Amante Secreto - Parte 6: A Primeira Fase

Da série Amante Secreto
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 4031 palavras
Data: 25/12/2024 07:10:17

O salão principal parecia mais quente do que antes, apesar da brisa fresca que entrava pelas portas abertas para a varanda. Os casais estavam espalhados pelas poltronas e sofás, cada um segurando discretamente seus cartões, como se fossem bilhetes para um destino desconhecido. A tensão no ar não era desconfortável, mas carregada de expectativa, como uma corda esticada prestes a vibrar.

Rodrigo, como anfitrião e mestre de cerimônias autoproclamado, levantou-se com a taça de vinho em uma mão e um sorriso travesso no rosto. Ele olhou para Fabíola, que estava sentada ao seu lado, cruzando as pernas de maneira elegante, seus olhos brilhando com uma energia inconfundível.

— Bem, meus amigos — começou Rodrigo, com um tom casual — Como prometido, esta é apenas a fase de aquecimento do nosso pequeno jogo. Queremos quebrar o gelo e deixar todos à vontade.

— Por isso — Fabíola interrompeu, colocando sua taça de lado — Rodrigo e eu vamos começar. Afinal, quem melhor para dar o exemplo do que os anfitriões?

Os casais trocaram olhares nervosos e sorrisos tímidos, mas ninguém parecia disposto a recuar. Rodrigo continuou:

— Nós vamos contar duas histórias. Uma delas é real, um fato que já vivemos. A outra é uma fantasia, algo que nunca fizemos, mas que imaginamos. O desafio de vocês será adivinhar qual é o fato e qual é a fantasia.

Rodrigo virou-se para Fabíola, estendendo a mão para que ela se levantasse. Ela aceitou com elegância, ficando de pé ao lado dele, ambos agora no centro das atenções.

— Então, aqui vai a primeira história — disse Rodrigo, olhando diretamente para os amigos. Ele fez uma pausa dramática antes de começar: — Era uma noite de festa no trabalho. O ambiente estava animado, mas nós decidimos que seria mais interessante nos aventurarmos por conta própria. Depois de alguns drinks, encontramos uma sala vazia no escritório do meu chefe. Fechamos a porta, e o resto... bem, digamos que foi mais excitante do que qualquer reunião que já tivemos.

Fabíola riu baixinho, cobrindo os lábios com os dedos enquanto os casais reagiam com risos nervosos.

— Agora, a segunda história — continuou ela — Estávamos em um jatinho particular, voando para uma reunião de negócios em Londres com alguns investidores, e sobre o oceano à noite, com champanhe e apenas as estrelas como testemunhas. Imaginamos o luxo, o perigo de sermos descobertos, e a liberdade de estar acima de tudo, literalmente.

Os casais ficaram em silêncio por um momento, absorvendo as histórias.

Alice olhou para Jorge, tentando esconder sua expressão desconcertada.

— Eu acho que a primeira é fato — disse ela, hesitante — Fabíola parece ousada o suficiente para isso.

Jorge concordou, rindo.

— Sim, eu também acho. O jatinho parece mais… fantasioso.

Lara cruzou as pernas, analisando o casal anfitrião.

— Eu acho que a primeira é fato — disse ela — Rodrigo parece alguém que planeja esse tipo de coisa.

André deu de ombros.

Yasmim sorriu, divertida, enquanto olhava para Fabíola.

— Definitivamente a primeira. Isso é exatamente algo que vocês dois fariam.

Marcelo concordou com um aceno.

— Sem dúvidas.

Rodrigo e Fabíola trocaram um olhar conspiratório antes de Rodrigo anunciar:

— E o fato verdadeiro é… a transa no escritório do chefe.

O salão explodiu em risadas, aplausos e exclamações de incredulidade. Fabíola riu, balançando a cabeça.

— Eu sabia que vocês iam acertar. Mas devo dizer, a fantasia do jatinho continua no topo da nossa lista.

