Enquanto eu dormia no sofá da sala do nosso apartamento, minha esposa, Iza, e seu comedor favorito, Nelson, dormiam no quarto com a porta fechada. Eles tinham acabado de transar enquanto eu assistia e o Nelson, como se já não bastasse estar fodendo minha mulher, me fez servir um lanche e preparar sua roupa para que ele pudesse ir trabalhar no dia seguinte. Sua energia, sua forma de me tratar eram desrespeitosas mas carregadas de alguma energia que eu não decifrava. Ele me fazia ser submisso em níveis que nunca imaginei. Quando dormi ainda excitado relembrando os acontecidos recentes só queria sonhar sendo cada vez mais o corninho obediente que eu pretendia ser.
Acordei ouvindo um som familiar, olhei pela varanda, vi que o sol ainda não nasceu e me perguntei que horas seriam.
- Me fode gostoso, vai! - Ouvi Iza gritando.
Os safados não aguentaram dormir juntos e já estavam fodendo de novo? Pensei em abrir a porta e espiar mas seria uma violação de privacidade, então fiz o que todo corno faria, cheguei bem pertinho da porta para poder ouvir em detalhes.
- Ai, isso! Enfia no meu cuzinho! Enfia assim, vai! - Iza gritava.
Minha esposa nunca havia sido o tipo de pessoa matinal que acorda com tesão e faz sexo, então era impressionante que aquele cara houvesse, de algum jeito, a deixado com tesão o suficiente para dar o cu de madrugada.
O gemido dela dando o cuzinho era inconfundível. O mix de prazer e dor a faziam gritar de um jeito animalesco.
- Isso! Enfia bem fundo! - Ela continuava gritando enquanto eu ouvia Nelson suspirar e gemer baixo.
Eu estava de olhos fechados, em transe, imaginando a cena quando fui violentamente interrompido pelo barulho da campainha. Demorei um pouco para entender o que estava acontecendo. Quem poderia ser aquela hora? O que estava querendo? Meu primeiro impulso foi de ignorar, mas poderia ser alguma emergência no prédio ou algo do tipo.
Fui até a porta e a abri. Dei de cara com a vizinha do lado, Claudia, de pijama e cara de sono. Ela era amiga de Iza desde que havíamos nos mudado. Fiquei em choque por uns segundos tentando entender o que estava acontecendo.
- Caralho! Que pau gostoso! - Iza gritou.
A clareza com que se ouviu minha mulher gemer me tirou do choque. Vi a confusão se desenhando na cara de Claudia.
- Quer que eu arrombe bem esse cu, safada? - Dessa vez era Nelson falando.
As frações de segundo que esses eventos ocorriam pareciam horas. Momentos em que eu conseguia pensar em um milhão de coisas. Enquanto a cara da vizinha ia, em camera lenta, se tornando mais confusa. Ela era mais alta que eu, então vi quando olhou por cima do meu ombro e pode ver o travesseiro e o lençol no sofá.
- Quero! Deixa ele todo arrombadinho, me come com força! - Iza respondeu em alto e bom som e tanto Nelson, quanto eu e a Claudia pudemos entender o que ela queria.
O som do sexo selvagem dos dois não podia ser mais óbvio.
- Desculpa incomodar essa hora. - A vizinha disse e quebrou o silêncio. - Mas amanhã meu marido e eu acordamos cedo e... - A vi tentando buscar as palavras. - Esse som alto está incomodando.
Iza não parava de gemer e eu não sabia como explicar nem justificar.
- Perdão, é... Vou resolver. Acho que ela dormiu com a tv ligada. - Falei.
- Pode ter sido. Seja o que for, tentar dar um jeitinho porque quero dormir. - Ela disse.
Fechei a porta o mais rápido que pude e pensei que aquilo só poderia ser um sonho. Corri para a porta do quarto e a abri bem devagar, os dois estavam tão empolgados no escuro que nem perceberam, ou não se importaram, quando passei e descobri o problema: a porta da suíte estava aberta. Isso significa que, pela péssima acústica que havia naqueles apartamentos, a vizinha podia ouvir tudo. Pela altura dos gritos de Iza, talvez até outros vizinhos poderiam ter ouvido.
