Eu e Paulo Victor somos bem diferentes um do outro. Meu nome é Sérgio, mas geral me conhece como Serjão. Sou um maluco moreno, 1.84m, corpudo e morador de Madureira. Trabalho de garçom num restaurante em Vista Alegre e me amarro num churrasquinho, uma social e, claro, uma boa bebedeira de vez em quando. Tá ligado aquele cara que entrosa rápido em qualquer ambiente, faz amizade com todo mundo e tá sempre nos pagodes, no baile charme e nas rodas de samba? Sou eu. Não é à toa que o povo me conhece aqui na vila.
Já o Paulo, é mais tímido, reservado. Ele é um trintão contido, calado e tá sempre na dele, quase não abre a boca pra nada. Paulão faz a linha introvertido, se passa por esse nerdão de óculos e fala pouco, mas ele também é grande, barbudo e peludo que nem eu, a diferença é que é branco, fortinho, submisso e abaixa a cabeça pra todas as vontades da minha ex-mulher, por isso a relação deles tá uma bagunça.
Deixa eu explicar melhor: fui casado com a dita cuja durante três anos e acho que nunca me senti tão sufocado na vida. Ela era e até hoje é o tipo de pessoa super controladora, ciumenta até o talo e meio paranoica com essa coisa de signos, intuição, energias místicas, então acabou que nosso relacionamento não deu certo e foi definhando aos poucos. No fim de tudo, minha ex-esposa me traiu com o Paulo Victor, mas eu não fiquei puto por ser corno, pelo contrário, até comemorei a separação, porque tirei um peso das costas.
É que, naquela época, eu ainda não sabia que sentia atração por outros caras e só tinha me envolvido com mulheres até então. Pra tu ter ideia, até com a minha patroa, dona lá do restaurante onde trabalho, eu me envolvi. Acho que mais pela sensação de liberdade após o divórcio, e de poder respirar depois de me livrar da prisão que foi o casamento.
Só que, infelizmente, ainda sou vizinho da minha ex-mulher e moro na mesma vila onde a doida vive. A gente pouco se fala, ela mal olha na minha cara, mas naquelas tardes abafadas de Madureira, com o barulho dos moleques correndo atrás de pipa voada na rua e o som dos carros passando no viaduto, é difícil não cruzar com a safada por aí. Nós compartilhamos o muro que divide nossas casas e acaba que vira e mexe vejo Paulão entrando e saindo, sempre apressado, com aquele jeitão de quem não quer chamar atenção, mas todo mundo sabe quem ele é.
No começo, foi engraçado me acostumar com a nova dinâmica, pois eu saí de casa como o corno da história e voltei pro meu canto, onde vivia minha vida antes de conhecer a maluca. A diferença é que agora eu tinha que aguentar o entra e sai do barbudo que comeu minha ex quando a gente ainda tava casado, portanto, aprendi a engolir meu orgulho e fiz a linha educado com o Paulo Victor. No fim das contas, a experiência me fez mais calmo, tipo Buda, e depois que o papel do divórcio chegou, nada mais me abalou. Calminho, calminho.
- S-Se liga, Sérgio. Minha mulher falou que tu foi lá em casa mexer com ela, é verdade? Tu s-se orienta, hein, doidão! T-Tô lhe avisando! – Paulão apontou o dedo na minha cara e falou grosso comigo no portão.
Era uma noite quente de segunda-feira, eu tava chegando cansado do restaurante e deu vontade de rir quando percebi o dedo dele mirado na minha fuça. Acho que nem o próprio Paulo acreditou que estava tirando satisfação comigo, porque ele tremeu, gaguejou e respirou fundo antes de fazer cara de sério no nosso inesperado acerto de contas.
- Tu não precisa fazer isso, Paulão. – falei.
- Não preciso fazer o quê? – ele não entendeu.
- Foi ela que mandou tu tirar satisfação comigo? – cruzei os braços.
- Não interessa. O que importa é que eu não quero tu indo lá em casa pra falar com a minha mulher, escutou? Ouviu, Sérgio?
- Serjão. – corrigi.
- Serjão?
- É Serjão pros mais íntimos. – estendi a mão e o cumprimentei.
Sem saber o que fazer, o bobão apertou a mão na minha, lembrou que tava me dando esporro, mas já era tarde demais. Nosso cumprimento foi pra selar a paz que eu nem sabia que existia.
