Eu realmente não devia ter bebido aquela última taça de vinho. Só fui perceber isso no outro dia quando acordei no meu quarto totalmente nua. Abri os olhos e vi minhas roupas espalhadas do lado da minha cama. Realmente eu tinha feito uma bagunça. Mas virei para o outro lado para dar um jeito do que tinha me acordado. Estiquei a mão por baixo do lençol que me cobria e achei o infeliz. Desliguei o despertador do meu celular e olhei as horas. Eu ainda tinha uma hora para me arrumar para a próxima reunião.
Levantei com alguma dificuldade da cama e fui dar um jeito de tomar um banho. Nem isso eu tinha conseguido fazer na noite passada. Quando terminei minha última taça de vinho, paguei e me despedi das minhas companhias. Subi para meu quarto e tirei a roupa com a intenção de tomar um banho. Mas quando olhei para a cama eu mudei de ideia e acabei me deitando.
Minha cabeça estava doendo, provavelmente culpa da última taça de vinho. Logo após o banho eu fui procurar um remédio na bolsa. Bebi e fui me arrumar para a reunião. Assim que terminei de me arrumar mandei uma mensagem para Marcos avisando que eu já estava aguardando ele. 15 minutos depois ele apareceu e seguimos para o escritório da fábrica. Tudo correu bem, fechamos um contrato de dois anos com renovação automática para mais dois se nenhuma cláusula fosse quebrada de ambos os lados.
A viagem de volta foi tranquila. Marcos estava todo feliz por ter fechado o negócio, mas eu estava com uma pulga atrás da orelha. Marcos não precisava de mim para ter feito isso e mesmo assim ele quis me trazer. E não foi só isso, ele praticamente me deixou a frente de tudo. Até parecia que eu era a presidente e ele meu assistente. Eu consegui tirar aquilo de letra. Não era a primeira vez que eu fazia isso, na verdade era algo que eu fazia a muito tempo. Com uma diferença, essa fábrica era muito grande e conhecida no Brasil todo. Era um contrato muito importante e um erro que eu cometesse poderia estragar tudo. Isso ficou martelando na minha cabeça, porque Marcos me trouxe com ele?
Eu não aguentei sem perguntar.
~Marcos, posso te fazer uma pergunta?
Ele me olhou e sorriu como se já soubesse o que eu iria perguntar.
~Claro Samantha, pode perguntar.
Marcos tem uma vantagem, ele é bem sincero e direto comigo, sempre foi. Eu sabia que ele me falaria a verdade.
~Porque você me trouxe nessa viagem? Você poderia ter vindo sozinho ou com o advogado. Você poderia ter me mandado vir com ele ou até sozinha. Mas não precisava de nós dois ter vindo resolver isso.
Ele sorriu e pensou um pouco antes de responder. Depois segurou na minha mão, como se quisesse me passar segurança.
~Samantha eu queria ver como você se comporta em um ambiente com alta tensão. Mas pelo que vi você nem se sentiu em um ambiente assim. Você me pareceu muito segura e confortável nas reuniões. Como eu imaginei, você nasceu para isso. Eu sei da sua capacidade e do seu profissionalismo. Mas nunca presenciei você fazendo isso. Sempre que eu ou você fechava um grande contrato a gente estava trabalhando separados. Para tomar a decisão que tomei, eu precisava de ver você em ação.
Eu tinha entendido em partes o que ele me falou, mas a última frase me deixou confusa.
~Qual decisão? Eu não entendi. Desculpe
Ele mais uma vez foi direto comigo.
~Eu vou me aposentar e quero que você assuma a presidência da empresa. Já conversei muito com Raquel sobre isso e ela concorda totalmente com minha decisão. Mas como te conheço bem, você vai querer pensar sobre isso. Você tem 3 meses para tomar sua decisão.
Por essa eu não esperava. Não dele pensar em mim para ficar no seu lugar, mas dele querer se afastar da empresa.
~Mas porque isso agora? Você não tem motivos para se afastar agora. Pelo menos não que eu saiba. Você é muito novo para pensar em aposentadoria.
Mais uma vez ele sorriu, e me explicou o motivo.
