Após o amorzinho gostoso que a gente fez para iniciar o dia, nós fizemos o café da manhã juntas para tomar com as crianças e já adiantamos o almoço. Ultimamente meus sogros estavam vindo com bastante frequência a Salvador, e almoçavam lá na nossa casa ou as vezes com meus irmãos, geralmente estávamos no trabalho e não tinha como acompanha-los. A gente só não sabia direito o motivo desse deslocamento, como a Pousada estava bem mais movimentada, imaginamos que tinha a ver com isso, compras e manutenção, esse tipo de coisa. Júlia chegou até a perguntar e só nos responderam que estavam resolvendo coisas, aparentemente estavam felizes, então não foi algo que nos preocupou.
Eu precisava ir na clínica e disse que não demoraria, como D. Jacira e Sr. Zé chegaram, Juh quis ir comigo para adiantar, segundo ela, para que eu não passasse o dia inteiro lá.
Entramos no escritório e separamos o material que iria para o arquivo, era algo que eu deveria ter feito no início do ano, já estávamos quase no meio de 2019 e eu ainda não havia conseguido tempo para executar aquela tarefa, porém, fazer aquilo na companhia da minha gatinha era mais proveitoso. Ela tem esse jeito incrível de fazer qualquer momento parecer mais leve e divertido, até as tarefas mais chatas. Seu bom humor é contagiante, e o jeito dela de se divertir com as coisas simples fazia o ambiente inteiro ganhar uma energia especial.
Juh pegava as pastas e quando encontrava algum nome diferente ria vindo me mostrar, no mais estranho que encontramos ela disse rindo:
- Olha o nome do nosso próximo filho - logo em seguida o sorriso desapareceu do seu rosto e o clima ficou um pouco estranho.
- Tá tudo bem... - falei, com a mão no seu ombro.
- Eu falei sem querer - respondeu, quase que lamentando.
- Mas... Você mudou de ideia? - Perguntei, com receio.
- Não! - Me respondeu firmemente, e meu peito sentiu um alívio descomunal.
Com certeza o desejo ainda estava vivo nela, mas o medo de reviver todo aquele pesadelo ainda nos assombrava. Se ela me dissesse ali que gostaria que desejava tentar novamente, seria difícil para mim processar e aceitar.
Encontrei outro nome incomum e mostrei para ela.
- Pena que a gente não pensou nesse para colocar no Kaká - falei rindo
- Primeiro Mih teria que aprovar... - me respondeu
Nós nos encaramos e dissemos juntas: - Naaaao, ela não ia... - e caímos na gargalhada.
E esses pequenos momentos descontraídos me lembram e fazem perceber que, com ela, até as coisas mais triviais se tornavam inesquecíveis. Adoro ficar ao lado dela, desempenhando algo comum, mas que se torna extraordinário porque simplesmente estávamos juntas. Não importa o que estamos organizando, o prazer está na companhia uma do outra. É engraçado como, com ela, até as pequenas tarefas do dia a dia se transformam em momentos que eu quero guardar para sempre.
Conseguimos mover metade e só então, ao ouvir um barulho no meu consultório, havia uma outra psiquiatra trabalhando no meu lugar, Juh percebeu que a clínica estava funcionando normalmente.
- Achei que a gente estava sozinha, você nem me avisou para eu não rir tão alto - disse-me.
- Não dá para ouvir - falei e dei toques na parede - Pelo menos, eu acho que não... - respondi, sorrindo.
Quando finalizamos, a Drª bateu na porta e me informou que um paciente queria falar comigo, estranhei, mas saí do escritório para ver, era um senhor e ele me entregou um embrulho, disse que estava sentindo minha falta e pediu para a esposa fazer uma lembrança para mim. Era um jaleco, eu o abracei e agradeci, falei que muito provavelmente voltaria no ano seguinte e ele enjoaria de ver minha cara se ainda estivesse precisando dos nossos cuidados. Ele sorriu e me abraçou novamente se despedindo.
Experimentei e estava um pouco largo, fui mostrar a Juh e saber a opinião dela.
- Tá te engolindo! - ela brincou sorrindo e se aproximando
Fiquei observando e minha muié tinha razão, mas com certeza era fácil de ajeitar, principalmente com a sogrinha que eu tenho.
Júlia estava passando a mão no tecido e eu lembrei que dava para provoca-la naquela situação.
Segurei seu queixo com uma das mãos fazendo-a me encarar e imediatamente Juh entendeu, eu sorri e fui chegando pertinho, observando a coloração do seu rosto mudar e o olhar desconcertado roubar a cena.
