Pessoal visto os incontáveis contos sobre traição sempre com a mesma temática e resolução resolvi fazer essa história!
Sei que alguns podem perguntar então vou já responder.
A série principal terá continuação conforme explicado no último conto. A outra eu perdi o tesão!!!
Um grande autor deste site, que respeito muito embora briguemos muito, me deu uma tarefa de escrever respeitando suas orientações e isso que tentarei. Espero que o título chame sua atenção. É isso, contos por volta de 2 mil palavras sem muita filura. Indo direto ao ponto!!
Espero que gostem. É uma boa oportunidade para que muitos possam me criticar também! Isso que espero, estou tentando melhorar...mas sem ajuda de vcs, mesmo quem não gostar, não sairei do lugar!!
Ótima diversão!!!Parte 1 - Pesadelo real.
Antes de mais nada, preciso me apresentar. Meu nome é Sérgio, e, no momento em que esse episódio ocorreu, eu tinha 36 anos. Formei-me em Administração pela FGV e, posteriormente, cursei Economia em outra faculdade particular também muito conceituada. Abri minha própria empresa de consultoria e aconselhamento fiscal em um país onde a carga tributária, além de ser alta, ainda conta com um dos sistemas mais complexos do mundo. Tendo meu professor de Direito Tributário como sócio, em poucos anos nos tornamos referência no setor.
Minha vida começou a mudar completamente de forma repentina, como em um passe de mágica.
No meio da madrugada, após uma noite agradável e divertida com amigos durante uma viagem à casa de um casal próximo de minha esposa, em Maresias, acordei presenciando algo difícil de esquecer até hoje.
Minha amada esposa, minha melhor amiga, minha companheira, a pessoa com quem decidi, há cinco anos, compartilhar minha vida, estava montada em cima de meu melhor e único amigo.
Eu parecia estar anestesiado, sem conseguir me movimentar ou falar nada. Apenas conseguia abrir os olhos. Mas estava consciente. Aquilo realmente estava acontecendo, e era incrivelmente doloroso.
Thais, minha esposa, uma mulher jovem de 27 anos na época, confiante, determinada, incrivelmente bonita, mas extremamente arrogante e narcisista. Cheguei a essa conclusão após alguns anos de terapia, tentando normalizar minha vida e não perder a saúde mental de vez.
Ela estava em cima de Sandro. Meu único amigo, meu "irmão". A pessoa em quem mais confiava no mundo, meu confidente, o único que sabia quase tudo o que se passava dentro da minha cabeça.
Os movimentos de Thais eram rápidos, intensos e sincronizados. O cheiro de suor misturado com sexo me fazia sentir náuseas. Minha esposa estava tendo um desempenho espetacular, muito além do "normal" do que fazia comigo. Sandro contribuía com movimentos contrários aos de Thais, executando-os com uma força impressionante.
O barulho daqueles dois corpos se atacando certamente poderia ser ouvido por qualquer pessoa por perto, e eles não pareciam se preocupar com isso, o que era estranho.
- — Isso, sua puta. Senta gostoso no pau do seu macho. Deixa todos os nossos amigos saberem a vagabunda que você é! — gritava Sandro, sempre estocando minha esposa com violência.
— Era isso que você queria? Dar um remedinho para o seu amigo, seu irmão, e comer a sua mulher com ele do lado? Seu safado gostoso! — ela respondeu, e com isso começou a me ajudar a juntar as peças das dúvidas na minha cabeça.
— Sim... sim. Eu sempre quis te comer com o corno ao lado. Ele nunca te comeu desse jeito, aquele... aquele... cornooo! — nessa hora ele falou mais alto e pareceu fazer o movimento ainda mais forte, como se tentasse atravessar o corpo de minha esposa.
— Não fala assim... aiiiii, safado... não fala assim, ele não é corno, só é BONZINHO. — minha esposa respondeu.
Puta que pariu, vocês não têm ideia de como essa palavra me deixava irritado. Eu ouvia isso desde sempre. Meus pais e familiares falavam isso porque eu era tímido, retraído, não aprontava como minha irmã e meus primos.
Ouvia isso de professores a vida toda. De colegas de profissão. Enfim, eu era apenas uma pessoa que se preocupava demais com os outros e com fazer o certo, mantendo um código moral aparentemente rígido para todos ao meu redor.