~Eu quero aproveitar minha vida com a Raquel. Nós casamos cedo, tivemos um casamento quase perfeito. Sempre tomamos decisões em conjunto e sempre conversamos muito sobre isso. Foi assim quando decidimos nos casar, quando decidimos abrir a empresa, quando decidimos ter um casamento aberto e dessa vez não foi diferente. Estamos com 50 anos os dois, logo vamos estar velhos e sem muito entusiasmo para aproveitar certas coisas. Não precisamos trabalhar mais. Queremos viajar e aproveitar um pouco a vida sem preocupações. Nossa filha não quer assumir a empresa, ela vai tomar conta da rede de lojas da mãe dela. Então temos que pôr alguém de confiança e que seja competente à frente da empresa.
As coisas começaram a fazer sentido.
~Acho que entendi e vocês não estão errados não. Mas porque você não coloca o Caio no seu lugar? Ele é competente e é seu primo.
Ele fechou a cara na hora.
~Ele não é competente, quem é competente é a Marina. Ele só aproveita da competência da esposa e eu não confio nele. Um homem que não respeita a sua própria esposa e nem a esposa dos outros para mim não é confiável. Ele já tentou ficar com a Raquel e várias outras mulheres comprometidas ali. Na época só não mandei ele embora porque eu achava que ele era competente. Sei que não sou nenhum santo, mas eu nunca fiquei com nenhuma mulher comprometida ou tentei ficar. Pelo menos não escondido do seu companheiro. Também tenho quase certeza que Caio espalhou o boato de que você era minha amante. Ele não aceita que você sozinha seja mais competente que ele e a Marina juntos. Se algum dia ele me der motivos de novo eu coloco ele para fora da empresa. Só que acho que ele sabe disso e tem tomado cuidado para não fazer nada de errado.
Fazia sentido o que ele estava dizendo. Até porque Caio veio com gracinha para meu lado também e só parou porque eu cortei as asas dele.
~Tudo bem Marcos, eu vou pensar com cuidado sobre sua proposta e obrigado por confiar em mim.
Quando chegamos em BH eu fui direto para minha casa. Estava doida para tomar um banho e descansar na minha cama. Assim que cheguei Júlia veio ao meu encontro para me dar um abraço. Minha filha era muito amorosa, apesar de ser mais apegada ao pai, nunca deixou de ser um amor comigo. Um dos problemas do meu trabalho era esse, muitas vezes eu não tinha o tanto de tempo que eu queria com minha filha. Hoje até consigo ter mais tempo, mas no início era muito complicado por eu estar correndo atrás do meu lugar ao sol na empresa. Eu deixei a desejar como mãe, já me desculpei com ela algumas vezes por isso. Apesar dela nunca ter me culpado, ela ficou mais apegada ao pai que passava muito mais tempo com ela. Até dentro de casa ele tinha como dar mais atenção à filha do que eu tinha. Não tenho problemas com isso, mas sinto uma pontinha de ciúmes às vezes.
Júlia foi uma das surpresas que a vida me deu. Eu namorava a uns seis meses com o pai dela quando transamos pela primeira vez. Sinceramente foi algo traumático para mim. Eu era virgem e ele totalmente inexperiente. O resultado foi que só senti dor e ainda engravidei. Eu era uma adolescente, era para aquilo ter atrapalhado meu futuro, mas graças a minha mãe, não atrapalhou. Pedro quando ficou sabendo, queria casar e seus pais queriam o mesmo. Mas minha mãe quando ficou sabendo não pensou nisso. Primeiro ela me deu um sermão e depois cuidou de mim. Ela disse que não iria deixar sua filha casar por causa de uma gravidez indesejada. Que eu e Pedro podíamos continuar o namoro. Se no futuro a gente quisesse se casar, tudo bem, mas no momento a gente tinha que pensar no nosso futuro.
