13 - A HISTÓRIA DE PÂMELA E O CIÚME DE CAHYA

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Heterossexual
Contém 9828 palavras
Data: 04/12/2024 18:15:32

Capítulo 13

Diante de um grupo atento às suas palavras, Pâmela contou sua história sem ser interrompida:

– A história que eu já contei para o Ernesto, em grande parte é verdade. Meu pai era um importante chefe da máfia no Canadá e mantinha um relacionamento comercial e até mesmo social com os principais chefes dos Estados Unidos e da América. Isso porque ele tinha aliados entre os mafiosos europeus que exigiam isso dele.

“Com isso, eu conheci o Ernesto quando era uma adolescente e ele estava subindo na organização ao qual pertencia e por pouco a gente não transou naquela época. Eu o seduzi, fomos para um local afastado em meio a um pomar, mas na hora do melhor ouvimos vozes e fugimos dali. Depois disso só fui vê-lo quando fui morar na mesma ilha que ele.”

“A verdade do que eu contei acaba aí. Aquilo que contei sobre ter sido casada com um canadense rico e ficar viúva não são verdade. Casei sim, mas com o filho de uma família mafiosa de Nova York. Não era uma família tão importante e naquela época já estava sendo engolida por outras mais poderosas e, como sempre acontece nesses casos, a polícia e o FBI foi para cima deles e os que não morreram nas guerras contra as outras famílias foram presos. Entre eles, o meu marido.”

“O que eu não sabia é que os advogados dos criminosos estavam usando o meu nome. Sem que eu soubesse de nada, logo estava sendo acusada de crimes financeiros onde o menos grave era lavagem de dinheiro. Como não poderia ser diferente, eu fui presa.”

“Se eu fosse uma pessoa que estivesse realmente envolvida nas atividades criminosas do meu marido, teria notado que a minha prisão aconteceu em completo sigilo. Os jornais e as televisões da época não noticiaram nada. Nenhuma frase onde meu nome era citado foi veiculada.”

“Os interrogatórios aos quais fui submetida sempre terminavam com promessas de que eu teria uma pena mínima se aceitasse devolver o dinheiro que estava em contas com o meu nome no exterior. Eu só não tinha conhecimento dessas contas, como também não tinha como acessá-las, pois era necessária senha e eu não conhecia nenhuma. Mas quanto a isso eu fui informada que não deveria me preocupar, pois eles dariam um jeito.”

“Outra coisa que eu deixei de observar foi que, se eles podiam dar um jeito nisso, seria simples para eles acessarem essas contas e transferir os fundos para a conta do governo. Mas eu estava com tanto medo de ir parar em uma penitenciária que nem percebi esse detalhe.”

“Logo eu recebi uma senha, acessei as contas e fiz todas as transferências que eles pediram, zerando todas elas. Então fui informada que deveria comparecer no tribunal para um pré-julgamento. Eu teria que me declarar culpada ou inocente. Se fosse culpada, o juiz proclamaria a sentença, mas se eu me declarasse inocente iria a julgamento. Foi quando eu recebi uma ameaça que me deixou aterrorizada. Se eu fosse a julgamento, dificilmente escaparia de ir parar na prisão. Junto com a ameaça, fui informada de que, declarando-me inocente, receberia uma pena inferior a dois anos que seria acompanhada de um sursis por ter colaborado com o FBI no caso da apropriação do dinheiro da quadrilha.”

“Pela primeira vez eu desconfiei que por trás dessa notícia tivesse alguma coisa maior. E estava certa. No dia seguinte eu recebi a visita de um diretor do FBI que acrescentou na ameaça do dia anterior de que, para conseguir ficar livre, eu teria que continuar a colaborar com o FBI. Eles ainda acreditavam que eu participava das atividades da gang do meu marido. Eu sabia que pouco tinha para contribuir e, achando que isso poderia servir como vingança. Eu sairia livre e quando eles descobrissem que eu não teria utilidade nenhuma para eles não poderiam voltar atrás.”

“Não foi bem isso que aconteceu. Depois de poucas reuniões para que eu lhes desse informações, eles pararam de me procurar para isso e me mandaram para Quântico, onde fica a academia deles. Lá eu fui treinada em tudo. De usar uma arma de fogo, lutas corpo a corpo, auto defesa, falsificação e a principal atividade foi treinar a arte de sedução, o que não precisou de muito esforço da parte deles, pois nunca fui santa e meu marido ganhou alguns chifres. Só não levou mais porque, de uma forma ou outra, eu era vigiada. Não por parte dele, mas seu pai nunca confiou em mim e eu era constantemente vigiada, o que não me impediu de que eu agisse como free lancer e tivesse ido parar em várias camas de machos deliciosos que eu não conseguia resistir quando os via.”

“Fui assimilando aquelas lições e de repente percebi que estava gostando daquilo. Foi assim que um engano por parte dos dirigentes do FBI provocou uma mudança radical em mim, pois de dondoca e protegida da máfia, eu me tornaria uma agente federal ativa.”

“Lógico que eu tinha que ser encaminhada para a divisão do FBI que atuava no combate do crime organizado. Isso me deu alguma experiência e, diante do entusiasmo com que eu me atirava àquela missão, acabei entrando na alça dos chefões e acabei sendo designada para aquela que foi a minha última missão. Eu tinha agora ao meu cargo a obrigação de localizar e prender o homem que colocou todo o sistema judicial dos Estados Unidos no ridículo ao conseguir fugir deles com a maior facilidade. O nome dele é Ernesto Pedraforte.”

“Localizar Ernesto foi a parte mais fácil da minha missão. Eu sabia que ele não ia aparecer em público tão facilmente, então me concentrei em seus filhos. Na minha cabeça, seguir Milena seria mais fácil, porém, ela jamais apareceu em público, pelo menos não que chegasse ao meu conhecimento. O que fez com que eu abandonasse a ideia de perseguir Milena foi uma informação que recebi da Scotland Yard que colaborava com o FBI de que Ernesto Pedraforte Júnior tinha sido visto no grande prêmio da Inglaterra daquele ano. Isso foi há três anos.”

“Era muito pouco. Isso indicava que eu tinha dois caminhos a seguir. Vasculhar Londres ou ficar de olho nas provas de automobilismo. Optei para a segunda resolvi começar com a Fórmula 1. Foi a decisão certa e logo encontrei e identifiquei o meu alvo. Cheguei a ficar a menos de três metros dele no Grande Prêmio da Alemanha em Hockenheim.”

“Seguir o imaturo e descuidado Junior não foi difícil e logo sabíamos, com toda a certeza, onde estava o Ernesto. O problema agora era que a ilha que ele habitava fazia parte de um país que não tem tratado de expedição com os Estados Unidos. Mas o FBI estava determinado a prender o homem para se vingar do vexame que deram quando da fuga dele.”

“Foi criado um plano ousado. Eu deveria me aproximar de Ernesto, ganhar sua confiança e determinar a melhor forma de sequestrá-lo, levar para um país que tivesse o tratado e depois deixar por conta da justiça fazer com que ele fosse enviado para os Estados Unidos. O que ninguém me contou foi que, quando da primeira prisão dele, tinham usado esse mesmo método.”

