Numa noite tranquila, Cláudia percebeu que a relação com Sofia poderia dar um passo adiante. Após um dia em que Nuno estava particularmente obediente às suas ordens, ela decidiu que era hora de partilhar a experiência com sua irmã de uma forma inusitada.
Enquanto Sofia preparava uma chávena de chá na cozinha, Cláudia aproximou-se, descontraída, e puxou uma cadeira.
"Sofia," começou ela, com aquele sorriso confiante. "Tenho notado como o Nuno é... dedicado. Não só contigo, mas comigo também. Ele é um homem muito prestativo, não é?"
Sofia olhou para a irmã, rindo baixinho. "Sim, ele é. É uma das coisas que mais gosto nele."
Cláudia inclinou-se ligeiramente, como quem confessa um segredo. "Sabes, ele adora ser guiado. Não só em tarefas, mas em tudo. Acho que ele se sente mais confortável quando alguém assume o controle. E, honestamente, é divertido ver como ele reage."
Sofia franziu o sobrolho, intrigada. "Guia-lo como? O que queres dizer, Cláudia?"
Cláudia colocou uma mão sobre a da irmã, sorrindo com cumplicidade. "Que tal experimentares algo diferente? Em vez de dares ordens, por que não tentas sentir o que é estar no lugar dele? Deixar que alguém assuma o comando… só para veres como é."
Sofia hesitou. A ideia era incomum, mas havia algo na confiança de Cláudia que tornava impossível recusar. "Queres dizer... eu contigo?"
Cláudia assentiu, sua expressão firme mas acolhedora. "Exato. Nada permanente, claro. Só uma experiência entre irmãs. Eu lidero, tu segues. Prometo que vais entender muito mais sobre o Nuno depois disso."
Sofia riu, nervosa, mas curiosa. Após um momento de reflexão, ela concordou. "Certo. Mas só para experimentar."
Cláudia não perdeu tempo. Conduziu Sofia até à sala, onde pediu que ela se sentasse. Com a mesma segurança que demonstrava com Nuno, Cláudia começou a orientar a irmã com pequenos comandos: ficar de pé, dar passos curtos, trazer um objeto. Sofia, ainda surpresa, sentiu uma estranha mistura de desconforto e curiosidade ao seguir cada ordem.
Quando Cláudia pediu que Sofia se ajoelhasse, ela hesitou, mas acabou por ceder. Sentindo-se inesperadamente vulnerável, percebeu que havia algo poderoso na posição de submissão — uma confiança implícita e uma sensação de entrega que ela nunca havia explorado antes.
"Então, Sofia," disse Cláudia, observando a irmã com um sorriso leve. "Agora entendes por que o Nuno gosta? Há algo de libertador, não achas?"
Sofia assentiu, ainda um pouco atordoada pela experiência. "É… diferente. Não esperava sentir isto."
Cláudia riu, satisfeita. "Vês? Não é só sobre controle. É sobre equilíbrio. E, se gostares, podes aplicar isso com ele. Mas, por agora, acho que temos algo único entre nós, não achas?"
Sofia não respondeu imediatamente, mas o sorriso que surgiu no seu rosto dizia tudo. Ela havia descoberto um lado seu que nunca tinha explorado, e, de certa forma, isso trouxe ainda mais conexão entre as duas irmãs.
