dela... sinto uma mistura de coisas. — Ele fez uma pausa, procurando as palavras certas. — Por um lado, sinto uma admiração profunda. Acho minha mãe muito bonita e, de certa forma, perfeita. Mas também... há um desejo. Sinto uma atração que vai além do que é normal entre mãe e filho.
Lucas parou, visivelmente lutando para continuar.
— Às vezes, me sinto culpado por esses sentimentos. Sei que é errado, mas não consigo evitar. Quando a vejo, especialmente em momentos mais íntimos, sinto um desejo intenso. Uma vontade muito grande de transar com ela.
Mantive minha expressão neutra e acolhedora, incentivando-o a continuar.
— Quando você fala sobre esses sentimentos, parece que eles são muito intensos e confusos. Isso é compreensível, dado o contexto da sua relação com ela. Vamos trabalhar juntos para explorar esses sentimentos e encontrar maneiras de lidar com eles de forma saudável.
Lucas assentiu, parecendo aliviado por poder expressar abertamente suas emoções complexas.
— Obrigado, Dra. Mariana.
Na sessão individual com Lucas, depois de explorar suas descrições e sentimentos sobre sua mãe, percebi que a natureza da fixação de Lucas poderia estar relacionada a um conceito clássico da psicanálise. Decidi introduzir essa ideia para ajudá-lo a entender melhor o que estava acontecendo.
— Lucas, quero compartilhar com você um conceito da psicanálise que pode nos ajudar a entender melhor seus sentimentos. Pelo que você descreveu, parece que você pode estar passando por algo que chamamos de Complexo de Édipo tardio.
Ele franziu a testa, claramente tentando lembrar se já havia escutado o termo antes.
— Já ouvi falar do Complexo de Édipo, mas não sei exatamente o que significa, muito menos o que seria um Édipo tardio — respondeu ele, curioso e um pouco apreensivo.
— Bem, o Complexo de Édipo é uma teoria desenvolvida por Sigmund Freud. Ele descreve um estágio no desenvolvimento em que a o filho pequeno sente um desejo subconsciente pelo genitor do sexo oposto e uma rivalidade com o genitor do mesmo sexo. Normalmente, isso é algo que é superado à medida que crescemos, desenvolvendo identificações e transferindo esses desejos para parceiros fora da família — expliquei, observando suas reações.
Lucas assentiu lentamente, assimilando as informações.
— No seu caso, parece que esses sentimentos não foram resolvidos durante sua fase de formação e, devido às circunstâncias emocionais difíceis que você e sua mãe enfrentaram, eles ressurgiram de uma forma mais intensa e complexa. Isso é o que chamamos de Complexo de Édipo tardio. Não é comum, mas pode acontecer, especialmente em situações de vulnerabilidade emocional — continuei.
Ele ficou em silêncio por um momento, processando o que eu havia dito.
— Então, isso significa que meus sentimentos pela minha mãe são resultado de algo que deveria ter superado quando era menor? — perguntou ele, tentando entender melhor sua situação.
— Em parte, sim. Esses sentimentos foram exacerbados pelas circunstâncias difíceis que vocês passaram juntos, especialmente durante o divórcio de seus pais. O que é importante agora é trabalhar para compreender esses sentimentos e encontrar maneiras de lidar com eles de maneira saudável. Isso inclui estabelecer limites claros e buscar formas de desenvolver relações saudáveis fora do contexto familiar — respondi, tentando oferecer uma perspectiva esperançosa.
Lucas parecia aliviado por ter uma explicação para seus sentimentos, embora ainda claramente confuso e preocupado.
— Isso faz sentido, doutora. Mas como faço para superar isso? Parece tão... enraizado em mim.
— Lucas, quero fazer uma pergunta um pouco mais pessoal agora, e é importante que você se sinta à vontade para responder honestamente. Qual é a sua relação com a masturbação? — perguntei, observando atentamente suas reações.
Ele pareceu surpreso pela pergunta, mas após um momento de hesitação, começou a falar.
— Bem, Dra. Mariana, é algo que faço com uma certa frequência, especialmente desde que meus pais se separaram. — Ele fez uma pausa, claramente desconfortável, mas decidido a ser honesto. — Quando me masturbo, muitas vezes penso na minha mãe. Sei que é errado, mas esses pensamentos vêm à minha mente e não consigo evitá-los.
Eu mantive minha expressão neutra e acolhedora, sabendo que ele precisava se sentir seguro para continuar.