Sai do quarto e fechei a porta, estava tão atordoado que nem prestei mais atenção em Nelson fodendo minha mulher. Fiquei repetindo a cena da vizinha na minha cabeça e me perguntando se ela havia acreditado na desculpa que inventei. Não demorei para concluir que era óbvio que ela não acreditaria. Ela conhecia Iza e sabia que era sua voz. Eu não poderia justificar que ela estava usando algum brinquedo porque ela também ouviu a voz de um homem estranho. Não havia como ter dúvida, a única conclusão que Claudia teria era a de que tinha outro homem comendo o cu de Iza enquanto eu falava com ela ali na porta.
Claudia havia descoberto que eu era cuckold.
Eu nunca havia pensando em "sair do armário" como corno ou algo assim, até porque é algo que rola na intimidade sexual então não é necessário que se conte as pessoas. Mas agora a amiga de Iza sabia.
Pela manhã acordei mais cedo que os dois e preparei o café da manhã. Na noite anterior eu havia aprendido que Nelson gostava de suco de laranja, então fiz um pouco.
Nelson saiu primeiro do quarto e pareceu sorrir satisfeito quando ofereci o café da manhã.
- Engomou bem minha camisa? - Ele perguntou.
- Sim. - Respondi e apontei para a camisa dobrada na cadeira.
- Não tomo suco pela manhã, prefiro café. Faz pra mim. - Ordenou e se sentou a mesa.
Voltei para a cozinha e fiz um café rápido e forte do jeito que eu sabia. Nem Iza e eu tomamos café mas sempre temos guardado para possíveis visitas.
- Com açúcar ou sem? - Perguntei.
- Sem.
- Prefere na xícara ou no copo americano?
- No copo.
Coloquei o café no copo, fui até a mesa e servi.
- Gostou? - Perguntei.
- Sim. Não é perfeito mas está bom.
Fiquei feliz em ter conseguido agrada-lo. Foi difícil para encontrar um amante como Nelson que deixasse minha esposa tão satisfeita, então me sentia na obrigação de retribuir.
Iza acordou feliz em seguida e eu não quis estragar a festa falando que Claudia havia ouvido, preferi falar com ela sobre isso depois. Enquanto Nelson estava no banho conversamos um pouco.
- Dormiu bem? - Perguntei.
- Bem mas pouco. De madrugada ele me acordou dizendo que não conseguia dormir olhando e encostando na minha bunda. Eu não deveria ter perguntando o que podia fazer para ajudar. Ele pediu para comer meu cu e é óbvio que eu não negaria uma proposta dessas. A parte chata é que meu sono foi embora depois que acabamos.
- Eu conseguia ouvir vocês aqui do lado de fora.
- Você acordou? Se eu soubesse teria vindo aqui fora para conversamos até eu voltar a ter sono. E você, dormiu bem? Quando levantamos você parecia acordado há um tempo.
- Me sinto com sono mas vai passar.
- O safado ainda teve a coragem de me acordar com o pau na minha cara, acredita numa coisa dessas? E eu sentindo algo estranho nos meus lábios enquanto abria os olhos e a primeira coisa que vejo é ele sorrindo e colocando a pica na minha boca.
- Sua nutricionista ficaria orgulhosa se soubesse que você está tomando leite pela manhã.
- E um leitinho quente, direto da fonte, mais natural impossível. Poderia acordar assim todos os dias.
Rimos enquanto eu, de pau duro, me sentia abençoado por ser casado com uma mulher que me deu a oportunidade de ter esses diálogos. O quão errado e excitante não soa falar abertamente com sua esposa sobre ela ter chupado o pau de outro cara e adorado isso? Eu deveria me sentir mal, mas me excitava ainda mais o fato dela nunca ter feito isso comigo.
- Posso bater punheta hoje? - Perguntei.
- Hum, deixa eu pensar. - Iza falou. - Hoje pode, depois da noite de ontem você mereceu. Mas só uma, tá?
