O sol da tarde brilhava sobre a área ao ar livre do resort, onde um espaço elegante e bem planejado oferecia o cenário perfeito para um churrasco. Um bar rústico de madeira com bancos altos, cercado por um gramado impecável, fornecia um refúgio refrescante, enquanto uma mesa de sinuca ao centro dava ao ambiente com um toque de descontração. O som da brisa misturava-se ao riso ocasional que escapava de André, Marcelo e Jorge.
Marcelo estava na grelha, segurando uma pinça enquanto virava cortes de carne bem temperadas. O cheiro de churrasco pairava no ar, misturado ao aroma da cerveja que André servia em copos gelados. Jorge estava recostado em uma cadeira, observando os outros dois enquanto segurava um copo em uma mão e girava o taco de sinuca na outra.
— Faz tempo que não tenho uma tarde assim — disse Jorge, suspirando enquanto olhava para o horizonte.
— Você está dizendo que não relaxa de vez enquanto? — provocou André, entregando-lhe uma cerveja.
— Ah, relaxar até que sim — respondeu Jorge, rindo levemente — Mas não com cerveja artesanal e esse cenário de filme.
Marcelo interrompeu, apontando para o churrasco com a pinça.
— Cenário de filme e os melhores cortes de carne. Sabe, Rodrigo sabe mesmo como mimar os convidados.
Conforme os três homens se divertiam, o tom da conversa tornou-se mais descontraído. Marcelo, sempre animado, foi o primeiro a trazer o assunto da noite anterior de volta à mesa.
— Vocês perceberam a Yasmim? — disse ele, com um sorriso misto de orgulho e incredulidade. — Ela parecia tão à vontade ontem. Eu nunca imaginei que ela fosse se soltar assim, na frente de todo mundo.
Jorge riu, levantando o copo em um brinde.
— E você? Parecia bem orgulhoso do show que ela deu. Aquele beijo final foi… bem, digamos que surpreendente.
Marcelo deu de ombros, mas o sorriso não desapareceu.
— É engraçado, sabe? Parte de mim pensava que ia ficar incomodado, mas vendo como ela estava tão confortável… foi meio excitante, de certa forma.
André, que estava preparava os tacos de sinuca, virou-se para os dois, interessado.
— Isso é interessante. Você se sentiu… bem, gostando de ver outra perspectiva dela?
Marcelo ponderou por um momento antes de responder.
— Sim, acho que sim. Tipo, me fez pensar em como a gente às vezes subestima as pessoas que a gente ama, sabe? Ela é mais ousada do que eu imaginava. E isso me deixou curioso sobre onde tudo isso pode levar.
Jorge deu uma risada curta.
— Curioso ou com medo?
Marcelo riu, balançando a cabeça.
— Curioso, definitivamente.
André colocou a bola branca no lugar na mesa de sinuca, preparando-se para dar a tacada inicial.
— Eu admito que estou intrigado com o que vem a seguir — disse ele, mirando — Rodrigo parece ter algo maior planejado. E Fabíola… bom, ela definitivamente sabe como instigar.
Marcelo assentiu, recostando-se na cadeira.
— Você acha que eles já planejaram tudo desde o começo?
— Com certeza — respondeu André, acertando a tacada e espalhando as bolas pela mesa — Rodrigo é calculista. Tudo o que ele faz parece ter uma intenção por trás. Mas, honestamente, estou aberto. Acho que pode ser bom pra mim e Lara.
Jorge, que estava ouvindo com atenção, inclinou-se para frente.
— Você acha que isso pode ajudar o casamento de vocês?
André deu um sorriso leve, mas não respondeu imediatamente. Finalmente, disse:
— Eu acho que sim. Às vezes, a gente precisa de algo fora do comum para lembrar porque estamos juntos, sabe?
Jorge assentiu, o rosto sério.
— Faz sentido. Para mim, ainda é um pouco estranho, mas… eu começo a entender o apelo. Tudo isso parece muito mais sobre confiança do que qualquer outra coisa.