— Lucas, agradeço por sua honestidade. Esses pensamentos são uma manifestação dos sentimentos complexos que você tem em relação à sua mãe. É importante que você não se julgue por isso. Estamos aqui para entender esses sentimentos e encontrar maneiras saudáveis de lidar com eles — disse, tentando oferecer conforto e compreensão.
Ele assentiu, parecendo um pouco aliviado por ter falado sobre isso.
— Eu sinto muita culpa depois. É como se eu não conseguisse controlar esses pensamentos. E sei que isso só torna tudo mais complicado entre nós.
— Entendo, Lucas. A culpa é uma resposta natural quando sentimos que estamos fazendo algo errado, mas é importante lembrar que esses sentimentos e comportamentos têm raízes profundas. Vamos trabalhar juntos para encontrar maneiras de redirecionar esses pensamentos e sentimentos para algo mais saudável — continuei, buscando oferecer uma perspectiva positiva.
- Como posso parar com isso, doutora?
— Vamos começar com algumas estratégias práticas. Uma delas é tentar redirecionar seus pensamentos durante a masturbação para fantasias que não envolvam sua mãe. Isso pode ser difícil no começo, mas com prática, você pode começar a criar novas associações. Também podemos explorar atividades que possam ajudar a reduzir a frequência desses pensamentos, como exercícios físicos, hobbies e outras formas de distração saudável.
Ele parecia pensativo, considerando minhas palavras.
— Além disso, vamos continuar explorando esses sentimentos em nossas sessões. Lucas, quero fazer outra pergunta um pouco mais pessoal. Gostaria de entender suas referências em relação ao conteúdo erótico ou audiovisual que consome durante a masturbação. — perguntei, mantendo minha expressão neutra e profissional.
Ele pareceu surpreso com a pergunta, mas após alguns segundos de reflexão, respondeu com cautela. Queria entender melhor como esses elementos influenciavam seus sentimentos e comportamentos em relação à sua mãe.
— Bem, Dra. Mariana, eu... costumo assistir a vídeos ou ver imagens de mulheres, geralmente mais velhas, com características semelhantes às da minha mãe. Não é algo que eu busque conscientemente, mas parece que essas são as imagens que me atraem mais.
— Vídeos com referência a incesto?
— Sim, e as vezes eu vejo com ela enquanto transamos.
Após discutir suas preferências em relação ao conteúdo erótico, decidi abordar um ponto mais delicado: o período em que ele esteve envolvido nessa relação incestuosa com sua mãe. Queria entender melhor como esse tempo influenciou sua vida e seus sentimentos.
— Lucas, agora gostaria de discutir um pouco mais sobre o período em que você esteve envolvido nessa relação com sua mãe. Como você descreveria esse ano em que essa dinâmica estava presente em sua vida? — perguntei, escolhendo minhas palavras com cuidado para não causar desconforto.
Ele pareceu refletir por um momento antes de responder, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para descrever sua experiência.
— Foi... complicado, Dra. Mariana. Ao mesmo tempo em que era emocionante estar tão próximo dela, também era perturbador porque sabíamos que era errado. Mas era difícil resistir àquela conexão que tínhamos, especialmente após o divórcio dos meus pais. Parecia que éramos os únicos que realmente entendíamos um ao outro — respondeu ele, com uma expressão carregada de conflito interno. Como eu disse, é muito difícil resistir a ela, eu estaria mentindo se dissesse que eu não adoro transar com ela doutora. Teve dias que transamos o final de semana todo.
Ouvindo sua resposta, percebi o quão complexa e desafiadora havia sido essa fase de sua vida.
— Compreendo, Lucas. Parece que foi um período de intensas emoções e conflitos internos. É compreensível que você tenha sido atraído para essa relação em um momento de vulnerabilidade emocional, mas também é importante reconhecer os desafios e as consequências disso — respondi, tentando validar seus sentimentos sem julgamentos.
Ele assentiu, como se estivesse aliviado por poder compartilhar suas experiências.
— Sim, foi definitivamente um turbilhão. Às vezes, me perguntava se estava certo ou errado, mas ao mesmo tempo era difícil resistir a essa conexão que tínhamos. Parecia que éramos só nós dois contra o mundo — acrescentou ele, com um tom de melancolia em sua voz.
— Entendo, Lucas. Essa sensação de serem apenas vocês dois contra o mundo pode ter sido reconfortante em um momento de incerteza e instabilidade. Mas também é importante reconhecer que essa dinâmica pode ter tido um impacto significativo em sua saúde emocional e bem-estar — comentei, buscando validar seus sentimentos enquanto destacava a importância de considerar o contexto mais amplo da situação.
A conversa continuou com Lucas compartilhando mais sobre suas experiências durante esse período e como ele estava lidando com as repercussões emocionais.