- Olha só, eu não tenho a menor intenção de falar com a... Ela lá.
- Minha mulher. – ele pigarreou.
- É. A fulaninha. Só fui lá entregar a conta de água que chegou aqui, só isso. Era melhor ter deixado vencer? – questionei.
- Ah, então foi isso? – o macho respirou aliviado e coçou a barba.
- Foi. Ela tem que parar de ser paranoica assim, pelo visto continua chata. Mas enfim, agora é problema teu. Tu que balance e aguente as doideiras dela. Na hora de botar chifre, todo mundo sabe gozar e rir, não é verdade? – mandei tão na lata que Paulão se encolheu e reagiu meio constrangido.
Ele fez silêncio, engoliu a seco e não respondeu, aí eu bati em seu ombro, o consolei e me preparei pra sair dali sem dizer mais nada. Mó paz, como bem falei antes. Eu não perdi meu casamento, eu me livrei.
- Serjão. – o cara me chamou logo assim que entrei pro quintal de casa.
- É o quê? – voltei atrás.
- Foi mal, irmão.
- Pelo quê? – fiquei curioso.
PV fez símbolo de chifre na cabeça e não riu, não fez piada, deu pra ver que ele foi sincero e genuíno.
- Se... Eu soubesse... Onde tava entrando. – lamentou.
- Ô, ô, ô. Relaxa, mermão. Tu me fez um favor, eu precisava desse divórcio. Tô de boa, tô suave. – expliquei. – Na verdade, eu é que tenho que te dar uma força. Toda vez que tu aparece tá com essa cara de cansado, de boladão. É ela, né? Dá o papo.
Meio inocente, ele não quis responder pra não acabar se complicando. A gente nunca foi muito próximo, mas eu me solidarizava com o doidão, até porque ele agora tava passando pela mesma pressão que eu passei durante o tempo que fiquei casado com a minha ex.
- Se um dia tu quiser tomar umas, é só chamar. – dei-lhe um tapinha no rosto, peguei o celular no bolso da blusa dele e anotei meu número.
- PAULO VICTOR! TÁ FAZENDO O QUÊ AÍ?! – a fulana apareceu no portão dela e gritou.
- Nada, s-só vim resolver aquela situação. – o coitado já foi se explicando.
- Você é maluco!? Sai logo daí! – ela mandou e ele correu pra casa.
Posso mandar a real? Dei meu contato, mas jamais imaginei que o Paulo Victor fosse realmente ligar. Primeiro porque ele era o amante da minha ex-mulher, o cara que me fez de corno; e segundo que nunca tivemos proximidade. A gente se esbarrava de vez em quando, mas era só isso: encontros casuais, nada mais. Às vezes de manhã cedo, na pressa do trabalho, ou então no fim da tarde, voltando pra casa. Além disso, a fulaninha não podia nem desconfiar que a gente trocou ideia, senão ela ia gritar, espernear e dar esporro nele, da mesma forma que fazia comigo quando ainda éramos casados.
Mas aí... Do nada, de repente... Aquelas situações que são até corriqueiras, mas que tu não espera que aconteçam, tá ligado? Era minha folga na quarta-feira à noite, eu dormi a tarde toda e acordei perdido no escuro do quarto, sem saber que horas eram. Levantei às pressas pra colocar o lixo no poste, senti a chuva no corpo, porém não tive escolha e me molhei todo na rua. Morar sozinho é isso, sem luxo, na raça. Voltei pra casa, parei na varanda, pensei nas cervejas que não tirei do congelador e escutei o berro.
- VANESSÁ! Ô, VANÊSSA! – parecia um rugido competindo com as trovoadas.
Olhei por cima do muro e avistei Paulão vestido com as roupas do escritório, encharcado da chuva e super atrapalhado com a pasta de documentos numa mão, a mochila com o notebook na outra, óculos molhado e embaçado pelo mau tempo, e nada da fulana responder. Deu um pouco de pena do coitado, eu assobiei e abri a boca.
- Sai da chuva, campeão!
Ele me viu, mas ignorou e continuou se esgoelando pela fulaninha.
- Ela não tá em casa, chapa. E tu tá sem chave. Chega aí. – fui pro meu portão, abri e esperei.
Paulo ficou sem jeito, desistiu e correu pra procurar abrigo no meu metro quadrado de piso suburbano.
- Valeu, Serjão.
- Tamo junto, camarada. Disponha.