Agradeci animado. Apesar de não ser uma regra rígida e eu sentir que Iza não se importaria se eu fizesse mais vezes, eu tentava ao máximo respeitar. Sempre fui de bater muita punheta e depois que ela começou a realizar minha fantasia de cuckold eu chegava a bater duas ou três por dia durante várias semanas após um encontro. Com os encontros se tornando cada vez mais frequentes, a punheta saiu do controle, então esse acordo com Iza me ajudava a ter uma certa moderação. Mas confesso que minha parte favorita era como isso era humilhante.
- Nelson me contou como você o ajudou e preparou as roupas que ele precisava. Gosto de ver você cuidando dele. Como forma de agradecimento ele está cuidando muito bem de mim.
- Gosto desse acordo. - Falei.
- Maravilha! Outra coisa, o que achou de trazer ele para cá? Podíamos economizar no airbnb daqui para frente.
- Acho uma ideia muito boa.
Nelson e ela saíram juntos para ir trabalhar. Foram se beijando e conversando como um casal e me perguntei se eles teriam algum cuidado para que mais alguém não descobrisse nosso segredo.
Durante o dia mandei uma mensagem para Iza explicando o que havia acontecido.
- Não vejo problema nisso, Claudia é das minhas, mais tarde explico e ela vai entender.
Perguntei o que Iza explicaria e ela respondeu que pretendia contar a verdade. Falar da fantasia e experiências. Me disse que sentia falta de uma amiga mulher que pudesse compartilhar essas coisas.
- Mandei mensagem pedindo desculpas e marcando para nós tomarmos um vinho mais tarde para responder as perguntas que ela deve ter ficado na cabeça. - Iza me avisou.
Eu estava em choque. Meu pau duro aparentemente havia adorado a ideia. Ver outra mulher sabendo que sou corno parecia tão bom e eu não sabia a razão.
Quando Iza chegou a noite não entendeu minha animação, mas ignorou e foi se preparar para a chegada de Claudia. Quando ela chegou, sentamos na mesa de jantar e as duas começaram a jogar conversa fora e eu até cheguei a achar que não iam falar sobre o assunto. Então Iza resolveu começar.
- Sobre ontem a noite quero te pedir desculpas de novo. E também te explicar porque você deve ter ficado confusa. - Iza disse.
- Confusa é pouco. - Ela comentou rindo.
- Eu queria poder ter visto a sua cara. - Iza disse também rindo.
Meu pau estava duro por baixo da mesa e eu tentava conter a excitação.
- Brunno viu bem como fiquei. Ele me disse que era o barulho da tv e eu resolvi não entrar em mais detalhes e nem ficar pensando no que era. - Claudia explicou.
- TV? Que justificativa horrível! - Iza falou.
- Foi a melhor que consegui. - Disse.
- Tá, agora deixa eu falar a verdade. Não era a TV, eu estava com Nelson, um homem que conheci há um tempo. Estávamos no quarto fazendo o que você ouviu que estávamos fazendo.
- Como assim? - Claudia parecia mais curiosa do que surpresa. - Você estava com ele no quarto enquanto Brunno estava aqui fora? - Ela disse apontando para o sofá.
- Sim. - Iza falou na maior naturalidade.
Claudia parecia ter ficado sem palavras, assim como eu, que apenas curtia o momento. Era como viver a fantasia de ver Iza dando para outra pessoa só que de forma diferente. A ouvir falar aquilo para alguém parecia me tornar ainda mais corno que antes. Claudia me olhou como se perguntasse "como você aceita algo assim?"
- Vocês tem um relacionamento aberto? - Ela perguntou
- Não, claro que não. Sou ciumenta demais para dividir Brunno com alguém. - Iza respondeu rindo. - Você já ouviu falar de cuckold?
Claudia balançou a cabeça negativamente e minha esposa resolveu dar uma pequena aula. Falou como cuckold é um homem que sente prazer vendo sua esposa tendo relações com outro homem. Que eu permitia que ela tivesse essa liberdade e ela aproveitava. Explicou dos componentes de submissão e que na fantasia eu permitia que ela mandasse, então na noite passada foi ela que havia escolhido ficar sozinha no quarto com Nelson enquanto eu dormia na sala.