Thais e suas amigas sempre me "elogiavam", dizendo como eu era um ótimo marido. Ajudava em casa... Ajudava não, simplesmente fazia tudo, menos a limpeza mais pesada, que ficava a cargo da nossa diarista, que ia duas vezes por semana. Elas também me elogiavam por parecer ter a mente aberta, por não ser tão ciumento como seus namorados ou maridos. Enfim, essa palavra... bonzinho, era usada sempre por elas, muitas vezes de um jeito que me incomodava, com o mesmo tom e risada debochada que ouvi de Thais.
Voltando ao que aconteceu naquela noite, logo após ela falar o que falou, soltou um grito de prazer e dor por causa daquela estocada que me fez perder todas as esperanças de que, pelo menos, aquilo ficasse longe do conhecimento de todos naquela casa.
Após mais alguns minutos em que Sandro gritava xingamentos para Thais e frases para me diminuir como homem — sendo muitas vezes respondido por Thais também com ofensas e comparações entre nossos desempenhos —, mas principalmente com ela rindo e debochando, tentando amenizar o que Sandro dizia, ele mandou Thais sair de cima.
Nesse momento, eu não estava pensando direito e, por puro impulso, apenas fechei os olhos e ouvi ele mandando ela ficar de quatro, na cama mesmo, ao meu lado.
Thais ainda parou um pouco nessa posição, virada para mim, olhando para o meu rosto, provavelmente tentando saber se eu ainda estava realmente desacordado.
— Venha aqui, minha puta — falou Sandro, puxando minha esposa, que quase caiu em cima de mim, para o lado, e logo em seguida dando um tapa violento em suas nádegas.
— Aiiii... para com isso, não pode ter marcas — ela falou, rindo e se posicionando do jeito que ele queria.
— Não se preocupa, estamos "brincando" apenas há 2 horas. O remedinho deve fazer efeito por pelo menos mais uma — ele respondeu, já de pé, se posicionando atrás de Thais.
Dando um tapinha mais leve, ele fez uma pergunta que, confesso, ajudou muito a piorar o que estava sentindo no momento.
— Você manteve o meu cuzinho longe do corno, certo? — ele perguntou, já começando a penetração naquele orifício.
— Aiiii... aiiii... vai com calma. Você sabe que sim. Com meu maridinho bonzinho é só papai e mamãe — ela respondeu.
Nessa hora, não sei se foi um pouco de orgulho, dignidade ou autocompaixão, mas algo me fez abrir os olhos, e por pouco não comecei a gritar. Ficou nítido que lágrimas começaram a sair, e virei o rosto para o lado onde eles estavam.
A primeira a perceber foi Thais. Ela me olhou virando o rosto num certo momento, e seu semblante de prazer se transformou em puro pânico.
Ela imediatamente levantou o corpo, tirando o pau de Sandro de dentro de si, e começou a me chamar, empurrando meu corpo.
Resolvi tomar a decisão que foi fundamental e da qual me orgulho até hoje: simplesmente me mantive com os olhos abertos, sem esconder as lágrimas, mas sem responder.
Thais, principalmente, ficou desesperada e começou a gritar por mim, chorando de forma intensa. Sandro tentou abraçá-la para acalmá-la, porém ela não deixou.
— Vá embora! Saia daqui agora!
Ele tentou argumentar, mas ela se manteve firme e gritou com ele ainda mais alto.
Ele fez um gesto pedindo silêncio e começou a levantar para sair do quarto. Minha esposa me virou para o outro lado e me abraçou, ficando agarrada comigo, dormindo em conchinha até o dia seguinte.
Ela choramingava, me pedindo desculpas, se xingando. Dava para sentir toda a aflição em seu corpo.
Eu também demorei para dormir. Chorei por um bom tempo em silêncio, pensando em como aquilo era possível. Por que as duas pessoas mais importantes da minha vida estavam fazendo uma maldade tão grande como aquela?
Pensei também em como, provavelmente, muitas outras pessoas sabiam. Em quem eu poderia confiar? Como continuar convivendo com todas aquelas pessoas?
Na manhã seguinte, ao contrário dos outros dias daquele feriado, em que Thais acordava cedo e já ia para a piscina ou para a praia com suas amigas, ela permaneceu deitada na cama comigo.
Deu para ver que o sol já estava presente há muitas horas e que o dia estava lindo. O calor estava insuportável, já que tínhamos apenas um ventilador de teto que não funcionava direito.