- Sabe que se ela me encontrar aqui, tô perdido, né? Hehehe!
- Eu não conto se tu não contar. – levei na esportiva.
- Valeu. – ele estendeu a mão e a gente se cumprimentou olho no olho.
Partimos pra dentro de casa, ambos encharcados pela tempestade que desabou em Madureira, e eu fui no banheiro buscar a toalha. Foda é que Paulo Victor era tímido demais. Difícil imaginar como um cara tão introvertido e caladão conseguiu comer a fulaninha... Enfim, tirei a camisa e fiquei só de short na sala, me secando com calma, enquanto ele, visivelmente desconfortável, não quis nem tirar a blusa molhada. Era como se o marmanjo tivesse receio de estar ali comigo e isso fez surgir uma tensão no ambiente. Virou um daqueles momentos onde a falta de palavras fala mais alto que qualquer conversa.
- Qual foi, Paulo Victor, tu tá com vergonha de mim?
- V-Vergonha? Claro que não, eu só... Eu só... – ele me olhou de baixo a cima, não respondeu e preferiu encarar a TV.
- Então toma. – joguei a toalha no peito dele e o maluco levou quase um minuto pra se sentir à vontade.
Demorou, mas ele finalmente tirou os olhos da reprise de A Falecida que tava rolando na tevê, em seguida abriu os botões da blusa social, revelou o peitoral malhado e eu salivei quando vi os pelinhos enrolados ali no meio. Pra completar, o filho da puta removeu os sapatos do escritório, tirou as meias com talco e mostrou os pezões 44 que me deixaram gamadão. Bastou bater os olhos e já comecei a imaginar aquelas solas apoiadas nos meus ombros durante um franguinho assado clandestino com o atual macho da minha ex-esposa.
- Por que tu tá olhando pro meu pé, Serjão? – ele ficou curioso.
- Não, eu tô... Me perguntando se tu é tímido assim por culpa da fulana.
- Na cara não, meu amigo. Na cara dói.
- Foi mal. É ela, né?
- É complicado, irmão.
- E eu não sei? Foram três anos, meu parceiro. Três longos anos.
- E como tu conseguiu? Tem dias que eu nem quero voltar pra casa, sem sacanagem. – admitiu. – Nem chave eu tenho.
Foi nessa noite de chuva no Rio de Janeiro que Paulo Victor confessou os apertos e pressões que tava vivenciando na relação com a dona fulaninha. Sentado no meu sofá, com um copo de cerveja na mão e o rosto marcado pelo cansaço, ele começou a falar e eu entendi que nada mudou, minha ex continuava narcisista, hiper controladora e desconfiada de tudo. O bonitão, que só vivia pro trabalho e pra agradá-la, parecia um fantasma de si mesmo, abatido e até meio sem brilho no olhar. Era uma relação tóxica e possessiva por parte da fulana e Paulão não sabia como dar um basta, por isso passou quase 2h bebendo, petiscando e desabafando suas inseguranças comigo, enquanto a chuva caía.
- Sabe que no início eu não ia com a tua cara, Sérgio? – contou.
- É, é? Tu me fez de corno e ainda não ia com a minha cara? Que cuzão. Heheheh! Hoje tamo aqui tomando uma gelada, tô ouvindo seus lamentos e servindo de ombro amigo, tá vendo como o mundo gira?
- Eu ia muito pelas coisas que ela falava de tu. Mas hoje sei que tu é gente boa, sangue bom. – ele bateu no meu ombro nu, eu encarei nosso contato físico e rolou aquele silêncio carregado de tensão sexual latente, graças ao toque.
- Tu precisa relaxar, Paulão. Tem que dar uma relaxada. – também apertei o ombro dele e a gente se olhou.
Meu pau ameaçou engrossar na mesma hora, senti fagulhas percorrerem do corpo do Paulo pro meu e acho ele também se deu conta da tensão no ar, porque tirou a mão de mim quase no mesmo instante. Porém eu já estava envolvido até o pescoço no nosso papo descontraído sobre relaxar, dei a volta no sofá e pressionei o trapézio dele, foi quando o macho inevitavelmente soltou um gemido curto, grave, que encheu meus ouvidos de prazer.
- Ssssss... Porra, Serjão...
- Só relaxa, maluco.
- Eu... Preciso... Caralho... Ffffff! – chegou a morder o beiço pra tentar conter a sensação de relaxamento, mas não deu pra segurar, ele teve que gemer na minha mão.
