Minha mãe estendeu a mão para mim, seus dedos longos e delicados chamando-me para um gesto que parecia muito mais do que um simples convite. Havia uma determinação serena em seus olhos, um brilho que dizia que ela sabia exatamente o que estava fazendo, mesmo que até momentos atrás parecesse dividida.
— Vem comigo, filho — disse ela, a voz baixa, quase um sussurro, mas carregada de autoridade.
A palma dela estava quente contra a minha. Um contraste gritante com os arrepios que subiam pela minha espinha. Ela não disse nada; não precisava. Apenas me puxou pelo corredor, e eu fui como um cãozinho obediente. Porque, convenhamos, quem em sã consciência diria não?
Enquanto caminhávamos, tudo o que eu conseguia fazer era observar. Quer dizer, observar mesmo. Ela estava completamente nua, e cada curva do corpo dela parecia gritar que aquele momento não era real. Os ombros suaves, as costas elegantes, as nádegas redondas que se moviam com uma harmonia que desafiava qualquer lógica. Era como se ela soubesse exatamente o que estava fazendo.
E eu, claro, completamente impotente. Não literalmente — ainda bem.
O cabelo dela, levemente bagunçado, caía pelas costas como uma moldura perfeita. Os quadris balançavam no ritmo exato para me torturar. A pele dela tinha aquele brilho suave, como se tivesse sido feita para ser admirada. E eu estava admirando. Cada. Maldito. Detalhe.
— Está muito quieto aí atrás, Miguel. — A voz dela me tirou do transe.
Engoli em seco. Diz alguma coisa, imbecil.
— Só... admirando a vista.
Ela virou o rosto, os olhos brilhando de algo entre humor e desafio. — Que bom que você gosta. Vai precisar se acostumar.
E foi isso. Uma frase simples, mas dita com tanta confiança que meu cérebro fritou. Ela não era mais a Marta hesitante. Agora, ela dominava a cena, e eu estava completamente à mercê.
Chegamos ao quarto, e ela parou na porta. Virou-se para mim, e o sorriso que deu parecia carregado de intenções que eu ainda nem sabia interpretar.
— Pronto?
A pergunta era simples. A resposta, nem tanto. Porque, sinceramente, eu estava? Claro que não. Mas, ao mesmo tempo, eu jamais diria "não".
— Acho que nunca vou estar, mas isso não me impede de tentar.
Ela riu, e aquele som foi como um soco no estômago. Suave, mas devastador. Então, sem dizer mais nada, ela me puxou para dentro.
O quarto era pequeno, aconchegante, mas parecia ter sido transformado em um santuário para o que estava por vir. A luz era baixa, o cheiro dela impregnava o ar — lavanda com um toque amadeirado.
Ela soltou minha mão e caminhou até a cama. Eu a segui com os olhos, hipnotizado. Ela se sentou na beirada, cruzando as pernas com uma elegância que parecia natural. Os seios dela estavam erguidos, a respiração suave e constante, mas os olhos me diziam outra coisa: vem.
— Vai ficar aí parado?
Dei um passo à frente, depois outro, até estar perto o suficiente para sentir o calor do corpo dela. Ela descruzou as pernas, abrindo-as apenas o suficiente para deixar meu coração na garganta.
— Acho que agora você pode me mostrar do que é capaz — disse ela, inclinando-se ligeiramente para trás, apoiando-se nos cotovelos.
Engoli em seco. De novo. Porque, sério, o que mais eu podia fazer? Mas, desta vez, não hesitei. Afinal, naquele momento, eu faria qualquer coisa que ela pedisse.
Quando ela se inclinou para me beijar, o mundo parou de girar. Não era só um beijo; era um abismo no qual eu estava mergulhando de cabeça. O calor da boca dela era como um convite, uma promessa de que o que viria depois seria ainda mais intenso. Os lábios dela se moviam contra os meus com urgência, e eu me deixei levar, minhas mãos explorando os contornos do corpo que agora era tão familiar quanto fascinante.
Mas, então, ela se afastou, e meu coração deu um salto. Por um momento, pensei que ela tivesse mudado de ideia. Mas não. Ela sorriu, aquele sorriso que me fazia esquecer como respirar, e se deitou na cama, os cabelos espalhados como um halo.
Ela ergueu o dedo, fazendo um gesto de “vem” que foi direto à minha alma — e ao meu ego. — Quero sentir você dentro de mim, Miguel.
Se eu pudesse descrever o som da minha mente naquele momento, seria um silêncio absoluto, seguido de uma explosão de caos.
Eu me aproximei, hesitante, enquanto ela me observava com uma paciência que quase parecia cruel. Subi na cama, meu corpo parecendo mais pesado do que nunca. Cada movimento era calculado, cada respiração, um esforço consciente.
Ela abriu as pernas devagar, revelando um convite que eu não tinha ideia de como aceitar. Mas ela não parecia apressada. Pegou minha mão, guiando-a até sua coxa, depois mais acima, até que eu estivesse posicionado exatamente onde ela queria.
— Confie em mim, Miguel. — A voz dela era suave, mas carregada de autoridade.
Com uma mão, ela segurou meu membro, alinhando-o com sua vulva de forma precisa, quase metódica. O toque dela era firme, mas gentil, como se estivesse ensinando. E, de certo modo, estava.
Quando comecei a entrar, a sensação foi avassaladora. O calor, a suavidade, o aperto — era tudo demais para processar. Meu corpo reagiu instintivamente, tensionando-se, e eu parei, o desconforto evidente.
