A turma estava super animada para o fim de semana! Planejávamos fazer uma trilha em um lugar paradisíaco. Meu alvo estaria lá, e eu estava louca para beijar aquele menino. O problema é que nunca tínhamos uma oportunidade. Uma amiga me contou que ele estava sem jeito de se aproximar, porque me achava "demais" para ele e tinha medo de ser rejeitado. O pobre era um coitado, era um tonto mesmo! Já estava com dor no rosto de tanto sorrir para ele, e mais que isso seria esfregar na cara dele minha vontade de ficar com ele.
Ele era lindo, na verdade era eu quem via desinteresse dele em mim no fato de eu não ser tão bonita quanto ele — inseguranças de mulher e nada mais. Mas, a coisa não estava tão ruim assim, parecia que íamos engrenar em alguma coisa, durante a semana anterior à trilha trocamos várias mensagens, algumas delas levemente apimentadas, e por fim combinamos sermos parceiros de caminhada caso nos perdêssemos — e eu estava doida para me perder naquele mato com ele!
No dia da caminhada eu optei como sempre por roupas bem leves, por baixo, umas das poucas calcinhas escuras que eu tinha, às vezes você precisa fazer xixi no mato e acidentes acontecem! E de mochila muito leve nas costas com o básico e um boné sobre o cabelo preso eu fui me encontrar com o pessoal, ele já estava lá sorrindo para mim quando cheguei. Eu me aproximei e ele me pegou pela mão e me deu um abraço gostoso com um beijo no rosto, eu fiquei vermelha de tão sem graça e minhas amigas, bobas que são, sorriram zombeteiramente de mim. Eu gostei quando depois de me cumprimentar ele não ter me largado, ficou intimamente ao meu lado com o braço em volta da minha cintura como se fôssemos verdadeiramente um casal.
Podia sentir a sua musculatura rígida quando se encostava mais em mim e isso me dava leves palpitações e eu corava com frequência de tão boba e entregue que eu estava à ele. Nas conversas eu sempre me demorava mais no olhar prestando toda atenção naquele sorriso lindo emoldurado por um rosto quadrado de homem, ele tinha uma barba loira horrivelmente mau feita, e isso dava um ar desleixado muito gostoso, deixando a composição mais interessante e acompanhando perfeitamente seus olhos acinzentados. Eu ia pouco à pouco, me deixando ser tocada e ficando mais colada à ele. Por algumas vezes ele mexia no meu cabelo e me olhava em meus olhos cheios de brilho, nesses momentos eu sempre pensava: “Agora, finalmente ele vai me beijar!” Mas haviam os observadores ao redor e eu não queria testemunhas para aquele crime.
No ônibus, ele me puxou para os assentos mais afastados, tudo foi abrupto, não houve conversa ou pedido, por longos beijos deliciosamente lentos fomos levados pelo caminho sem nos dar conta do tempo. Seu beijo era algo ímpar, incrivelmente perfeito! Eu sentia meu corpo dando sinais, eu ia ficando mole e sensível e os toques foram ficando ligeiramente mais bobos. Ousadamente minha mão corria sua coxa e barriga, saltando a parte do meu desejo, eu acho que ele ficou ereto, não tive coragem de conferir, senti algo armado no cós da sua calça em determinado momento e fiquei maluca para pôr minha mão, mas precisava ser prudente. Se o final da viagem demorasse mais alguns minutos a coisa teria ficado realmente quente, infelizmente chegamos e eu desci do ônibus com os lábios inchados e a boca vermelha — o clima entre os meus amigos era de curiosidade, éramos o casal do momento, eu podia ver os risinhos escondidos quando nos olhavam!
No início da trilha, houve uma espécie de reunião onde o assunto era segurança, claro que não demos a mínima atenção. Ajeitamos as tralhas e começamos a caminhada destacados do resto do grupo.
— E... se? — disse ele enigmático olhando ao redor
— “E se” o quê, garoto? — Ele nem precisava dizer, eu sabia que ele me queria arrastada para alguma canto e me pegar longe dos olhos curiosos dos outros; só me fazia de boba.