Comecei minha missão cumprindo a ordem de não me aproximar de Ernesto. "Eu devia gastar um tempo vivendo normalmente na ilha e dar sustentação à história de que eu era uma viúva rica que, cansado dos grandes centros, fui viver em uma ilha pacata.”

“O plano deu certo. Tão certo que foi o Ernesto que se aproximou de mim, em vez de ser eu a provocar uma aproximação. Foi tão casual e ainda por cima não foi nada difícil seduzir a ele que, no primeiro dia, ele já estava em minha cama e transamos como loucos.”

“O elemento inesperado se manifestou, pois já naquela primeira vez senti que o Ernesto era um homem diferente. A forma como ele me possuiu, sabendo dosar na medida certa a pegada e o carinho me emocionou. Tanto é que, ao ver que eu estava sendo constantemente seguida, o que já era esperado, não me aborreceu e fiquei esperando ele voltar. Foi assim que, quando eu disse sim ao pedido que ele fez para eu me casar com ele, eu aceitei e já não pensava mais na missão e tudo o que eu queria era viver o resto de minha vida ao lado dele.”

“Mas, mesmo respondendo sim, eu fiquei apreensiva sobre um detalhe. Eu explico. A atividade que mais me agradava quando era uma agente do FBI era quando eu era enviada para seduzir alguém. Eu me sentia poderosa e ficava muito excitada. Tão excitada que não precisava fingir quando levava minha vítima para a cama. Eu realmente queria ser fodida e corresponder ao prazer recebido dando o mesmo em troca. Descobri esse meu lado de que o sexo, independente com quem seja, é maravilhoso. Mas isso deixou de ser uma preocupação, pois mesmo correndo o risco de que o pedido de casamento fosse retirado, contei a ele desse meu lado. A princípio ele não gostou muito, mas eu sempre o provocava quando a gente transava e consegui fazer com que ele começasse a apreciar a ideia. Foi por isso que, quando dos meus votos, pedi para que fosse suprimido o termo “fiel até que a morte nos separe.”

"Fizemos um teste com um homem de confiança de Ernesto que, ao me ver ser fodida por outro que não ele, gozou como nunca e, a partir daí, fomos criando algumas variações para saber até onde o nosso lado liberal suportaria. Hoje eu sou uma mulher feliz, livre, realizada sexualmente. Quer dizer, realizada até o meio dia, pois depois disso eu já fico querendo mais.”

“A única coisa que eu não entendo é o fato de que o Ernesto já deu a entender que ele já sabia disso e não fez nada para neutralizar a ameaça que eu represento, quer dizer, representava para ele.”

Até esse ponto a narrativa de Pâmela era assimilada por todos que, em silêncio, olhavam para ela fixamente. Alguns admirados com a coragem dela e também pela revelação de que ela era uma Agente Federal do Governo dos Estados Unidos. Porém, Milena que era a pessoa que ela temia ter a pior reação diante de sua confissão, olhava para elas com os olhos arregalados em pura admiração. Talvez, o fato daquela mulher representar uma ameaça ao seu pai, coisa que ela tentara fazer a vida toda, era um ponto positivo. Mas foi o Ernesto que a interrompeu explicando:

– Não que eu não tenha pensado nisso quando descobri que você era uma ameaça e, se você quer saber, sua vida esteve por um pedido de casamento. A sorte foi que você aceitou o meu pedido.

– Eu fico curiosa em saber quando foi que você descobriu. – Perguntou a Pâmela.

– Depois que, na primeira vez que ficamos a sós, você me seduziu e nós transamos, mandei fazer uma investigação. Você não faz ideia do que o dinheiro é capaz. Não tem segredo que a gente não consiga desvendar. Para isso, basta saber que o segredo existe e fiquei curioso a seu respeito e mandei investigar.

– Mesmo assim. A minha cobertura era perfeita.

– Não tão perfeita assim. Prova disso é que eu descobri o que precisava saber.

– E depois? Por que você não fez nada?

– Mas eu fiz. Pedi você em casamento. Era isso ou me livrar da ameaça que você representava para sempre.

– E depois do casamento. Você não ficou com medo que eu te entregasse para a justiça?

– Lógico que fiquei. Tanto fiquei que a vigilância sobre você ficou mais severa ainda. Tão severa que todo aquele teatro que você aprontou para cima do FBI, dando pistas falsas, fazendo com que eles fossem até a China ou outro lugar qualquer do Planeta Terra quando o Júnior viajava me convenceu que você tinha feito a opção pelo casamento e não pelo outro dever. Então fiquei mais tranquilo.

– Seu bandido. Quer dizer que até isso você sabe? Eu te amo, sabia?

Ao dizer isso a Pâmela correu para onde estava o Ernesto e lhe deu um beijo apaixonado na boca. Ela usava apenas uma calcinha de nylon e o contato de seu corpo com o do marido fez com seus seios ficassem duros. Depois do beijo, ela falou ao ouvido dele, mas não tão baixo para que quem estivesse perto ouvisse:

– Hoje eu não quero aventuras. Hoje eu quero o meu marinho. Hoje vai ser o dia de fazer amor, e não sexo.

E voltaram a se beijar diante de uma expressão de desânimo de Milena ao entender que aquela revelação e o seu sinal feliz não lhe daria chance de seduzir seu pai. A garota tinha colocado na cabeça que ia fazer o Ernesto se render a ela.

Sob uma salva de palmas dos outros que escutaram atentamente sua história, Pâmela fez uma referência. Mas logo alguém se lembrou de algo e gritou:

– E o nome? Como é que você quer ser chamada?

– É verdade. Tem esse lance do nome. Bom, já que mudar o nome não é novidade para mim, pois em cada missão eu usava um nome diferente, vou revelar meu nome verdadeiro. Eu me chamo Camila. – Pâmela ficou olhando e ficou até decepcionada ao perceber que sua confissão não tinha deixado ninguém impressionado. Então ela declarou: – Mas eu quero continuar a ser a Pâmela. Eu prefiro Pam, mas podem usar o que quiserem. Eu não posso aceitar outro nome que não aquele que usava quando encontrei o verdadeiro amor da minha vida.

Naquela noite, como se estivesse dando um presente de casamento para seu pai e sua madrasta, Milena se manteve afastada dele. Mas se afastou também dos demais e ninguém a viu durante a noite, pois ela procurou um local isolado e que se sentisse segura, estendeu o casaco que vestira durante o naufrágio e dormiu a noite toda. Se ela sonhou, não se lembrava mais disso.

Enquanto isso, Pam e Ernesto tiveram uma noite que ela depois disse ter sido a sua verdadeira lua de mel. Tranquilo e calmo, Ernesto lhe presenteou com vários orgasmos e foi recompensado da mesma forma.

Logo depois da reunião que culminou com a escolha do primeiro mês do ano que o Ernesto sugeriu e acabou sendo aprovado por todos, os sobreviventes começaram a se preparar para dormir. Foi nessa hora que Henrique e Nestor descobriram que as coisas não estavam boas para o lado deles. E foi Diana, que não costumava aparecer com ideias novas, embora participasse ativamente com suas opiniões nas dos outros, chamou as mulheres para uma reunião só entre elas e na companhia delas foi para um local onde podiam falar sem serem ouvidas.