Ela ouvia Iza com toda atenção do mundo e sua cara de curiosidade só aumentava. Quando minha esposa pareceu ter acabado de resumir, Claudia disse.
- Nossa, queria um marido desses!
Essa era uma reação que eu não esperava. Claudia não só parecia aprovar, como parecia desejar ser casada com um corno como eu.
- E o que você ganha com isso? - Ela perguntou se referindo a mim.
Sentia um misto de vergonha e medo de responder alguma coisa. Enquanto eu titubeava, Iza foi direta:
- Uma esposa mais feliz e mais satisfeita! E, quando ele se comporta, deixo ele se masturbar assistindo.
Ri sem graça mas Claudia não pareceu se importar que eu fosse um homem desse tipo.
- Agora quero saber de todos os detalhes dessa história. - Claudia falou animada.
Nessa hora Iza me olhou e me pediu para eu me retirar porque agora iria começar o papo feminino. Levantei da mesa disfarçando a ereção e fui para o quarto. Colei o ouvido na porta porque não aguentava de curiosidade.
- Começa a contar tudo! - Ouvi Claudia dizer.
- Deixa eu te mostrar quem é ele. - Iza disse.
- Nossa, ele é grande!
Quando Claudia falou isso eu não fazia ideia do que Iza mostrava.
- Bastante grande! - Iza disse num tom de voz jocoso.
Pela risada das duas eu percebi que ela provavelmente havia mostrando uma foto normal de Nelson mas em seguida deu a entender que ele não era grande apenas na estatura.
- Ele é gato. - Claudia comentou.
- É um gostoso! Só de ver essas fotos já me dá um calor. - Iza disse. - Nunca achei que fosse capaz de pegar um homem desses.
Ouvir minha esposa falando de outro cara para uma amiga era diferente de ouvi-la falando comigo. Eu podia sentir o orgulho que ela tinha em dizer e mostrar que estava ficando com Nelson. Segui ouvindo o papo atentamente.
- E Brunno não tem ciúmes nem nada?
- No começo foi um pouco difícil, tivemos que resolver algumas coisas. Brunno tinha inseguranças mas hoje ele aproveita tanto quanto eu.
- Não sei se suportaria ver meu marido com outra na cama.
- Mesmo sendo uma fantasia dele, ele precisou de tempo para ir amadurecendo a ideia quando a coisa rolou de verdade. Não foi tão fácil e muitas vezes ele pensou em desistir.
- E a única coisa que ele te pediu em troca foi assistir?
- Sim, mas ultimamente ele também tem se divertido um pouco.
- Com outras mulheres?
- Óbvio que não, deixa eu te mostrar ele aproveitando.
Após alguns segundos de silêncio ouvi o que parecia ser uma gravação. "Nossa, que pau gostoso", foi a primeira coisa que consegui ouvir e gelei na hora. Os gemidos que seguiram eram inconfundiveis. "Fode meu cuzinho, fode gostoso!", eu ouvia a voz dizer. Não parecia comigo mas eu sabia que era eu naquele vídeo. Pelo barulho dos tapas eu lembrei bem de quando aquela gravação havia sido feita. Foi no último fim de semana. Eu estava de quatro sendo comido por Nelson e, todas as vezes que percebia que ele parava para se recuperar e não gozar rápido, eu rebolava e olhava para trás com cara de puta. Para retribuir meu mal comportamento, ele me batia com cada vez mais força e nesse dia aprendi que, quanto mais apanhava, mais eu rebolava com o pau dele dentro.