Na sessão individual com Lucas, depois de abordar o período em que esteve envolvido na relação incestuosa com sua mãe, decidi explorar ainda mais suas emoções e como ele as percebia. Queria entender se havia uma conexão entre seus sentimentos e seus impulsos emocionais e físicos.
— Lucas, gostaria de explorar um pouco mais seus sentimentos. Quando você compartilha abertamente suas emoções ou pensamentos, você sente algum tipo de desejo associado a isso? — perguntei, mantendo uma expressão calma e receptiva.
Ele pareceu ponderar sobre a pergunta por um momento antes de responder.
— Às vezes, sim. Quando compartilho coisas íntimas, sinto, com todo respeito, meu pênis ficar duro. Há momentos em que isso desperta um desejo, mas também há uma sensação de estar vulnerável. É como se estivesse me expondo de uma forma que é assustadora. É como se eu estivesse pelado diante de você quando falo isso — explicou ele, com sinceridade.
Ouvindo sua resposta, percebi o quão complexa era sua relação com suas próprias emoções e o impacto que elas tinham sobre ele.
— Obrigado, Dra. Mariana. Às vezes, é difícil lidar com tudo isso sozinho — admitiu ele, com um suspiro.
Saí daquela sessão ciente do enorme desafio que tínhamos pela frente, mas também esperançosa. Lucas havia dado um grande passo ao compartilhar sua história, e eu estava comprometida em ajudá-lo a encontrar o caminho para a cura e a compreensão. A jornada seria longa, mas ela não precisaria enfrentá-la sozinha. No outro dia foi a vez da sessão da mãe dele, que foi muito impactante para mim.
Na primeira sessão individual com Ana, ela entrou no meu consultório com uma mistura de nervosismo e alívio. Sabia que, assim como Lucas, ela precisava de um espaço seguro para compartilhar suas emoções e experiências sem medo de julgamento.
— Ana, esta sessão é toda sua. Quero que se sinta à vontade para falar sobre o que quiser, sem medo de reprovação. Estou aqui para ouvir e ajudar — disse, tentando passar segurança e acolhimento.
Ela respirou fundo, hesitando antes de começar.
— Dra. Mariana, é tão difícil falar sobre isso. Eu sei que é errado, mas não consigo evitar esses sentimentos. Preciso explicar como tudo começou, para que você entenda.
Assenti, incentivando-a a continuar.
— Foi logo após o divórcio. Eu estava me sentindo perdida, desamparada. Meu ex-marido e eu brigávamos constantemente, e eu não sabia como lidar com isso. Lucas estava no primeiro ano da faculdade e também sofria com a separação. Nós éramos tudo um para o outro naquela época.
Ana fez uma pausa, enxugando as lágrimas que começavam a se formar.
— Uma noite, depois de uma briga especialmente feia com meu ex-marido, fui para a cozinha e comecei a chorar. Lucas veio até mim, tentando me consolar. Estávamos tão carentes, tão desesperados por algum tipo de apoio... nós nos abraçamos, e esse abraço virou algo mais. Acabamos no quarto e,,, Ele me comeu, doutora, desculpa o termo.
Ela parou, visivelmente abalada. Dei-lhe um momento para se recompor antes de continuar.
— Naquela noite, não dissemos nada um ao outro. Só transamos. No dia seguinte, fingimos que nada havia acontecido, mas eu me sentia culpada, confusa, mas também... ligada a ele de uma forma que nunca havia sentido antes. Sinto que desenvolvi uma fixação por ele, doutora. Como se ele fosse a única pessoa que pudesse preencher o vazio que sinto.
Mantive minha voz suave e acolhedora.
— Ana, agradeço por compartilhar isso comigo. Deve ter sido muito difícil para você. O que aconteceu naquela noite foi resultado de uma situação emocionalmente carregada. Vamos trabalhar juntos para entender esses sentimentos e encontrar uma maneira de lidar com eles de forma saudável.
Ela assentiu, parecendo aliviada por finalmente ter falado sobre aquele momento.
— Eu sei que é errado, Dra. Mariana, mas não consigo afastar esses sentimentos. Sabe?
— Vamos começar explorando seus sentimentos e pensamentos sobre essa experiência. Entender o que levou vocês a esse ponto é crucial. Também é importante estabelecer limites e reconstruir a relação de vocês de uma forma saudável e apropriada. — Eu disse, oferecendo um plano de apoio contínuo.
A sessão continuou com Ana se abrindo mais sobre seus sentimentos de culpa, confusão e a fixação que desenvolveu por Lucas. Conversamos sobre a importância de buscar equilíbrio emocional e as estratégias que poderiam ajudá-la a lidar com essa situação complexa.
