Após o jantar, a noite em Angra dos Reis estava particularmente calma. O céu limpo, cravejado de estrelas, refletia na piscina infinita, onde velas flutuantes lançavam brilhos oscilantes sobre a água. André e Marcelo estavam sentados em cadeiras de madeira com almofadas brancas, à beira da piscina. Copos de uísque com gelo estavam em suas mãos, os cubos tilintando suavemente enquanto conversavam.
— Então — começou Marcelo, recostando-se e cruzando as pernas — você acha que Rodrigo vai inventar uma das ideias malucas dele? Tipo aquelas festas que terminam com gente pulando na piscina às três da manhã?
André soltou uma risada curta, balançando a cabeça.
— Com Rodrigo, sempre pode ser algo além do esperado. Mas, sinceramente, talvez seja disso que a gente precisa… sair da rotina.
Marcelo arqueou uma sobrancelha, curioso.
— Sair da rotina? Vocês dois estão bem?
André deu de ombros, fitando o líquido âmbar no copo.
— Estamos, mas… sabe como é. O tempo passa, e as coisas ficam mais… previsíveis.
Marcelo acenou em compreensão, mas antes que pudesse responder, o som suave de passos descalços sobre o piso de pedra chamou sua atenção. Ambos viraram-se ao mesmo tempo.
Yasmim surgiu atrás deles, a luz suave das velas destacando seus cabelos loiros que caíam sobre os ombros. Ela estava usando uma saída de praia translúcida que mal escondia o maiô preto que abraçava cada curva de seu corpo flexível e esguio.
Sem dizer nada, Yasmim tirou a saída de praia em um movimento fluido, dobrando-a com calma e colocando-a sobre uma cadeira próxima. Em seguida, caminhou até a beira da piscina e mergulhou, a água envolvendo-a com a mesma suavidade de seus movimentos.
A conversa entre os dois homens morreu instantaneamente. André manteve os olhos na piscina, observando enquanto Yasmim nadava com graciosidade, seus braços cortando a água em movimentos perfeitos.
Marcelo percebeu o olhar do amigo e, por um instante, algo dentro dele se agitou. Era uma mistura de orgulho e um estranho incômodo. Ele sabia que sua esposa era deslumbrante e estava acostumado a ser alvo de comentários e olhares. Mas perceber o olhar de André, seu amigo, fixos por mais tempo do que o esperado despertou algo novo nele.
Ele desviou o olhar para Yasmim, tentando se concentrar na beleza da esposa, mas, lá no fundo, Marcelo percebeu que, de alguma forma, gostava da ideia de Yasmim ser desejada. Era um pensamento desconfortável, que ele rapidamente afastou.
No chalé de Jorge e Alice, a atmosfera era completamente diferente. A luz suave do abajur lançava sombras quentes nas paredes enquanto Alice dobrava cuidadosamente algumas roupas, tentando esconder um pequeno pacote no fundo da gaveta.
— Ei, o que é isso? — perguntou Jorge, sua voz carregada de curiosidade e diversão.
Alice tentou pegar a peça antes que ele a visse, mas Jorge foi mais rápido. Ele ergueu a lingerie preta delicada, decorada com rendas elegantes, segurando-a como se fosse um tesouro precioso.
— Ah, não é nada — Alice disse rapidamente, as bochechas ficando coradas.
Jorge riu, aproximando-se dela.
— Você comprou isso pra mim, não foi?
Alice suspirou, sabendo que não tinha escapatória.
— Sim, mas… não é para agora. É para um momento especial.
Jorge inclinou-se, segurando seu queixo com delicadeza e olhando-a nos olhos.
— E o que pode ser mais especial do que agora?
Antes que ela pudesse protestar, Jorge segurou sua mão e a guiou suavemente para o centro do quarto. Alice hesitou, mas a intensidade no olhar de Jorge fez com que ela cedesse.
Ela foi até o banheiro para trocar de roupa, fechando a porta atrás de si. Enquanto se olhava no espelho, respirou fundo, sentindo-se dividida entre a vergonha e a excitação. Quando saiu, a passos hesitantes, Jorge a aguardava sentado na beira da cama. A lingerie abraçava suas curvas de forma sutil, destacando sua silhueta com um equilíbrio perfeito entre elegância e sensualidade. Jorge levantou-se lentamente, os olhos brilhando com uma mistura de admiração e desejo.
— Você está maravilhosa — ele disse, aproximando-se para segurar suas mãos.