Para Ernesto e Nestor aquilo pareceu promissor, pois Diana, embora não programasse, era a que gostava de inovar na hora do sexo. Para Henrique não fazia a menor diferença uma vez que ele se sentia realizado em seu relacionamento com Cahya e Na-Hi e não queria saber das inovações das mulheres.

Se eles conseguissem ouvir o que Diana propunha ao grupo de mulheres à sua volta não estariam tão tranquilos assim. Depois de explicar para as outras que achava que os “meninos brigões” que é como ela se referia ao Nestor e Henrique, ela disse:

– Eu acho que os dois estão se achando muito importante. O Henrique, por exemplo, está começando a agir como se fosse dono da Cahya e da Na-Hi e o Nestor se achando como se fosse o grande fodedor do universo e que qualquer mulher aqui está doida para ter aquele pau grande e gostoso dele...

– Isso é verdade. É grande e gostoso e ele está aprendendo a foder de verdade. Só falta ele se controlar mais, pois tem muita pressa em gozar.

Todas riram com o comentário de Margie, que foi quem interrompeu Diana, Mas a negra não riu. Apenas olhou para a Margie com um olhar de censura e retomou sua fala:

– Como eu ia dizendo, acho que está na hora dos dois galos de brigas aprenderem uma lição. Mas antes, preciso saber se a Cahya e a Na-Hi concordam com o que eu vou propor.

– E que proposta seria essa? – Perguntou Na-Hi enquanto Cahya olhava para ela com uma expressão de quem não estava entendendo nada.

– Acho que o melhor castigo para eles nesse momento, já que eles brigaram por causa de uma mulher, é deixar os dois na seca. Ninguém transa com eles até que eles façam a paz e, se não puderem ser amigos, que pelo menos não fiquem querendo matar um ao outro.

Na-Hi explicou com detalhes a proposta de Diana para a Cahya que, para surpresa de todos, falou algo que já indicava qual seria o seu voto se aquela proposta fosse colocada em votação:

– Cahya não querer Henrique. Ódio dele. E nunca querer Nestor.

Sabendo que não tinha mais o que acrescentar à sua proposta que estava clara, Diana falou para todas:

– Então tá. O que vocês acham. Deem sua opinião e digam se é sim ou não para um período sem sexo para os dois. – Diana olhou para cada uma delas e, quando chegou à Margie, acrescentou: – Menos a Margie, lógico. Ela perdeu o direito de opinar quando falou besteira na hora errada.

– Oba! Isso quer dizer que vou poder ter o Nestor só pra mim? – Depois olhou a volta e encarando a Cahya, falou no intuito de provocar: – Não só o Nestor. Como os dois não vão transar com vocês, eu vou poder foder com o Henrique também.

Todas, menos Cahya, caíram na gargalhada. Mas elas não estavam rindo do comentário de Margie, mas sim da expressão assassina com que a mulher de Henrique olhava para ela. Cahya só não pulou em sobre a ruivinha porque a Diana estava respondendo ao comentário que ela tinha feito>

– Não só você, Margie. Qualquer uma que quiser pode dar para qualquer um dos dois. Mas fique avisada de uma coisa. Se você fizer isso, vai ter que se contentar só com eles, porque isso vai fazer com que você fique proibida de transar com qualquer outra pessoa.

– Sobra o Ernesto. – Desafiou Margie.

– Não sobra não. – Disse Pâmela que falava sério. – Eu me encarrego de impedir que isso aconteça.

– Calma aí gente! Eu só estava brincando. – Falou Margie dando um sorriso sem graça, o que demonstrava que ela estava sim voltando atrás, mas que tinha pensado seriamente em se aproveitar daquela situação.

A proposta foi aceita por unanimidade e elas ainda ficaram conversando mais um tempo para combinarem como iriam agir. Depois de tudo acertado, voltaram para junto dos homens que estavam curiosos para saber o que elas estavam armando e anunciaram a decisão delas, causando reações diferentes nos dois rapazes que estavam sendo castigados.

O Nestor protestou dizendo que não tinha culpa de nada e que tinha sido atacado, mas Diana foi firme ao dizer a ele que podia até ser verdade, mas que ele não devia então ter reagido e deixar que o grupo decidisse o que fazer com relação ao Henrique. Já, esse último, encarou com descrença aquela decisão, pois acreditava que a Cahya não ia ficar muito tempo sem transar com ele. Como ele não expressou isso em voz alta, ninguém percebeu que tinha havido uma inversão de comportamento, pois a reação de Henrique seria considerada normal se partisse do Nestor, e não dele.

Depois de tudo decidido, todos procuraram um local para passar a noite. Cahya e Na-Hi foram se deitar no local onde na noite anterior transaram com o Henrique e, quando esse se aproximou, foi impedido de se deitar com elas e reclamou:

– O castigo é não transar. Ninguém falou nada quanto a dormir perto de vocês.

– Uma coisa leva a outra, Henrique. Além do mais, se você ficar perto a Cahya e eu não vamos poder ficar a vontade como estamos querendo. Então é melhor você sair daqui.

– E se eu não quiser sair? – Perguntou Henrique em tom desafiador, se esquecendo de que não era páreo para Na-Hi caso ela quisesse dominá-lo,

A coreana ia responder que ele poderia fazer o que quisesse, mas que não tocasse em nenhuma delas, mas foi interrompida pela voz de Cahya que estava atrás dela:

– Melhor embora você. Cahya não querer mais. Estar com ódio no coração.

A ameaça de perder o amor de Cahya falou mais alto do que qualquer ameaça que Na-Hi representava e, sem dizer nada, Henrique se afastou e procurou um local sob os coqueiros para passar a noite.

Entretanto, ele não conseguiu dormir. Ficou sentado com as costas apoiada no tronco da árvore e logo percebeu, pelos movimentos das duas mulheres orientais, que elas se beijavam. De onde estava, não demorou a ouvir os gemidos de Cahya e percebeu que sua esposa já tinha se livrado de suas roupas e Na-Hi beijava sua boca enquanto, com uma das mãos, tocava a bucetinha dela que não demorou a gozar ruidosamente.

Com a raiva cedendo lugar para o tesão, Henrique olhou para outro lado e viu Milena e Diana fazendo um sessenta e nove silencioso, pois suas bocas estavam ocupadas em devorar uma a buceta da outra e impedia que os gemidos se tornassem audíveis. Com isso, ele chegou à conclusão de que Pâmela e Margie estavam com o Ernesto. De repente, imaginou que, em vez da Margie, era Cahya que completava o ménage com o casal e ficou perplexo ao ver que, em vez de raiva, seu tesão cresceu ainda mais. Sem suportar, abaixou sua calça e começo a se masturbar.

Quanto ao Nestor. Desapareceu da vista de todos e só no outro dia souberam que ele foi dormir ao lado do lago. Na-Hi chamou a atenção dele dizendo que era perigoso dormir ali, pois sempre poderia aparecer algum animal selvagem que fosse saciar a sede, mas ele fez pouco disso, dizendo que não tinha visto nenhum animal selvagem por ali.

Na manhã seguinte, como se tivessem combinados, todos os noves estavam no lago assim que o sol despontou no horizonte. Todos tratavam o Henrique e o Nestor do jeito que sempre faziam, dando a entender que o castigo deles era apenas com relação ao sexo e que eles não estavam impedidos de participarem de nenhuma outra atividade. Mas o que aconteceu naquela manhã não teve nada a ver com os dois ‘condenados’.

