Aventuras na Universidade - Capítulo 15 - Ligação de número desconhecido, perturbador!

Um conto erótico de Cigana CD
Categoria: Crossdresser
Contém 1865 palavras
Data: 29/12/2024 17:48:57

Aventuras na Universidade - Capítulo 15 - Ligação de número desconhecido, perturbador!

Bissexual, Universidade, Transição, Transex, Crossdresser

(Esta série é uma continuação de Sendo Livre, muitos fatos aqui relatados tem relação com ela, recomendo ler, mas pode ser lida separadamente)

Na manhã seguinte, acordei com Vanessa já no banho, fui tomar meu banho e nos encontramos na cozinha, ela me deu um longo e delicioso beijo e abraço e agradeceu por ter sido possível desabafar tudo.

– Obrigada meu amor, me senti melhor.

– Eu também, bom queria que você soubesse, que vou conversar com mamãe, sobre me tornar Valentine, acho que é a hora de contar parte da verdade que vivo para ela, de como me sinto muito melhor sendo mulher.

– Sério, já pensou bem nisso, não acho um bom momento amor, não se apresse, vamos encerrar este ciclo da faculdade, lembra, será muito difícil essa transição e a faculdade junto, você será um alvo de humilhação e perseguição, já tínhamos falado sobre isso.

– Explicando melhor, vou falar com mamãe que me tornarei mais feminina, num longo processo, que irei precisar dela, do apoio, mas com certeza, farei isso mais intensamente no final do curso, sim eu não esqueci aonde estou inserido ou inserida né amor, também não conversamos sobre isso mais a fundo.

– Ai que medo, nossa é um assunto bem delicado! Mas conte comigo, me conte, você não tem outro desejo quanto ao futuro profissional, outra profissão que te interesse?

– Ter tenho, mas nem consigo pensar nisso, pensei até em Veterinária, Biologia, Engenharia Florestal, principalmente neste último, estranho que nestes cursos não há esse preconceito forte como em Agro, quem sabe seja minha missão mudar isso né, de repente partir para a pesquisa, educação continuada, mestrado, doutorado, sei lá.

– Não sei, tenho medo, mas estarei junto, bom e então Robson, não acha que está demorando esse contato?

– Acho, mas vou dar um toque na Isabele, vamos ver o que ela já sabe.

Nisso eu e ela tomando o café, fomos interagindo no grupo, deu certo que Isabelle estava on e foi conversando, então eu entrei no assunto de que não tinha recebido nenhum contato, mas que estava chato todos os dias me montar, que iria deixar o fone desligado no meio da semana, que estava me afetando.

Não deixava de ser verdade, ficar femme, gerava desejos, lógico que Vanessa e o brinquedinho resolviam, mas não dava pra ser assim, Vicente já conflitava com Valentine e isso, os trajeito se tudo estavam ficando mais aparentes.

Na conversa Isabele falou que hoje iria na sogra e iria fazer ela ligar ou insinuar de ligar ainda hoje, assim seria meu ultimo dia femme e poderia tocar a vida com mais sossego.

Deu que saímos pra aula, almoçamos no campus e Vanessa tinha um trabalho com a Rô, e eu fui levar ela até lá, depois fui pra casa.

Cheguei, banho, me troquei com algo feminino, me maquiei e coloquei o celular pra carregar, que estava com poucos bateria, deixei na sala e fui no quarto estudar e ajeitar algumas coisas, eu gostava de estudar lá montada, parecia que Valentine era mais CDF do que Vicente e eu usava essa sensação a meu favor.

Umas 20h45 ouço o telefone tocar, pelo toque era desconhecido, afinal todas as outras pessoas eu tinha colocado na agenda daquele número, tinham um toque específico, vi o DDD, era de Londrina, bom poderia ser a minha “sogra”, então me dirigi ao sofá da sala, me arrumei, dei uma treinada na voz e em um tom neutro e falei.

– “Olá” …

Do outro lado um breve silêncio, ouvia-se uma conversa ao fundo, mas percebi ser da televisão, tipo um comercial.