Enquanto os homens continuavam a conversa, uma risada alta e feminina ecoou pelo gramado, chamando a atenção dos três. Quando olharam para a piscina, viram as esposas se aproximando, trajando biquínis que pareciam feitos sob medida para destacar cada curva.
Yasmim liderava o grupo, com uma confiança evidente em cada passo. Ela vestia um biquíni branco de laço, cujo tom contrastava com sua pele bronzeada e acentuava o corpo esguio e flexível que ela cultivava com yoga e exercícios diários. Seus cabelos loiros brilhavam sob o sol, e ela caminhava com a leveza de alguém completamente confortável com sua própria sensualidade.
Lara vinha logo atrás, usando um biquíni preto elegante que abraçava suas curvas suaves e de inegável charme. Seus cabelos castanhos caíam soltos sobre os ombros, e seus olhos verdes brilhavam à luz do dia. Havia algo em sua postura, uma combinação de hesitação e confiança emergente, que fazia com que André a observasse com atenção especial.
Alice, a surpresa do grupo, trajava um maiô azul que moldava seu corpo proporcional de maneira sofisticada, revelando uma sensualidade até então escondida. Seu cabelo castanho-escuro estava preso em um coque frouxo, e os óculos escuros que usava apenas aumentavam seu ar de elegância discreta. Ela parecia mais relaxada do que na noite anterior, sorrindo abertamente para Yasmim enquanto elas se dirigiam para as espreguiçadeiras próximas à piscina.
Os três homens ficaram momentaneamente em silêncio, observando as esposas se acomodarem. Yasmim deitou-se em uma espreguiçadeira com graça, enquanto Lara tirava os óculos de sol e Alice ajeitava o maiô, revelando um lado mais à vontade que Jorge claramente notou.
— Bom — disse Marcelo, rompendo o silêncio com um sorriso malicioso — Parece que elas estão aproveitando o espírito do resort.
André riu, mas seus olhos estavam fixos em Lara. Ele percebeu o leve sorriso no rosto dela enquanto conversava com Yasmim, e algo em sua postura parecia diferente. Era como se ela estivesse se permitindo aproveitar o momento, algo que ele não via com tanta frequência.
Jorge, por sua vez, mal conseguia desviar o olhar de Alice. Ele percebeu a leveza nos gestos dela, a maneira como ela parecia mais descontraída. Pela primeira vez, ele começou a enxergar um lado de Alice que ele não sabia que estava lá, ou que talvez ele tivesse negligenciado.
Enquanto as mulheres se bronzeavam e riam na piscina, os homens continuaram conversando, mas agora com um tom diferente.
— É engraçado — disse Jorge, recostando-se na cadeira — Ver Alice assim, tão… aberta, me faz pensar no quanto a gente se fecha com o tempo. Eu acho que preciso parar de me preocupar tanto e só aproveitar mais os momentos com ela.
Marcelo assentiu.
— Eu sei exatamente o que você quer dizer. Acho que esse lugar está despertando algo em todos nós.
André, depois de um momento de silêncio, levantou seu copo em um brinde.
— Então, aqui vai: aos novos começos. E a Rodrigo que teve a ideia louca de nos trazer para cá.
O sol lançava raios dourados sobre a área da piscina, onde Lara, Yasmim e Alice estavam deitadas em espreguiçadeiras próximas. As palmeiras balançavam suavemente ao vento, e o som da água sendo filtrada pelo sistema da piscina misturava-se às risadas abafadas das mulheres, que conversavam enquanto aproveitavam a brisa e os drinks que haviam pedido no bar.
Yasmim estava no centro da conversa, como sempre. Deitada de lado, com o cotovelo apoiado no apoio da espreguiçadeira, ela falava com a confiança de quem não tinha receios.
— Não sei vocês — começou ela, enquanto brincava com o canudo de seu drink — mas esse lugar está me deixando… bem, digamos que minha libido nunca esteve tão alta.
Alice, que estava ajustando os óculos de sol, virou-se para Yasmim.
— Mesmo?! — disse fingindo-se chocada.
Yasmim riu, jogando a cabeça para trás.