Eu continuei meus estudos naquele ano. No início do outro, minha filha nasceu e eu fiquei o ano todo com ela. No outro ano voltei a estudar e só parei quando me formei. Minha mãe ajudou a criar sua neta e Pedro foi um pai incrível também. Nosso namoro seguiu até o final do colegial, aí ficamos noivos e nos casamos um ano depois. Pedro trabalhava e estudava e eu também. Meu pai deu uma das suas casas de aluguel para nós dois morar. Os pais do Pedro também ajudaram muito a gente nessa época, mas fizemos por merecer. Eu me formei em administração e fui trabalhar na empresa do Marcos. Pedro se formou em contabilidade e trabalhava em um ótimo escritório contábil. Depois de um tempo eu já ganhava muito bem e reformei nossa casa, praticamente construí outra. Pedro colocou todas suas economias para abrir seu próprio escritório. Mas nesse tempo eu perdi muito da criação e educação da minha filha. Não fui ausente, mas não fui uma mãe ideal para ela. Ainda sim ela me tratava como se eu tivesse sido a melhor mãe do mundo.
Depois de conversar um tempinho com minha filha eu fui para o meu quarto. Pedro estava deitado e assim que me viu, abriu um sorriso lindo e veio me encher de beijos. Achei estranho já que eu esperava encontrar ele de cara fechada, mas também não reclamei. Ele perguntou como tinha sido a viagem e eu contei a ele com detalhes o que tinha acontecido. Ele ficou muito feliz por ter dado tudo certo e pela proposta que Marcos me fez. Ele disse que era uma decisão minha, mas ele aceitaria com certeza. Quando fui sair pro banho ele pediu para eu esperar um pouco porque precisava me falar algo.
~Amor eu queria me desculpar pelo jeito que agi com você. Eu confio em você e conheço Marcos o suficiente para confiar no caráter dele. Apesar de eu não aprovar o estilo de vida dele, sei que ele te respeita e sempre me respeitou também.
Eu estava gostando de ouvir aquilo. Pensei que teríamos uma pequena discussão por causa da viagem, mas graças a Deus Pedro agiu de forma totalmente diferente do que eu esperava.
~Está tudo bem, não precisa se desculpar. Só procure pensar nisso se caso eu precisar viajar novamente com ele ou com outra pessoa. Eu amo você, amo nossa família e a vida que construímos juntos. Nunca jogaria isso fora por nada desse mundo. Eu sempre te respeitei, não iria mudar agora.
Ele abaixou a cabeça e ficou calado por um tempo. Ele realmente estava meio estranho. Mas logo me olhou e explicou o que houve.
~Amor, o meu problema não é falta de confiança em você. O problema é que sei o que vão falar na empresa na segunda-feira. Sei que você não liga para o que os outros falam, mas fica chato para mim.
Eu não tirava a razão dele, mas já tínhamos conversado sobre isso várias vezes.
~Amor eu não posso controlar isso, eu queria, mas não posso. Quando esse boato saiu eu te contei e discutimos o assunto. Decidimos ignorar isso. Porque para evitar esse tipo de coisa, só se eu pedir demissão.
Ele sabia que eu tinha razão. Não dá para controlar as fofocas de uma empresa.
~Você tem razão. Não estou reclamando, só te explicando o motivo de eu ficar chateado, mas prometo que não vai mais acontecer.
Eu disse a ele que estava tudo bem e fui tomar meu banho. Demorei bastante como de costume e achei estranho Pedro não ter vindo me visitar no banho. Ele sempre fazia isso quando eu ficava fora um ou dois dias. Mas até agradeci, eu estava com uma pequena ressaca e um pouco cansada da viagem.
Após o banho fui procurar algo para comer na cozinha. Maria estava iniciando o jantar, então resolvi esperar ficar pronto. Fiquei conversando com Maria e perguntei se Pedro tinha falado com ela e ela disse que sim. Ela disse que ele deu o dinheiro e ela comprou o que estava precisando. Ela foi até o armário, pegou uma nota fiscal, o troco e me entregou para eu devolver a Pedro. Perguntei se Pedro tinha tratado ela bem e ela disse que sim, mas não rendeu assunto.
O jantar ficou pronto e fui chamar Pedro para jantar. Mas ele disse que estava sem fome e que mais tarde ele comia alguma coisa. Fui até a porta do quarto de Júlia e avisei que o jantar estava pronto. Segui para a cozinha e Maria não estava mais lá. Júlia chegou e perguntou por ela, eu disse que ela provavelmente já tinha ido para sua casa. Julia foi até a porta da cozinha e voltou com uma cara meio estranha. Sentou ao meu lado e começou a me contar algo que aconteceu mais cedo na minha casa.