Alice sorriu timidamente, desviando o olhar enquanto seus dedos brincavam nervosamente com a barra da lingerie.
— Eu não estou acostumada com isso — ela murmurou, sentindo as bochechas aquecerem.
Jorge, sem tirar os olhos dela, aproximou-se, sua presença enchendo o espaço entre eles.
— Então vamos mudar isso — ele respondeu, sua voz grave e suave, quase como um convite.
Ele inclinou-se, trazendo o rosto para mais perto do dela, seus olhos buscando permissão antes de selar os lábios em um beijo. No início, o contato foi tímido, delicado, como se ele quisesse assegurar que ela estava confortável. Mas, conforme Alice correspondeu, algo na intensidade do momento mudou. O beijo tornou-se mais profundo, carregado de desejo. Jorge envolveu Alice com seus braços fortes, puxando-a para mais perto até que seus corpos estivessem completamente alinhados. Suas mãos começaram a explorar com cuidado e curiosidade, deslizando pelas curvas que a lingerie apenas sugeria. Os dedos dele passearam pelos ombros delicados, descendo pelos braços e cintura, detendo-se brevemente para admirar a suavidade da pele exposta.
Alice, inicialmente surpresa pela paixão dele, começou a relaxar. Cada toque parecia despertar nela algo adormecido. Sensações há muito esquecidas vieram à tona, como uma onda de calor que subia por seu corpo. Ela segurou os ombros de Jorge, sentindo os músculos tensos dele sob as palmas das mãos, enquanto um suspiro involuntário escapava de seus lábios.
Jorge, percebendo sua entrega, moveu-se com gentileza, guiando-a para a cama com passos lentos e cuidadosos. Ele a deitou sobre o colchão, o movimento quase reverente, como se estivesse colocando um tesouro em um pedestal. A luz suave do abajur iluminava o quarto, lançando sombras quentes nos rostos de ambos.
Alice olhou para ele, seus olhos castanhos refletindo uma mistura de nervosismo e excitação. Jorge passou os dedos pelo rosto dela, afastando uma mecha de cabelo que havia caído sobre sua testa.
— Você é tão linda — ele sussurrou, sua voz carregada de sinceridade e veneração.
As mãos de Jorge exploravam o tecido delicado da lingerie, seus dedos traçando o contorno do corpo de Alice, enquanto ele se inclinava para beijá-la novamente, desta vez com ainda mais intensidade.
Alice sentiu-se completamente presente naquele momento, algo que raramente experimentava. Os pequenos toques, os beijos, os movimentos, tudo parecia conectar não apenas seus corpos, mas também seus corações.
Enquanto as mãos dele deslizavam por suas pernas, subindo pela curva de seus quadris, Alice sentiu a última barreira desaparecer. Ela envolveu os braços ao redor de Jorge, puxando-o para mais perto, permitindo que a penetração fosse rápida e suave. Seu corpo se movia sob o dele, arqueando à medida que as ondas de calor a atingiam.
— Ah, Jorge… Devagar… assim eu não vou aguentar…
Ele a ignorou e intensificando as estocadas, movido pela excitação crescente despertada pela novidade, uma lingerie provocante que destacava os atributos de Alice que sempre o fascinaram: os seios fartos, macios e quentes que balançavam ao ritmo de seus movimentos, a pele macia eriçando pelo tesão que ardia em seu corpo e os longos cabelos castanho-escuros que refletiam a luz suave do abajur.
Os gemidos enchiam o quarto enquanto o calor íntimo os envolvia, levando-os ao ápice do prazer. Cada toque aprofundava a conexão entre eles, como se fossem palavras não ditas que finalmente encontraram voz. A tensão do dia e as preocupações do mundo exterior desapareceram, substituídas por uma intimidade intensa e autêntica. Naquele momento, nada mais importava além de estarem juntos.
Jorge sentiu o corpo de Alice se enrijecer e os gemidos dela tornando-se mais agudos. Sua respiração mais superficial e descompassada até finalmente as ondas de energia que surgiam de seu abdômen explodirem e jatos profusos dentro dela.
A mesa do jantar estava quase vazia, com apenas alguns pratos e copos remanescentes sobre o linho branco. A luz suave das velas que decoravam o centro lançava sombras oscilantes, enquanto a brisa marítima trazia consigo o cheiro salgado do oceano.
