Acordei cedo e me levantei sem fazer barulho para não acordar Erick. A casa estava silenciosa, e o único som era o da minha respiração calma enquanto descia as escadas, sentindo a brisa suave da manhã entrando pela janela da sala. Caminhei até a cozinha e comecei a preparar o café da manhã para ele e Isa, sem pressa, como se cada movimento fosse uma terapia. Coloquei meu fone de ouvido e, enquanto "Kiss Me" do Sixpence None the Richer tocava, meus pensamentos vagueavam, e eu me sentia em paz por alguns momentos.
A luz do sol estava especialmente bonita aquela manhã, invadindo a cozinha e se espalhando pelo chão em tons quentes. Talvez fosse só minha cabeça tentando enxergar beleza depois de tudo, mas, de alguma forma, a claridade parecia me envolver, aquecendo a sensação de que as sessões com Dra. Mônica estavam realmente me ajudando. Eu me perguntava por que não tinha feito terapia antes, por que deixei tantos sentimentos mal resolvidos se acumularem.
Resolvi fazer pão de queijo, lembrando que era um dos preferidos do Erick, e coloquei também um bolo de chocolate no forno, o favorito de Isa. Arrumei a mesa com carinho, caprichando nos detalhes, colocando flores frescas no centro. Depois, aumentei um pouco a música na TV enquanto recolhia os brinquedos espalhados pela sala, imaginando a cara da Isa ao ver o café todo arrumado.
Isa foi a primeira a acordar, com a energia de sempre, correndo em minha direção e me abraçando. Senti meu coração derreter um pouco ao ver sua felicidade despreocupada.
— Bom dia, minha neném mais linda deste mundo! — falei, levantando-a e virando-a de cabeça para baixo, arrancando gargalhadas.
— Me solta, papai! Eu não sou mais neném! — ela ria alto, tentando me empurrar.
— Ah, é? E o bolo de chocolate que eu fiz aqui... só pra criança pequena, viu? — provoquei, piscando.
— Mas eu ainda sou pequena! — Isa se apressou em responder, tentando se encolher, com um olhar de arrependimento adorável.
Brincamos ali, no chão da sala, e a bagunça só aumentou com a chuva de bolinhas de plástico que ela jogava para todos os lados. De repente, paramos ao perceber Erick nos observando da entrada da sala. Ele estava ali em silêncio, mas havia um brilho em seus olhos que me fez perceber que ele estava feliz em me ver sorrindo de novo.
Antes que ele dissesse algo, peguei uma bolinha e joguei nele.
— Vamos atacar o papai! — gritei para Isa, que se juntou a mim num ataque de risos e bolinhas contra Erick, que se fingia de assustado enquanto tentava se proteger.
Paramos quando o timer da Airfryer tocou, avisando que o pão de queijo estava pronto, e fomos todos para a mesa. A mesa posta parecia um cenário perfeito, com o cheiro do bolo se misturando ao do café fresco. Enquanto comíamos, Erick olhou para Isa e sorriu.
— Isa, o que você acha de irmos à praia hoje? — perguntou, e os olhinhos dela brilharam.
— Eu vou procurar minha bóia da Barbie e meu óculos rosa! — Isa pulou da cadeira e correu para o quarto. Sua energia era contagiante.
Assim que ela saiu, Erick se aproximou e me deu um beijo, longo e caloroso, como se estivéssemos recuperando nossa intimidade após semanas difíceis. Ele acariciou meu rosto e olhou fundo nos meus olhos.
— Você está bem? — perguntou com suavidade.
— Estou... mas, me perdoa, Erick? — falei, desviando o olhar, sentindo uma ponta de tristeza.
— Te perdoar pelo quê?
— Por não ter sido a pessoa que você precisava nesse tempo todo... sei que fui um peso pra você nas últimas semanas.
Ele segurou meu queixo, levantando meu rosto para que eu o encarasse.
— Yuri, eu já passei pelo luto uma vez. Quando a Amanda faleceu, eu fiquei arrasado. Ela era minha melhor amiga, a mãe da Isa, e eu nunca te cobraria nada agora. Eu sei o quanto esse cara significava pra você.
Olhei para ele, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
— Você não existe, sabia? — respondi, sorrindo com um misto de alívio e emoção, e o beijei. — Eu te amo.
Ele me envolveu em seus braços e respondeu com um tom suave:
— Eu também te amo. E, se prepara, porque hoje a Isa vai dormir cedo, e eu quero aproveitar minha noite com você.
— Então a praia é só pra cansar ela? — brinquei, rindo.
— Exatamente — ele disse, sorrindo malicioso. — Eu quero aproveitar meu namorado ao máximo.
Saímos de casa rumo à praia de Grumari, um lugar lindo e tranquilo no Rio, cercado de montanhas e com uma faixa de areia clara que contrastava com o mar azul. Isa, eufórica, puxou minha mão assim que chegamos, querendo brincar na água, e passamos um bom tempo nadando e rindo. Estar ali com eles me dava uma sensação de paz, como se todo o peso dos últimos tempos desaparecesse, ainda que só por algumas horas.