Apertei a musculatura dos ombros com firmeza, movendo as mãos de forma ritmada até sentir os nós soltarem sob meus dedos. PV começou a suar e aquele brilho úmido em sua pele parecia carregar o peso de tudo que tava guardado no peito. Teve uma hora que ele me olhou sem dizer nada, eu peguei a toalha e enxuguei sua testa, o rosto e também o peitoral massudo, tudo isso enquanto a gente se olhava em silêncio. E que silêncio mais perigoso da porra! Senti como se qualquer coisa pudesse acontecer durante os segundos escorregadios ali no sofá. Mas aí o celular dele tocou, quebrou o momento e cada um voltou pro seu mundinho.
- Tenho que ir, amigão. Valeu por hoje. Qualquer dia eu volto aí pra gente terminar a conversa. – avisou.
- Tranquilo, tu tem meu número. Quando quiser... Se quiser... – sugeri.
- Sei onde te encontrar. – ele apertou minha cintura antes de sair e foi embora sem pressa, trocando olhares comigo.
Acho que nem preciso dizer que passei uns bons dias com a cabeça presa naquele silêncio que nos engoliu na sala, né? Nunca tinha experimentado algo parecido com outro homem, e olha que foi apenas um momento inocente de toque, massagem e desabafos sinceros entre machos, eu e o amante da minha ex-mulher no sofá. E quando pensei que ficaria por isso mesmo, eis que Paulão voltou a me encontrar de novo, lá pelo fim daquela semana chuvosa em Madureira.
No sábado, eu voltei do mercado depois do almoço, aproveitei o solzinho temporário pra tomar um bom banho de chuveirão no quintal dos fundos, vesti minha sunga e fui me molhar enquanto a carne grelhava na churrasqueira. O isopor tava abarrotado de latão, a caixa de som mandando aquele pagodinho maneiro, e eu beliscando petisco sem pressa, com a certeza de que nada ia abalar minha paz. A campainha da vizinha tocou, dei uma espiada e me surpreendi quando vi Paulo Victor no portão ao lado, todo engomado, alinhadinho, com a camisa social impecável e o jeito sério que sempre contrastava com o clima barulhento da vila.
- Que isso, fera, sabadão desse e tu trabalhando? – saí pra falar com ele.
- Fala, Serjão. É. Vim direto do trabalho, mas a mulher não tá em casa.
- Sério? Pô, ela comentou que ia visitar a mãe... – lembrei.
- Comentou? Contigo? Quando? – ele desconfiou e ergueu a sobrancelha.
- Ah, sei lá. Não dou muito lero no que ela fala, tu sabe. Fofoca. – desconversei.
- Sei... Bom, vou esperar ela voltar. Fazer uma horinha à toa.
- Chega aí, irmão. Bora tomar uma, fica na rua não.
- Melhor não, cara. Se ela chegar de repente e me ver contigo... Tô perdido. – PV hesitou, nem pareceu o mesmo cara que se sentiu à vontade demais no meu sofá da outra vez.
- Para de frescura, porra! Tu faz tudo que a mulher manda? É tua mulher ou tua mãe? Bora, anda logo. – abri o portão e o observei dos pés à cabeça.
Um calor do caralho e o macho da fulana engravatado até o pescoço, carregando a maleta do trabalho debaixo do braço e vestindo calça e sapato sociais. A blusa ressaltando seu corpo grande, o cabelo penteadinho pro lado e ainda úmido de tanto gel, a barba alinhada no rosto, óculos que dava um certo ar de professor, fora aquele olhar pacato de sujeito que anda sempre na linha, o famoso certinho, o careta da galera.
- Licença, Serjão. – ele entrou.
- Toda. Tudo nosso, meu parceiro. Tu já é de casa, fica à vontade.
Fomos pro quintal dos fundos, mas o visual suburbano dos tijolos do muro contrastou com a roupa engomadinha do Paulão. Não deu outra: tratei de afrouxar a gravata dele, coloquei um latão de cerveja na mão do cidadão, brindei copo no copo e empurrei a bandeja do churrasco pra ele se servir.
- Vai uma carninha?
- Pô, tô cheio de fome.
- Já mandei tu relaxar, mermão. Tá em casa, porra, se acanha não. Tira essa blusa. Quer uma sunga emprestada pra ficar soltinho que nem eu?