– “Olá, este número é o da Valentine?”

– “Sim, é ela, com quem estou falando?” Falei um pouco mais feminina e pausada, até num tom de curiosidade e apreensão.

Mais um silêncio, ouvi que a pessoa fechou uma porta, o som da televisão diminuiu e ela continuou.

– “Oi, tudo bem, sou a Mãe do Álvaro e do Robson. Nós fomos apresentados na festa do casamento, tudo bem minha querida.”

– “Oi, sim eu me lembro, desculpe atender assim, é que é tanto golpe e ligações falsas, temos que tomar cuidado.”

– “Sim com certeza, ainda mais com ligações de desconhecidos né.”

– “Imagina, a senhora e mãe do Rodolfo, não é uma desconhecida, mas quanto a estranho tem plena razão, mas agora já vou colocar seu número e nome na agenda e ficarei mais tranquila, mas a que devo sua ligação, aconteceu algo com Robson?”

– “Bom minha querida, acho que minha nora lhe falou que iria ligar, estou certa?”

– “Sim ela havia comentado, mas acho que por descuido nosso não trocamos nossos números, peço desculpas.”

EU falava, um tanto aflita que a Vanessa não estava ali para me ajudar, me sentia segura com ela.

– “Imagina meu anjo, bom agora que já se passou o casamento, temos um evento que é muito importante para minha família, uma tradição, além de envolver nossa religião, pra ser direta, gostaria de saber se você aceita ser a madrinha de meu neto ou neta, em uma cerimônia discreta aqui em casa?”

– “Nossa, que responsabilidade, mas eu nem sei o que dizer, nossa, me pegou de surpresa, estranho a Isa não ter me contado nada.”

– “Ela não sabe que eu pretendia te convidar, posso até ter dado a intenção, mas não troquei muito no assunto com ela, isso é coisa de família e é óbvio que Álvaro não irá ser contra, mas não é esse o foco então o que me diz, aceita?”

Nossa essa frase/fala dela já dizia muito. Creio que fiquei uns instantes pensando no que ela falou, pedi licença, dizendo que iria desligar algo no fogão, até pra raciocinar antes de responder, analisando, tendo a terrível conclusão, tipo ela era quem mandava no Álvaro, tadinha de minha prima, e agora estava mandando na vida de seu outro filho, aí me deu uma vontade de falar umas boas para esse tipo de gente opressora.

– “Puxa, é muita responsabilidade, nem sei o que responder, foi uma surpresa, não esperava, mas como assim eu, poxa eu teria que ver isso, quando seria, que tipo de cerimônia, como assim uma tradição religiosa, atualmente estou solteira, creio que deveria ser alguém casado, noivo ou namorando, ai desculpe tantas perguntas mas realmente estou agora aflita, pego de surpresa, nossa tem roupa, a faculdade, muita coisa envolvida.”

– “Bom querida, quanto aos detalhes eu me responsabilizo, roupas, agenda, etc. Quanto a ser solteira, melhor ainda, pois o seu par será o meu filho, quanto a isso também não abro mão, tem que ser alguém da família como padrinho ou madrinha, já a faculdade tenho certeza que conseguirá uma semana livre, se for preciso ajeitamos atestados ou vou pessoalmente falar com seu coordenador de curso.”

Meu Deus, o que era isso, que mulher realmente impertinente, autoritária, já garrei um ódio dela, mas lá no fundo queria é dar uma lição nela, que nem tudo ela manda, mostrar que seu amado filho estava tendo um flerte com uma transexual, que já foi passivo e ativo, nossa tirando ajudar minha prima e o Álvaro, essa mulher estava me dando nojo com uma grande pitada de nervosismo e até medo do que seria capaz.

Mas não iria me expor, não hoje, calmamente falei.

– “Bom, realmente fui pega de surpresa, irei conversar com Isa e Álvaro, mas se em algum aspecto isso for afetar meus planos de estudo, já vou deixar claro que para mim o estudo é em primeiro lugar, mas vamos aguardar, creio que nem eles tem ainda ideia de prazos, lugares etc, estou certa?”