- Você quer que eu sei... - falei e mordi a pontinha da sua orelha
- Amor, aqui não... Sério... - pediu, mas não se moveu um milímetro para longe de mim.
- Diz que você não quer... - disse, passando o meu rosto no dela até encostar nossas testas, fixando nosso olhar - Diz que não está imaginando mil e uma cenas da gente transando aqui novamente...
- Eu... - começou a dizer, mas não conseguiu terminar, cortou o contato visual encarando o chão, mas com a cabeça encostada em mim.
- Só não mente... - levantei novamente o rosto dela - Porque eu sei quando você está mentindo... - falei, sorrindo maliciosamente e agora Juh estava com o dobro do rubor nas bochechas.
- Não é certo, tem gente do outro lado... Por favor, esquece disso... - pediu, fechando os olhos
(não havia mais pacientes para serem atendidos, porém eu nem lembrei de passar essa informação 🙃)
- Se você disser com todas as letras que não quer que eu prossiga... - apertei o bumbum dela, fazendo-a suspirar - Eu paro imediatamente!
Ela me olhava perdidinha, a sua respiração era pesada e aquela situação me divertia bastante. Adoro provoca-la e aflorar seus desejos. Tenho certeza que se dependesse dela, Júlia enterraria esse fetiche no buraco mais profundo e nunca mais voltava a acessá-lo, mas por mim... Por mim ele permaneceria vivo, e eu faria questão de lembrá-la sempre que quisesse!
- Diz! - sussurrei próximo a sua boca.
E ela puxou meu rosto para um beijo, que já se iniciou quente, fervendo, pegando fogo. Era vivo, forte e desesperado. Fui nos empurrando até o sofá e joguei meu corpo por cima dela, minhas mãos eram atrevidas e se moviam sem medo, subindo por suas coxas, consequentemente e de forma proposital, levantando a sua saia.
Puxei a calcinha dela para o lado e brinquei com os dedos ao redor da sua pepeca.
- Huuuuuum! - senti ela soltar dentro da minha boca.
Dirigi meus lábios para o seu pescoço e dei uma leve mordida, seguida se alguns beijos que fizeram sua pele arrepiar.
- Quer que eu continue? - Perguntei em um sussurro no seu ouvido e chupei suavemente o mesmo local que mordi anteriormente
- Lore, eu não vou conseguir... Não vou conseguir não fazer barulho - falou baixinho.
- Vai ter que gemer baixinho para mim, amor... - disse-lhe enquanto iniciava uma massagem no seu clitóris.
- Annnnnnn - ela gemeu e me abraçou, na verdade, apertou meu corpo contra o seu
- Isso, gatinha, bem baixinho... - falei, e fui descendo para chupá-la.
Iniciei o oral e coloquei imediatamente a mão em sua boca, sentia a sua respiração cortada e gemidos contidos sendo duramente controlados. Aquilo me excitou de uma forma sem igual. Foi bem rapidinho para chegarmos ao orgasmo.
Repousei minha cabeça sobre o seu abdômen e enquanto observava o sorriso frouxo da minha muié saciada e realizada. Nós duas estávamos ofegantes e visivelmente sem forças, então permanecemos por um bom tempo daquela maneira.
- Sua safada! - falei, rindo quando consegui.
Juh apenas sorriu timidamente.
- Vamos tomar um banho? - Ela me perguntou, e eu assenti.
Fomos tirando a roupa e eu tive outra ideia...
(Tem dias que eu sou atentada mesmo 😏🤣)
Ela já estava entrando no banheiro e eu apareci sem roupa, apenas com o jaleco por cima, deixei que ela visse e saí.
- Meu Deus! - ela exclamou retornando, apressou os passos e pulou em cima de mim, fazendo que a gente caísse no sofá.
Eu ri da reação dela que agora segurava meu rosto com pressa para um beijo, desceu as mãos para meus seios e apalpava um de cada vez com muito desejo.
- Isso, amor, continua... - pedi sussurrando.
Juh inseriu um dedo e começou a me masturbar enquanto intercalava as chupadas no meu peito.
- Ai, que delícia, gatinha... Vai, faz tudo que você quiser comigo... - falei baixinho
Enfiei dois dedos nela e Júlia incendiou, subia e descia rebolando, beijando minha pele e sufocando seus clamores de prazer contra meu corpo.
- Me beija ou todo mundo vai saber o que a gente está fazendo aqui - ela pediu se aproximando, parecia não controlar mais seus movimentos.