Lara empilhava pratos meticulosamente, o olhar focado na tarefa, enquanto Rodrigo a observava do outro lado da mesa com um sorriso fácil, mas calculado. Fabíola, como sempre, parecia estar completamente à vontade. Ela caminhava devagar, recolhendo os copos vazios e os colocando em uma bandeja, seus movimentos fluindo com uma graça quase teatral.
— Você não precisa fazer isso, Lara — Rodrigo disse, a voz baixa e carregada de charme. — Deixe os funcionários cuidarem disso. É sua noite de descanso.
— Não se preocupe — Lara respondeu, sem levantar os olhos. — Gosto de ter algo para fazer.
Rodrigo inclinou-se, apoiando os cotovelos na mesa.
— Sempre tão focada. É impressionante, mas você deveria aprender a relaxar mais. Aproveitar o momento.
Fabíola, que estava ao lado, soltou uma risada suave.
— Ele está certo, Lara. Às vezes, você precisa se permitir sentir, em vez de apenas fazer.
Lara finalmente olhou para eles, sua expressão firme, mas levemente desconfortável.
— Eu relaxo do meu jeito.
— Ah, mas talvez ainda não tenha encontrado o jeito certo — Rodrigo retrucou, um brilho provocativo nos olhos.
Lara continuou empilhando os pratos, mas sua mente estava em outra parte. Havia algo na forma como Rodrigo a olhava que a fazia sentir-se exposta, como se ele pudesse enxergar além da fachada controlada que ela sempre exibia.
Fabíola, percebendo a tensão no ar, decidiu intervir. Ela se aproximou de Lara e pegou a pilha de pratos de suas mãos, colocando-os de volta na mesa.
— Deixe isso — disse ela, com uma gentileza que soava quase como uma ordem — Você precisa de uma pausa.
Lara cruzou os braços, tentando manter sua postura.
— Vocês dois são bem insistentes, não?
Fabíola sorriu, inclinando ligeiramente a cabeça.
— Apenas queremos o melhor para você.
Rodrigo deu a volta na mesa, aproximando-se lentamente. Seu sorriso permanecia, mas agora havia algo mais intenso em seu olhar. Ele parou ao lado de Fabíola, que o observava com cumplicidade.
— Lara — ele disse, sua voz agora quase um sussurro — Quando foi a última vez que você fez algo só por você? Algo que realmente te fez sentir viva?
Lara sentiu o coração acelerar, e o calor subiu por seu corpo. Ela desviou o olhar, fingindo concentrar-se em uma mancha invisível na toalha.
— Eu não acho que isso seja da sua conta.
— Talvez não seja — Rodrigo respondeu, sem perder o tom tranquilo — Mas às vezes é bom ter alguém para nos lembrar do que estamos perdendo.
Fabíola tocou o braço de Lara levemente, sua presença trazendo uma nova camada de tensão à interação.
— Rodrigo pode ser direto, mas ele não está errado. Você é uma mulher incrível, Lara. Por que se esconder atrás de tantas responsabilidades?
As palavras de Fabíola ecoaram na mente de Lara enquanto ela tentava encontrar uma resposta. A combinação da proximidade de Rodrigo, o toque delicado de Fabíola e o peso das palavras deles criavam um turbilhão em sua cabeça.
Ela se afastou alguns passos, cruzando os braços como uma barreira defensiva.
— Eu… eu não me escondo. Eu só gosto de ter controle sobre as coisas.
— O controle é ótimo — Rodrigo disse, aproximando-se um pouco mais. — Mas, às vezes, o que nos faz sentir vivos é justamente abrir mão dele.
Fabíola sorriu para o marido, claramente admirando sua habilidade de usar as palavras com suavidade. Ela deu um passo em direção a Lara, ficando ao seu lado.
— Eu sei que é difícil, mas há algo libertador em simplesmente deixar as coisas acontecerem.
Lara sentiu o coração bater ainda mais rápido. Ela sabia que deveria encerrar aquela conversa, mas havia algo nos dois que a prendia ali, como se estivesse hipnotizada.
— Vocês parecem muito bons em deixar as coisas acontecerem — ela disse, tentando recuperar o controle da situação.
— Prática — respondeu Fabíola, piscando — E confiança.
Rodrigo deu um passo para trás, pegando uma garrafa de vinho que ainda estava sobre a mesa. Ele serviu uma taça e a entregou a Lara.
— Apenas um brinde — ele disse, sua voz novamente leve, mas ainda cheia de intenção.
Lara hesitou por um momento antes de pegar a taça. Seus dedos roçaram os dele brevemente, um toque que parecia carregado de eletricidade.