Foi Milena que, desobedecendo as instruções de Na-Hi de não se aproximar da cachoeira por temer que ali fosse mais fundo, sem falar que a força com que a água caía poderia machucar alguém, nadou até lá. Sua intenção não era ficar diretamente sob a queda d’água, porém, ela foi empurrada para lá pela força da água que, sem que ela notasse, se movimentava em torno da queda em uma espécie de redemoinho. A primeira sensação que teve foi a de pânico ao sentir o peso da água cair sobre seu corpo e a empurrar para o fundo. Ela se debateu com violência e conseguiu se livrar da força que a empurrava para baixo, se movendo para o lado enquanto estava submersa e logo notou que estava livre para emergir. Só que ela não tinha noção em que direção ia e, quando colocou a cabeça para fora da água e respirou com desespero para acalmar os pulmões que pareciam prestes a estourarem e só depois abriu os olhos, ficando extasiada com o que via.

Atrás da queda d’água e oculta por ela, havia uma pequena caverna. Chegar até ela não era difícil, pois apesar de ficar a mais de um metro acima do nível da água, as rochas em torno dela forneciam condições para que ela pudesse subir. Milena foi até lá e se viu em uma caverna com cerca de vinte metros quadrados. As paredes cintilavam como se nelas tivessem incrustradas os mais variados tipos de pedras preciosas e o piso era forrado por uma areia fina e macia que provocava uma sensação deliciosa em seus pés.

Milena não pensou duas vezes. Atirou-se na água da caverna mesmo, mergulhou movendo os braços com velocidade até sentir que estava sob a cachoeira. Movimento com energia os braços e as pernas, mas como dessa vez sabia exatamente a direção que estava indo, se deslocou para o lado oposto em que estava antes e foi impulsionada pela correnteza para longe da cachoeira. Quando submergiu, viu que Pâmela olhava para ela e fez um aceno para que sua madrasta viesse até onde ela estava.

– Milena. A Na-Hi falou que não é para chegar perto da cachoeira. – Falou Pâmela a censurando.

– Cale a boca e vem comigo. Você precisa ver isso. – Ordenou Milena com autoridade.

Pâmela ficou curiosa e resolveu acompanhar a garota e lhe disse:

– Espere aí. Vou avisar ao Ernesto.

– Não! Depois você conta para ele. – Falou Milena, dessa vez com ansiedade na voz.

Pâmela resolveu obedecer e nadou junto com Milena. Nenhum dos outros que nadavam no lago, ou se divertiam com a areia perfumada que Cahya mostrou para eles, com cada um ensaboando o corpo dos outros, perceberam o movimento de Milena e Pam.

As duas não tiveram problemas para chegarem à gruta e Pâmela ficou deslumbrada e, ao sentir o conforto que a areia do piso provocava em seus pés, comentou:

– Essa areia é muito gostosa de pisar. Vamos ver como é no corpo todo.

Dizendo isso, ela se deitou de costas na areia e suspirou de prazer ao sentir o contato ao longo de seu corpo. Milena ficou olhando para a madrasta que usava apenas uma calcinha, mas que por estar molhada, era transparente e deixava sua xoxota madura visível aos olhos de Milena que logo sentiu o tesão a invadir. Era um tesão louco e tudo o que ela queria era sentir o sabor daquela xoxota que parecia tremer diante dela. Sem pedir licença, ela ficou de joelhos no meio das pernas de Pâmela, afastou a calcinha dela para o lado e se apoderou do grelinho saliente dela que foi preso por seus lábios carnudos. Bastou meio minuto disso para sentir a pressão da buceta de encontro ao seu rosto, pois Pâmela, invadida por uma sensação até então desconhecida por ela, gozava na boca de Milena levantando seu quadril para obter um contato maior daquela boca macia em sua buceta.

Depois de gozar, não houve descanso. Parecendo estar enlouquecida, Pam atacou Milena a jogando no chão e, como a garota já estava nua, atacou a bucetinha dela com sua boca ávida. Milena entrou em uma espécie de transe, mas ainda viu que a mulher que lhe dava aquele prazer enorme, tinha se movimentado para ficar com a xoxota na altura de sua boca. Sem pensar, ela lambeu a buceta da mulher colhendo o mel que escorria por ali e depois enfiou sua língua na buceta dela para buscar por mais. Então, com gemidos que logo se transformaram em gritos, ambas gozaram. Não o gozo com o qual estavam acostumadas, mas algo diferente e especial. Foi como se seus corpos estivessem suspensos no ar e fossem atingidos por agulhas elétricas que aplicavam choques por todos seus corpos.

O efeito causado pelo sol na pele delas tinha desaparecido e dera lugar a outro. Suas peles refletiam o brilho das rochas do interior da gruta e, como eram de diversas cores, eles brilhavam em uma variação de cores a todo o momento enquanto elas tremiam e gozavam sem conseguir se separarem e continuavam da dar prazeres uma à outra. Nenhuma das duas soube dizer depois quanto tempo duraram aqueles orgasmos, mas para elas foi como se fosse uma eternidade.

Quando finalmente o orgasmo cessou, Pâmela saiu de cima de Milena e tudo indicava que ela ia se deitar ao seu lado. Mas não foi isso que aconteceu, pois ela ainda sentia seu corpo sentir de tesão e, olhando para sua enteada, viu pelo olhar dela que o mesmo acontecia com ela. Então, pegou sua perna direita e colocou em um de seus ombros e depois se movimentou para que a buceta das duas ficassem em contato e começou a esfregar seu grelinho no da garota. Milena gemeu e falou com voz entrecortada:

– Ai. Que deliciiiaaa Pam. Você nunca me fodeu assim.

– É verdade. Mas você está mais gostosa do que sempre foi.

– Você... Você me acha... Gostosa... Mamãe.

Ao ouvir Milena a chamando de mãe, Pâmela se descontrolou de vez e pediu:

– Ai que gostooosooo. Me chama de mamãe de novo.

– Sim mamãe. Fode minha bucetinha. Fode. Faz a putinha da sua filhinha gozar de novo.

– Então goza para a mamãe filhinha. Sente a buceta da mamãe te dando prazer e goza. Ai que tesão. Meu Deus! Acho que vou morrer de tanto gozar. Aiiiiiiii.

E Pâmela liberou a perna de Milena para poder se curvar sobre ela e seus lábios se encontraram em um beijo profano, com os orgasmos das duas se prolongando ainda mais com esse último gesto.

As duas mulheres só pararam de transar porque a Pâmela se lembrou de que logo dariam pela ausência das duas. Aliás, elas nem sabiam quanto tempo estavam transando dentro daquela caverna que parecia provocar um efeito especial na libido das duas. Com muito custo, ela conseguiu convencer a Milena que tinham que voltar para junto dos outros e só a convenceu quando disse que elas poderiam voltar naquela caverna quando bem entendesse, mas a garota, antes de aceitar, resolveu chantagear a madrasta para obter o que mais desejava desde que chegara naquela ilha e então falou:

– Tudo bem. Eu vou com você agora. Mas só se você me prometer que vai me ajudar a trazer o meu pai aqui. Mas eu quero só eu e ele.