— Quem sabe um dia — brincou Rodrigo, erguendo sua taça para brindar.

Depois de alguns momentos de descontração, Rodrigo apontou para Alice e Jorge.

— Vocês dois são os próximos. Vamos lá, compartilhem suas histórias.

Alice hesitou, mas Jorge a incentivou com um toque suave no braço.

— A gente consegue. Só pense em algo divertido.

Alice suspirou e finalmente começou:

— Uma vez, fomos a uma festa no interior e acabamos nos perdendo em um campo de milho. Estava escuro, e ninguém podia nos ver. Foi espontâneo, e acho que o risco de sermos pegos tornou tudo ainda mais intenso.

Jorge deu continuidade, tentando soar casual:

— Fomos ao Shopping uma vez e, enquanto Alice estava no provador, eu entrei discretamente. Ela ainda estava só de calcinha e demos uma rapidinha antes que a moça da loja notasse que algo estava errado.

Fabíola inclinou-se para frente, intrigada.

— Aposto que o campo de milho é o fato. Alice não parece do tipo que fantasiaria algo tão explícito.

Rodrigo assentiu.

— Concordo. A segunda parece mais elaborada, mais uma fantasia.

Lara sorriu, avaliando Alice.

— Definitivamente o campo de milho. Eles são o casal mais tradicional aqui, e isso soa mais como algo que já viveram.

André deu um leve aceno.

— Parece mais plausível.

Yasmim riu, inclinando-se para Marcelo.

— Pode soar absurdo, mas acho que Alice teria sim coragem de transar em um provador. As mais tímidas são puro fogo.

Alice, ainda um pouco envergonhada, finalmente respondeu:

— O campo de milho é o fato.

O salão novamente encheu-se de risadas, com Jorge erguendo as mãos em um gesto de rendição.

— O que posso dizer? Foi divertido na época.

Fabíola sorriu, claramente apreciando o clima mais descontraído.

— Adoro como estamos descobrindo lados diferentes uns dos outros.

Conforme o jogo prosseguia, o clima no salão tornava-se mais íntimo. As histórias compartilhadas pelos casais variavam entre o cômico e o sensual, revelando desejos e experiências que ninguém esperava. O riso nervoso e os olhares furtivos davam lugar a uma energia mais densa, carregada de curiosidade e, para alguns, um toque de excitação.

Yasmim e Marcelo estavam especialmente à vontade, com Yasmim assumindo o papel de narradora com uma confiança contagiante. Lara, embora inicialmente resistente, começava a relaxar, estimulada pela atitude descontraída de André. Até mesmo Alice parecia mais confortável, rindo abertamente das histórias e trocando olhares cúmplices com Jorge.

O salão principal agora estava envolto em risadas e aplausos. Marcelo e Yasmim comemoravam a vitória com entusiasmo, o clima de descontração elevando-se ao máximo. De pé, no centro do grupo, eles trocaram um beijo intenso e prolongado, sem se importar com os olhares ao redor.

— Vocês dois são demais! — disse Fabíola, rindo enquanto erguia sua taça.

— Vitória bem merecida — completou Rodrigo, com um sorriso de aprovação — Afinal, vocês acertaram quase tudo.

Os demais casais riam e trocavam olhares, o peso inicial da hesitação havia se dissipado. A primeira fase do jogo havia cumprido seu propósito, quebrando barreiras e aproximando o grupo de uma forma que nenhum deles esperava.

Rodrigo levantou-se, chamando a atenção de todos mais uma vez.

— Agora que encerramos a primeira fase, quero dizer que estou impressionado com a entrega de vocês. Vocês foram incríveis!

Fabíola aproximou-se dele, completando:

— Mas isso é só o começo. A segunda fase é onde as coisas realmente ficam interessantes. Amanhã à noite, queremos todos prontos para explorar algo… um pouco mais desafiador.

— E o que seria exatamente? — perguntou Marcelo, ainda sorrindo, mas visivelmente intrigado.