— Um brinde ao inesperado — disse Rodrigo, erguendo sua própria taça.
Fabíola ergueu a dela, olhando diretamente para Lara.
— E à liberdade.
Lara bebeu um gole, tentando ignorar a forma como os olhos de ambos estavam fixos nela. A bebida desceu quente por sua garganta, mas o calor que sentia vinha de dentro, um misto de excitação e desconforto que a deixava sem saber como agir.
— Eu acho que já tive o suficiente por uma noite — ela disse, colocando a taça na mesa.
— Claro — Fabíola disse com um sorriso compreensivo — Mas lembre-se, Lara… às vezes, o que parece ser demais é exatamente o que precisamos.
Rodrigo observou enquanto Lara se afastava, seus passos rápidos ecoando pelo salão. Ele virou-se para Fabíola, que ainda sorria.
— Você acha que ela está pronta? — Rodrigo perguntou, brincando com a taça de vinho em suas mãos.
— Talvez — Fabíola respondeu, olhando para o horizonte. — Ou talvez ela só precise de mais um empurrão.
A água da piscina cintilava sob o brilho das velas flutuantes, refletindo as estrelas no céu claro. André e Marcelo permaneciam sentados nas espreguiçadeiras próximas, cada um perdido em pensamentos que se misturavam com o silêncio confortável da noite.
Yasmim emergiu da água com movimentos fluidos, as gotas escorrendo lentamente por sua pele bronzeada. Seu maiô preto, ajustado ao corpo esguio, destacava cada curva de forma provocativa. Ela passou as mãos pelos cabelos loiros molhados, jogando-os para trás, enquanto caminhava em direção aos dois homens.
André tentou disfarçar o olhar, desviando-o para o copo em sua mão, mas foi impossível não notar a confiança com que Yasmim se movia. Seus passos eram firmes, mas suaves, exalando uma sensualidade que parecia natural.
Marcelo, por outro lado, mantinha os olhos fixos nela, seu peito apertado por uma sensação que ele ainda lutava para entender. Era orgulho, mas também algo mais: um calor inesperado que subia por seu corpo enquanto via André observá-la, mesmo que discretamente.
— Está uma noite linda, não é? — Yasmim comentou, sua voz leve, mas carregada de intenção.
Ela pegou uma toalha da cadeira próxima e começou a secar os braços e ombros, seus movimentos deliberados, como se cada gesto fosse calculado.
— Linda — Marcelo respondeu, sua voz saindo mais rouca do que ele pretendia.
Yasmim sorriu de lado, como se entendesse exatamente o efeito que causava. Ela deu alguns passos em direção a Marcelo, inclinando-se para frente enquanto colocava a toalha em sua cadeira. O movimento foi sutil, mas suficiente para intensificar o calor no ar.
— Você está quieto, André — Yasmim disse, lançando-lhe um olhar por cima do ombro.
André balançou a cabeça, rindo sem jeito.
— Apenas aproveitando a noite.
— Que bom — ela respondeu, endireitando-se — Eu acho que vou dormir. Amanhã promete ser… interessante.
Ela estendeu a mão para Marcelo, o sorriso brincando em seus lábios.
— Vamos?
Marcelo hesitou por um instante, mas então pegou sua mão e se levantou. A sensação do toque dela fez um arrepio percorrer seu corpo. Assim que chegaram ao chalé, Yasmim fechou a porta atrás de si, a energia entre eles pulsando como uma corrente elétrica. Ela caminhou até a pequena mesa de canto e pegou um copo de água, virando-se para Marcelo com um sorriso enigmático.
— Você parece distraído — ela disse, dando um gole antes de colocar o copo de lado.
— Estou — ele admitiu, tentando não soar tão tenso quanto se sentia.
Yasmim inclinou-se contra a mesa, cruzando os braços.
— Distraiu-se lá fora? Ou… aqui dentro?
Marcelo soltou uma risada curta, passando a mão pela nuca.
— Você sabe exatamente o que faz, não sabe?
— Claro que sei — ela respondeu, descruzando os braços e caminhando até ele — E sei que você gosta.
Antes que ele pudesse responder, Yasmim ficou na ponta dos pés e o beijou suavemente, suas mãos segurando o rosto dele com delicadeza. O beijo começou lento, mas rapidamente cresceu em intensidade. Marcelo segurou sua cintura, puxando-a para mais perto, como se não pudesse suportar a distância entre eles.