– Você acha que consegue? – Duvidou Pâmela.

– Trazer ele aqui não sei. Acho que, com a sua ajuda, sim. E sei que, depois que estiver aqui, ele não vai conseguir evitar. Essa caverna tem alguma coisa especial que aumenta em muito o tesão das pessoas.

– Tudo bem. Não custa tentar.

Pâmela vestiu sua calcinha e as duas pularam da borda da caverna direto para a água. Milena deu as instruções para a Pam que as cumpriu à risca e logo elas submergiram no lago, longe da cachoeira.

Milena e Pâmela não faziam ideia de que horas haviam se passado desde que as duas entraram na caverna. Elas tinham transado sem parar por mais de duas horas e não tinham ideia de que o prazer delas durara tempo suficiente para que suas ausências fossem notadas e, depois de vasculharem em volta do lago, o grupo que procurava por elas já tinham montado grupos para saírem em uma expedição de busca no interior da ilha.

Mas a expedição de busca não chegou a iniciar a tarefa e as duas surgiram felizes e saciadas no meio do lago.

Ernesto imediatamente pediu para que as duas saíssem do lago e se juntassem a ele e, sem se preocupar com a presença dos demais, se dirigiu à sua esposa:

– O que é isso Pam? Você não pode fazer isso com minha filha. Ela é sua enteada. Isso é muito errado. – E depois, para Milena: – Milena, por favor, pare com isso. O que você acha que está fazendo?

O fato de ele não ter pedido nenhuma explicação e ir direto às acusações era justificada pelo fato de que as expressões no rosto das duas mulheres não deixava nenhuma dúvida sobre a que tipo de atividades elas tinham se dedicado nas últimas duas horas. Pâmela perdeu algum tempo em formular uma resposta, o que deu tempo para que a Milena respondesse antes dela:

– Só estava pensando em ser canalha, papai. Nós estamos todos sendo canalhas aqui. O que você acha, hem? Estamos sendo canalha o suficiente para você?

A rebeldia da filha deixou Ernesto sem ter o que falar. Ele ainda tentou dizer alguma coisa, mas a única coisa que conseguiu foi gaguejar algo que ninguém entendeu. Pâmela, ao ver a situação em que o marido se encontrava, se aproximou dele, enlaçou um de seus braços com os dois braços dela e lhe disse ao ouvido:

– Vamos sair daqui. Vamos que no caminho eu te conto tudo.

Cumprindo sua promessa, Pâmela inventou uma história sobre ela e Milena terem saído pelo outro lado do lago e irem explorar a praia que existia do outro lado das rochas e, como ele nunca tinha ido lá, pode inventar algumas coisas e se esforçou em descrever um cenário de sonhos.

Mas o Ernesto, embora acreditasse na história dela com relação ao local onde estavam, não se convenceu que elas não tinham feito nada e falou:

– Pelo jeito o cenário foi muito sugestivo, pois pela cara de vocês duas alguma coisa a mais aconteceu por lá.

– Alguma coisa? Que tipo de coisa? Nem sei do que você está falando.

– Não se faça de inocente Pam. Vocês duas transaram. E nem adianta negar porque a resposta que a Milena deu, me provocando como sempre, lógico, confirma isso.

– Então Ernesto. Isso é o que eu fiquei mais impressionada. Parece até que existe alguma magia naquela ca... Quero dizer, naquela praia, que nunca se sinta satisfeita. Eu acabava de gozar e queria mais e, o que é o melhor de tudo, a Milena também.

– E você não tem vergonha em falar dessas coisas com essa cara de vadia?

– Lógico que não. Por que eu teria? Não sinto vergonha nenhuma do que fiz, assim como você não deveria estar com vergonha de estar com seu pau tão duro.

Falando isso, Pam passou a mão no pau de Ernesto e, mesmo sendo por cima da calça, sentiu aquele cacete pulsar quando foi tocado. Para deixar o marido ainda mais louco, perguntou para ele:

– Esse pau duro aí é por causa de eu ter fodido a tua filha? Ou é por ela também ter me fodido gostoso.

– Pâmela. Por favor, não brinque com isso.

– Deixe de se fazer de inocente, Ernesto. Sua cara não nega. Todas as vezes que o assunto gira em torno da safadeza de Milena você fica com tesão. Por que é que você não assume logo que está a fim dela?

– Eu não estou a fim da minha filha. Isso é muito errado.

– Qual das duas?

– Qual das duas o que?

– As respostas. Você não sente nada por sua filha ou não quer ceder aos desejos dela porque acha que é errado.

Sem perceber que estava assumindo que sentia tesão por Milena e só não ia em frente porque achava que era errado, o Ernesto perguntou:

– Se fosse você e um filho seu? Você aceitaria transar com ele?

– Se ele também quisesse eu transaria sim. Para mim só é errado quando o outro não quer e nem precisa ter laços de parentesco. Qualquer um que faça por obrigação para mim é errado. Mas querendo! Ah meu querido! Se os dois querem, não existe pecado.

– Quem vê assim pensa que você já transou com algum parente!

– Vai saber! Não é? Já fiz muitas coisas nessa vida e me arrependo de poucas e, entre as que me arrependo, não existe nenhuma em que eu tenha dado e recebido prazer. – Notando que Ernesto não ia dizer nada, Pâmela continuou provocando: – E então meu maridinho. Agora que você confessou que sente tesão por sua filha, o que pretende fazer? Vai realizar o desejo dela ou fazer com que ela se afaste cada vez mais de você?

– Eu não sinto tesão por Milena. De onde foi que você tirou essa ideia?

– Ah tá! Você está querendo enganar a quem? A mim é que não, pois você acabou de dar a entender que sente sim. Quando te perguntei sobre isso e você quis mudar de assunto colocando um suposto filho meu na história. Você parece que se esquece com quem está falando, moço!

Pego desprevenido, Ernesto voltou a se calar e isso tirou qualquer restinho de dúvida que Pâmela pudesse ter. Se é que ela ainda tinha alguma. Então ela pensou:

“Eu não dou uma semana e você vai estar fodendo sua filha. Você não tem mais como fugir do desejo dela porque você sente o mesmo”.

Depois disse em voz alta:

– Deixe esse assunto para lá. Vamos falar de assuntos úteis.

– Úteis como?

– Como o que vamos comer hoje, por exemplo.

– Frutas eu acho. A Na-Hi, nessa altura, já deve estar preparando uma expedição para encontrar algumas.

Quando o casal chegou ao local onde a frondosa árvore fornecia sua sombra para eles se protegerem do sol e que alguns deles, e logo todos, começavam a chamar de acampamento, Na-Hi e Diana estavam em volta dos restos de um dos botes salvas vidas que, pela aparência, estava sendo desmontado por elas. As ripas de madeira que compunham o fundo do barco já haviam sido retiradas e foram juntadas em cima da areia e era em cima dessa improvisada armação que elas trabalhavam. Ambas tinham se livrado de suas calças. A de Na-Hi era de sarja bege e a de Diana era um jeans desbotado. Elas estavam cortando as pernas das mesmas, as transformando em dois shorts curtos.