— Ei, calma — disse ela, colocando as mãos nos meus ombros e me puxando para mais perto. — Não precisa ter pressa. Vamos no seu tempo.
Respirei fundo, tentando me acalmar, enquanto ela movia o quadril devagar, ajustando nossos corpos. As mãos dela subiram pelas minhas costas, desenhando linhas que me fizeram arrepiar.
— Está tudo bem. Sinta meu corpo, filho. Escute o que ele está pedindo.
Eu segui o ritmo que ela ditava, lento e cuidadoso, até que meu desconforto deu lugar a uma mistura de nervosismo e prazer. Cada movimento era uma descoberta, cada gemido dela, uma confirmação de que eu estava no caminho certo.
Os olhos dela se fecharam, a cabeça tombando para trás enquanto os sons que escapavam de sua boca preenchiam o quarto. Ela estava no controle, mas, ao mesmo tempo, me dava espaço para explorar, para aprender.
— Isso, assim... — Ela guiava meus quadris com as mãos, seus toques suaves, mas firmes.
Eu não era exatamente um prodígio — longe disso. Meus movimentos ainda eram erráticos, desajeitados, mas ela não parecia se importar. Pelo contrário. Ela sorria entre gemidos, como se estivesse vendo algo além da minha inexperiência.
— Está começando a pegar o ritmo, não está?
Eu apenas assenti, incapaz de formar palavras, concentrado demais em não estragar aquele momento.
Com o tempo, o desconforto desapareceu, substituído por um prazer crescente que parecia me consumir por completo. Ela se arqueou contra mim, suas mãos firmes em minhas costas, puxando-me para mais perto, como se quisesse me absorver.
— Você é muito gostoso, sabia? — Ela sussurrou, seus lábios tocando minha orelha.
E, naquele momento, eu acreditei. Não porque fosse verdade, mas porque ela fazia parecer verdade. Eu era dela, completamente. E nada no mundo parecia mais certo do que isso.
Eu estava ali, completamente dentro dela, e, de repente, o mundo pareceu se reduzir a essa única conexão entre nós. A sensação era avassaladora, como se cada nervo do meu corpo estivesse sendo estimulado ao mesmo tempo. A textura da pele dela, quente e macia, parecia me envolver de uma maneira que nenhuma descrição faria jus. Era como ser puxado para algo primordial, uma intimidade que transcende palavras.
O calor dela era quase desconcertante, uma chama que parecia irradiar de dentro para fora, envolvendo meu membro e me puxando para mais fundo. A umidade, suave e convidativa, criava uma espécie de contraste perfeito com o aperto que parecia ser projetado apenas para mim. Era impossível não notar como o corpo dela reagia a cada movimento meu: os músculos internos pareciam se ajustar, se moldar, como se o corpo dela estivesse aprendendo o meu ao mesmo tempo que eu tentava entender o dela.
Ela arqueou as costas, pressionando mais de si mesma contra mim, seus seios subindo e descendo com a respiração ofegante. Cada gemido que escapava de sua boca era como um comando silencioso, me guiando, me encorajando a continuar. Seus dedos cravaram levemente nos meus braços, uma mistura de força e vulnerabilidade que me fez sentir mais conectado a ela do que jamais imaginei possível.
— Miguel... — o som do meu nome nos lábios dela era um incentivo por si só. Sua voz era rouca, carregada de desejo e algo mais que eu não conseguia identificar completamente.
Os olhos dela se abriram por um momento, brilhantes e fixos nos meus, antes de se fecharem novamente, como se ela estivesse se entregando completamente às sensações. O corpo dela reagia em ondas, pequenos tremores que pareciam começar no ponto em que estávamos conectados e se espalhavam por todo o corpo.
Eu me movia devagar, absorvendo tudo, cada detalhe. A maneira como ela mordia o lábio inferior, como os dedos dela se enroscavam nos lençóis ao meu lado, como o corpo dela parecia se moldar ao meu a cada investida.
— Mais devagar... — ela sussurrou, sua mão deslizando pelas minhas costas, traçando linhas que me arrepiavam.
Eu obedeci, ajustando meu ritmo ao dela, deixando que ela me guiasse. Ela sabia exatamente o que queria, e cada instrução, por mais sutil que fosse, me ajudava a entender mais.
— Assim... exatamente assim...
O calor que nos envolvia parecia quase sufocante, mas de uma maneira que eu não queria escapar. Ela movia o quadril, ajustando o ângulo, e o prazer que isso trouxe foi quase indescritível.
— Meu Deus, você é tão... gostoso... — Ela murmurou, puxando-me para mais perto.
A sensação de ser desejado dessa maneira, de ser o foco completo de alguém tão incrível como minha mãe, era tão avassaladora quanto o ato em si. Ela gemia, os sons cada vez mais altos, mais frequentes, cada um deles me incentivando a continuar.
Eu queria que aquele momento durasse para sempre, que o calor, a conexão, as sensações nunca terminassem. Porque, pela primeira vez, eu sentia que estava exatamente onde deveria estar. Com ela, dentro dela, sendo guiado por ela. E isso era tudo.
Ela abriu os olhos e, como se pudesse ler minha mente, sorriu de um jeito que era ao mesmo tempo tranquilizador e carregado de promessas. Ela apertou meus braços com leveza, puxando-me para um beijo rápido antes de murmurar:
— Acho que você precisa de uma pausa, Miguel. Não que você goze ainda. Ainda temos muito o que aproveitar.
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