Voltamos para a areia quando Isa começou a reclamar de fome. Erick estava conversando com um homem que eu não conhecia. Ele era um pouco mais baixo, de pele morena, ombros largos, com um olhar firme.
— Amor — disse Erick ao me ver —, este é o policial André, meu colega da delegacia.
Estendi a mão para cumprimentá-lo, mas notei que ele parecia surpreso, seu olhar hesitando ao ouvir Erick me chamar de “amor”.
— Amor? — ele repetiu, com um leve desconforto. — Você é...
— Sim, eu sou gay. Algum problema? — Erick respondeu de forma direta, sem desviar o olhar.
André pareceu surpreso, mas logo apertou minha mão e sorriu, meio sem jeito.
— Não, claro que não. Foi bom conhecer você. — E saiu, voltando para onde sua família estava.
Observei ele se afastar e comentei:
— Acho que ele ficou um pouco chocado.
— Problema dele — Erick respondeu, dando de ombros. — Eu não vou esconder que eu te amo.
A tarde passou rápido; brincamos, rimos e nos perdemos no momento. Tomei alguns drinks enquanto Erick, que não era fã de álcool, apenas me observava com aquele olhar carinhoso. Quando voltamos para casa, Isa já estava quase dormindo. Após um banho rápido, a coloquei na cama, e em poucos minutos, ela já estava em um sono profundo.
Fui tomar um banho relaxante e, pouco depois, ouvi a porta do banheiro se abrir e senti Erick se aproximando. Ele entrou no box, e o calor do seu corpo se juntou ao vapor quente do chuveiro.
— Eu te disse que depois da praia você seria só meu — sussurrou ele, seus braços me envolvendo enquanto beijava meu pescoço com carinho.
Senti todo o cansaço e o peso das últimas semanas se dissolverem. Naquele momento, não havia culpa, dor ou sombra do passado. Havia apenas nós dois, e eu queria que aquele momento durasse para sempre.
Erick beijava meu pescoço enquanto eu passava a mão por suas costas grandes e largas. Senti ele me segurar pelo pescoço e no tesão do momento me dar um chupão, deixando meu pescoço ardendo, aquilo com toda certeza deixaria uma marca.
Começamos a nos beijar de maneira feroz e dei um salto prendendo meu corpo na cintura dela, que na mesma hora me pressionou contra a parede e encaixou seu pau dentro de mim. A água quente caia sobre nós e parecia que não fazíamos sexo por anos, pois estávamos com uma sede um do outro.
Erick enfiava tudo em mim enquanto me beijava e eu segurava seu cabelo puxando pra trás e arranhava suas costas. Aquele era o nosso momento. Erick fechou o chuveiro e eu desci da cintura dele, pegamos a toalha e nos enxugamos, indo em direção ao quarto.
Deitamos na cama e continuamos nos beijando, eu precisava daquele homem dentro de mim novamente. Comecei a beijar seu abdômen, que por sinal era super definido e fui descendo até chegar em seu pau, que na mesma hora coloquei tudo dentro da boca.
Eu chupava Erick da maneira que eu sabia que ele gostava, eu descia toda minha boca até o fim e voltava passando a língua na cabeça. Tirei o pau dele da boca e comecei a passar a língua em seu saco, o fazendo arrepiar. Num impulso, desci mais minha língua até chegar na bunda dele, que comecei a linguar e fazer com que ele se revisasse na cama.
Depois de alguns minutos dando prazer a ele, Erick segurou minha cabeça e me puxou para um beijo, e assim que entreguei ele me virou de costas e ficou por cima de mim. Senti aquela barba roçar em meu pescoço e ir descendo por todo meu corpo, fazia cócegas, mas eu estava gostando.
Erick mordia minha bunda e me linguava, aquilo era perfeito. Senti ele dar uma cuspida e logo depois enfiar todo seu membro dentro de mim. Erick fazia o movimento de vai e vem e esfregava sua barba no meu pescoço enquanto enfiava, aquilo era perfeito, ele era perfeito.
Erick saiu de mim e me puxou pra beira da cama, onde ele se encaixou em mim de novo, mas desta vez na posição frango assado.
-Eu quero ver você gozar - disse ele - quero olhar nos seus olhos enquanto você sente prazer.
Foram cerca de 20 minutos, aquele homem parecia ser uma máquina, ele não se cansava. Eu revirava os olhos sentindo ele entrar e sair, o quarto tinha cheiro de sexo, eu já não sentia meu corpo, eu estava dormente de tanto prazer quando ele anunciou que iria gozar. Rapidamente, comecei a me tocar para gozar junto com ele, e em alguns segundos, juntos, chegamos ao nosso clímax.
-Eu te amo - falando juntos e caímos na cama, cansados.