Ernesto se aproximou e perguntou onde estavam os outros, pois só via as duas e, brincando nas ondas do mar, a sempre nua Margie. Diana explicou que eles tinham saído à procura de frutas para eles se alimentarem, pois a comida que trouxeram era suficiente apenas para uma refeição. Ernesto apenas perguntou em que direção eles seguiram, chamou Pâmela e saiu andando na direção indicada.

Quando retornaram, traziam várias espécies de frutas e duas em especial chamou a atenção de todos. Eram mangas e bananas. A segunda era do conhecimento de todos enquanto a primeira era olhada com desconfiança por Pâmela e depois por Margie quando se aproximou para ver o que tinham trazido. Foi Nestor que, para garantir que a manga era saborosa e não fazia nenhum mal, pegou uma e a devorou em questão de segundos, sendo depois chamado a atenção de Na-Hi que lhe disse:

–Nestor, não deixe essa casca onde vamos dormir. Isso não vai ser bom.

– Qual o problema? Estamos em uma praia deserta. Tá lembrada?

– Estou lembrada sim. E vou me lembrar disso quando todos vierem reclamar quando forem atacados por formigas e outros insetos.

Nestor, que não havia pensando nisso, pegou as cascas que jogara no chão e, assim como a semente, as levou para serem atiradas ao mar, mas Na-Hi o proibiu disso ao dizer:

– A semente não. As cascas tudo bem, pois os peixes se alimentarão delas.

– Ah Na-Hi. Deixe de ser chata. Um peixe grande engole essa casca sem nenhum esforço.

– Não se trata disso. Temos que fazer nossa parte também. Arrume um lugar longe do acampamento e a coloque para secar. Depois nós a levaremos de volta para a mata para plantarmos.

– Não sei pra que isso. Tem muitas mangueiras lá. Pra que plantar mais?

– Porque essa é a lei da natureza. Ela nos dá, mas quer de volta. Se para cada fruta que comermos devolvermos a semente para a terra, estaremos garantindo que jamais nos faltará.

– Você só está esquecendo que cada árvore dessas produz centenas de frutos. Se plantarmos todas, vai faltar lugar até para andarmos depois.

– Não é bem assim que funciona. A natureza é sábia e vai saber quais delas deverão germinar. Vamos fazer a nossa parte que ela faz a dela.

– Credo, isso parece coisa de eremita! – Caçoou Nestor.

– Você está certo. É sim. Afinal, todo eremita vive em união com a natureza e sabe o que deve ser feito.

Sem ter mais argumentos, Nestor jogou as cascas no mar e onde elas caíram ocorreu um tremor na água como se ela estivesse fervendo diante do número de peixes que lutavam pelo alimento. Depois ele andou pela areia até chegar próximo ao local onde começavam as elevações de pedra, escolheu uma aonde a água não alcançava mesmo na maré mais alta e depositou ali a semente. Logo todos estavam se alimentando e repetindo o que Nestor fizera.

Quando alguém comentou que, no caso das bananas, não havia sementes, Na-Hi explicou que alguém tinha que voltar ao local onde elas foram colhidas e cortar o caule deixando apenas um pedaço dele que assim voltaria a brotar, explicando que, se não fizesse isso, aquela bananeira não daria mais frutos. Henrique e Pâmela se prontificaram a fazer essa tarefa e Na-Hi lembrou a eles que deviam levar os facões entregando um a cada um e depois orientou que deveriam trazer para a praia o maior número de folhas que conseguissem carregar.

Depois de se alimentarem todos se deitaram na areia para descansar, agora forradas com as folhas de bananeiras. Apenas Na-Hi e Diana não se deram a esse luxo e voltaram a fazer o mesmo que antes. Das pernas cortadas de sua calça a coreana improvisou uma saia na qual começou a prender, através de furos que fazia com sua faca, algumas tiras finas que conseguia cortando a borracha do bote. Enquanto isso, usando dois triângulos pequenos, Diana improvisou um sutiã também usando os recortes do material do bote. Quando se deram por satisfeitas, chamaram Margie e fizeram com que ela vestisse a saia e o sutiã, e a garota reclamou:

– Não sei pra que isso. Estou me saindo muito bem sem roupas.

– É para não enjoarem de você, sua boba. Você sabe que tudo o que é muito fácil perde o valor e logo ninguém vai mais querer experimentar esse seu corpinho se ele ficar exposto o tempo todo. – Explicou Na-Hi.

– É verdade Margie. Ficar mostrando essa xoxota de vadia o tempo todo vai fazer com que todos percam o interesse nela. Você não quer que isso aconteça, quer? – Falou Diana concordando com o que a coreana havia dito.

– Está bom então. Se é assim que as coisas são, então vou fazer esse sacrifício.

Não foi só a Margie que achou ruim a improvisação de uma roupa para ela. Henrique e Nestor também reclamaram e o segundo até comentou que o que era bonito não devia ser escondido e Henrique não falou nada porque não queria dar chance de iniciar um diálogo com seu rival. Entretanto, no fundo ambos concordavam que ter o desejo de ver torna as coisas muito melhor do que ter a visão o tempo todo. E sabiam também que a Margie, do jeito que era, ia sempre dar um jeito de se exibir.

Com o tecido obtido do corte da calça jeans de Diana elas repetiram a operação e ofereceram para Milena que, ao contrário da reação de Margie, ficou muito feliz e agradeceu as duas com um beijo intenso em Diana e um ligeiro selinho em Na-Hi que reclamou:

– Assim não vale. A Diana ganha um beijo e eu apenas um selinho!

Milena não se fez de rogada. Ao ouvir isso, segurou a nuca de Na-Hi e lhe deu um beijo que durou mais tempo do que o que havia dado em Diana. Quando finalmente se desgrudaram, ela falou no ouvido da outra:

– Se eu soubesse que você beijava gostoso assim e gostava de beijar mulher, eu já tinha te pegado antes.

– Não ia adiantar, querida. Eu também não sabia que gostava.

As duas começaram a rir da resposta de Na-Hi e se abraçaram e Diana se juntou a elas em um abraço triplo. Nestor olhava animado para a cena, feliz por ver que Milena estava descendo do pedestal de dondoca e começando a se enturmar melhor com o grupo.

Nestor, assistindo aquela cena ao lado de Henrique, o comentou com ele em tom de desafio:

– Você fica todo raivoso se alguém se aproxima muito de Cahya e não se importa que sua outra mulher fique beijando outras pessoas!

– Isso é um problema meu e delas Nestor. Fique fora disso. – Respondeu Henrique de forma ríspida, dando a entender que não pretendia ter nenhum tipo de relacionamento amigável com o Nestor. A mágoa pela morte de Bo e a briga deles no iate e, principalmente a mais recente, ainda estava presente em sua mente.

Cahya, que também assistia a tudo, se aproximou das demais mulheres e falou para Na-Hi:

– Hora sacanagem acabar, precisar falar Na-Hi.

As demais mulheres olharam para ela assustada, pois para elas, a transa entre Na-Hi e o casal Cahya e Henrique na primeira noite nada mais era do que uma simples aventura, porém, a forma como a garota agia, demonstrando estar com ciúmes e que para ela era algo sério. A coreana percebeu o clima criado pela atitude de Cahya e se apressou em afastá-la dali. Quando chegaram a uma distância que não podiam mais ser ouvidas, reclamou:

– O que foi isso, Cahya? Você não precisava falar daquele jeito.