Eu seguia ouvindo o vídeo e me desesperava. Claudia agora não só sabia que eu era corno como também que eu dava o cu para outro homem e, pelo jeito, amava isso. Comecei a me incomodar como meu gemido parecia afeminado e não percebia a ironia de que seria difícil ser másculo enquanto se rebola com um pau dentro do cu. E eu sabia como aquele vídeo ia terminar, com Nelson me chamando de putinha e comigo gritando para que ele goze na minha bunda. Dessa vez ele havia resolvido fazer diferente e no fim, tirou a camisinha e gozou em cima da minha bunda e costas. Quando senti o esperma escorrendo pela porta do meu cuzinho quis sugar tudo para dentro. Lembro de me virar e ver Iza com a câmera e não me importar, apenas ir em direção ao pau meia bomba de Nelson e limpar e lamber qualquer resquício de porra que ainda restava.
- Ual! - Ouvi Claudia exclamar.
- Estamos curtindo bastante a vida. Sem medo de realizar nossas fantasias. - Iza comentou e o vídeo parou. - Mas Brunno era bem inseguro no começo.
- Sério? E como isso ainda deu certo?
- Insistência minha. - Iza comentou rindo. - Brincadeira, quer dizer, nem tanto brincadeira. Quando ele me falou da fantasia também despertou desejos em mim então não era justo que ele puxasse o plug da tomada sozinho, então confesso que insisti um pouco mas eu sabia que ele queria e só tinha medo. Tanto que hoje está aí feliz da vida.
- Vocês são muito corajosos.
- Acredito que coragem, intimidade e paciência foram as coisas que mais tivemos.
- Há quanto tempo vocês estão nessa?
- Com Nelson uns meses, mas na fantasia já são um pouco mais de dois anos.
- Quer dizer que existiram outras pessoas além de Nelson?
- Alguns.
- Ual, ainda é tão inacreditável.
- Deixa eu te mostrar, tenho um álbum de fotos dos caras que fiquei.
- Tem bem mais que alguns! - Claudia exclamou surpresa ao parecer que estava vendo a galeria.
- A vida é curta, amiga, por que perder tempo?
- Você tem bom gosto!
- Eu sei. - Ouvi minha esposa falando e rindo orgulhosa.
- Preciso matar minha curiosidade, por que você topou fazer isso? Não era muito arriscado para o casamento de vocês?
- Amiga, como sempre gosto de falar, a vida é curta. Quando casei com Brunno, sabia e via o casamento como algo onde o sexo perdia a importância. E depois de quase dez anos juntos é difícil manter a chama. Tudo vira rotina. Brunno é o melhor marido do mundo e eu não o troco por nada, mas sexualmente a gente sabe que os cafajestes sempre são melhores. O que ele e eu vivemos durante todos os anos é bem mais importante que sexo. Como todo casamento longo, a gente só transava para que não virássemos um casal de amigos. Vem trabalho, vem responsabilidade... Acho que no ano anterior a essa fantasia a gente deve ter feito sexo no máximo duas vezes.
- Eu sei. Sabe que sou casada com Mario há menos tempo mas passamos pela mesma coisa. Temos que sempre inovar e nos esforçar para não cair na rotina.
- Exatamente. Quando fiquei com Brunno sabia que ele era virgem, então ele acaba não sentindo as mesmas necessidades que eu. Quando meu primeiro namorado me largou eu tinha dezoito anos. Foi horrível, ele fez com que me sentisse a garota menos desejada do mundo. Com a pouca maturidade que tinha, procurei afirmação no que era mais fácil: sexo. Comecei a ver muito pornô e aprender tudo que os homens gostavam. Sabe aquela balada onde sempre é cheio de turistas? Eu ia todos os finais de semana para pegar algum gringo e na maioria das vezes acabava transando. Foi assim que descobri que meu ex tinha problemas de ereção e ejaculação retardada e que não tinha haver comigo. Depois fazer tantos homens terem um orgasmo voltei a acreditar que eu fosse desejada. Aí quando comecei a namorar isso acabou e eu não sabia que sentiria falta.
- As vezes me sinto culpada se algum homem me olha na rua, sinto que estaria traindo Mario se gostasse desses olhares, mas é tão bom se sentir bonita.