- Não precisa, imagina. Mó trabalh-
- Trabalho nenhum, guenta aí.
Fui no quarto, peguei uma sunga no armário e voltei pro quintal decidido. Ele nem soube onde enfiar a cara quando percebeu que eu tava falando sério. Seria sacanagem ficar desfilando de sunga e me refrescando no chuveirão, enquanto o homem da fulana cozinhava no calorão, vestido como se fosse pra reunião do escritório. Fiz minha parte, banquei o colega prestativo e emprestei a peça sem hesitar, mandando PV se ajeitar.
- Na moral, Serjão... Sou meio tímido, tu sabe. – ele confessou e matou o primeiro latão.
- Tá com vergonha de homem? Sai fora, cuzão. Hehehe! – levei na esportiva.
- É foda... – aí abaixou a cabeça e foi pra segunda cerva. – Ela fala tanto do meu corpo, mano, que eu acabei ficando inseguro.
- Ela? Que porra é essa?! Tá doido? Não acredito! – não consegui segurar.
- Pois é. Fala que eu sou grande demais, que eu chamo atenção...
- Tu é grande sim, eu também sou. Só que tu é forte, mermão, deve malhar à beça. O que é que tem nisso? Que mulher maluca, papo reto!
- Porra, cara, tem que ver quando ela reclama de eu ser peludo. Tá que pariu, dá vontade de chorar.
- QUE ISSO, PAULÃO! VAI SE FODER, MALUCO! Tu tá na tua melhor forma, seu puto! Não deixa essa doida bagunçar tua mente, falando sério!
- É foda...
- Eu não sou que nem ela, tu tá ligado! Pode se sentir na tua casa aqui, comigo não tem frescura. – a bebida fez efeito, eu parei na frente dele, abri sua blusa social e fiquei cara a cara com o peitoral definido, cheio de pelos enrolados.
Primeiro ele pareceu meio envergonhado, mas a cerveja foi fazendo efeito, Paulo ficou mais soltinho e finalmente criou coragem pra remover a blusa na minha presença, igual fez da outra vez. A diferença é que agora eu não me controlei, já tava no brilho do álcool e passei a mão no peito dele pra sentir a textura dos pelos.
- Como ela teve coragem de dizer que isso é nojento, maluco?
- Tu... Não acha?
- Nunca! Ser homem é ter pelo, porra! Quem não gosta disso? – transformei a alisada num carinho por todo o peitoral do bonitão, ele fechou os olhos, abriu as pernas e se permitiu sentir.
O momento foi tão carregado de tensão que o Paulo Victor relaxou até demais e se encheu de sinceridade nos desabafos.
- Tu acredita que ela fala mal até da minha bunda?
- CAÔ!? – quase pulei da cadeira.
- Sem sacanagem. E olha que eu malho as coxas, Sérgio.
- Tô vendo, tu é coxudo. A calça fica justinha na perna, ó. – cheguei mais perto, apertei sua coxa esquerda pra sentir a tração, ele riu e me olhou.
- Tu repara nessas porras, é?
- Eu reparo em tudo, meu caro. Ainda mais quando o cara é galã assim que nem tu. – mandei na lata, não fiz rodeio.
Aí sim ele me encarou, fez semblante de dúvida, fechou os olhos novamente, mas não saiu do meu lado. Pronto, sinal verde. Minhas próximas palavras foram praticamente no pescoço do Paulão, com minha mão ainda sobre a coxa dele e subindo pro peitoral pentelhudo.
- Deixa eu adivinhar. Fulana falou mal da tua bunda só porque tu é peludo, acertei?
- Na mosca. Por isso que eu sou envergonhado. Não era assim, não.
- Tomar no cu! Ô, mulherzinha implicante do caralho!
- É, é... Complicado. – foi quando PV levantou, começou a tirar a roupa do escritório e se preparou pra vestir a sunga que eu emprestei.
Mas o marmanjo não pediu pra ir no banheiro se trocar, não. Ele lutou contra a timidez, ficou peladão na minha frente, virou de costas e eu babei quando vi sua musculatura traseira toda torneada. Os glúteos bem cabeludos, definidos, as coxas idem, além das costas malhadas e das panturrilhas massudas na hora que abaixou pra vestir a roupa de banho. Delícia de macho!
- Com todo respeito, amigão? – me preparei antes de falar.
- Qual foi, Serjão?