— Com certeza. É tudo, o clima, o luxo, a liberdade. É como se tudo aqui fosse feito para nos fazer… sentir mais vivos, sabe?
Lara, deitada ao lado, observava Yasmim com um sorriso leve.
Yasmim não perdeu tempo em virar-se para Lara, estreitando os olhos com um sorriso travesso.
— E você, Lara? Não me diga que não está sentindo nada diferente aqui. Afinal, somos só nós, mulheres, agora. Pode falar a verdade.
Lara riu baixinho, tentando evitar o olhar de Yasmim.
— Eu... acho que é um lugar maravilhoso. Muito relaxante.
— Relaxante? — Yasmim arqueou as sobrancelhas, inclinando-se em direção a Lara — Ah, vamos, Lara. Você não pode me dizer que não reparou nos homens que trabalham aqui. Tipo, Dante?
Lara corou levemente, desviando o olhar.
— Dante?
— O personal da academia — Yasmim suspirou — Ele é gostoso, isso sim. Os braços dele? E aquele sorriso? É como se ele estivesse sempre posando para uma revista. Aquilo sim é um pedaço de mau caminho.
Alice, que havia ficado quieta até então, soltou uma risada baixa.
— Talvez eu precise dar um pulinho na academia mais tarde.
Yasmim bateu palmas, como se comemorasse.
— Aí está! Alice finalmente admitindo algo. Estou começando a gostar dessa sua nova versão.
Enquanto Yasmim continuava a liderar a conversa, Lara sentia-se dividida. Ela sabia que não era o tipo de pessoa que fazia comentários abertamente sobre outros homens, mas havia algo em Yasmim, a maneira como ela falava, sem filtros ou reservas, que a deixava intrigada e, de certa forma, inspirada.
Porém, enquanto observava as amigas rindo e brincando, uma excitação interna crescia. Ela não conseguia deixar de pensar nos momentos de intimidade com André e, inevitavelmente, em como sua mente havia se perdido em fantasias envolvendo Rodrigo e Fabíola.
No meio da conversa, os olhos de Yasmim desviaram-se para a área próxima à churrasqueira, onde os homens estavam reunidos. Marcelo, que já havia terminado sua cerveja, parecia estar decidindo o que fazer a seguir. Ele olhou para a piscina por um momento antes de começar a puxar a camisa para fora.
— Ah, meu Deus — disse Yasmim, com um sorriso malicioso, enquanto cutucava Lara e Alice — Parece que vamos ter um show.
Lara e Alice voltaram os olhares para Marcelo, que, sem pressa, tirou a camisa, revelando seu físico esculpido por anos de musculação. Seus braços musculosos e o abdômen definido refletiam à luz do sol, e cada movimento parecia ter sido calculado para destacar sua forma perfeita.
Lara sentiu o coração acelerar. Era impossível não notar a beleza de Marcelo, ele parecia uma daquelas estátuas gregas de mármore, mas em movimento. Alice, por outro lado, segurou o copo de drink com mais força, tentando disfarçar a súbita tensão que sentiu.
— E o desgraçado sabe que é gostoso — comentou Yasmim, com um tom de admiração e diversão.
Marcelo caminhou até a beira da piscina e mergulhou com um salto preciso. A água o engoliu antes de ele emergir, sacudindo os cabelos molhados e olhando casualmente para as mulheres.
— Marcelo! — chamou Yasmim, rindo enquanto acenava para ele — Vem aqui, se junta a nós.
Ele nadou até o lado onde as três estavam, apoiando-se na beirada da piscina com os antebraços. A proximidade revelou os detalhes de sua expressão confiante e relaxada, e as gotas de água que deslizavam por seu peito pareciam hipnotizantes.
— Vocês estão fofocando sobre a gente? — perguntou ele, com um sorriso.
— Talvez — respondeu Yasmim, inclinando-se para a frente — Ou talvez sobre Dante.
Marcelo riu, mas lançou um olhar ligeiramente possessivo para Yasmim.
— Te garanto que ele não dá a pressão que eu dou em você.