Rodrigo ergueu a mão, sinalizando mistério.

— Tudo a seu tempo, meu amigo. Por enquanto, descansem, aproveitem o restante da noite. Vocês vão precisar de toda a energia.

Os casais riram, mas era claro que a curiosidade havia sido plantada. Pouco a pouco, eles começaram a se dispersar, despedindo-se uns dos outros antes de seguirem para suas acomodações.

Lara e André entraram no chalé, fechando a porta atrás de si. Lara sentou-se na cama, retirando os sapatos e massageando os próprios pés.

— Foi uma noite interessante, não acha? — comentou, olhando para André, que estava guardando a carteira e o celular no criado-mudo.

— Interessante é pouco — ele respondeu, rindo — Eu não sabia que nossos amigos tinham tantas histórias guardadas.

Ela sorriu levemente.

— Eu confesso que me diverti. Foi bom ver todo mundo tão… descontraído.

André caminhou até ela, sentando-se ao seu lado. Ele observou-a por um momento, os olhos percorrendo seu rosto enquanto ela olhava para o chão.

— E você? Como está se sentindo com tudo isso?

Lara hesitou antes de responder.

— Acho que é diferente, mas de um jeito bom. É… divertido ouvir as histórias deles. Não sei explicar.

Ele inclinou-se levemente, segurando a mão dela.

— Eu só quero que você se sinta confortável. Não estamos aqui para fazer nada que você não queira.

Ela olhou para ele e sorriu, tocada pela consideração.

— Obrigada, André. Mas, honestamente, eu estou bem.

O silêncio que se seguiu foi confortável, mas, ao mesmo tempo, carregado de algo não dito. Lara sentia a mente viajar para a noite anterior, quando Rodrigo e Fabíola haviam mexido com ela de uma forma inesperada. O olhar provocativo de Fabíola, as palavras insinuantes de Rodrigo… tudo aquilo havia deixado uma marca que ela não conseguia ignorar.

Enquanto André se dirigia ao banheiro para escovar os dentes, Lara levantou-se e caminhou até a penteadeira. Ela abriu a gaveta e pegou o celular, sua respiração acelerando levemente enquanto desbloqueava a tela.

Sentou-se na cama, olhando para a porta do banheiro. O som da água correndo indicava que André ainda estava ocupado. Apesar do cansaço após o dia cheio, sua mente não conseguia desligar.

A lembrança das histórias, das provocações e da própria energia da noite a deixou inquieta. E, em algum lugar profundo, uma necessidade crescente começava a se manifestar.

Ela abriu o navegador no celular, os dedos hesitantes antes de procurar por um vídeo que sabia que a ajudaria a aliviar a tensão. Encontrou rapidamente algo que a interessava, uma cena envolvendo um casal e uma terceira pessoa, algo que ela raramente procurava, mas que, naquele momento, parecia perfeitamente alinhado com os pensamentos que rondavam sua mente.

No entanto, antes que pudesse colocar os fones de ouvido, a porta do banheiro se abriu. André saiu, enxugando o rosto com uma toalha.

— Tudo bem, amor? — perguntou ele, notando a expressão dela.

Lara apressou-se em bloquear a tela do celular e colocou-o de lado.

— Sim, só estou pensando no dia de amanhã.

Ele sorriu, aproximando-se.

— Sabe, eu estava pensando que talvez a gente devesse aproveitar esse momento só nosso.

Ela olhou para ele, surpresa.

— Como assim?

— Eu sei que às vezes você acha que estamos meio desconectados — disse ele, sentando-se ao lado dela — Mas hoje, vendo todo mundo tão próximo e descontraído, me lembrei de como nós éramos assim no começo.

Ele se inclinou, segurando o rosto dela entre as mãos.

— E eu sinto falta disso. Sinto falta de você.

