Minha mente era um caos. As cenas do que eu tinha feito com Joana ainda estavam frescas, mas o que estava acontecendo na minha frente parecia algo que eu jamais teria imaginado. Era como se, de repente, todo o equilíbrio da minha vida tivesse desmoronado.
"Será que isso é um reflexo do meu próprio erro?", pensei. Minha traição com Joana era uma justificativa? Ou era apenas mais um sinal de que tudo ao meu redor estava ruindo?
Eu continuava escondido atrás da porta, tentando processar tudo. O tom de voz de Amanda mudou. Ela ria com uma safadeza que eu nunca tinha ouvido antes, brincando com os dois como se estivesse no controle total da situação. Quando Alan pediu para "perder a virgindade", ela riu novamente, mas o tom era quase carinhoso, como se ela estivesse cuidando de algo inocente.
— Está bem, só um pouquinho, ok? — disse ela, colocando o dedo nos lábios e olhando para os dois com um olhar provocador.
Meu coração disparou quando vi Amanda montar em Alan, ajustando o corpo com uma naturalidade que me deixou boquiaberto. Ela começou descendo em sua rola devagar, perguntando:
— E aí, o que está sentindo?
— Eu... eu estou no céu! — Alan respondeu, sua voz embargada de prazer.
Ela deu algumas estocadas rápidas antes de se levantar e ir até Alex. Ele parecia ainda mais ansioso, quase tremendo de excitação. Amanda repetiu o gesto, acomodando-se nele enquanto o provocava com palavras baixas que eu não conseguia ouvir direito.
Quando finalmente terminou, ela olhou para os dois, que imploravam por mais. Com um sorriso, Amanda disse:
— Vocês já tiveram mais do que eu deveria ter permitido. Agora, fiquem quietos.
No entanto, talvez por pena ou porque estava entretida com a situação, Amanda pegou o membro de cada um com uma mão e começou a masturbá-los ao mesmo tempo. Eu vi os dois se contorcerem no sofá, seus rostos expressando um prazer que me encheu de nojo e de raiva.
Quando finalmente chegaram ao clímax, Amanda calmamente pegou um pano e começou a limpá-los, ainda nua. Era uma visão que eu sabia que nunca sairia da minha cabeça.
Mas naquele momento, algo dentro de mim quebrou. Minha raiva explodiu como um vulcão, e eu soube que não podia mais me conter.
Eu abri a porta com um movimento firme e entrei na sala, meu rosto uma mistura de ódio e decepção.
— O que diabos está acontecendo aqui?! — minha voz ecoou pela sala, cortando o silêncio e congelando todos no lugar.
Amanda virou-se para mim, completamente pálida, enquanto os gêmeos pareciam prestes a desmaiar. A vergonha e o pânico nos rostos deles eram evidentes.
Aquela era a hora da verdade.
sem dizer nada saí dali completamente desnorteado, dirigindo sem direção, com um peso esmagador no peito. Cada quilômetro parecia me afastar da realidade, mas, ao mesmo tempo, não conseguia escapar do que acabara de presenciar. As imagens de Amanda e os gêmeos se repetiam na minha mente como um filme cruel, e eu não conseguia apagar o som das desculpas vazias dela. Meu coração estava dilacerado, a mistura de raiva, tristeza e decepção parecia me consumir.
Enquanto dirigia, meu celular tocou. Era Joana. Sua voz, embora hesitante, transparecia que sabia de algo.
— Eles me contaram tudo... — disse ela, a voz embargada.
Eu respirei fundo, tentando controlar a explosão que ainda fervia dentro de mim.
— Encontre-me no parque, Joana. Agora. Não diga nada, só venha — falei, seco, desligando em seguida.
Cheguei ao parque minutos depois, estacionando em uma área mais isolada, onde as árvores lançavam sombras pesadas no chão. O lugar parecia refletir meu estado interno: sombrio, pesado, carregado. Joana chegou logo depois, com os olhos inquietos, mas silenciosa. Assim que nos encaramos, não precisei dizer nada. Ela sabia.
— Você está destruído — ela murmurou, segurando minha mão, e só isso foi suficiente para que meu autocontrole começasse a desmoronar.
— Eu não sei o que fazer — confessei, minha voz quebrada. — Eu dei tudo por Amanda, cada pedaço do meu coração, cada parte da minha vida. E ela... ela escolheu isso.
Joana apertou minha mão com firmeza.
— Eu entendo o que você está sentindo. Talvez mais do que você imagina. Mas agora não é hora de se perder. Você precisa ser forte. Por você. Por tudo o que construiu.
Eu olhei para ela, buscando forças que pareciam ter me abandonado.
— Joana, não sei se consigo. Tudo o que eu fiz, tudo o que eu suportei... parece que nada disso importa mais.
Ela se aproximou e colocou a mão em meu rosto, me forçando a encará-la.
— Você consegue, sim. E eu vou estar ao seu lado, não importa o que decida. Mas você precisa agir, não pode se deixar consumir por isso.
Após sair do parque, meu coração ainda era um campo de batalha. A conversa com Joana havia clareado minha mente o suficiente para tomar uma decisão: eu não podia mais adiar o inevitável. Dirigi direto para casa, com o peso da traição e das imagens que não paravam de se repetir na minha cabeça. Amanda estava sentada no sofá, como se nada tivesse acontecido, folheando uma revista e bebendo um chá.
Entrei na sala sem dizer uma palavra, fui direto até o computador e conectei o pen drive com todas as filmagens. Aproximei-me da TV e, com um clique, reproduzi os vídeos diante dela. O silêncio na sala foi rompido pelo som inconfundível da voz de Amanda nos vídeos, rindo, provocando e traindo sem remorso.
a xícara tremendo em suas mãos. Quando as imagens mostraram as cenas mais explícitas, ela deixou o chá cair no chão, mas ainda não conseguia desviar os olhos da tela.