– Não falar nada demais. – Respondeu Cahya na defensiva.

– Nada demais? Você mostrou para todo mundo que está com ciúmes de mim.

– Não ser ciúme. Só pensar que Na-Hi agora ficava com Cahya.

– O que foi isso agora? Você é a mulher do Henrique. Eu apenas fiquei com vocês durante uma noite e ontem te fiz companhia. Isso não quer dizer que eu devo satisfação pra ninguém.

A forma dura de Na-Hi falar causou um efeito em Cahya que nem mesmo ela esperava. Primeiro a garota a encarou com olhar sério e trincando os dentes, mas logo seus olhos começaram a lacrimejar e ela falou quase chorando:

– Eu pensar que você gostar de Cahya. Você só brincar.

Dizendo isso, ela virou as costas e saiu correndo da praia, indo em direção ao lago. Henrique fez menção de ir atrás dela, mas Na-Hi o impediu dizendo:

– Não Henrique. Dê um tempo para ela. Daqui a pouco eu vou até ela para ter uma conversa. Além do mais, ela ainda está com raiva de você por causa da briga com Nestor.

– Mas ela pode se perder nessa floresta. Sem falar que pode ser atacada por algum animal.

– Tudo bem. Então fique aqui que eu vou atrás dela. Me dê sua faca.

Henrique entregou a faca que levava presa ao cinto de sua calça a Na-Hi que, ao aceitá-la, disse a ele para pegar a sua que estava junto ao bote desmontado, acrescentando:

– Nunca fique sem a faca. A gente nunca sabe quando vai precisar.

O rapaz assentiu e viu Na-Hi sumir entre as árvores seguindo na mesma direção que foi Cahya. Quando chegou ao lago viu a garota em pé dentro da água, porém, sua presença foi notada e a garota se atirou na água e começou a nadar em direção à outra margem.

– Cahya. Espere. Precisamos conversar.

Cahya só respondeu quando já estava saindo da água no outro lado.

– Não querer conversar. Na-Hi agora conversar com amigas.

Na-Hi se atirou na água e nadou em direção a ela, mas quando conseguiu atingir a outra margem Cahya já estava no alto da elevação formada por rochas. Ela então saiu da água e começou a correr ignorando a dor que as pedras causavam em seus pés descalços. Quando chegou ao alto pode ver que Cahya já estava próximo da outra praia que começava ali, porém, em vez de correr ao longo dela, foi em direção ao mar.

O que Na-Hi viu a seguir lhe tirou o fôlego. Cahya, em seu desespero para não ser alcançada por ela correu até ser atingida por uma onda grande que a derrubou para trás, mas ela não se deu por vencida, pois logo ficou em pé e se atirou de cabeça na onda que vinha a seguir aparecendo atrás dela em um local que não dava mais para ficar em pé no fundo do mar e era obrigada a nadar. O que apavorava Na-Hi eram as barbatanas que se dirigiam a ela.

Cahya estava prestes a sofrer um ataque de tubarões. Mesmo correndo desesperadas, Na-Hi pode observar que, atrás do primeiro grupo de tubarões uma nova leva de barbatanas nadava em direção à sua amiga em uma velocidade maior e percebeu que não ia ter chance nenhuma contra todos aqueles tubarões. Sem saber o que fazer, parou com a água na altura do joelho enquanto gritava para Cahya voltar. Mas a garota não sabia ainda que o perigo se aproximava e apenas negou com um movimento de cabeça que era a única coisa dela que era visível, pois o corpo estava submerso. Só restava a Na-Hi esperar por um milagre.

Mesmo apavorada e sabendo que iria assistir a um horrível espetáculo, ela não desgrudava os olhos das barbatanas. A primeira leva de tubarões já estava a cerca de cinquenta metros de Cahya e a que vinha atrás ganhava terreno e já estava quase ultrapassando a primeira, o que fez com que ela acreditasse que esses seriam os primeiros a atacar. Mas quando os grupos de barbatana se emparelharam, o segundo grupo se dividiu. Vários deles se dirigiram aos tubarões enquanto dois deles continuavam vindo em direção à Cahya.

Nesse momento, ela viu algo que lhe deu um fio de esperança. As barbatanas do segundo grupo eram diferentes da do primeiro. Elas eram mais inclinadas para trás e eram lisas, enquanto as dos primeiro grupo eram retas e dentadas de trás. Um fio de esperança brotou no peito de Na-Hi que, sem saber o porquê, ficou com esperanças que os membros do segundo grupo não iam atacar à Cahya. Então ela disse em voz baixa:

– Oh Deus! Faça com que eu esteja certa. Aqueles dois já estão alcançando a Cahya!

E o milagre aconteceu. Embora a cena tenha se desenrolado em questão de segundos, aos olhos dela tudo se passava em câmara lenta. As duas barbatanas que se dirigiam ao local onde estava Cahya, ao se aproximarem, desapareceram sob a superfície da água e, um segundo depois, ela ouviu a amiga gritar e pensou que tudo estava perdido, porém, quando se fixou na cena à sua frente, viu que sua amiga estava se deslocando com uma velocidade surpreendente em sua direção. Era como se ela estivesse sendo empurrada por uma força poderosa.

Ao mesmo tempo, ao olhar para o local onde vira os tubarões pela segunda vez, ficou estática. Golfinhos pulavam fora da água e se dirigiam aos tubarões. Ela não conseguia acreditar que os mesmos estavam atacando os tubarões em um esforço conjunto para impedirem que eles continuassem a nadar em direção à Cahya. Quando procurou de novo por sua amiga, ela já estava a menos de um metro de distância de onde estava e, ao seu lado, um golfinho mantinha a cabeça para fora da água e emitia sons enquanto balançava a cabeça como se estivesse lhe dando alguma instrução.

Na-Hi não perdeu tempo em tentar entender o que o animal queria, pois imediatamente agarrou a mão de Cahya e a puxou em direção à areia. A garota seguia com dificuldade e chegou a cair, mas como estava ainda dentro da água, foi arrastada até a segurança da terra firme. Quando se sentiu segura, olhou novamente para o mar e viu que os tubarões estavam em fuga e, bem perto dela, o golfinho que salvara Cahya fez um novo movimento com a cabeça e submergiu, indo aparecer vinte metros à frente em um salto acrobático. Logo os golfinhos se juntaram novamente em um único grupo e se afastaram. A impressão que dava era que eles comemoravam um grande feito, com seus saltos fora da água e seus sons que mais pareciam apitos.

Só depois que os golfinhos desapareceram atrás das pedras que faziam a parede norte da enseada foi que Na-Hi voltou sua atenção para Cahya. A garota estava deitada na areia aos seus pés com os olhos fechados, ela se debruçou então sobre ela e falou com voz calma e controlada:

– Cahya. Você está bem?

Cahya abriu os olhos e a encarou. Depois levantou seu corpo e ficou sentada olhando para o mar como se procurasse alguma coisa. Depois falou:

– Que peixe atacar Cahya? Por que peixe me empurrar fora água?