André inclinou-se sobre Lara, seus lábios roçando suavemente o pescoço dela. Ele fez questão de prolongar cada toque, descendo lentamente com beijos quentes pela clavícula, enquanto suas mãos exploravam as curvas do corpo dela com cuidado e desejo. A respiração dele era quente contra a pele de Lara, e cada movimento parecia estudado para despertar nela sensações esquecidas.

Lara fechou os olhos, permitindo-se relaxar sob o toque do marido. Por um momento, ela conseguiu bloquear os pensamentos que a haviam consumido durante a noite. Em vez disso, concentrou-se nas mãos firmes dele, que agora subiam pelas coxas, apertando levemente e enviando ondas de calor por todo o seu corpo.

— Você é tão linda, meu amor — ele sussurrou, deslizando os lábios pela curva de seu ombro enquanto movia o corpo para cima dela.

Lara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O peso de André contra ela era reconfortante, e sua respiração ficou mais pesada à medida que ele avançava com movimentos lentos e ritmados. Ela abriu os olhos por um instante, lembrando-se do pequeno frasco de óleo corporal que havia comprado no shopping com Yasmim e Alice. O pensamento surgiu espontaneamente, e ela decidiu agir.

— André — ela disse, a voz baixa, quase um sussurro — Pega o óleo… aquele que eu comprei. Está dentro da mala.

André parou, intrigado, mas um sorriso divertido apareceu em seus lábios.

— Claro — respondeu ele, levantando-se para buscar o frasco.

Quando voltou, Lara sentou-se ligeiramente, pegando o óleo das mãos dele. Despejou uma pequena quantidade na palma e esfregou as mãos antes de passá-las pelo peito e pelos ombros de André, espalhando o líquido de aroma suave.

O toque de Lara, agora escorregadio e quente, fez André soltar um suspiro prolongado. Ele inclinou-se para beijá-la novamente, mas ela o empurrou suavemente de volta para a cama, invertendo os papeis momentaneamente.

Ela desceu as mãos pelo abdômen dele, massageando cada músculo enquanto espalhava o óleo.

— Agora é a sua vez — disse ela, entregando o frasco.

André não hesitou e despejou o óleo nas mãos, começou a passá-las pelas costas e quadris de Lara, o movimento escorregadio intensificando a intimidade entre eles. Cada toque parecia amplificar as sensações, tornando o momento mais intenso e sensual.

Quando André voltou a deitar-se sobre Lara, ela o puxou para mais perto, entrelaçando as pernas ao redor dele. A penetração foi uma explosão de prazer, movendo-se devagar e com intensidade, os olhos fixos nos dela enquanto seus corpos se ajustavam ao ritmo crescente.

Os movimentos eram deliberados no início, mas logo se tornaram mais profundos e intensos. André segurou os pulsos de Lara acima da cabeça, prendendo-os contra o colchão enquanto seus beijos se tornavam mais urgentes.

Lara arqueou as costas, gemendo baixo, enquanto as mãos dele deslizavam até os quadris dela, ajustando-a levemente.

— Assim… isso… me fode, André! — disse ela, a voz rouca e entrecortada.

André segurou Lara pelos quadris, levantando-a suavemente enquanto ela dobrava as pernas em direção ao peito. A mudança de posição trouxe uma nova intensidade ao momento, com ele inclinando-se para frente enquanto mantinha o ritmo constante e profundo. Ele segurou as coxas dela, pressionando-as levemente para os lados, expondo-a completamente. Lara sentiu cada movimento com mais intensidade, e os gemidos dela ficaram mais altos, ecoando suavemente pelo chalé.

— Ah… tesuda! — André murmurou, os olhos fixos no rosto dela enquanto acelerava o ritmo, o suor começando a brilhar em sua pele.

Lara entreabriu os lábios, as mãos agarrando os lençois enquanto sensações cada vez mais intensas tomavam conta de seu corpo.

Conforme a intensidade aumentava, a mente de Lara começou a vagar. Ela tentou focar-se apenas em André, mas imagens vívidas começaram a surgir: o sorriso provocador de Fabíola, toques sugestivos de Rodrigo, os olhares insinuantes que ambos haviam lançado durante o jantar e o jogo.