- Exatamente! Eu não sabia que passei todos esses anos com esse vazio. Antes de Brunno estava tão acostumada a, num fim de semana, transar com um ou dois, espanhois, italianos, argentinos... Sei que meu corpo não é perfeito, então estar com esses homens sem roupa e ainda ver o quanto eles me querem me dava segurança, sabe? É uma coisa ouvir um elogio do Brunno ou até de outra pessoa, mas é outra bem diferente ver um cara bonitão gozando na minha boca enquanto olha nos meus olhos. Nesse segundo cenário não tem como negar que o elogio foi sincero. Fazer sexo casual sempre fortaleceu minha auto estima.
- A gente tenta se enganar mas a validação externa as vezes pesa.
- Total. Depois de passar dois anos dormindo todo final de semana com um cara diferente, achei que já tinha conseguido validação suficiente e por isso parei de dar por aí e procurei alguém como Brunno. Não imaginava que um dia poderia ter as duas coisas ao mesmo tempo.
- Essa realidade está longe do meu casamento. É melhor eu não me animar com esse papo.
- Mas por quê?! A vida é curta, mulher!
- Quem dera fosse assim fácil, Mario me mata se eu chegar com uma sugestão dessas.
- Deixa Brunno conversando com ele, quem sabe não rola uma influência.
- Eu duvido que ele tenha uma influência tão forte assim.
Ao ouvir isso pensei que até que não seria uma má ideia ter um amigo corno. Eu conhecia Mario por meio de Iza e Claudia, ele parecia uma cara legal, nerd e introvertido como eu. Logo imaginei a cena de Nelson dando conta das duas enquanto Mario e eu apenas assistíamos.
- Tem outras opções, claro, swing, troca de casal... - Iza disse.
- Não vejo problema se Mario quisesse ficar com outra e em troca eu ficasse com outro, parece justo, não sou ciumenta como você. - Ela disse rindo
- Então você já pensou em outros? Que safadinha.
- Não dessa forma. Digo, as vezes acontece mas a gente afasta o pensamento rápido.
- Temos que deixar de ver isso como um problema. É natural ter tesão em outros homens que não sejam o marido. Eu teria perdido as contas se tivesse que contar quantas vezes, depois que casei com Brunno, senti vontade de dar para outro.
O papo feminino era realmente diferente do que Iza e eu conversávamos, afinal, ela nunca me falou nada disso. Senti uma culpa por estar ouvindo o que não deveria e me afastei da porta, mesmo que meu pau duro quisesse ficar. Não queria trair a confiança da minha esposa.
Depois de um período ouvi a porta de entrada se fechando e conclui que Claudia havia ido embora. Sai do quarto e encontrei Iza sozinha na sala.
- Viu? Ela não só entendeu como até ficou interessada! Estou tão feliz em ter uma amiga para falar sobre meus amantes! - Ela disse. - Claudia vai contar tudo para Mario.
- Tudo? Como assim? - Perguntei assustado.
- Tudo. Nosso acordo, a fantasia e o que a gente tava fazendo ontem a noite. Ela quer ver a reação dele e quem sabe conversar sobre essas coisas.
- Ela quer ser uma hotwife?
- Que esposa não gostaria? É como ter o melhor de dois mundos. O amor e paz de um casamento com alguém que a gente ama e as aventuras e adrenalina com parceiros sexuais variados.
- Não sei se todas as mulheres encarariam dessa forma.
- Boba a que não enxergar assim. Espero que você nunca enjoe ou canse de viver isso porque acho que não me vejo sendo outra coisa que não seja uma hotwife.
Enxergar minha esposa me falando dessa forma quase me soou como uma declaração de amor. Tem coisa mais gostosa do que ouvir sua amada dizendo que não se vê mais casada com você sem transar com outros caras? É o sonho de todo corno.
- Eu amo você. - Falei.
- Também te amo, B! - Ela disse. - Obrigada por me deixar viver essa experiência, nunca me senti tão bem!
Quanto mais corno eu me tornava, mais eu descobria que ver sua esposa dando para outro era apenas uma parte da excitação, as aventuras futuras me animavam e, como bem disse minha esposa, ainda havia muitos anos dela sendo hotwife para aproveitarmos.