Entre olhares e conexões

Um conto erótico de Vitor Rosa
Categoria: Grupal
Contém 958 palavras
Data: 27/12/2024 20:21:41

(utilizamos pseudônimos para preservar a identidade dos envolvidos)

O supermercado estava movimentado, como sempre, mas Júlia mantinha sua postura calma enquanto supervisionava discretamente o fluxo dos clientes. Quando o relógio apontou o final de seu turno, às 17 horas, ela relaxou os ombros, pronta para ir para casa. Foi nesse momento que o casal se aproximou.

Wilma era carismática, com um sorriso confiante que imediatamente chamou a atenção de Júlia. Fred, por outro lado, trazia uma presença mais serena, mas igualmente envolvente. Eles pareciam harmoniosos juntos, mas o que Júlia não esperava era o convite que viria a seguir.

— Gata, eu tenho um problema, você pode me ajudar? — disse Wilma, com um sorriso que era ao mesmo tempo casual e sugestivo.

— Claro! — respondeu Júlia, ainda no modo profissional. — Como posso ajudar?

Wilma riu levemente, trocando um olhar cúmplice com Fred antes de continuar:

— É que nós queríamos te chamar para tomar uma cerveja com a gente... mas não temos seu telefone!

Júlia piscou, surpresa, enquanto assimilava a frase. O rubor subiu instantaneamente em seu rosto, e ela riu, sem saber exatamente como reagir.

— Bem... isso é... inesperado! — disse ela, tentando recuperar o fôlego.

— Inesperado é bom, não acha? — perguntou Fred, a voz tranquila, mas com um toque provocador.

Havia algo no tom deles que fazia Júlia querer dizer sim, ainda que estivesse um pouco confusa. A curiosidade e a química que emanavam do casal a atraíam como um ímã.

— Ok... por que não? — respondeu finalmente, surpresa consigo mesma.

— Ficaremos lhe esperando lá fora.

Ao chegar no carro, Julia encontra o casal conversando casualmente com toda naturalidade.

No carro, enquanto Fred dirigia, a conversa fluía naturalmente, mas havia uma tensão no ar, uma eletricidade que fazia Júlia se sentir inquieta de uma maneira boa.

— Então... vocês fazem isso com frequência? — perguntou Júlia, tentando soar casual, mas a curiosidade em sua voz era evidente.

Wilma, sentada ao lado dela no banco de trás, sorriu antes de responder:

— Só quando encontramos alguém especial.

A resposta fez o estômago de Júlia revirar de ansiedade e excitação. Sentiu-se lisonjeada e, ao mesmo tempo, intrigada.

— Especial? — repetiu, querendo entender melhor.

— Sim — continuou Wilma, inclinando-se ligeiramente em direção a ela. — Não é só sobre aparência, sabe? É sobre energia. E a sua... nos chamou a atenção.

Júlia ficou em silêncio por alguns segundos, sentindo o rosto esquentar. Não estava acostumada a receber esse tipo de atenção, ainda mais de um casal tão magnético.

— Três é par? — perguntou Wilma, de repente, mudando o tom, querendo quebrar o clima.

Júlia franziu a testa, confusa.

— O quê?

Wilma riu suavemente, os olhos brilhando com diversão e riu para Fred pelo retrovisor.

— Você vai entender... com o tempo.

O bar estava acolhedor, com uma iluminação quente que deixava o ambiente mais íntimo. Eles se sentaram em uma mesa no canto, longe do burburinho principal. Júlia sentiu-se à vontade rapidamente, graças à maneira como Wilma e Fred a tratavam, como se ela fosse parte de algo especial.

As conversas se tornaram mais profundas. Wilma e Fred compartilhavam histórias, riam e mantinham uma atenção quase hipnótica em Júlia, que começava a relaxar e a se deixar levar pelo momento.

Quando Wilma tocou a mão de Júlia pela primeira vez, foi como um choque suave. O toque era leve, mas carregado de intenções. Wilma inclinou-se um pouco mais, deixando os dedos deslizarem suavemente pelo braço de Júlia enquanto sussurrava:

— Sabe, Júlia, acho que já está claro que a gente quer mais do que só conversar com você.

O olhar de Wilma era intenso, mas acolhedor. Júlia sentiu o coração acelerar, e pela primeira vez, não tentou disfarçar.

Fred observava as duas, sorrindo de forma cúmplice. Ele se inclinou para frente, tocando a mão de Wilma.

— Tudo o que queremos é que você se sinta bem.

O corpo de Júlia parecia reagir antes mesmo que sua mente pudesse processar completamente. Ela assentiu, a voz falhando ao tentar responder:

— Eu... acho que quero ver onde isso vai dar.

Wilma sorriu como se tivesse recebido a melhor resposta do mundo e, delicadamente, segurou a mão de Júlia, sugerindo ir para um lugar mais reservado.

Pagaram a conta e Wilma, que permanecia de mão dada com Júlia, foi guiando-a para fora do bar, com Fred logo atrás.

Foram então para um apartamento do casal, que era acolhedor, com luzes baixas e uma decoração minimalista, mas convidativa. Júlia mal teve tempo de observar os detalhes antes de sentir Wilma puxá-la levemente pela cintura, enquanto Fred trancava a porta.

— Relaxa... — sussurrou Wilma, os olhos presos nos de Júlia.

Os lábios de Wilma tocaram os dela com delicadeza, mas o beijo logo ganhou intensidade. As mãos de Wilma exploravam sua cintura, enquanto Fred, de pé atrás de Júlia, começou a deslizar os dedos por seus ombros, os toques firmes e tranquilizadores.

Júlia estava cercada, e a combinação dos toques e beijos dos dois a deixava em um estado de entrega que ela jamais imaginara. Quando Wilma começou a puxar a camisa de Júlia, parou por um instante para sussurrar:

— Você quer continuar?

Júlia, sem hesitar, consentiu, sorrindo e balançando a cabeça.

Wilma sorriu e puxou a camisa para cima, expondo a pele macia de Júlia à luz suave. Fred passou as mãos pela cintura dela, enquanto Wilma descia os lábios por seu pescoço e ombros, arrancando de Júlia suspiros baixos e entrecortados.

— Vamos tomar um banho? — perguntou Wilma, os olhos brilhando de desejo.

Júlia respirou fundo, já sem conseguir esconder o quanto estava envolvida e apenas acompanhou Wilma pelo corredor.

Wilma a levou pela mão com um sorriso cheio de promessas, enquanto Fred as seguia. Quando a porta do quarto se fechou, Júlia sabia que aquela noite marcaria o início de algo novo e inesquecível.

Continua no próximo conto.

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