Em sua mente, a cena transformou-se. Ela imaginou-se cercada pelos casal, Fabíola tocando-a com habilidade, enquanto Rodrigo sussurrava palavras provocativas em seu ouvido. A fantasia tomou conta de seus sentidos, tornando cada toque de André mais eletrizante, como se ele também fizesse parte daquela imaginação proibida. O calor no corpo dela aumentou, e sua respiração tornou-se mais rápida e irregular.

Quando o clímax chegou, Lara sentiu uma onda de prazer tão intensa que quase não pôde conter o gemido alto que escapou de seus lábios. Seu corpo tremia sob André, enquanto ela agarrava os braços dele com força, entregando-se completamente à sensação.

Os pensamentos intrusivos ainda pairavam em sua mente, fazendo-a se perguntar se o prazer que sentiu vinha apenas do momento com André ou da fantasia que se desenrolava em sua mente.

André desabou ao lado dela, puxando-a para perto, a respiração ainda pesada. Ele a abraçou, deixando um beijo suave em sua testa.

— Isso foi incrível — ele disse, com um sorriso satisfeito.

Lara assentiu, mas não respondeu. Seu corpo estava relaxado, mas sua mente ainda estava presa às imagens que criara, como se tivessem acendido algo dentro dela.

Ainda recuperando o fôlego, André estendeu a mão para Lara, os dedos entrelaçando-se suavemente.

— Vamos nos lavar — ele disse, a voz rouca, mas carregada de carinho.

Sentindo o calor residual do momento anterior ainda percorrer seu corpo, Lara deixou-se levar pelo marido. Eles caminharam juntos para o banheiro, que era tão luxuoso quanto o restante do chalé. Azulejos brancos brilhavam sob a luz de uma arandela, e uma ampla cabine de chuveiro de vidro ocupava o centro, equipada com uma ducha que prometia um fluxo constante de água quente.

André ligou o chuveiro, ajustando a temperatura antes de puxar Lara para debaixo da água com ele. O vapor começou a encher o espaço, criando uma atmosfera quase onírica. A água escorria pelos corpos deles, levando consigo o óleo corporal e deixando a pele macia e quente ao toque.

André colocou as mãos na cintura de Lara, puxando-a delicadamente para mais perto enquanto ela inclinava a cabeça para trás, permitindo que a água quente massageasse seu rosto e pescoço. Ele beijou-a novamente, os lábios quentes e molhados encontrando os dela com uma urgência renovada.

As mãos dele subiram pelas costas dela, traçando cada curva com devoção. Lara sentiu-se segura, envolta no calor da água e na intensidade do toque de André. No entanto, sua mente, que deveria estar focada no momento, começou a desviar-se novamente.

Imagens de Rodrigo invadiram seus pensamentos: o olhar intenso dele, as palavras provocativas que ecoaram em sua mente, a forma como ele parecia comandar tudo a sua volta com uma confiança que Lara achava irritante, mas, ao mesmo tempo, irresistível.

André inclinou-se, beijando o pescoço de Lara enquanto suas mãos deslizavam pelas coxas dela, puxando-a para mais perto.

Lara fechou os olhos, tentando absorver as sensações, a pressão do corpo de André contra o dela, o calor da água, o toque firme das mãos dele em sua pele. Ele a virou delicadamente, posicionando-a de frente para a parede.

Lara apoiou as mãos contra os azulejos frios, contrastando com o calor que envolvia seu corpo. Ela arqueou as costas instintivamente enquanto André a segurava pelos quadris, invadindo sua vagina e movendo-se contra ela com um ritmo cadenciado.

Sob as estocadas de André, Lara sentiu seu corpo responder com intensidade, mas em sua mente, a figura de Rodrigo tornou-se mais vívida. Ela imaginou o sorriso dele, os dedos deslizando pelas curvas de seu corpo, os sussurros provocativos que ele poderia dizer.