– “Desculpe se pareci indelicada, é óbvio que prezo pelo estudo, pelas suas obrigações na faculdade, sim estudo em primeiro lugar, o que quis dizer que havendo algum empecilho, estou disposta a interferir se assim for de seu interesse, imagine, não quero me intrometer em sua vida particular”.

– “Sim, mas não preciso responder agora certo, como disse nem a data temos do batizado além do que tenho que ver também com minha família e tudo mais, nem sei se seu filho estaria disposto.”.

– “Olha, espero que você aceite, quanto a minha família, não se preocupe, o que eu decidir é o que eles irão fazer, mas sei que precisa de um tempo, em 2 semanas volto a te ligar, até lá já terei tudo agendado e programado, está bom assim para você querida?”

– “Melhor assim, mas ainda terei a questão das datas, mas desde já agradeço o convite, voltamos a conversar, obrigada mesmo, tchau”.

Não quis esticar conversa, creio que já era claro, ou aceitar ou ter consequências piores, essa senhora não deixaria barato uma negativa tão simples, afinal eu fiquei de enrosco com seu filho, não teria por que não aceitar, sendo uma paquerinha dele aos olhos dos outros, só que a realidade era outra.

Ela deu um tchau desligou, uns minutos depois no whats ela mandou um emoticon de um anjo e não falou mais nada, eu respondi com um coraçãozinho.

Quando Vanessa chegou eu ainda estava pálida, em choque.

– Que foi, por que está assim parece uma estátua no sofá.

– Você não acredita com quem falei hoje a noite, me ligou sem avisar?

– Robson?

– Pior, a mãe dele, menina pense em alguém com uma arrogância e prepotência, bom resumindo, ela me convidou pra ser madrinha, meio impondo, na fala dela não poderia nem pensar em negar e se tivesse conflito de agendas, viria pessoalmente falar com meu coordenador de curso, estou morta.

– E o que respondeu?

– Olha pedi um tempo, me deu 2 semanas, nossa não consigo reproduzir o que ela falou, mas foi desagradável, prepotente, mandona, sem chances de eu reagir, mas me assustou viu, imagine que ela disse que ela que manda na agenda dos recém casados que a cerimônia será como e quando ela quiser, que eles apenas teriam que aceitar.

– Mas a Isa falou que seria aqui, na cidade.

– Pois é, agora não sei se estava te esperando para falarmos com a Isa e Álvaro.

Nisso ligamos, via conferência no grupo e contei tudo, Isa ficou muito brava, Álvaro mudo, na maioria das vezes mas explicou que iria expor seu ponto de vista que não iria abrir mão da cerimônia ser em Curitiba. Percebemos que o casal, não estava feliz nem bem com tudo que eu falei, depois ficamos preocupadas que isso poderia abalar o relacionamento deles mas agora era tarde, a bomba já tinha sido largada, a Isa foi dizendo algumas coisas e Álvaro apenas respondi se sua mãe iria ou não concordar, mas que tentaria expor o ponto de vista do casal.

Desligamos e combinamos que deveríamos falar com o Robson, como ele sabia de tudo, falei que iria ligar para ele do quarto, pois já era tarde. Vanessa concordou e foi pro banho.

Eu me troquei para algo bem mais feminino, com sutiã, enchimento, não sei por que passei batom, um lápis no olho, deixei a caixa de bijuterias ali ao lado e me ajeitei na cama e no celular da Valentine escrevi.

– “Oi, é a Valentine, podemos conversar?”

Mandei no whats, com um tempo depois recebi uma reposta.

– “Sim, pode ser vídeo, estou sozinho no quarto”

– “Sim, me chame”.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 12 estrelas.
Incentive Cigana_cd a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaCigana_cdContos: 212Seguidores: 113Seguindo: 61Mensagem Sou crossdresser, amo tudo!

Comentários