~Mãe, hoje quando eu cheguei da casa da minha amiga a Maria estava limpando a sala. Ela estava com o fone de ouvido e não viu eu entrar. Quando olhei no rosto dela, eu vi que ela estava chorando. Me preocupei na hora e fui perguntar o que tinha acontecido. Ela não queria falar, mas eu insisti já que conto tudo para ela. Bom, ela me disse que foi porque tinha terminado com o Jonas, aquele ex dela. Eu achei estranho já que tem quase seis meses que eles tinham terminado. Ela me disse que eles tinham voltado no sábado passado, mas brigaram de novo e ela estava mal por isso. Estou te contando porque se a senhora ver ela meio triste já sabe, não vai encher ela de perguntas tá.
Eu jurava que Maria nem lembrava desse idiota mais. O ex dela traiu ela, pelo jeito ela foi dar uma chance a ele e quebrou a cara.
~Tá bom filha. Obrigado por me contar e pode ficar tranquila que não vou encher ela de perguntas.
Minha filha me agradeceu e a gente foi jantar. Fiquei pensando no que ela me contou. Maria me disse quando descobriu a traição que ficou mal por ter sido traída, mas que ia passar rápido já que não amava o ex. Eles estavam no início do namoro. Mas pelo jeito não passou rápido assim. Júlia começou a falar de outros assuntos e eu até esqueci disso. Terminei o jantar e voltei para o meu quarto.
Eu e Pedro ficamos conversando um pouco. Depois de um tempo eu me deitei no seu peito e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo. Eu amava aquilo. Levantei um pouco meu corpo e dei um beijo bem gostoso nele. Suas mãos já começaram a fazer carinhos nas minhas costas, depois nas minhas pernas e o beijo foi esquentando. Logo senti uma das suas mãos entrar dentro do meu pijama e ir direto para dentro da minha calcinha. Sua outra mão acariciava meus seios. Eu levei uma das mãos e coloquei dentro da sua cueca. Comecei a fazer carinho no seu pau que ainda estava meio mole. Seus dedos passavam sobre minha buceta que a essa altura já estava molhadinha. Ele começou a beijar meu pescoço, eu joguei minha cabeça para trás para facilitar suas investidas. Eu já estava com muito tesão quando ele começou a massagear meu grelinho. Eu gemia gostoso com seus toques.
Em um movimento rápido ele me empurrou um pouco e fez eu me afastar. Ele se levantou e puxou a parte debaixo do meu pijama junto com a calcinha. Ele se deitou com o rosto entre minhas pernas e começou a me chupar bem gostoso. Eu já gemia descontrolada com sua boca me chupando bem gostoso. Ele não parou de chupar enquanto eu não gozei na sua boca bem gostoso. Assim que ele saiu do meio das minhas pernas, ele veio me beijar. Eu adorava sentir o meu gosto na boca dele.
Aquele beijo só não durou mais porque meu fôlego estava prejudicando por causa do orgasmo. Logo que nos soltamos eu já virei ele na cama. Desci beijando o seu corpo até chegar onde eu queria. Tirei sua cueca e tentei fazer um oral gostoso para ele. Mas não deu muito certo, infelizmente ele não conseguiu ter uma ereção. Eu até me esforcei, mas não adiantou. Por fim ele pediu para eu parar e disse que não estava muito bem. Que provavelmente era ressaca.
~Você bebeu ontem?
Ele fez uma cara de susto com minha pergunta. Acho que ele não queria me contar algo.
~Desculpe. Eu não queria te contar porque passei do ponto e acabei ficando de ressaca.
Imaginei que ele tinha bebido porque estava chateado comigo.
~Tudo bem amor. Eu te contei que bebi uma taça a mais também e amanheci com um pouco de dor de cabeça. Mas porque você bebeu tanto? Foi por minha causa?
Eu não devia ter nem perguntado, mas quando vi já tinha feito isso. Eu não queria voltar ao assunto de mais cedo.