— Espere aqui — ela murmurou, afastando-se com um sorriso malicioso antes de desaparecer no banheiro.
Marcelo ficou parado por um momento, o coração acelerado, enquanto seus pensamentos dançavam entre o desejo e a confusão. Quando Yasmim voltou, vestindo a lingerie vermelha que havia comprado, ele perdeu completamente o controle.
O tecido abraçava cada curva de seu corpo, a renda fina revelando mais do que escondendo. Ela caminhou até ele devagar, cada passo como um desafio silencioso.
— Eu comprei isso pensando em você — ela disse, parando na frente dele.
Marcelo não respondeu. Ele simplesmente a puxou para si, seus lábios encontrando os dela com urgência. Suas mãos exploravam seu corpo, traçando cada linha e curva, enquanto a levava para a cama.
Deitados entre os lençois macios, o quarto era preenchido por um calor quase tangível, como se as emoções entre eles tivessem se transformado em algo físico. Marcelo segurava os quadris de Yasmim com firmeza, seus dedos deslizando pela curva suave de sua cintura e se apertando levemente, como se quisesse gravar aquele momento em sua memória.
Seus lábios estavam inquietos, explorando o pescoço de Yasmim com beijos que começavam suaves, mas logo se tornavam mais intensos. Ele desceu lentamente, deixando um rastro de calor por onde passava, seus lábios pressionando os ombros dela, enquanto seus dedos continuavam a traçar caminhos pelo corpo dela como se estivessem aprendendo um mapa secreto.
Yasmim arqueou as costas instintivamente, os músculos de seu abdômen, tensionando-se ao sentir o membro de Marcelo invadindo seu interior. A sensação era quase esmagadora, um misto de eletricidade e calor que fazia seu corpo responder sem reservas. Seus dedos, delicados mas decididos, enroscaram-se nos cabelos de Marcelo, puxando levemente enquanto sua cabeça caía para trás, expondo mais de seu pescoço para ele.
Marcelo continuou descendo, seus lábios encontrando a clavícula dela com uma reverência quase devota. Ele pressionava beijos ali, alternando entre toques leves e mais firmes, enquanto suas mãos exploravam o comprimento das pernas de Yasmim, subindo e descendo lentamente. O contraste entre o toque firme e a suavidade de seus lábios fazia cada nervo em seu corpo despertar, como se ela estivesse sentindo mais do que jamais havia sentido antes.
— Você é tão perfeita — ele murmurou contra sua pele, a voz rouca e carregada de emoção.
Sua respiração quente contra a pele dela a fazia arrepiar-se, uma resposta involuntária que só aumentava a intensidade entre eles. Yasmim puxou o rosto dele para cima, seus olhos brilhando com um desejo inconfundível enquanto encarava Marcelo.
— E você… é meu — ela respondeu, sua voz um sussurro que parecia ecoar no quarto.
Ela o puxou para mais perto, os corpos colidindo com uma urgência que deixava claro que não havia espaço para nada além deles naquele momento. Seus lábios se encontraram novamente, desta vez com uma paixão que parecia consumir todo o ar ao redor. As mãos de Marcelo estavam em toda parte, explorando as curvas que ele já conhecia, mas que naquela noite pareciam novas, carregadas de uma intensidade diferente.
Ele deslizou uma mão para a base das costas dela, segurando-a firme enquanto aumentava o ritmo de seus movimentos. Seus beijos desceram novamente, desta vez pelo centro do peito dela, enquanto seus dedos exploravam os contornos das coxas, subindo lentamente como se quisesse prolongar a antecipação.
Yasmim, completamente entregue ao momento, sentia-se incapaz de conter os pequenos suspiros e gemidos que escapavam de seus lábios. Suas unhas traçaram linhas suaves pelas costas de Marcelo, deixando marcas invisíveis, mas profundamente sentidas. O calor crescia, assim como a intensidade, e o mundo exterior desaparecia, deixando apenas o som de suas respirações e os lençois se movendo sob seus corpos.
Marcelo voltou a olhar para ela, o rosto iluminado por uma mistura de admiração e desejo bruto. Ele se inclinou, beijando-a novamente, mas desta vez com uma suavidade que contrastava com a urgência anterior, como se quisesse gravar o momento na alma de ambos.
— Eu nunca me canso de você — ele sussurrou, e Yasmim sorriu, puxando-o mais uma vez, como se aquele fosse o único lugar no mundo onde ela queria estar.