— Aquela placa diz que tem uma bifurcação ali adiante, eu fiquei sabendo que quase ninguém sobe por esse caminho, pois ele requer material de escalada, a gente podia ficar um tempo lá, depois retornaríamos para entrada novamente, o que você acha?
Eu queria dizer não, mas um riso malicioso tomou conta do meu rosto febril, revelando todas as intenções que eu tentava esconder. E então fomos. Sempre para trás, conversávamos como se fosse qualquer outra trilha, passo a passo nos afastando cada vez mais do grupo.
Quase ao fim da primeira hora, uma placa surgiu à nossa frente. Já não havia amigos por perto e aceleramos o passo seguindo pelo caminho errado. Procuramos por uma área mais isolada e encontramos uma picada na mata que levava até um córrego. Ali, o nosso palco abriu-se diante dos os nossos olhos quando ultrapassamos a cortina verde da vegetação que impedia a visão, um ipê de copa baixa muito florido pintava o chão de um intenso amarelo vívido com suas flores caídas. O lugar parecia um sonho, como se um pedaço do paraíso estivesse bem diante dos nossos olhos. O cheiro do local era verde e a sombra fresca sobre o sol quente amenizava o cansaço da caminhada, o pequeno rio trazia uma melodia calma.
Lavamos o rosto no riacho e nos sentamos sob a árvore, cercados pelas pétalas caídas que emolduravam o momento como uma pintura. O suor da caminhada ainda escorria por nossos corpos quando suas mãos começaram a explorar as curvas do meu, deslizando sob os tecidos em busca das partes mais íntimas da pele, como quem busca um oásis em pleno deserto.
Sua boca encontrou a minha, incendiando um desejo avassalador que consumia todos os meus sentidos, desfazendo qualquer noção de espaço ou tempo. Cada toque seu era uma promessa, um limite prestes a ser rompido. Eu aguardava, ansiosa, que sua mão atravessasse a última barreira, e, quando isso acontecesse, ele me encontraria como uma represa rompida, transbordando em ondas incessantes de prazer, inundando-o com a força da minha entrega.
Sem pedir tive minhas roupas abaixadas, a brisa leve quando bateu no meu sexo quente, me causou um arrepiante frio onde sua mão atacando em concha fez o trabalho de aquecer, meu corpo se arqueou retesado ao ponto de me deixar nas pontas dos pés sendo apenas sustentada por ele, dentro de mim sua mão forte de dedos grossos bailava incoerentemente fazendo o tempo parar então juntos sentíssemos aquele prazer.
Eu queria mais, me ofereci à ele me prostrando como um animal tendo aquela árvore por testemunha, expondo-me sobre aquela sombra, tudo que era mantido fora das vistas revelou-se, e ele se uniu a mim de forma animalesca com uma firmeza que fez meu corpo estremecer, sua carne dura e rígida deslizou contra a minha completamente molhada de desejo. O toque era intenso, como fogo encontrando madeira seca, acendendo uma chama que crescia a cada instante. Seus movimentos eram lentos no início, quase reverentes, mas logo ganharam força, preenchendo o silêncio com sons e suspiros. O mundo ao nosso redor desapareceu, e tudo o que restava era o pulsar uníssono de nossos corpos, entregues à voracidade do momento.
Eu fui currada como uma potra, violento e incessante, a dor e prazer se fizeram amigas trazendo com elas uma maré crescente, suave e inevitável, carregando-me para um lugar onde o tempo parecia suspenso. Era como se cada nervo do meu corpo fosse uma corda afinada, vibrando em harmonia perfeita. Um calor delicado se espalhou, lento no início, até explodir em uma onda de luz e fogo, consumindo tudo em seu caminho.
Minha respiração encontrou a dele, e naquele instante, não éramos dois, mas um só corpo, um só universo pulsando em uníssono. O mundo ao redor desapareceu, restando apenas o doce abandono, o abraço do êxtase que preenchia cada vazio. E quando a calmaria veio, dentro de mim havia as sobras líquidas e quente anunciando que ele estava incapaz de reagir a mais estímulos.
Nos sentamos ladeados pelas flores e como elas, também mortos de exaustão como a vida tivesse exaurido-se de nós, na plenitude da beleza havíamos chegado ao fim.
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