~Não amor. Eu estava sozinho à noite e estava um pouco frio por causa da chuva que começou no início da noite. Fui beber um vinho só para aquecer, mas me entusiasmei e bebi mais do que devia.
Escapei de voltar ao assunto, então achei melhor não fazer mais perguntas e encerrar o assunto.
~Tudo bem amor. Como eu disse, acontece. Vou tomar um banho e já volto.
Fui ao banheiro, tomei banho e voltei para cama. Eu não demorei a dormir, mas não dormi direto. Acordei de madrugada e Pedro não estava na cama. Imaginei que ele tinha ido ao banheiro ou talvez beber água na cozinha. Só virei pro canto e dormi de novo. Voltei a acordar só no outro dia de manhã. Como era domingo, eu aproveitei bastante a cama. Pedro foi na missa e Júlia foi junto. Na vi Maria na parte da manhã e só fui vê-la na hora do almoço. Ela realmente estava meio triste. Mas procurei não perguntar nada. Mas dei um abraço bem apertado nela.
O domingo passou voando e a semana começou. Minha vida seguiu normalmente a não ser por dois motivos. Pedro me evitou todas as noites da semana seguinte. No final de semana tivemos uma transa bem mais ou menos, mas pelo menos ele compareceu. Na semana seguinte começou do mesmo jeito e eu comecei a me preocupar. Eu sentia falta do sexo sim, mas não era esse o motivo. Pedro nunca foi assim, nem que seja duas vezes durante a semana a gente fazia sexo. Até achei que ele estava com algum problema. Falei com ele, mas ele disse que estava tudo bem, que só estava com trabalho acumulado. Nas outras semanas as coisas foram voltando ao normal e esqueci daquilo.
Maria andava mesmo triste e eu mesmo a flagrei chorando na cozinha. Não aguentei e perguntei o que estava acontecendo. Ela me falou a mesma história que contou para Julia. Eu disse a ela que se precisasse de uma amiga era só falar. Que meu ombro e meu ouvido estavam disponíveis. Ela me agradeceu e disse que iria ficar bem logo. E realmente ela foi melhorando, não que ela tivesse voltado a ser a mulher alegre que eu conhecia, mas ela estava menos triste.
Nisso se passaram quase dois meses e eu já tinha falado para Marcos que iria aceitar sua proposta. Ele ficou muito feliz e Raquel também. As coisas estavam indo muito bem. Mas em uma quinta feira quando eu estava quase chegando em casa recebi uma mensagem de Maria que iria mudar minha vida totalmente. Ela disse que tinha deixado uma carta no seu quarto. Eu achei aquilo muito estranho e respondi perguntando do que ela estava falando. Mas minha mensagem não foi entregue. Tentei ligar para ela, mas caiu direto na caixa postal. Assim que cheguei em casa, eu fui direto para a casa dela. A porta estava destrancada e senti falta de algumas coisas na sala. Fui até o seu quarto e tinha mesmo uma carta em cima da cama.
Quando abri e comecei a ler, meu mundo foi desmoronando aos poucos. Eu tinha sido traída por duas pessoas que eu amava e confiava. O pior que foi debaixo do meu teto, dentro da minha casa. Eu saí dali com muita raiva, eu nem consegui sentir tristeza naquele momento. Era pura raiva mesmo e eu queria mais explicações do que tinha naquela carta. Se Maria teve coragem de me contar o que contou, ela com certeza me contaria tudo sem me enrolar.
Quando entrei dentro da minha casa dei de cara com Pedro entrando.
~Quero você fora da minha casa antes de eu voltar. A gente conversa assim que eu resolver o que tenho para resolver com sua amante. Não quero conversar agora com você e acho bom você achar uma boa desculpa para sua filha. Se você não achar eu conto a verdade para ela. E nem tenta me impedir de sair porque na raiva que estou de você, é bem possível eu fazer uma besteira.
Pedro arregalou os olhos e tentou falar algo, mas desistiu.
Eu entrei no meu carro e fui atrás daquela que um dia eu considerei minha melhor amiga. Ela iria me pagar caro pelo que fez e depois eu cuidaria do meu futuro ex marido.
Continua..