Ela tentou afastar os pensamentos, mas eles voltaram com mais força. Rodrigo era tudo o que ela desprezava: arrogante, dominador, inconveniente. E, no entanto, a ideia de ser tocada por ele, de se render àquela energia intensa, fazia algo dentro dela despertar de maneira incontrolável.

“Estou ficando louca” ela sussurrou para si mesma, quase inaudível sob o som da água. Mas mesmo assim, seus músculos ficaram tensos, o prazer crescendo de forma inegável à medida que ela se entregava a essas fantasias proibidas.

André, alheio ao turbilhão na mente de Lara, intensificou as estocadas. Ele inclinou-se para frente, beijando o ombro dela enquanto segurava os quadris firmemente, ajustando o ritmo para sincronizar com os suspiros que escapavam dos lábios dela.

— Que delícia de boceta, amor… — ele murmurou, sua voz carregada de desejo.

Lara não respondeu. Seus olhos estavam fechados com força, as mãos pressionando a parede enquanto sua mente criava uma cena que ela não poderia admitir nem para si mesma: Rodrigo a segurando dessa maneira, as mãos dele explorando-a com a mesma firmeza.

A fantasia tornou-se tão real que, por um momento, ela quase se esqueceu de onde estava. Cada movimento de André parecia amplificado pela figura imaginária de Rodrigo, e o conflito interno a deixava ainda mais perdida no turbilhão de sensações.

O orgasmo veio como uma onda avassaladora que percorreu todo o corpo de Lara. Ela soltou um gemido alto, sua cabeça tombando para frente enquanto seus dedos se curvavam contra a parede.

André seguiu logo depois, segurando-a com mais força enquanto suas respirações pesadas se misturavam ao som da água, enquanto seu membro bombeava jatos generosos de gala dentro dela. Ele a abraçou por trás, deixando um beijo suave na base do pescoço dela.

Lara abriu os olhos lentamente, o vapor do chuveiro enevoando sua visão. O conflito em sua mente ainda permanecia, como um lembrete incômodo de que, por mais que amasse André, algo dentro dela estava mudando, ou talvez sempre estivesse ali, esperando para ser descoberto.

Enquanto André desligava o chuveiro e a envolvia em uma toalha macia, Lara sentiu uma mistura de culpa e excitação. Por um lado, ela estava feliz por ter se reconectado com André de uma maneira tão intensa. Por outro, os pensamentos intrusivos sobre Rodrigo permaneciam, como um segredo que ela não podia compartilhar.

Ela olhou para o espelho do banheiro, observando seu reflexo enquanto André a abraçava por trás. Ela sabia que precisava entender o que aquilo significava, mas, por enquanto, decidiu guardar para si.

— Eu te amo — disse André, beijando-a na lateral do rosto.

Lara forçou um sorriso, assentindo.

— Eu também te amo.

Mas em sua mente, ela sabia que algo estava errado, algo que mudaria, talvez, o próprio relacionamento deles.

O sol recém-nascido iluminava o resort com uma luz dourada, refletindo-se nas ondas suaves que acariciavam a praia particular. O prédio principal, com sua fachada em arquitetura eclética, parecia se integrar à paisagem natural, enquanto o som relaxante do mar misturava-se ao canto dos pássaros.

Rodrigo estava de pé na varanda de sua suíte no último andar, olhando para a vastidão do oceano. Vestia uma camisa de linho branca aberta até o peito e uma calça leve, com os pés descalços sobre o piso frio. Fabíola ainda dormia, o corpo nu parcialmente coberto pelos lençois de algodão egípcio. Ela parecia tranquila, mas Rodrigo sabia que aquele dia exigiria foco absoluto.

Ele pegou uma taça de água com gás na mesinha ao lado, deu um gole e, depois de um último olhar para o horizonte, caminhou para o interior do quarto.

— Preciso verificar algumas coisas — disse ele em voz baixa, como se falasse mais consigo mesmo do que com ela.