Nós entramos em êxtase, naquele beijo desesperado, as duas suadas e prestes a gozar, nossos corpos já davam sinais de que o orgasmo viria e nós só intensificamos nossos instintos e enquanto nosso melzinho se encontrava.
Júlia pousou a cabeça sobre o meu pescoço e ficamos ali agarradinhas.
Olhei o horário e estava próximo das 11h, avisei ao meu amor, que se levantou e começou a vestir suas roupas.
- E o banho? - Perguntei.
- Tá louca? Eu sei o que você quer fazer... Vamos para casa logo! - ela decretou rindo e eu obedeci, né.
No caminho eu fui fazendo carinho e Juh estava toda molinha e pensativa. Em um dado momento, ela cruzou os braços, aparentemente brava e disse: - Nunca mais vou te ajudar lá na clínica!
Eu comecei a rir muito.
- Até parece que eu te obriguei a fazer alguma coisa, que eu me lembre quem correu e pulou em mim foi você! - exclamei, apertando as bochechas dela com uma mão.
A muié perdeu a voz e ficou em silêncio.
- Odeio isso, odeio muito isso! - disse, depois de um tempo dando tapinhas e amassando no próprio rosto.
- Odeia naaaada, você gosta até de mais... Não precisa ficar assim! - falei de forma divertida enquanto fazia carinho em sua coxa.
- Odeio. - afirmou convicta.
- O que exatamente você tá dizendo que odeia? - Perguntei, curiosa.
- Perder o controle, não conseguir resistir e... - ela parou abruptamente
- E...? - Olhei em seus olhos em busca de uma resposta, mas Juh não prosseguiu.
- Gostar de realizar seu fetiche, sua safada? - Perguntei, rindo e ela voltou a apertar o rosto sem me encarar.
Minha gargalhada ecoava dentro do carro, é cômico vê-la tão sem graça.
- Amoooor, você não me ajuda... - lamentou
- Oxe, eu te ajudo, sim... Você me pareceu bem agradecida quando toda derretida no meu ombro - falei
- Para de falar assim, por favor... Na verdade, chega desse assunto! - ordenou, saindo do sério.
- Não entendo por que você fica assim, sinceramente, mas é engraçado... - disse-lhe
- Não tem nada de engraçado! - nesse momentos nós chegamos e ela desceu do carro.
- Júlia, vem cá para a gente terminar de conversar... - chamei-a porque ela já se dirigia ao portão, mas foi retornando e sentou de lado no meu colo com a cabeça apoiada em mim.
- Desculpa... - pediu baixinho.
- Tá tudo bem... Amor, já falei que não precisa ter vergonha de mim... - disse-lhe.
- E eu já pedi pra deixar isso morrer - lamentou.
- Você gosta, só tem vergonha... Desperta uma coisa gostosa em mim essa sua timidez, esse seu desejo... Não acho justo reprimir em você, nem me privar desse prazer - falei e ela ficou pensativa.
- Tá, tá, tá, tá... Sua sorte é que eu te amo e você tem argumento pra tudo. - disse-me contra vontade.
- Eu também te amo, gatinha... - falei e demos alguns selinhos.
- Mas você tá de castigo! - Juh disse ao levantar.
- De castigo? - perguntei.
- É! - ela exclamou confirmando
- Era só o que me faltava, castigo por satisfazer minha muié - falei a abraçando por trás e enchendo seu pescoço de beijinhos - Por quanto tempo, senhora?
- Quanto tempo eu quiser! - exclamou convencida.
- Quando você estiver estressada, subindo pelas paredes, eu que não vou querer... - brinquei
- Você? Não querer? - e riu de mim, acabei rindo também... Me conheço bem para saber que quando eu negar fogo, algo muito grave deve estar acontecendo.
Nós tomamos banho e quando desci só estavam me esperando para almoçar, logo após meus sogros organizaram umas pastas e saíram. Kaká estava todo dengosinho no meu colo porque ele estava brincando com Mih de Jiu-jitsu e Sr. José reclamou. Segundo ele, não era nada de muito contato, disse-me que tentou explicar, mas não deu certo.
Como na cabeça dele, ele estava certo e Kaique é apaixonado pelo avô, ficou magoadinho. Sorte que Milena é o remédio dele, e logo já estavam brincando novamente.
No fim do dia, D. Jacira e Sr. Zé apareceram para pegar uma sacola e estavam radiantes, o carro estava lotado de coisas, então achei que essas vindas realmente tinham a ver com o novo estilo de funcionamento da Pousada... Mas não era, naaaao! 👀😏
🤭