- Não sei qual é o caô da fulana contigo, mas porra... Bundão bonito, rapaz. De respeito, tá de parabéns.
- Para de graça, porra! HAHAHAHA! – ele pegou mais cerveja pra nós e sentou do meu lado.
- Falando sério! O papo aqui é reto, tu sabe que eu não fico de frescura. De coração mesmo, brother, que rabão pintoso! Gehehehe!
- Tu tá querendo botar minha bola no alto, né? Ou quer me deixar sem graça? Hahahaha!
- Duvido! Nunca! É o contrário. Quero que tu saiba que não tem com o que se preocupar. Teu corpo é bonito e tu tem cara de galã, Paulão, mesmo sendo nerd. Hehehehe! Não é à toa que passou o rodo na fulaninha.
- UAHAUA! Mais um pouquinho e eu acredito nesse teu papo, Sérgio.
- Mais um pouquinho e eu vou pedir pra ver tua bunda de perto.
Silêncio geral no quintal dos fundos. No brilho da cerveja, eis que Paulo Victor de repente virou de ladinho, abaixou um pouco o elástico da sunga e deu palinha do rabão duro e pentelhudo. Que espetáculo de macho! Eu sabia que era excelente chupador de buceta e já tinha me aventurado em mamar cuzinho de mulher antes, mas essa foi a primeira vez que senti fome ao me deparar com o rabo de um macho. Confirmei minha bissexualidade, perdi o freio.
- PORRA! Assim tu me quebra, irmão... Aí é foda!
- Qual foi, pô, tá de frescura? Heheheh! Só tô mostrando. A gente é amigo, não é?
- Podes crer, amigo. Amigão, meu amigaço! – fui perdendo controle, meu pau ameaçou virar monstro na sunga e tive que me policiar pra não encaralhar e acabar assustando o danado. – Como é que ela foi entrar nessa neura de bunda contigo? Ainda não peguei a visão.
Ele bebeu e deu com a língua nos dentes, abriu o jogo.
- Fui brincar com ela, pedi pra ela dar um beijo.
- Na tua bunda, Paulão!? – eu me assustei.
- É-É, ué! O que é que tem?! – ele automaticamente se defendeu.
- Não tem nada, pô, mas tipo... Tu gosta? – a curiosidade aguçou e eu não tirei a mão do meu caralho na sunga.
- Se liga, Serjão. Uma vez, uma ex-namorada mordeu minha bunda e eu fiquei cheio de tesão, sabe como? Não sei explicar, foi bom demais.
- Então tu gosta dessa parada de rabo, é? – meu olho ficou grande naquele cu, eu falava e não conseguia tirar os olhos do molejo do Paulo Victor.
- G-Gosto. Por que tu tá me olhando assim, doidão?
- Alguma vez já deram um beijo grego no teu furico? – passei a mão no contorno empinado do rabetão e ele deixou, apesar de muito tímido.
- S-Se beijaram no meu cu? N-Não, claro que não! Tá maluco?
- Maluco por que? Tu não deixaria?
Ele ficou vermelho de vergonha e virou mais goles da cerveja.
- Só tem eu e tu aqui. Pode me cont-
- Deve dar um tesão do caralho, uma chupada no cuzinho. – a cara pegou fogo quando o safado terminou de falar, e o melhor de tudo é que a vara dele armou barraca na sunga.
Era tudo que eu precisava. Apertei a mão no lombo malhado do amante da minha ex-esposa e ele não resistiu a mim, apenas mordeu a boca e fez aquele semblante de putão submisso.
- Te contei como meu casamento acabou, irmão?
- Já perguntei pra mulher em casa, mas ela nunca contou. O que aconteceu?
- Dona fulaninha terminou comigo depois que descobriu que eu faço o cunete mais gostoso da cidade, tá ligado?
O ar ficou pesado demais no quintal dos fundos, mas um pesado bom, carregado de tensão sexual e encharcado na mais perigosa das adrenalinas. Primeiro que eu nunca me imaginei dando em cima de outro cara, segundo que se tratava do atual da minha ex, terceiro que a fulana podia ligar no celular dele a qualquer momento e, por fim, bateu também aquela sensação de vingança, talvez por ele ser o pilantra que ajudou a botar chifres na minha testa. Minha cabeça ferveu, tanto a de cima quanto a de baixo.