— Ana, gostaria de entender melhor como foi para você lidar com as emoções e pensamentos que surgiram no dia seguinte aos encontros íntimos com Lucas. Como se sentiu? — perguntei, adotando uma postura empática e acolhedora.
Ela pareceu refletir sobre a pergunta por um momento, talvez relembrando esses momentos e as consequências emocionais que vieram com eles.
— Foi... avassalador, doutora. Havia uma muitos sentimentos contraditórios. Por um lado, havia uma sensação de proximidade e conexão com meu filho que me deixava reconfortada, mas, ao mesmo tempo, havia uma culpa profunda por saber que era algo errado, uma angústia que não me deixava em paz. Era como se eu estivesse presa em um turbilhão de emoções — respondeu ela, com a voz carregada de emoção —Mas isso não me impediu de transar com ele de novo naquele dia.
Ouvindo sua resposta, percebi o peso emocional que esses momentos íntimos tinham sobre ela.
— Compreendo, Ana. Parece que esses momentos foram acompanhados por uma montanha-russa de emoções muito fortes. É normal se sentir sobrecarregada após experiências tão desafiadoras. Estamos aqui para ajudá-la — respondi, transmitindo empatia e compreensão.
Ela assentiu, como se apreciasse a oportunidade de discutir esses aspectos de sua vida.
—É reconfortante poder falar sobre isso. Às vezes, é difícil lidar com tudo isso em segredo. Parece que sou uma bandida — admitiu ela, com um suspiro.
— Estou aqui para apoiá-la, Ana. Seja qual for a jornada que você esteja enfrentando, estamos aqui para atravessá-la juntas. Não hesite em compartilhar suas preocupações ou dúvidas durante nossas sessões — respondi, transmitindo apoio e validação.
Depois disso, decidi explorar um aspecto mais objetivo de sua relação com o filho.
— Ana, se sentir confortável, gostaria que descrevesse fisicamente o Lucas para mim. É importante para nossa compreensão da dinâmica entre vocês — perguntei, mantendo um tom profissional e respeitoso.
Ana pareceu um pouco surpresa com a pergunta, mas logo começou a descrever Lucas detalhadamente.
— Bem, ele tem cerca de 1,80m de altura, cabelos castanhos claros que caem ondulados sobre a testa, olhos da mesma cor, um pouco amendoados, e uma expressão tranquila na maior parte do tempo. Seu rosto é meio angular, com um queixo definido, e ele tem um sorriso gentil que ilumina seu rosto quando está feliz — descreveu ela, pausadamente e esboçando um sorriso, como se estivesse tentando pintar uma imagem clara.
Ouvindo sua descrição, percebi o cuidado e a atenção aos detalhes que Ana estava dedicando ao descrever seu filho. Ana descreveu Lucas com detalhes, destacando especialmente seu sorriso gentil. Essa característica específica pode ser particularmente relevante, pois um sorriso afetuoso pode influenciar positivamente a percepção emocional e a conexão entre mãe e filho.
— Obrigada por compartilhar, Ana. Sua descrição fornece uma imagem quase idealizada do Lucas. Esses traços físicos também podem ter influência em sua percepção emocional e na dinâmica entre vocês. Vamos continuar explorando esses aspectos juntas — respondi, buscando validar sua contribuição enquanto mantinha o foco na análise do relacionamento entre mãe e filho.
Ana parece admirar profundamente a beleza de Lucas. Essa admiração pode ser um reflexo de uma ligação emocional intensa entre mãe e filho, onde a beleza física de Lucas pode ser percebida como uma extensão de sua própria identidade e autoestima de Ana. Ao destacar essa admiração, busquei entender melhor a dinâmica emocional subjacente ao relacionamento entre eles.
Então busquei abrir espaço para uma discussão mais profunda sobre os sentimentos de Ana e como eles podem estar influenciando seu relacionamento com Lucas. Perguntei a Ana qual parte específica do corpo de Lucas chama mais sua atenção, buscando compreender melhor a natureza dessa admiração.
— Doutora, posso ser sincera?
— Sinta-se à vontade, Ana.
— Às vezes, eu sonho com o pênis dele.
Assenti com uma feição neutra.
— Toda vez que eu coloco ele na boca, doutora. Eu me sinto muito bem. — disse um pouco envergonhada. — Desculpa dizer isso.
— Como havíamos combinado, não terá julgamentos nessa sala. Você deve parar de guardar esses segredos para você. Estou aqui para você compartilhar qualquer coisa que queira.