Marcelo levantou-se levemente, seu corpo ainda pairando sobre o de Yasmim enquanto seus olhos corriam por suas curvas iluminadas pela luz suave do abajur. Ele deslizou as mãos por sua cintura, os polegares traçando a linha suave de suas costas enquanto a segurava com firmeza.
— Vira pra mim — ele murmurou, a voz carregada de desejo e uma autoridade gentil.
Yasmim obedeceu sem hesitar, movendo-se com graça enquanto se colocava de joelhos sobre o colchão, suas mãos apoiando-se no tecido macio dos lençóis. Sua postura exalava confiança e entrega, o arco natural de suas costas acentuando ainda mais suas curvas.
Marcelo tomou um momento para admirar a cena à sua frente. A pele de Yasmim brilhava levemente sob a iluminação, cada contorno de seu corpo parecendo desenhado com perfeição. Ele deslizou as mãos por suas costas, descendo lentamente até os quadris, onde apertou com mais força, sua respiração acelerando.
— Você é linda assim — ele disse, enquanto ela se mexia levemente, ajustando-se ao toque dele.
Yasmim olhou para trás, seus olhos brilhando com provocação.
— Então, o que está esperando?
O sorriso de Marcelo cresceu enquanto ele se inclinava para frente, beijando a base de sua coluna vertebral. Os lábios dele traçaram um caminho lento e deliberado, subindo pelas costas de Yasmim, enquanto suas mãos mantinham-se firmes em seus quadris. A cada beijo, ela sentia o calor aumentar, a expectativa crescendo de forma quase insuportável. Ele deixou que uma de suas mãos subisse pelas costas dela, acompanhando o caminho de seus lábios, enquanto a outra deslizava pelo lado de sua cintura.
Marcelo segurou os quadris dela com ambas as mãos, apertando levemente enquanto ajustava empurrava toda sua extensão para dentro. Yasmim soltou um suspiro prolongado, seu corpo respondendo instantaneamente ao toque e movimento dele.
Os movimentos começaram lentos, uma dança carregada de desejo e exploração. Marcelo sentia cada resposta dela como um mapa, ajustando seu ritmo e intensidade para seguir o fluxo de suas reações. Yasmim, por sua vez, arqueou ainda mais as costas, os dedos se agarrando aos lençois enquanto gemidos baixos escapavam de seus lábios.
— Assim? — Marcelo perguntou, sua voz rouca e carregada de prazer.
— Isso… assim… — Yasmim respondeu, o tom quebrado pelo ritmo crescente.
O som de suas respirações misturava-se com o farfalhar dos lençois e o leve ranger da cama, criando uma sinfonia que preenchia o quarto. Marcelo inclinou-se para frente, pressionando beijos na curva das costas de Yasmim enquanto mantinha o controle dos movimentos. Suas mãos se moviam, ora segurando os quadris dela, ora deslizando pelas costas, acompanhando o ritmo da conexão que parecia aumentar em intensidade a cada instante.
Yasmim empurrou-se contra ele, assumindo parte do controle, e a troca de energia entre eles tornou o momento ainda mais visceral. O calor no quarto parecia atingir o ápice, e nenhum dos dois segurava mais os sons que vinham de suas bocas.
— Ah… amor… — Marcelo murmurou, seu corpo movendo-se em velocidade.
Yasmim sorriu, mesmo enquanto a intensidade do momento a fazia perder o fôlego.
— Goza em mim, cachorro…
O ritmo continuou até que ambos sentiram o momento se aproximar. Yasmim jogou a cabeça para trás, sua respiração ficando mais irregular, enquanto Marcelo segurava seus quadris com mais força, como se estivesse tentando prolongar a conexão o máximo possível. Quando finalmente atingiram o clímax o quarto ficou em silêncio por alguns segundos, exceto pelo som de suas respirações ofegantes. Marcelo se inclinou para frente, envolvendo Yasmim em um abraço enquanto ambos desabavam sobre os lençóis, ainda conectados pela intensidade do momento.
— Você me mata, sabia? — ele sussurrou, beijando seu ombro com ternura.
Yasmim riu, satisfeita, sua voz um sussurro.
— Apenas começando, meu amor.
Os dois permaneceram ali, enrolados nos lençóis, deixando o calor do momento lentamente dar lugar a uma calma reconfortante, enquanto a lingerie era esquecida no chão do quarto.
Marcelo sentiu algo diferente naquela noite. Não era apenas o ato físico, havia uma conexão emocional que ele não conseguia explicar, como se estivessem mais próximos do que nunca.