Alice desviou o olhar, tentando esconder o rubor que subia por suas bochechas. Lara, por outro lado, sentiu-se repentinamente ciente do calor crescente entre suas próprias pernas. Era como se o ambiente, combinado com a conversa e a presença de Marcelo, tivesse despertado algo em todas elas.
Yasmim, sempre ousada, inclinou-se para mais perto de Marcelo, tocando seu ombro molhado.
— Você deveria tirar mais fotos assim para o Instagram. Tenho certeza de que teria milhares de curtidas.
— Ah, é? — perguntou ele, fingindo-se de modesto.
Enquanto a troca de palavras continuava, Lara e Alice trocaram um olhar rápido. Não precisavam dizer nada; a tensão no ar era significativa o suficiente. Era como se, por um momento, todas as barreiras e formalidades que costumavam mantê-las distantes estivessem começando a desmoronar.
Lara desviou o olhar para a água, tentando controlar os pensamentos que corriam por sua mente. A excitação que sentia era desconcertante, mas inegável. Ao mesmo tempo, Alice olhava para seu drink, como se esperasse que a bebida a ajudasse a acalmar os nervos.
Yasmim, no entanto, parecia estar completamente à vontade, rindo e brincando com Marcelo.
O final da tarde trazia consigo o tom alaranjado do pôr do sol, pintando as amplas janelas da suíte principal do resort. Rodrigo estava sentado em uma poltrona próxima à janela do quarto, que oferecia uma vista deslumbrante do mar, segurando um copo de uísque que girava lentamente na mão, enquanto Fabíola recostava-se na cama, com um copo de vinho tinto apoiado no criado-mudo.
— Então — começou Rodrigo, rompendo o silêncio confortável — O que você acha? Estamos progredindo?
Fabíola sorriu levemente, ajustando o corpo para sentar-se mais ereta.
— Diria que estamos muito além do que eu esperava. Yasmim está completamente entregue, e Marcelo, apesar de sua pose mais controlada, claramente está adorando a ideia. E então temos Jorge e Alice. Você percebeu como Alice está se transformando?
Rodrigo assentiu, levando o copo de uísque aos lábios.
— Sim, Alice me surpreendeu. Acho que ela só precisava de um empurrãozinho. É fascinante como ela está deixando de lado aquele lado recatado e começando a explorar uma faceta mais livre.
— E Lara? — perguntou Fabíola, estreitando os olhos.
Rodrigo soltou uma risada baixa, quase indulgente.
— Lara é um enigma. Você viu como ela se desconectou enquanto todos compartilhavam suas histórias? E mesmo assim, há algo nos olhos dela. Um conflito interno. Eu diria que ela está no limite entre se soltar completamente ou se prender ainda mais.
Fabíola sorriu, mas havia algo tenso em sua expressão.
— Sim, claro. Ela é intrigante.
Rodrigo apoiou o copo na mesa ao lado, inclinando-se para frente com as mãos cruzadas.
— A chave para Lara, e, por extensão, para André, é fazer com que ela confie no processo. Mostrar que ela pode se permitir sentir sem medo. Acho que hoje à noite vai ser um passo importante para isso.
— Você acha que ela vai ceder? — perguntou Fabíola, sua voz medindo cada palavra.
— Não é uma questão de ceder — disse Rodrigo, com um sorriso enigmático — É sobre descobrir algo dentro dela que ela mesma ainda não entende. E, quando isso acontecer, o resto será inevitável.
Fabíola tomou um gole do vinho, observando-o por cima da borda da taça. Ela conhecia aquele tom, a confiança inabalável de Rodrigo, que tanto a fascinava quanto a irritava.
— Lara é interessante, claro — começou Fabíola, com um tom casual, mas afiado — Afinal, você sempre achou isso, não achou?
Rodrigo ergueu as sobrancelhas, surpreso com a mudança repentina na conversa.
— Do que você está falando?
Fabíola apoiou a taça no criado-mudo, cruzando as pernas com elegância.
