Ao saírem do quarto do hotel, o sol forte do meio-dia tocava o rosto de Beto e Cristina. Eles caminharam rapidamente até a farmácia ao lado, trocando sorrisos cúmplices no caminho. Ao entrarem, Beto ficou visivelmente desconfortável, desviando o olhar das prateleiras e da atendente de avental branco que os recebeu com um sorriso acolhedor.
— Posso ajudar? — perguntou a farmacêutica, com um tom simpático.
Cristina, sempre direta e segura, tomou a frente.
— Queremos um bom lubrificante. Algo que seja... eficiente — disse, sorrindo de canto, com um brilho malicioso nos olhos.
A atendente entendeu imediatamente. Com confiança, ela caminhou até uma prateleira específica e pegou um pequeno frasco transparente.
— Esse é o melhor para evitar desconfortos — explicou. — Vai garantir que seja uma experiência mais... agradável para vocês dois.
Cristina pegou o frasco, agradeceu e, de mãos dadas com Beto, deixou a farmácia.
De volta ao quarto do hotel, a tensão entre os dois era palpável. O ar-condicionado soprava um vento frio, mas eles pareciam arder em chamas. Beto deixou o frasco sobre a cômoda, hesitante.
— Cris, eu... não sei muito bem como fazer isso.
Cristina aproximou-se devagar, segurando o rosto dele entre as mãos.
— Fica tranquilo, amor. A gente vai descobrir juntos.
Com calma, ela começou a desabotoar sua camisa, deixando-a cair no chão. A calça seguiu o mesmo destino, e logo ela estava apenas de calcinha. Beto a admirava, encantado, enquanto Cristina pegava suas mãos e as levava até os fechos de suas próprias roupas. Um a um, os botões da camisa de Beto foram abertos, até que ambos estavam nus, sob a luz suave que entrava pelas frestas da cortina.
Cristina pegou o frasco de lubrificante, abriu e despejou uma quantidade generosa na palma da mão. Com delicadeza e sensualidade, ela envolveu o membro rígido de Beto com a mão, espalhando o produto com movimentos lentos e firmes.
— Pronto? — ela perguntou, olhando diretamente nos olhos dele.
Ele assentiu, sem conseguir responder. Cristina então subiu na cama, colocou-se de quatro e olhou por cima do ombro.
— Com calma, amor. Devagar.
Beto se aproximou, ajoelhando-se atrás dela. Suas mãos deslizaram pelas costas nuas de Cristina, sentindo a textura suave de sua pele quente sob os dedos. Seu coração batia forte, ressoando em seus ouvidos como um tambor surdo. Ao se posicionar dentro de Cristina, ele ouviu um suspiro abafado dela, misturado ao som da respiração acelerada.
— Devagar, Beto… vai devagar, por favor — pediu Cristina, mordendo o lábio e fechando os olhos.
Ele parou, imóvel, dando tempo para que ela se ajustasse. O corpo de Cristina estava tenso, mas, pouco a pouco, ela foi relaxando. Seus mamilos continuavam rígidos, roçando contra o lençol macio, enquanto uma umidade natural escorria entre suas coxas.
— Pode continuar… está tudo bem — murmurou Cristina, com a voz frágil, mas firme.
Beto começou a se mover com calma, respeitando o ritmo dela. Cristina soltou um gemido abafado e mordeu o travesseiro, os olhos fechados, o rosto levemente corado. As mãos dele apertavam sua cintura, guiando seus movimentos com delicadeza.
— Assim… assim está bom — ela sussurrou, arqueando mais as costas.
Os movimentos de Beto ganharam confiança, ainda que controlados. Cristina começava a se entregar, gemendo baixinho, os dedos afundando no lençol. O ar-condicionado soprava o ar frio no quarto, mas seus corpos estavam suados, entregues ao momento.
O prazer crescia entre os dois, e os movimentos se tornavam mais fluidos. O som das respirações pesadas preenchia o ambiente. Cristina virou o rosto para o lado, buscando vê-lo.
— Eu quero que você goze… aí dentro… — ela pediu, entre suspiros e gemidos.
Beto perdeu o controle por um momento, acelerando os movimentos e sentindo mais prazer a cada grito da amada naqueles minutos, até que finalmente chegou ao ápice, com um gemido abafado. Cristina sorriu, ainda com lágrimas nos olhos, mas era um sorriso de satisfação, de entrega completa.
Os dois caíram na cama, lado a lado, ainda ofegantes. O ar-condicionado estava no mínimo, mas o suor escorria por suas têmporas. Beto virou-se para ela e afastou uma mecha de cabelo úmido do rosto de Cristina.
— Você está bem? — ele perguntou.
— Nunca me senti tão bem — respondeu ela, com um sorriso cansado, mas genuíno.
Depois de alguns minutos de silêncio, apenas ouvindo suas respirações se acalmarem, Beto pegou o celular na cabeceira. Cristina virou-se curiosa.
— O que você tá fazendo?
— Comprando minha passagem de volta pra cá no mês que vem — respondeu ele, mostrando a tela com a confirmação da compra. — Acredita agora que eu volto?
Cristina sorriu, seus olhos marejaram, mas dessa vez eram lágrimas de alegria.
— Agora eu acredito. — Respondeu ela, jogando-se nos braços dele mais uma vez.
O sol brilhava forte lá fora, mas ali, naquele quarto frio e bagunçado, só existia calor, paixão e a certeza de que aquele era apenas o começo de uma história intensa e cheia de amor.