— Posso dizer tudo que eu sinto?
— Claro, Ana. Desabafe.
— Meu marido quase não me comia e olha que eu sempre tive várias oportunidades de trair ele e eu não fazia. Meu filho me elogia, diz que eu sou gostosa. Tem o melhor pau que já me comeu na minha vida toda. Eu me sinto sexualmente muito realizada com ele, mas sei que é errado
Fiquei apenas prestando atenção, me esforçando para me manter neutra.
— Eu nunca tinha dado o cú para alguém, para ele eu quis dar, doutora.
— ...
— Ele me come de todo qualquer jeito.
— ...
— Ontem mesmo, depois da sessão de ontem parece que ele ficou com um tesão gigantesco. Nós transamos a madrugada toda. Eu tô até com sono.
Eu fiquei sem palavras com que eu estava ouvindo. A Ana descrevia muito meticulosamente sua atividade sexual com seu filho. Enquanto Ana falava sobre sua rotina com Lucas, fiquei surpresa com o nível de detalhamento que ela oferecia. A maneira como ela descrevia cada pequeno aspecto do dia a dia, desde o que Lucas comia até como ele arrumava o cabelo, demonstrava um nível de atenção e envolvimento emocional muito profundo.
Percebi que essa atenção meticulosa revelava muito sobre a dinâmica entre os dois. Era como se cada detalhe do dia a dia tivesse uma importância especial para Ana, reforçando ainda mais a admiração que ela sentia por Lucas. Ao observar isso, entendi que esses detalhes não eram apenas parte da rotina; eles eram um reflexo do vínculo emocional intenso que Ana compartilhava com seu filho.
Ao final da sessão com Ana, saí do consultório com uma sensação estranha, uma inquietação que parecia se agarrar aos meus pensamentos. A intensidade da relação que Ana descrevera, o nível de envolvimento emocional e a admiração com que falava de Lucas, tudo aquilo me deixara reflexiva. Ao chegar em casa, ainda processando o que ouvira, notei que algo em mim se acendera. Havia uma energia que eu não conseguia ignorar, uma vontade de reconectar, de buscar uma intimidade que talvez eu mesma não soubesse estar precisando.
Foi então que, sem planejar, me aproximei do meu marido com uma energia diferente, uma necessidade de intimidade mais forte do que de costume e, pela primeira vez em muito tempo, transei com ele. A intensidade que senti era quase uma descoberta nova, um impulso que me levou a explorar com ele coisas que nunca antes havíamos experimentado juntos. Era como se aquela experiência profissional tivesse trazido à tona um desejo latente, uma vontade de viver algo além do comum.
A experiência foi tão poderosa que me deixou sem palavras; parecia que todas as emoções reprimidas, despertadas de maneira inesperada, haviam transbordado de uma só vez. Essa foi, sem dúvida, a relação sexual mais intensa que já tive na vida. Realizamos tudo, sexo oral, vaginal e até anal, como eu sugeri.
Depois daquela transa, enquanto ainda estávamos deitados, meu marido me olhou com uma expressão de admiração. Ele passou a mão pelo me busto, quase num sussurro:
— Eu nunca te vi assim antes. Foi... incrível. O que aconteceu?
Sua voz carregava curiosidade e satisfação, como se ele estivesse tentando entender de onde vinha aquela intensidade tão inesperada. Eu hesitei por um momento, sem saber exatamente o que responder. Não era algo que pudesse explicar facilmente. As emoções do dia, a inquietação despertada pela sessão com Ana, tudo isso parecia ter me levado a um lugar novo dentro de mim mesma. Não ia falar que atendi um casal incestuoso no dia e aquilo me acendeu uma volúpia sexual intensa.
— Não sei... acho que só precisava disso. Precisava de você, de nós — respondi, enquanto tentava organizar meus próprios pensamentos.
Ele apenas sorriu, me puxando para mais perto, e ficamos ali, em silêncio, saboreando a conexão que havia sido redescoberta entre nós.
Depois que meu marido adormeceu, fiquei olhando para o teto, incapaz de desligar minha mente. A intensidade daquela noite ainda estava viva em mim, mas, aos poucos, meus pensamentos voltaram para Ana e Lucas. Pensei na coragem que ela teve de compartilhar aquilo comigo, e no que ainda estava por vir em nossas sessões.
Sabia que muitas verdades desconfortáveis poderiam emergir. Mas, acima de tudo, havia uma curiosidade quase visceral dentro de mim: o que mais aquele vínculo incestuoso poderia revelar sobre eles — e, talvez, sobre mim mesma?