Fabíola resmungou algo, virando-se para o lado, sem acordar completamente.

Rodrigo calçou as sandálias e deixou o quarto em silêncio, fechando a porta com cuidado.

O corredor do último andar estava silencioso, mas ao descer para o andar térreo, Rodrigo começou a encontrar a equipe do resort em movimento. Camareiras trocavam toalhas, garçons alinhavam as mesas no restaurante, e jardineiros cuidavam das plantas que emolduravam o caminho para a praia.

Rodrigo cumprimentava todos com um sorriso discreto, mas sua postura denotava autoridade. Ele não era apenas o anfitrião; era o dono daquele espaço, o comandante invisível de cada detalhe.

— Tudo pronto para hoje? — perguntou ele a um dos gerentes do resort, que estava verificando o estoque de bebidas próximo ao bar da piscina.

— Sim, senhor. Já reabastecemos o bar, e a área de churrasco está preparada. O salão principal também foi reorganizado conforme suas instruções para a noite.

— Ótimo — Rodrigo assentiu — Certifique-se de que tudo funcione perfeitamente. Meu amigos merecem o melhor.

O gerente inclinou levemente a cabeça em sinal de compreensão, e Rodrigo seguiu seu caminho, parando ocasionalmente para observar o movimento.

Enquanto verificava os detalhes finais na área comum, uma das camareiras aproximou-se dele. Era jovem, com cabelos presos em um coque impecável e um uniforme alinhado. Ela carregava uma bandeja de toalhas limpas, mas ao passar por Rodrigo, deixou um guardanapo dobrado cair discretamente ao lado dele.

Rodrigo percebeu o movimento, abaixando-se com calma para pegar o objeto. Havia algo rígido dentro do guardanapo, um cartão de acesso eletrônico.

Sem alterar sua expressão, Rodrigo ergueu os olhos para a camareira.

— Obrigado — disse ele sem emitir som algum.

Ela respondeu com um leve movimento de cabeça antes de desaparecer pelo corredor.

Rodrigo abriu o guardanapo com cuidado, revelando um cartão de acesso. Ele o segurou entre os dedos, analisando-o por um momento antes de colocá-lo discretamente no bolso da calça.

Enquanto Rodrigo cuidava dos detalhes, os casais começavam a acordar. No restaurante principal, André e Lara já estavam sentados, servindo-se do café da manhã. André conversava animadamente sobre as atividades planejadas para o dia, mas Lara parecia distraída, mexendo no croissant em seu prato sem realmente comer.

— Está tudo bem? — André perguntou, tocando de leve a mão dela.

— Sim — respondeu Lara, sorrindo ligeiramente — Só estou pensando na noite de ontem. Foi… uau…

— Estou curioso para ver o que mais Rodrigo e Fabíola têm preparado para hoje — disse ele, rindo.

Em outra mesa, Marcelo e Yasmim estavam claramente à vontade. Yasmim estava radiante, sua risada ecoando pelo salão enquanto ela contava algo a Marcelo, que parecia igualmente relaxado.

Jorge e Alice entraram no restaurante juntos, mais descontraídos. Alice olhou ao redor, como se procurasse Fabíola, mas quando não a viu, sentou-se ao lado de Jorge, começando a servir-se em silêncio.

Do lado de fora, Rodrigo caminhava ao longo do deck de madeira que levava à praia. Enquanto olhava para o mar, um leve sorriso surgiu em seus lábios. As peças estavam se movendo como ele havia planejado, cada uma encontrando sua posição no tabuleiro.