- Impressão minha ou tu tá piscando? – alisei o cuzinho por cima da sunga e PV tremeu das pernas na minha mão.
- Vai dar merda, Serjão. Mmmm! Se ela desconfiar que eu tô aqu-
- Ninguém precisa saber. Eu sei que tu tá curioso pra descobrir o que eu faço com a língua. Uma coisa que a fulana nunca reclamou de mim é como sei chupar bem uma buceta, Paulão, agora imagina um cu.
- Sérgio... Ffffff...
- Prometo que tu vai se amarrar se me deixar trabalhar. – outra alisada e o galalau só faltou derreter no meu dedo médio.
- Acabei de voltar do trabalho, seu puto. Olha o que tu tá fazendo comigo. Sssss! – os bicos do peito endureceram, o nerdola ficou na ponta dos pés e a pele arrepiou de prazer com o meu toque.
- Ih, tem frescura não. Vou igual urso no pote de mel, tu tá por fora. Se deixar, me lambuzo. Sei que tu tá piscando, tô sentindo no meu dedo. – minha piroca entulhou na sunga, eu arriei a roupa de banho do Paulo Victor e fiquei frente a frente com o lombo torneado do filho da mãe.
Acanhado, ele olhou pra trás, deu um sorriso safado e se apoiou na mureta da varandinha dos fundos pra empinar o traseiro na minha cara. Não respondi por mim. Abri as nádegas, arfei aquele cheiro suculento e quente de cu de macho trabalhador, babei igual bichão esfomeado e dei apenas uma bafada calorosa no anel pra ver a reação.
- FFFFF! – ele danou a piscar o brioco, abrindo e fechando devagar em resposta ao ar quente que respirei. – AAARSSS! Ela vai descobrir, Serjão, tô sentindo!
- Não, tu tá sentindo é outra coisa. Larga de ser medroso, homem. Confia. Vai derreter na minha língua.
- Mas e se-
Caí de linguão inteiro naquele buraquinho peludo, enchi o bocão mesmo e fui sem medo de ser feliz, pique selvagem no cunetão potente. O gosto salgado do suor do PV combinou com a textura salina dos pelos ao redor do cu, minha língua foi além das pregas por conta das pulsadas nervosas que ele deu, eu quase o penetrei com a boca e sua única reação possível foi rebolar e se contorcer na minha cara, o safadão não se aguentou.
- OOORFFF! TOMAR NO CU, SÉRGIO! FALEI PRA TU SEGURAR A ONDA, CARA! HMMMM!
Deu pra sentir o abrir e o fechar da rodela anal pulsando em torno da minha língua, de tão lá dentro que eu alcancei. Segurei as nádegas dele com força, grudei a face entre elas, linguei profundo e foi como se o cheiro e o gosto me alimentassem de verdade, porque senti um tesão desenfreado e botei pra foder naquele beijo grego suado.
- CARALHO, SERJÃO, TU É MUITO FILHO DA PUTA MESMO! AAARGH, SSSS! SEU VAGABUNDO! CRETINO! BEM QUE VANESSA TEM RAZÃO, TU NÃO VALE NADA! – o ordinário se deixou imprensar contra a mureta, abriu as pernas e me deixou ir cada vez mais fundo no cunete.
O fato de ele estar em negação, mas seu corpo ceder ao meu comando, me deixou tinindo de prazer. Quem imaginou que um dia eu estaria mamando no cuzinho virgem do macho da ex-esposa? O mundo gira mesmo.
- ESSA LÍNGUA TÁ DANDO A VOLTA DENTRO DE MIM, GRRRR!
- Quer que pare, então? – parei de propósito.
- CLARO QUE NÃO, DESGRACENTO! AGORA CONTINUA, TÁ GOSTOSO! – ele puxou minha cabeça e me enterrou de volta entre as nádegas cabeludas.
- Ah, tá gostoso? Hehehehe! Sem vergonha, tu gosta muito. – voltei a mamar no cuzinho e ele se assanhou todo pra cima de mim, não teve fulana certa que o fizesse pensar duas vezes.
Meu caralho entrou em ponto de bala na sunga, eu já tava melecado de babão só por causa desses cinco minutinhos de chupada no cu do Paulão e ele babando, arrepiado e torto de tesão no rabo. Botei meu brinquedo pra fora pelo elástico da perna, comecei a bater um punhetão necessitado, mas nem assim tirei a cara de dentro do lombo daquele macho metido a certinho.
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