Na-Hi respirou fundo, sentou-se do lado dela e explicou:

– Não foi um peixe e você não foi atacada. – E ao ver que Cahya olhava para ela com uma expressão cheia de dúvidas, explicou: – O que te tirou da água foram golfinhos e eles salvaram sua vida. Você ia ser atacada por tubarões.

Ao ouvir essa palavra, Cahya ficou realmente assustada e se levantou voltando a examinar o mar. Só então viu as barbatanas ameaçadores rondando a praia. Na-Hi acompanhou seu olhar e percebeu que o número de tubarões parecia ter se multiplicado e entendeu que aquela praia era uma espécie de habitat natural deles e, por isso mesmo, deveria avisar a todos que entrar naquelas águas poderia significar a morte.

Mas o mais importante naquele momento era deixar Cahya a par do que tinha acontecido. Então, com paciência, ela contou tudo o que viu e a garota a ouvia com atenção, Quando ela acabou sua narrativa, ouviu a pergunta:

– Por que golfinho salvar Cahya?

– Não sei. Não tem como saber isso.

– Desculpar Cahya. Ser burra entrar água sem olhar

– Muito burra Cahya. – Ao ver que a amiga estava mais calma, Na-Hi sentiu a raiva lhe dominando e falou de forma ríspida: – Mais burra ainda por causa do motivo de ter feito isso. O que você estava pensando?

– Ficar com raiva ver beijar Milena.

– Isso não é raiva, Cahya. Isso é ciúme, o que quer dizer que você é muito mais burra do que está pensando.

– Cahya já pedir desculpas.

– ‘Cahya já pedir desculpas’. O que foi isso? Então você acha que só porque transamos uma noite agora você é minha dona e vai decidir quem em posso ou não posso beijar?

A expressão de Cahya se alterou ao ouvir isso. Ela estava a ponto de chorar quando falou:

– Eu pensar que Na-Hi gostar de Cahya.

Só de olhar as lágrimas escorrendo no lindo rosto de Cahya, a raiva de Na-Hi começou a se abrandar e ela falou, agora mais calma:

– Lógico que eu gosto de você, Cahya. Você é linda, tem um corpo maravilhoso e é carinhosa, muito carinhosa. Eu nunca gozei tanto como gozei ontem. Mas você tem o seu homem e eu não quero atrapalhar o relacionamento de vocês.

– Você não atrapalhar nada. E Cahya não ter homem nenhum. Henrique ser muito bobo.

– Pare de fazer tipo Cahya. Você ama ao Henrique, Isso está escrito na sua cara. – Falou Na-Hi com emoção na voz.

– Cahya amar sim. E Cahya não querer ver Henrique machucado. Nestor é mal. Cahya tem medo.

– E por causa disso resolveu que não quer mais a ele.

– Isso ser verdade. Melhor não ter ele. Preferir odiar ele.

– Sua boba. Isso que você está falando se chama amor. E é bom saber que você tem todo esse amor por ele e me afastar de vocês. Eu não quero que você sofra depois por causa disso.

Ao ouvir isso, Cahya olhou para Na-Hi com uma expressão de medo e falou:

– Não fazer isso. Cahya querer Henrique e querer Na-Hi. Muito. Na-Hi fazer bem para Cahya.

– Até quando?

– O que você dizer?

– Até quando você vai me querer? Logo vai chegar o dia que vai ficar com ciúmes de mim com o Henrique. Você está provando que é muito ciumenta.

– Cahya não sentir ciúmes de Na-Hi com Henrique. Cahya gostar de ver dois juntos. Você falar que ser amor. Então Cahya ama os dois.

– Puxa! Essa me pegou de jeito. – Na-Hi pensava sobre todas as implicações do que Cahya dissera e sentiu um calor no corpo ao saber que era amada. Mas ainda tinha algo que a incomodava e ela perguntou: – E quando o Henrique sentir ciúmes de mim? Ele vai brigar com você e eu não quero te ver sofrer por causa disso.

– Henrique não brigar Na-Hi. Nunca. Ele gostar de Na-Hi também.

– Gostou é? Como você sabe? Ele te falou?

– Cahya conhecer Henrique. Ele sempre gozar muito. Só que ontem gozou mais.

– Você só está falando isso para me agradar.

– Nãããooo! Cahya falar verdade. Cahya triste porque Na-Hi não querer mais ela.

– Lógico que eu quero você. Quero muito. Só acho que… Bom, o que eu quero dizer é que o fato de gostar de você não quer dizer que você seja minha dona, Você não pode decidir quem eu beijo ou com quem eu transo. Você não pode agir como se fosse minha dona ou dona do Henrique.

– Cahya não ser dona ninguém. Cahya sempre ter donos.

– Não tem não. Não aqui. Isso foi em outro mundo. Outra vida. Aqui você é a única dona de você mesma e não deixe ninguém dizer o contrário. Nem o Henrique é seu dono. Se algum dia ele quiser transar e você não quiser, basta dizer que não e pronto.

– O que ser basta?

– Hum. Deixe-me ver. Basta é a mesma coisa que só. Basta dizer que não ou dizer é só dizer que não significam a mesma coisa.

– Ah! Agora saber! Língua complicada português. – Cahya olhou para o corpo de Na-Hi cujas pernas brilhavam em seu tom de amarelo brilhante com o novo modelo de seu short que ela cortara um curto demais. Sentiu o desejo lhe dominar e, mudando de assunto, falou: – Na-Hi dizer que sempre querer Cahya. Na-Hi querer agora?

– Eu te quero sempre querida. Você é uma mulher maravilhosa.

– Então, porque não beijar Cahya igual beijar Milena.

Na-Hi encarou os olhos negros de Cahya e viu o desejo que ele expressava. Sentindo seu corpo ferver com o desejo que aquela conversa estava provocando e cada vez aumentava mais, falou:

– Jamais vou te beijar como beijei a Milena. Você é especial para mim e sempre vou te beijar melhor ainda.

– Beijar? Quando?

Ao dizer isso, Cahya ficou sentada e puxou Na-Hi para que ela se abaixasse. Depois levantou a cabeça e viu o rosto da garota se aproximar dela. Suavemente, suas bocas se encontraram e começou um beijo igualmente suave e terno que logo foi se tornando mais intenso até chegar ao limite da violência. Suas línguas se enroscavam e suas mãos se apressaram em livrar a outra de suas roupas.

Ali, naquela areia branquíssima e macia e tendo por assistência os tubarões que não descansavam em sua vigília, as duas se amaram. Cahya estava tão entregue ao desejo que em determinado momento começou a comandar as ações e o ápice do gozo que atingiram foi quando ela, com seu jeito único de falar, pediu para que Na-Hi fodesse seu cuzinho com os dedos enquanto chupava sua buceta e tinha a dela chupada pela boca sensual e gulosa de sua amante.

Depois de satisfeitas, as duas ficaram deitadas na areia sob o calor agradável. Só quando o sol começou sua jornada em direção ao poente que elas começaram a falar sobre o acampamento e riram quando se deram conta que, além das frutas, não tinha mais nada para comer. Na-Hi se mostrou preocupada com o que comeriam ao anoitecer. Isso depois de Cahya advertir que eles não poderiam viver apenas de frutas e que era necessário acrescentar algum tipo de carne à dieta deles. Isso fez com que Na-Hi informasse à Cahya de que elas teriam que voltar para pescarem alguma coisa.

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