Eu permaneci deitado, virado para o lado, de costas para ela. Pensei até que poderia ter sido algum tipo de sonho irreal, mas o cheiro de sexo que impregnava aquele quarto era tão forte que me dava até náuseas.
Num momento inesperado, uma das amigas de Thais, a Gabriela, bateu na porta e entrou logo em seguida. Gabi é uma mulatinha linda, daquelas que você sonha em ver desfilando na época de carnaval. Ela era médica, psiquiatra.
— Amiga, tudo bem com você? Já são quase onze horas, todo mundo está te esperando — ela perguntou após fechar a porta do quarto.
Elas tentavam falar baixo para que eu não acordasse.
— Amiga, pelo amor de Deus. Algo aconteceu de muito errado ontem — Thais falou aflita.
— Eu sei, Sandro nos contou enquanto tomávamos café — Gabi respondeu prontamente.
Nesta hora, pensei em levantar e tirar satisfação com todo mundo, mas o lado racional do meu cérebro me fez aguardar mais um pouco.
— Amiga… pelo amor de Deus. Ele abriu os olhos e chorou. Isso é normal?
— Em alguns casos, uma parte do inconsciente de uma pessoa sob esse remédio pode vir a "acordar", mas normalmente, quando essa pessoa acorda, ela pensa que sonhou ou teve um pesadelo — Gabi tentou explicar.
— Amiga, foi uma cena bizarra. Eu… eu… amo meu marido. Eu nunca iria querer fazer ele sofrer — Thais falou abalada.
— Mas vocês também não têm jeito. É só a Mari não estar presente que vocês já querem se divertir. E precisava ser na sua cama, com ele do lado? — Gabi perguntou, dando uma risada.
— Ah amiga… o Sandro… ele é muito safado. Ele sabe como me fazer ficar totalmente entregue. Eu nem pensei muito, só aconteceu.
— Ah… Tha… sem essa… vocês pediram para arrumar o remedinho para vocês, já sabendo o que fariam.
Nessa hora, eu já tinha todas as principais informações que precisava. Sem pensar, levantei da cama, pegando aquelas duas de surpresa.
Rapidamente, cheguei até perto de Gabi, que tentou fugir do quarto. Peguei meu celular, que estava em cima do móvel que dava suporte para a TV, e falei, pegando uma receita digital que ela fez para mim anteriormente.
— Gabi… dra. Gabriela Soares Costa, CRM número XXX… só estou confirmando que tinha essas informações. Eu irei para uma delegacia agora mesmo dar queixa de vocês.
Nessa hora, Gabi tomou um susto, e seu rosto ficou pálido. Já Thais levantou da cama, correndo em minha direção.
— Amor, por favor, espera. Deixa eu explicar… por favor!
Abrindo a porta do quarto e fazendo questão de gritar o mais alto possível, respondi:
— Amor, porra nenhuma. Você me dopou e deu para o filho da puta do meu melhor amigo. Isso com todos esses filhos da puta tendo conhecimento. Não há o que explicar, pelo menos não para mim, e sim para a justiça.
Logo após, fechei a porta do quarto com força e me encaminhei até a porta do banheiro do quarto. Antes de entrar, olhei com raiva para Gabi e falei:
— Já a senhora, dra. Gabriela, terá que se ver tanto na delegacia quanto no CRM. Eu sei que sempre é cobrado um certificado de ética profissional para que o médico seja empregado em um novo emprego. Vamos ver se manterá seu certificado. Sem falar que conheço pessoas no conselho de psiquiatras do Estado.
Sem esperar resposta, com Thais implorando para ser ouvida e Gabi, sem saber o que responder, entrei no banheiro e tranquei a porta.
Sem me importar com praticamente todos os amigos de minha esposa e o filho da puta do Sandro esmurrando a porta pedindo para conversar, liguei o chuveiro e logo após mandei todos se afastarem da porta, pois só assim eu iria abrir.
Pareceu que todos se afastaram, então abri a porta, e muitos estavam em frente à cama, em pé, com Thais deitada chorando ao lado de Gabi, que aparentava passar mal.
— Não adianta ficarem batendo na porta. Eu gravei toda a conversa que tive com as meninas e mandei para o meu advogado. Eu irei tomar banho tranquilamente e depois irei embora com meu carro.