— Eu sei sobre o que você sentia por ela antes. Não sou ingênua, Rodrigo. E agora, aqui estamos, com ela no centro de tudo. Você acha que eu não percebo?
Rodrigo suspirou, inclinando-se para trás na poltrona.
— Fabíola, isso foi há anos. E, além disso, nunca aconteceu nada entre nós. Você sabe disso.
— Não precisa ter acontecido — respondeu ela, a voz firme — Você sempre teve uma queda por mulheres que são difíceis de alcançar. E Lara… ela se encaixa perfeitamente nesse perfil, não é?
Rodrigo manteve o olhar fixo nela, mas não respondeu imediatamente. Em vez disso, levantou-se, caminhando até a varanda. Ele apoiou as mãos no parapeito, olhando para o mar enquanto organizava os pensamentos.
— Você tem razão — disse ele finalmente, ainda olhando para o horizonte — Lara sempre foi fascinante para mim. Mas não da maneira que você imagina.
Fabíola levantou-se, caminhando até ele.
— Você quer me convencer de que isso é apenas parte do plano?
Rodrigo virou-se, olhando-a diretamente nos olhos.
— Fabíola, você é minha parceira. Não só aqui, mas em tudo. Tudo o que fazemos, tudo o que planejamos, é por nós dois. Você acha mesmo que eu estaria pensando em outra pessoa quando tenho você?
Fabíola manteve o olhar firme, mas seus ombros relaxaram ligeiramente. Ela sabia que Rodrigo era sincero, ou pelo menos queria acreditar nisso. Ainda assim, o ciúme era uma emoção difícil de controlar.
— Às vezes, eu não sei — admitiu ela, cruzando os braços — Você é tão… seguro de si. Tão confiante. E eu? Por mais liberal que eu seja, ainda sou humana, Rodrigo. E ver você investindo tanto na ideia de transformar Lara mexe comigo.
Rodrigo se aproximou, segurando-a pelos ombros.
— Você tem todo o direito de se sentir assim. Mas, Fabíola, o que estamos fazendo aqui é maior do que qualquer uma dessas inseguranças. Estamos criando algo único, algo que pode mudar a vida dessas pessoas. E nada disso seria possível sem você ao meu lado.
Fabíola suspirou, inclinando-se contra o peito dele.
— Você tem razão — disse ela, em voz baixa — Mas, ainda assim, espero que você lembre de quem está realmente ao seu lado.
Rodrigo beijou o topo de sua cabeça.
— Sempre. Você é minha força, Fabíola.
À noite, o salão principal estava impecável, iluminado por luzes quentes que criavam um ambiente sofisticado e íntimo. O mobiliário moderno e minimalista destacava a peça central da noite: uma caixa de vidro preto com bordas metálicas douradas, repousando sobre uma mesa circular coberta por um tecido de veludo. Ao lado da caixa, duas outras menores completavam a cena, com papeis coloridos dispostos em pequenas pilhas com papeis rosa e azuis dobrados com os nomes dos participantes.
Os casais começaram a entrar no salão aos poucos, ainda vestidos de forma casual, mas com a ansiedade evidente em suas expressões. Rodrigo e Fabíola estavam estrategicamente posicionados próximos à mesa, prontos para dar início à segunda fase do jogo.
Rodrigo ergueu as mãos, chamando a atenção de todos com seu sorriso característico, confiante e acolhedor.
— Boa noite, meus amigos — começou ele, gesticulando em direção à caixa no centro da sala — Como prometido, a noite de hoje trará algo especial. Este é o ‘Cofre do Desejo’, e ele será nosso guia para a segunda fase do jogo.
Fabíola deu um passo à frente, os olhos brilhando de entusiasmo.
— Antes de explicarmos a dinâmica, quero lembrar a todos: este é um jogo de confiança. Ninguém será forçado a fazer nada, e o mais importante aqui é o respeito mútuo. Estamos todos entre amigos, e essa é uma oportunidade para explorar desejos e fantasias de forma leve e divertida.
Rodrigo aproximou-se da mesa, colocando uma mão sobre a tampa do cofre.