— Sérgio... eu... eu posso explicar — começou ela, com a voz trêmula, já buscando lágrimas para manipular a situação.
Eu ri, mas não foi uma risada de humor, e sim de pura incredulidade.
— Explicar, Amanda? Você acha que alguma coisa vai justificar isso? Todas as noites em que você me olhou nos olhos, fingiu ser minha esposa fiel, enquanto fazia isso com... com eles?!
Ela caiu de joelhos, segurando minhas mãos, com lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Sérgio, eu errei, eu sei... Eu não sei o que aconteceu comigo... Por favor, me dá uma chance. A gente pode consertar isso. Eu te amo, Sérgio! — implorava ela, como se suas palavras pudessem apagar tudo o que eu havia visto.
Afastei-me dela, respirando fundo. Minha decisão já estava tomada.
— Não, Amanda. Acabou. Você destruiu tudo. Eu dei tudo para você, cada pedaço do meu coração, e você jogou fora. Não tem conserto. Amanhã mesmo eu vou entrar com o pedido de divórcio.
Ela tentou se levantar, mas suas pernas falharam. Chorando, insistiu mais uma vez, mas não havia nada que ela pudesse dizer ou fazer para mudar o que eu sentia. Subi para o quarto, peguei um travesseiro e um cobertor e voltei para dormir no sofá.
Na manhã seguinte, cumpri minha palavra. Como advogado e iniciei o processo de divórcio. Com todas as provas da traição, garanti que Amanda não tivesse direito a nada. A legislação brasileira permite que, em casos com evidências claras de infidelidade, o cônjuge traidor perca a parte que lhe caberia nos bens do casal como indenização. Assim, Amanda ficou sem a casa, sem o carro e sem qualquer suporte financeiro que ela pudesse reivindicar judicialmente.
Apesar disso, não consegui ser completamente cruel. Por mais que Amanda tivesse me destruído, não consegui deixá-la sem um teto sobre a cabeça. Aluguei uma casa simples para ela e me comprometi a enviar um valor modesto mensalmente, suficiente para que ela pudesse sobreviver até ela se estabilizar. Era o máximo de piedade que eu conseguia demonstrar naquele momento, mesmo sabendo que ela não merecia.
Enquanto ela chorava e implorava pela última vez, apenas olhei nos olhos dela e disse:
— Isso é mais do que você merece, Amanda. Boa sorte.
Saí da casa, sabendo que aquela era a última vez que dividiríamos o mesmo teto. O capítulo com Amanda estava encerrado, mas havia outra batalha que eu precisava enfrentar.
Depois de encerrar definitivamente meu relacionamento com Amanda, senti que era hora de lidar com outra parte desse pesadelo: Alan e Alex. Eu sabia que eles não poderiam sair ilesos dessa situação, mas também sabia que precisaria ser inteligente. Conversei com Bruno, meu primo, que já havia demonstrado ser eficaz em situações "delicadas", e pedi que ele armasse algo mais definitivo dessa vez.
Bruno sorriu ao telefone, quase se divertindo com a ideia.
— Pode deixar, Sérgio. Esses dois moleques não vão saber o que os atingiu. Vou cuidar disso pessoalmente.
Alguns dias depois, Bruno colocou o plano em prática. Ele e seus "amigos" esperaram o momento certo para agir. Alan e Alex foram atraídos para uma situação que parecia um negócio vantajoso, mas era uma armadilha cuidadosamente planejada. Enquanto isso, eu mantinha minha postura de "bom vizinho", fingindo me importar e até mesmo oferecendo ajuda a Joana quando os meninos começaram a ter problemas.
Bruno plantou muitas drogas nos pertences deles e fez uma ligação anônima para a polícia. A operação foi rápida e eficiente. Alan e Alex foram presos em flagrante, sem chances de se defenderem. Durante o julgamento, o histórico de comportamentos problemáticos recente dos dois pesou contra eles, e a sentença foi dura: 17 anos de prisão.
Quando a notícia chegou a Joana, ela desabou. Fui até sua casa no mesmo instante, encontrando-a aos prantos, segurando as fotos dos filhos ainda pequenos, como se quisesse se lembrar de um tempo em que tudo parecia mais simples e puro.
— Sérgio, eles são tudo o que eu tenho... Não sei o que vou fazer sem eles — ela disse, entre soluços.
Segurei suas mãos com firmeza, tentando transmitir alguma segurança.
— Joana, eu sei que isso é difícil, mas você não está sozinha. Eu estarei aqui, com você, para te ajudar a passar por isso. Vamos enfrentar isso juntos.
Ela olhou para mim, ainda com os olhos cheios de lágrimas, mas encontrou ali a força que parecia ter perdido.
— Obrigada, Sérgio. Eu não sei o que faria sem você.
Nos dias seguintes, me dediquei a ser um suporte para Joana. Passei a acompanhá-la nas visitas aos filhos na prisão, oferecendo consolo enquanto ela tentava entender como tudo tinha chegado a esse ponto. Ao mesmo tempo, nossa relação foi se fortalecendo. O bebê que ela carregava se tornou um símbolo de esperança em meio ao caos, e eu decidi ser o pai presente e comprometido que aquela criança merecia, eramos vizinhos mas a maioria das noites eu dormia na casa dela.
O caminho para reconstruir nossas vidas seria longo, mas eu sabia que, ao lado de Joana, tinha uma chance real de recomeçar. Mesmo com as cicatrizes do passado, havia um futuro pela frente – e dessa vez, eu faria tudo diferente.
FIM...