Sandro deu um passo à frente, gritando:
— Sérgio, meu irmão… para que tudo isso? Vamos conversar, nós somos como irmãos.
Eu ameacei fechar a porta e ele parou de andar em direção à porta.
— Irmão, porra nenhuma. Eu ouvi tudo o que você falou quando metia na minha esposa, seu filho da puta. Você era meu único amigo. Eu contei coisas para você… o modo como eu… fiquei vulnerável, contando o que sentia de mais real, mais profundo, para que? Para você utilizar tudo que mais me deixa inseguro para me humilhar enquanto metia na minha esposa?
Após esse desabafo, eu desabei e comecei a chorar. Sandro, com um semblante aparentemente triste, tentou novamente andar em direção à porta do banheiro.
— Irmão, por favor… me deixa explicar.
— Eu quero que você nunca mais me chame de irmão. Nós iremos conversar, sim, mas não agora. Se você se arrependeu, pense em como eu estou. Me dê pelo menos um tempo para mim. Leve todos para a praia e me deixe em paz.
Ele pareceu entender, e olhando para baixo, com lágrimas nos olhos, não falou mais nada.
Thais tentou levantar para vir em minha direção, mas foi contida por um de seus amigos.
— Tha… ele tem razão… vamos deixar ele em paz.
Aproveitando que minha esposa chamou minha atenção, olhei para ela com um olhar repleto de ódio.
— Não se preocupe, minha querida. Eu sou “bonzinho” demais para me separar de você com nosso filho com menos de um ano de idade. Mas nosso relacionamento termina aqui.
Ela tentou novamente levantar e andar em direção à porta, e eu a repreendi:
— Eu não acredito nem um pouco que esteja arrependida, mas se realmente estiver e me amar, faça o que eu pedi e me deixe em paz. Termine o feriado nesta merda de praia e me deixe sozinho para pensar. Você, pelo jeito, nunca me respeitou, mas pelo menos agora respeite o meu pedido.
Sem esperar resposta, fechei a porta e entrei no chuveiro para uma ducha gelada. Nessa hora, diversos momentos em que me lembrei de fingir não ver o que estava acontecendo, por não acreditar que eles seriam capazes de algo desse tipo, vieram à tona. Pensamentos mais sombrios vieram juntos, me fazendo vomitar. Meu filho… será que realmente posso chamar o Vitinho de meu filho? Há quanto tempo aqueles dois estavam fazendo isso pelas minhas costas? Será que Thais fez isso apenas com Sandro?
Naquele momento, achei que já era hora de sair daquela casa. Não poderia ficar amedrontado para sempre dentro daquele banheiro. Já passou da hora de deixar de ser tão bonzinho.
Determinado, deixei o banheiro, me troquei rapidamente, peguei documentos, chave do carro e carteira, e saí rumo à minha libertação.
Aquela casa estava quase vazia. Naquele momento, apenas Thais estava em casa, junto com Gabi, sentadas no sofá da sala, aparentemente abaladas. Elas me viram e ameaçaram levantar de onde estavam para vir em minha direção.
— Nem pensem nisso! — gritei, demonstrando toda minha fúria. — Gabi, provavelmente você terá que responder para a justiça, assim como essa outra aí. Estou indo agora encontrar meu advogado na delegacia.
Gabi sentiu o golpe e, chorando, começou a implorar que não fizesse isso. Eu simplesmente a ignorei e voltei minha atenção para Thais.
— Já você, se aparecer em casa antes de terminar o feriado, eu irei pedir o divórcio e ainda tentarei a guarda de meu filho. Farei exame toxicológico na delegacia e depois irei a um pronto-socorro. Terei o BO da delegacia e o prontuário médico para mostrar ao juiz o tipo de pessoa que você é. Se você respeitar pelo menos essa vontade, talvez possa aliviar para você.
Thais novamente começou a chorar, dessa vez de forma mais intensa.
— E só para que você saiba, eu irei pedir o teste de paternidade. Eu juro que torço para que Vitinho seja meu filho, pois se não for, não terei dó em acabar com você. Seu maridinho bonzinho é um empresário de sucesso, tem muitos contatos e muita experiência de vida. Você errou em me julgar pela minha personalidade.
Sem esperar resposta, saí daquela casa mais leve. Me senti livre de uma prisão silenciosa em que vivi por anos. Definitivamente, cansei de ser bonzinho.
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Continua…
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