— O jogo funciona assim: cada um de vocês receberá três papeis, um branco, um rosa e um vermelho. Cada cor representa um nível de ousadia.
Ele pegou um papel branco e o ergueu.
— O papel branco é para tarefas simples, sem contato físico ou nudez.
Fabíola continuou, pegando um papel rosa.
— O papel rosa é para algo mais ousado, como contato físico sutil ou nudez parcial.
Finalmente, Rodrigo levantou o papel vermelho.
— E o papel vermelho... bem, esse é para os mais audaciosos, com contato físico mais intenso ou nudez completa.
Os casais trocaram olhares, alguns sorrindo nervosamente, outros claramente curiosos.
— Vocês vão escrever uma tarefa ou fantasia em cada papel — explicou Fabíola — Algo que estejam dispostos a realizar ou receber de qualquer um aqui presente. Quando todos os papeis estiverem preenchidos, eles serão colocados no cofre.
— Depois — disse Rodrigo, apontando para a segunda caixa — vocês sortearão um papel do cofre e, em seguida, sortearão o nome de quem vai participar da tarefa com vocês.
Fabíola sorriu maliciosamente.
— Simples, não é? Apenas lembrem-se: respeitem os limites uns dos outros. Este é um espaço seguro para explorar, mas com consentimento total.
Rodrigo distribuiu os papeis a cada um dos participantes, junto com canetas.
— Levem o tempo que quiserem — disse ele, voltando a se sentar ao lado de Fabíola. — E sejam criativos.
Lara segurou os papeis entre os dedos, o olhar perdido enquanto pensava no que escrever. André, ao seu lado, já estava rabiscando algo no papel branco.
Marcelo e Yasmim estavam visivelmente mais à vontade, trocando sorrisos e cochichos enquanto preenchiam seus papeis. Marcelo deu uma risada baixa ao mostrar o que havia escrito no papel vermelho para Yasmim, que respondeu com um olhar provocante.
Alice, por outro lado, parecia hesitante, girando a caneta entre os dedos enquanto olhava para Jorge.
— E se…? — começou ela, mas Jorge a interrompeu com um sorriso encorajador.
— Escreva o que você quiser — disse ele — Estamos todos aqui para isso.
À medida que os papeis preenchidos eram depositados no cofre, o ambiente no salão começou a mudar. O som das canetas riscando o papel foi substituído por risos nervosos e murmúrios. O silêncio inicial deu lugar a uma energia quase palpável, carregada de expectativa e curiosidade.
Lara terminou de escrever seus papeis e olhou para André, que estava prestes a colocar os seus no cofre.
— Isso é muita loucura — murmurou ela.
— Talvez — respondeu ele, com um sorriso — Mas, às vezes, um pouco de loucura é o que precisamos.
Enquanto isso, Yasmim foi a primeira a se levantar, caminhando até o cofre com uma confiança despreocupada. Ela depositou os papeis dobrados no interior, lançando um olhar divertido para Marcelo, que piscou de volta.
Alice seguiu logo depois. Quando depositou seus papeis, o rosto dela estava levemente corado, mas havia um brilho em seus olhos que sugeria algo mais do que nervosismo.
Quando todos os papeis estavam no cofre, Rodrigo ergueu-se novamente, aproximando-se da mesa.
— Muito bem, meus amigos. Agora que temos tudo pronto, é hora de começar.
Fabíola pegou a segunda caixa, contendo os nomes dos participantes.
— Antes de começarmos, quero lembrar: todos têm o direito de recusar. Mas, pelo que vejo, ninguém aqui parece querer ficar de fora.
Os casais riram levemente, mas a tensão sexual no ambiente era palpável.
Rodrigo abriu a tampa do cofre e colocou a mão dentro. Ele retirou um papel dobrado, segurando-o entre os dedos.
— Prontos? — perguntou ele, olhando ao redor.
Os casais assentiram, e os olhares estavam fixos na mão de Rodrigo enquanto ele desdobrava o papel.
— Vamos lá — disse ele, com um sorriso enigmático — O primeiro desejo da noite é...