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Comentários

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Pelo visto Lara será a piranha da vez e André o mais novo corno manso do pedaço kkkkkk

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Fabio, mais uma parte impecavelmente escrita. A história vai se delineando lentamente (mais lentamente do que eu gostaria, acho um pouco arrastada, cada fase demora a acontecer, uma vez que o detalhamento das sensações e conflitos internos de cada casal exige mais narrativas e descrições) e fico pensando que esse é o seu estilo e o seu prazer. Minha função como leitor, é apontar o que eu sinto. Não creio que você seja um autor que se preocupe com estrelas, nem com número de comentários, mas com a qualidade deles, e sua maior atenção está em contar a sua história do seu jeito. Eu também sou assim. Mas, sugiro que verifique no painel de leituras, se o número de leitores caiu da primeira parte para as seguintes. Eu às vezes faço isso, percebendo que a maioria dos leitores deixa de ler aquela história depois da terceira parte, quando a coisa demora a se desenrolar. Não é uma crítica, apenas uma observação. Sei que os leitores que gostam de boas tramas e bons contos, elaborados e cheios de detalhes, ficarão até o final. Parabéns. Estou lendo com muita atenção. Percebo as sutilezas dos personagens e seus conflitos e gosto muito disso.

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Eu sempre observei o número diário de leitores. A tendência é sempre de diminuir, mas também entendo que a maioria dos leitores querem algo mais "fastfood" e se a série for longa o povo vai perdendo o interesse ou esquecendo de acompanhar mesmo.

Já vi comentário em contos escabrosos, contos deficiência de pontuação e concordância, afirmando que era o "um dos melhores do site" ou coisa do tipo, com uma centena de estrelas de avaliação.

Ou eu me adapto ao que o público quer, eu me mantenho fiel a mim mesmo e quem aprecia meu estilo irá me acompanhar.

Até tento ser eclético abordando vários temas, mas nunca vou agradar gregos e troianos. Gosto é gosto.

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Fabio. Obrigado por sua resposta. Eu penso igual, meus contos primeiro devem me agradar. E também fico admirado com coisas do tipo que você citou. Certamente, um autor como você, com uma história como esta, complexa, sutil, cheia de conflitos internos em cada personagem, cuja evolução não pode ser abrupta, para não ficar artificial, não pode estar preocupado em agradar gregos e troianos, e sim produzir a sua obra coerente com o que projetou. Eu estou gostando da sua história. Em algumas partes, eu sinto como se você estivesse "se dando ao prazer de fazer daquela forma", escrevendo sem resumir, detalhando ao máximo, contando mais suavemente e vagarosamente (o que obriga a mais parágrafos), mesmo sabendo que ficou um pouco prolixo. Tem certos autores que tem tanto prazer em escrever, construir narrativas e contar a história, que acabam escrevendo um pouco a mais do que necessário. Senti isso em alguns momentos. Não chega a ser um aspecto negativo, mas pode ser um fator cansativo se persistir por muitas partes. Como leitor, eu procuro lhe dar a impressão do que senti, honestamente. O erotismo, ainda está meio latente, os conflitos ainda não vieram com muita força, e as cenas de sexo, mesmo muito bem narradas e descritas, são bastante normais, o que pode ser um fator de "enfado" ou de enfastio, para alguns leitores mais ansiosos ou menos afeitos a esse tipo de narrativa muito elaborada. Destaco favoravelmente a sua descrição do conflito interno da Lara, e sua angústia diante do que ela vê surgir. Eu gosto, para o gênero conto, textos mais enxutos um pouco. E quando sinto que me causou incômodo, procuro passar isso ao autor. Espero que esteja entendendo minha observação. Estou gostando muito da história, apenas quis pontuar o que senti em algumas partes. No mais, com todo o respeito, manda bala. Está excelente. Pudessem a maioria dos autores ofereceram contos dessa qualidade. Obrigado.

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Já deu para perceber q André vai ser o único q vai se dar mau

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Sim André será promovido ao mais novo corno trouxa da casa kkkkkk, já viu q Lara já está até transando com o marido imaginando q está transando com o Rodrigo, só está tendo prazer no pau do marido por imaginar ser outro, sendo assim vai ser dois palitos pra dar pro outro escondido do trouxa

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Ansiedade no Natal é foda em Fábio. Ansioso pela continuação

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